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Tragelaphus eurycerus
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- Tragelaphus eurycerus
- Bongo
- 2005/07/03 Hugo Gomes Antunes 09/07/2005
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Taxonomia
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- Tragelaphus (Boocercus) eurycerus [Ogilby,
1837].
- Citação: Proc. Zool. Soc. Lond.,
1836:120 [1837].
- Localização típica:
África
ocidental.
Características gerais
Comprimento do corpo: 170-250 cm.
Comprimento de cauda: 40-70 cm.
Altura: 110-130 cm (cernelha).
Peso: 240-400 kg.
A
pelagem é castanho-avermelhada brilhante, com riscas brancas verticais
(10-15) no dorso e uma crescente branca no peito. A face é negra com duas
manchas brancas próximas aos olhos, sendo mais escura juntamente com todo o
corpo no macho. As orelhas são grandes margeadas de branco no interior. A
região de união entre o maxilar inferior e o pescoço é dotada de duas
manchas brancas pouco acima desta. Os olhos são castanhos com a pupila negra.
Ambos os sexos têm cornos em lira e de espiral única, de 75 a 100 cm de
comprimento, variando em cor de branco ao marrom, dentro das subespécies. Os
cornos costumam maiores nos machos e menores, mais finos e mais paralelos nas
fêmeas. Existe uma crina erétil preta e branca ao longo do dorso. As pernas
longas são cobertas externamente por uma penugem marrom-enegrecida e ao
interior com branco. A cauda longa é branca e termina num tufo de pêlos
negros.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho
maior, com cornos mais longos e face mais escura.
Ontogenia e Reprodução
O
macho acasala com uma única fêmea. O período de gestação é de 282 a 287
dias, após os quais nasce uma cria. Os nascimentos dão-se principalmente em dezembro
ou janeiro, no seu habitat natural. As crias são deixadas sozinhas após o
nascimento, permanecendo no solo, para evitar a detecção de predadores. A
genitora retorna para sua cria para tratá-la após esse período. Atingem a
maturidade sexual entre os 20-30 meses de idade.
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Período
de gestação: 9 meses
(282-287 dias).
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 20-30 meses.
Longevidade: acima de
19 anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
São
animais tímidos e silenciosos, que se mantêm a coberto da vegetação durante
o dia e procuram alimento ao crepúsculo e durante a noite. Podem alimentar-se
em campos de cultivo, em ramos, e pode se erguer nas patas traseiras para,
apoiando as dianteiras num tronco, de modo que possa alcançar folhas que
estejam a até dois metros e meio do solo. Come também talos de arbustos e
trepadeiras, e com freqüência come madeira podre e cascas de árvore.
Deslocam-se facilmente na floresta, podendo correr a grande velocidade.
Raramente abandonam o seu território. Os machos são, geralmente, solitários e
as fêmeas reúnem-se em pequenos grupos com as crias. Podem formar-se grupos
maiores compostos por indivíduos de ambos os sexos, de até 40 indivíduos (a
média observada é de pouco mais de 9).
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Estrutura social: Grupos pequenos de fêmeas; machos normalmente
solitários.
Dieta:
Folhas, ramos, raízes, frutos e cascas de árvores.
Predadores
principais: Leopardo.
Chaves
de características comportamentais: móvel.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
ruminante; heterótrofo.
Habitat
Habita
florestas
tropicais densas, bosques e terrenos cobertos de bambu, a uma altitude
superior à 4.000 m.
Bioma
terrestre: floresta
tropical; bosque.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na
África centra, em Angola, Benin (talvez regionalmente extinto), Burkina Faso,
Camarões, República Centro-Africana, Congo, República Democrática do Congo
(ex-Zaíre), Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Etiópia, Gabão, Ghana,
Guiné Bissau, Quênia, Libéria, Mali, Níger, Serra Leoa, Sudão, Togo
(talvez regionalmente extinto), Uganda (regionalmente extinto).
Região
Biogeográfica: etiópico
(nativo).
Distribuição Histórica
O
bongo é uma espécie holocênica proveniente de bovídeos
terciários basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
O
bongo é classificado em risco baixo, próximo a ameaçado, segundo o IUCN
(2002). A população que vive em Ghana esta no Apêndice III do CITES (CITES,
2003).
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Exemplares
vivos:
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Subespécies
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Duas subespécies são distinguidas, com diferenças marcantes na
pelagem, coloração dos cornos e distribuição geográfica:
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Tragelaphus eurycerus
eurycerus
[Ogilby, 1837] - Proc.
Zool. Soc. Lond.,
1836:120.
- Bongo-das-terras-baixas
Originário
do oeste da África Central, precisamente na floresta do Congo. Habita em
zonas de florestas baixas e por vezes clareiras abertas de selva. É A
mais reservado das duas subespécies de bongo.
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Oeste
da África Central. |
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- Tragelaphus eurycerus isaacii [
- ]
- Bongo-da-montanha
Originário
da área leste da África Central (principalmente no Quênia). Vivem em áreas
de floresta montanhosas e são os únicos tipos de bongo encontrados em
cativeiro. Sendo também os mais ameaçados.
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Leste
da África Central. |
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Observações e Etimologia
O
bongo é o único membro pertencente ao subgênero Boocercus, que às
vezes é usado como um gênero completo (Nowak, 1991). Tragelaphus
euryceros é recente, não inválido, com o mesmo significado de Tragelaphus
eurycerus (Wilson e Reeder, 1993). Por ser o único antílope de cornos
espiralados (do gênero Tragelaphus) em que ambos os sexos possuem
cornos, a classificação do bongo é um pouco difícil. Desde sua descrição
foi colocado com os elãs no gênero Taurotragus, e tinha seu próprio
gênero Boocercus. Apesar disso, a maioria dos mastozoólogos
atualmente suportam a posição do bongo no gênero Tragelaphus. Bongo
é um nome nativo africano. Tragos (Grego) um carneiro; elaphos
(Grego) um cervo; combinação referente à um antílope. Eurus (Grego)
largo; keras (Grego) o chifre dum animal. Nomes
vulgares:
bongo
(português, inglês, francês, alemão); antílope bongo (português);
antílope-africano (português).
Protônimo: Boocercus
eurycerus (Ogilby,
1837).
Sinônimos: Tragelaphus
albovirgatus; Tragelaphus cooperi; Tragelaphus euryceros; Tragelaphus
isaaci; Tragelaphus katanganus.
Referências
Enciclopédia dos Seres
Vivos, CD Rom 1, Vertebrados 1.
The
Animals! A True Multimedia Experience-San Diego Zoo. ©1992 The Software
Toolworks, Arnowitz, The Zoological Society of San Diego.
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com/
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Wilson,
D. E., and D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the
World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press.
Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
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Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
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Tragelaphus eurycerus
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