-
_________________________________________________________________________________________ Menu
- Índice
-
Tapirus terrestris
-
-
-
- Tapirus terrestris
- Anta
- 2005/07/11 Rafael Silva do Nascimento 16/07/2005
|
Taxonomia
- _
-
- Tapirus (Tapirus) terrestris [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed.,
1:74.
- Localização típica:
"Brasília", i.e., Brasil, Pernambuco.
Características gerais
Comprimento do corpo: 204 cm (♂); 221
cm (♀).
Comprimento de cauda: 8 cm.
Altura: 77-108 cm (cernelha).
Peso: 150-250 kg.
O corpo é robusto. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. As
são pernas curtas e geralmente negras. Nas patas dianteiras possui quatro
dedos (o último bastante reduzido) e nas posteriores, três dedos. O pêlo é
uniforme, a coloração da varia do avermelhado ao negro, mas sendo mais comum
o marrom-acinzentado; a face é geralmente mais clara, principalmente a partir
do maxilar inferior; os filhotes são malhados, mostrando até o sexto mês,
até 4 ou 5 linhas claras e onduladas, num fundo marrom-escuro. Uma das
características marcantes nesta espécie é o focinho transformado em uma
tromba curta, a proboscíde, que é longa, flexível, preênsil e coberta por
vibrissas sensoriais. A cabeça é grande. Os dentes são agudos e usados para
defesa quando não há outra saída. As orelhas são semelhantes às do cavalo
e bastante flexíveis. Uma crina curta e erétil estende-se da nuca à metade dianteira das
costas. As fêmeas tem um par de glândulas mamárias. A cauda flexível é curta e tesa,
medindo até 8 cm de comprimento.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: fêmea
ligeiramente maior.
Ontogenia e Reprodução
O
período do estro ocorre em intervalos de 50 a 80 dias e termina em dois dias.
Macho e fêmea não permanecem muito tempo unidos, após uma perseguição que o
macho dá a fêmea dentre a mata, que termina num encontro brutal e violento,
que não chega a ser briga. A cópula ocorre dentro ou fora d'água, facilitada
dentro desta por reduzir o peso dos animais. O período de gestação dura de
335 à 439 dias. Casos de gêmeos foram observados, mas normalmente nasce uma
única cria. Comida sólida não torna-se parte significativa da dieta da cria
até várias semanas após seu nascimento; mama até quando sua genitora for
capaz de produzir leite. A cria possui estrias brancas horizontais ao longo do
dorso que servem como camuflagem, tais como algumas espécies de javali. O
crescimento completa-se aos 18 meses. Fêmeas cativas alcançaram a maturidade
sexual aos 23 meses. O indivíduo mais velho que se conhece, cativo,
reproduziu-se até os 28 anos de idade. Exemplares em cativeiro viveram até os
35 anos de idade.
-
Período
de gestação: 335-439
dias.
Número de crias: 1-2.
Maturidade sexual: 2-3 anos.
Longevidade: 29-35 anos (cativeiro).
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
Durante
as horas com luz do sol, a anta permanece oculta dentre a vegetação da
floresta. Após a chegada da noite o animal emerge para ir em busca de alimento,
nas matas e pastos. Alimenta-se de frutos, folhas, brotos, pequenos galhos,
gramíneas, plantas aquáticas, casca de árvore, organismos aquáticos e cana-de-açúcar,
melão, coco, arroz e milho de plantações. Ao chegar num local com água,
arregaça a tromba e bebe em enormes quantidades. O movimento diário das antes
numa mesma área acaba produzindo trilhas bem abertas e esta também é
utilizada pelos seus predadores para caça-la. Habita sempre áreas próximas à
água. Regularmente toma banhos, tanto de água quanto de lama, que ajuda a se
livrar dos parasitos de sua pele. É geralmente solitária e só é encontrada
em grupos durante o acasalamento. Machos tendem a urinar regularmente em pontos
particulares; talvez uma forma de comunicação com outros da sua espécie.
Também utiliza glândulas faciais para demarcar áreas. Utiliza o movimento
chamado Flehmen para captar odores de outras antas. Entre seus predadores
estão o homem (a carne é tida como iguaria saborosa), crocodilianos e
onças-pintadas. Quando surpreendido, corre para água. Para desmontar uma onça
que fique presa em seu dorso, passa rapidamente por baixo dum tronco alto. É
capaz de galopar, nadar e escalar muito bem. Pode ser facilmente domesticado.
-
Estrutura social: Solitário ou em pares de fêmea e cria.
Dieta:
Folhas, plantas aquáticas, frutos, gramíneas e casca de árvore.
Predadores
principais: Homem,
crocodilianos e onça-pintada.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
noturno; solitário.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
áreas
de floresta úmida próximas à rios e pantanais. Seu habitat típico inclui
áreas onde as chuvas variam de 2.000 a 4.000 mm, temperatura média de 27,4º
C, e uma umidade relativa de 75%.
Bioma
terrestre: floresta
tropical; floresta; savana
ou campo.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na
Venezuela,
Colômbia, quase todo o Brasil, norte da Argentina, Paraguai e leste dos
Andes.
Região
Biogeográfica: neotropical
(nativo): brasiliana (nativo).
Distribuição Histórica
A
anta é uma espécie holocênica proveniente de tapirídeos terciários basais.
Existem restos fósseis pleistocênicos da anta encontrados no alto da região
Juruá no Acre, em Jacu Pirango, São Paulo, e em Jaupaci (Brasil).
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
A
anta está listada no Apêndice II do CITES e é classificada como Ameaçada
pela U.S. E.S.A. A caça por sua carne e a destruição de seu habitat são as
principais causas de seu declínio populacional.
-
Exemplares
vivos:
-
Subespécies
-
As subespécies são distinguidas primariamente pela
distribuição geográfica e a cor da pelagem (obs.: assim que mais
informações forem encontradas, aqui serão adicionadas):
|
Imagem |
Descrição |
Distribuição |
|
|
|
- Tapirus terrestris
spegazzini
[ - ]
- Anta-do-pantanal
A subespécie habitante da região
pantaneira e do norte da Argentina.
-
|
Centro
da América do Sul. |
|
|
|
-
Tapirus terrestris terrestris [Linnaeus,
1758] - Syst. Nat., 10ª ed.,
1:74.
- Anta-amazônica
A subespécie mais comum, sua pelagem é
mais escura que na subespécie habitante do pantanal. Tem hábitos
noturnos e se alimenta tanto em terra quanto na água.
-
|
América
Central e norte da América do Sul. |
|
|
|
|
Observações e Etimologia
A
anta sempre foi considerada, por muita gente, uma espécie de cavalo-selvagem,
o qual lembra razoavelmente. Ocorre pacificamente com o tapir-de-baird no noroeste da Colômbia no
vale do alto Rio Sinu e leste do Golfo de Uruba. Acredita-se que a palavra
''anta'' seja de origem árabe. Tapirus (Tupi) forma latinizada de
tapir, o nome deste animal para o povo tupi. Terrestris aquele que vive
em terra. Nomes
vulgares:
anta (português, espanhol); tapir (português, tupi, inglês, alemão,
espanhol); tapir-brazileiro (português); tapir-das-terras-baixas
(português); brazilian-tapir (inglês); lowlan-tapir (inglês); gran-bestia
(espanhol); danta (espanhol).
Referências
Álbum
Pantanal. Nestlé Surpresa. Pág: 2.
Os
Bichos,
©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 2. Págs: 358, 359 e
360.
Província
de Tucuman - Ambiente Biológico Ecológico, Minería de la República
Argentina. Avaliado on-line em: http://www.mineria.gov.ar//ambiente/estudios/IRN/tucuman/ind-fau.asp
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
Wilson,
D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington:
Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
-
Menu
- Índice
-
Tapirus terrestris
_________________________________________________________________________________________
©2005 RSN BioData. Rafael
Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total
ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim
educacional não comercial, entre em contato
comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo
esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.
Termos
de uso
| Política
de privacidade
|