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Stymphalornis sp. nov.
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- Stymphalornis sp. nov.
- Bicudinho-do-brejo-paulista
- 2005/07/25 Rafael Silva do
Nascimento 30/07/2005
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Taxonomia
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- Stymphalornis sp. nov. [nome provisório].
- Citação: -
- Localização típica:
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Características gerais
Comprimento do corpo: 10 cm.
Peso: 9 g.
O
pequeno pássaro tem pouco mais de 10 cm de comprimento, e pesa cerca de 9 g.
Sua capacidade de vôo é pequena. A sua plumagem tem cores muito sombrias, a
tornando uma espécie bastante discreta. As fêmeas tem o dorso marrom
esverdeado com a barriga branca com pintas pretas. No macho a barriga é toda
preta. O bico é estreito e fino. As patas são escuras.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual: macho
mais escuro.
Ontogenia e Reprodução
Não
há informações disponíveis sobre sua ontogenia e reprodução.
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
O canto do
bicudinho-do-brejo-paulista tem apenas duas notas agudas e rápidas. Sua
capacidade de vôo é pequena, talvez devido à sua estrutura muscular.
Utiliza-se de sua plumagem escura para se camuflar dentre a vegetação
característica dos brejos.
Chaves
de características comportamentais: móvel.
Chaves de características alimentares: heterótrofo.
Habitat
Habita
brejos
isolados.
Bioma
terrestre: brejo.
Distribuição Geográfica
Ocorre
originalmente
na região do reservatório do Paraitinga, em
Salesópolis, à 97 quilômetros do
centro da cidade de São Paulo (cinturão verde), Brasil; paralelamente,
outra população da espécie foi localizada na região entre Mogi das Cruzes
e Arujá.
Região
Biogeográfica: neotropical (nativo): brasiliana (nativo).
Distribuição Histórica
O
bicudinho-do-brejo-paulista é uma espécie holocênica proveniente de
passeriformes terciários
basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
O
bicudinho-do-brejo-paulista está classificado como ameaçado de extinção
segundo o Ibama. Isso porque o habitat da única população até então
conhecida seria inundada para a construção da represa Paraitinga, oferecendo
um grande risco aos animais, que poderiam se afogar acaso a água da barragem
subisse (o nível da água subia de cinco a seis centímetros por dia). A partir disso, o autor da descoberta, o biólogo
Luís Fábio Silveira, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências
(IB) da USP, junto com sua equipe, fez o possível para capturar todos os
exemplares que conseguissem e soltá-los em outras áreas que tivessem o mesmo
tipo de vegetação, o brejo com taboais (um tipo de vegetação aquática). No
total, foram capturados 72 exemplares do bicudinho-do-brejo-paulista (35 machos
e 37 fêmeas), todos já translocados para 12 localidades próximas com
ecossistemas muito semelhantes, dando prioridade a áreas protegidas pelo
biólogo, sua equipe, o Ibama e o DAEE (Departamento de Águas e Energia
Elétrica do Estado de São Paulo). Colocaram os pássaros em locais de brejos
com características similares às do seu habitat original. Agora, está em
andamento um programa de monitoramento dessa população, que deve durar um ano,
para que se tenha certeza de sua adaptação. Outras ameaças enfrentadas pela
espécie são a destruição dos brejos para mineração, agricultura e as
queimadas.
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Exemplares
vivos:
pouco
mais de sete dezenas identificados.
Subespécies
-
Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
O pássaro bicudinho-do-brejo-paulista vivia tranqüilo
no cinturão verde da cidade de São Paulo até que, em fevereiro deste ano,
ele foi identificado (um casal) como uma nova espécie do gênero Stymphalornis. Foi
encontrada a poucos quilômetros do centro de São Paulo, a maior cidade do país.
A descoberta foi anunciada oficialmente, na quinta-feira 5 de maio de manhã
pelo Ibama, mas o seu reconhecimento na comunidade científica está previsto
para o segundo semestre deste ano, após a sua descrição científica, a ser
realizada pelos autores da descoberta. Para atrair a ave os pesquisadores reproduzem o canto da nova espécie,
gravado durante uma outra expedição. Ela apareceu. Era uma fêmea. O
pesquisador Luís Fábio Silveira é o pai do novo pássaro. Ele descobriu a
espécie por acaso durante um passeio na região de Biritiba-Mirim, na região
metropolitana de São Paulo. A descoberta pode ter salvado o
bicudinho-do-brejo-paulista da extinção. O primeiro casal que os
pesquisadores descobriram estava numa área que estava sendo alagada por um
reservatório. Foi preciso um esforça para retirar todos que encontraram,
para levar para áreas protegidas. “Os brejos sempre foram um habitat muito
negligenciado por todo mundo. Além disso essa é uma espécie muito discreta.
Ela é de pequeno porte, não canta muito e tem a plumagem de cores muito
sombrias. É uma ave que naturalmente passaria despercebida pela maioria das
pessoas”, completa Luís. Os pesquisadores já identificaram 72
bicudinhos-do-brejo-paulista e por prevenção, o Ibama já decidiu incluir a
espécie na lista de animais ameaçados de extinção. Silveira está
trabalhando na descrição formal da nova espécie, para que ela seja
definitivamente reconhecida pela comunidade científica. Por não estar
cientificamente descrito, o pássaro ainda não possui um nome específico,
recebendo a denominação genérica de Stymphalornis sp. nov. por
Silveira e pelo ornitólogo Dante Buzzetti, que foi o primeiro a achá-lo (uma
outra população na região entre Mogi das Cruzes e Arujá, chegando ao
resultado duma nova espécie junto a Silveira independentemente). Inicialmente acreditou-se que os exemplares pertenciam à espécie Stymphalornis
acutirostris (Bornschein, Reinert
& Teixeira, 1995), conhecida somente como bicudinho-do-brejo, endêmica das baixadas litorâneas
do Paraná e Santa Catarina. Silveira conta que a translocação foi adotada
porque algumas características da espécie indicavam que a sua população
era muito reduzida. "Ela está restrita a um habitat que não é muito
comum na região." Paralelamente, outra população da espécie foi
localizada pelo também biólogo Dante Buzeetti, na região entre Mogi das
Cruzes e Arujá, próxima ao local da descoberta. No entanto, como a área não
apresenta riscos imediatos, os animais não precisaram ser translocados.
- Obs.: Assim que mais informações forem
divulgadas, aqui serão adicionadas.
Nomes
vulgares:
bicudinho-do-brejo-paulista (português).
Protônimo: Stymphalornis
sp. nov. (nomeação provisória).
Referências
Nova espécie - Jornal Hoje,
Matéria. Maria Manso, Biritiba-Mirim, SP (05/05/2005). Avaliado on-line em: http://www.globo.com/jornalhoje Nova
espécie de pássaro é achada em SP - Jornal da Ciência. Avaliado on-line em: http://www.jornaldaciencia.org.br Nova
espécie de pássaro é descoberta em São Paulo - Agência USP de Notícias.
Avaliado on-line em: http://www.usp.br/agenciausp
Nova espécie de pássaro é
descoberta em São Paulo - Ciência e Meio Ambiente, O Estado de São Paulo.
Avaliado on-line em: http://www.estadao.com.br
Nova
espécie de pássaro, o Bicudinho-do-brejo-paulista, é descoberta em
vegetações aquáticas de SP - Universia Brasil - Mistérios da Biodiversidade
(18/05/2005). Avaliado on-line em: http://www.universiabrasil.net
Zoonomen.
Alan P. Peterson, M.D., ''Passeriformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net
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Stymphalornis sp. nov.
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