.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

Menu - Índice - Rhinoceros unicornis

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Perissodactyla
        Família: Rhinocerotidae
          Gênero: Rhinoceros
Rhinoceros unicornis
Rinoceronte-indiano

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/05/22 Hugo Gomes Antunes 04/06/2005

Taxonomia

_
Rhinoceros unicornis [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:56.
Localização típica: Índia, Assam Terai.

Características gerais

Comprimento do corpo: 2-3,5 m.
Comprimento de cauda: 50 cm.
Altura: 112-145 cm (cernelha).
Peso: 800-2.000 kg.

São apenas ligeiramente menores em relação ao rinoceronte-branco. A pele é muito espessa, de cor cinzenta e não tem pêlos, à exceção das extremidades das orelhas e da cauda. Tipicamente apresenta pregas junto às zonas articulares, o que lhe confere um aspecto couraçado. Estas placas são cobertas por tubérculos. O lábio superior é preênsil, para auxiliar a pastagem. Os incisivos inferiores em forma de presas constituem armas poderosas, juntamente com o único corno de que são possuidores, que pode atingir uma dimensão de 60 cm, mas que geralmente mede cerca de 20 cm. As patas são relativamente curtas e fortes e cada uma apresenta três dedos. São conhecidos pela sua fraca visão, mas reagem a qualquer ruído ou odor que não lhes seja familiar, porque a sua audição e olfato são apurados.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho maior com corno maior.

Ontogenia e Reprodução

O acasalamento pode ocorrer em qualquer altura do ano. Os combates entre os machos pelo direito de acasalar com uma fêmea no cio são violentos, podendo resultar na morte do opositor mais fraco. No ritual de acasalamento desta espécie, a fêmea fértil produz vocalizações de acasalamento semelhantes a guinchos seguidos de ruidosas expulsões de ar e, frequentemente, aproxima-se do macho. Então, há contacto nasal entre ambos, após o que o macho assume uma postura agressiva, baixando a cabeça na direção da fêmea. Esta responde do mesmo modo. Este comportamento pode ser seguido de breves cargas do macho sobre a fêmea, ao que ela responde abrindo a boca, voltando as orelhas para trás e preparando-se para fugir. Por vezes, o macho afasta-se e ela, então, segue-o, ao mesmo tempo que vocaliza, parecendo que brincam. No entanto, mais frequentemente, a fêmea foge do macho, enquanto deita jactos de urina, e este persegue-a, podendo fazê-lo apenas numa curta distância, após a qual ele pára e recomeça todo o processo anterior, ou numa distância maior, colocando-se ao lado da fêmea, empurrando-a e dando-lhe mordidelas no flanco. Este último comportamento normalmente termina com a aproximação do macho à traseira da fêmea, seguida habitualmente de cópula. O período de gestação é de 480 dias, após os quais nasce uma cria, que é amamentada por cerca de 18 meses e que permanece cerca de três anos com a genitora até nascer uma nova cria. Os nascimentos ocorrem principalmente de fevereiro a abril. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos quatro anos e os machos aos nove anos de idade.

Período de gestação: 15-16 meses (480 dias).
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 4-7 anos (♀); 9-10 anos (♂).
Longevidade:
30-45 anos (47 máximo em cativeiro).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Têm hábitos crepusculares e noturnos. São animais solitários, mas não existe verdadeira territorialidade. Assim, embora os encontros entre adultos sejam algo conflituosos (podendo haver interações agressivas, como cargas e batidas de chifres), os animais podem, eventualmente, partilhar os locais onde bebem (diariamente) e se banham. Brigas entre machos só resultam em morte quando a densidade populacional é muito alta. No entanto, a única relação social estável é a que se estabelece entre a fêmea e a sua descendência. Aproximadamente 10 tipos de vocalização são conhecidos dentre os rinocerontes-indianos, incluindo roncos, rugidos e grunhidos. Sua dieta consiste em gramíneas, frutas, folhas, galhos, plantas aquáticas e espécies cultiváveis. O lábio superior preênsil é usado para levar a grama até dentro da boca. Enquanto se alimenta de plantas aquáticas, os rinocerontes-indianos mergulham sua cabeça por inteiro e puxam as plantas pelo lado superior. 

            Estrutura social: Solitário.
            Dieta
: Folhas, gramíneas e plantas aquáticas.
            Predadores principais
: Homem, tigres.

            Chaves de características comportamentais: móvel; crepuscular; noturno.
                Chaves de características alimentares: herbívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita clareiras, pântanos, pradarias e florestas tropicais.

Bioma terrestre: savana ou campo; floresta tropical; pântano.

Distribuição Geográfica

Ocorre no norte do Paquistão, nordeste da Índia, Nepal, Bangladesh e Assam.

Região Biogeográfica: oriental (nativo).

Distribuição Histórica

O rinoceronte-indiano é uma espécie holocênica de rhinocerotídeo que descende de rhinocerotídeos terciários basais.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

É uma espécie em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. Na Ásia, considera-se que os órgãos do rinoceronte-indiano têm propriedades mágicas e medicinais. Este fato, a destruição do habitat e a caça para obtenção do corno têm sido responsáveis pela quase extinção desta espécie. Após processado, o chifre do rinoceronte-indiano chega a valer $ 30,000 (E.UA.) por quilo. O parque nacional de Kaziranga hospeda por si só mais da metade dos exemplares vivos no mundo (cerca de 2.000). Umas centenas vivem no Nepal, localizados sobretudo no real parque nacional de Chitwan (planície do Terai). Com a finalidade de preservar a espécie, o governo do Nepal adotou a solução, original e aparentemente eficaz para evitar massacres inúteis, de oferecer os animais mortos por causas naturais nas reservas às populações das aldeias vizinhas. As inundações provocadas pelas monções e devidas à desarborização maciça de todas as vertentes dos Himalaias são uma das causas da mortalidade dos rinocerontes-indianos.

Exemplares vivos: 2.000 (estimativa).

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

Rhis (Grego), genitivo rhinos, o nariz, focinho; keras (Grego) o chifre dum animal. Unus (Latim) um; cornu (Latim), genitivo cornus, o chifre dum animal: referente ao seu único corno no nariz.

Nomes vulgares: rinoceronte-indiano (português); rinoceronte-asiático-de-um-chifre-maior (português); rinoceronte (português); rinoceronte-nepalês (português); indian-rhinoceros (inglês); asian-greater-one-horned-rhinoceros (inglês); nepalese-rhinoceros (inglês).
Protônimo: Rhinoceros unicornis (Linnaeus, 1758).
  

Referências

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da Savana II. Pág: 60.

Fahey, B. 1999. "Rhinoceros unicornis" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 30 de Abril de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Rhinoceros_unicornis.html 

International Rhino Foundation. Sumatran Rhinoceros. Avaliado on-line em: http://www.rhinos-irf.org/ 

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com   

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

Zoológico de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt 

 

Menu - Índice - Rhinoceros unicornis


_________________________________________________________________________________________

RSN - BioData

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                        Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1