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Rhinoceros unicornis
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- Rhinoceros unicornis
- Rinoceronte-indiano
- 2005/05/22 Hugo Gomes Antunes 04/06/2005
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Taxonomia
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- Rhinoceros unicornis [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:56.
- Localização típica:
Índia, Assam Terai.
Características gerais
Comprimento do corpo: 2-3,5 m.
Comprimento de cauda: 50 cm.
Altura: 112-145 cm (cernelha).
Peso: 800-2.000 kg.
São
apenas ligeiramente menores em relação ao rinoceronte-branco. A pele é
muito espessa, de cor cinzenta e não tem pêlos, à exceção das
extremidades das orelhas e da cauda. Tipicamente apresenta pregas junto às
zonas articulares, o que lhe confere um aspecto couraçado. Estas placas são
cobertas por tubérculos. O lábio superior é preênsil, para auxiliar a
pastagem. Os incisivos inferiores em forma de presas constituem armas
poderosas, juntamente com o único corno de que são possuidores, que pode
atingir uma dimensão de 60 cm, mas que geralmente mede cerca de 20 cm. As
patas são relativamente curtas e fortes e cada uma apresenta três dedos. São
conhecidos pela sua fraca visão, mas reagem a qualquer ruído ou odor que não
lhes seja familiar, porque a sua audição e olfato são apurados.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho maior com corno maior.
Ontogenia e Reprodução
O
acasalamento pode ocorrer em qualquer altura do ano. Os combates entre os machos
pelo direito de acasalar com uma fêmea no cio são violentos, podendo resultar
na morte do opositor mais fraco. No ritual de acasalamento desta espécie, a fêmea
fértil produz vocalizações de acasalamento semelhantes a guinchos seguidos de
ruidosas expulsões de ar e, frequentemente, aproxima-se do macho. Então, há
contacto nasal entre ambos, após o que o macho assume uma postura agressiva,
baixando a cabeça na direção da fêmea. Esta responde do mesmo modo. Este
comportamento pode ser seguido de breves cargas do macho sobre a fêmea, ao que
ela responde abrindo a boca, voltando as orelhas para trás e preparando-se para
fugir. Por vezes, o macho afasta-se e ela, então, segue-o, ao mesmo tempo que
vocaliza, parecendo que brincam. No entanto, mais frequentemente, a fêmea foge
do macho, enquanto deita jactos de urina, e este persegue-a, podendo fazê-lo
apenas numa curta distância, após a qual ele pára e recomeça todo o processo
anterior, ou numa distância maior, colocando-se ao lado da fêmea, empurrando-a
e dando-lhe mordidelas no flanco. Este último comportamento normalmente termina
com a aproximação do macho à traseira da fêmea, seguida habitualmente de cópula.
O período de gestação é de 480 dias, após os quais nasce uma cria, que é
amamentada por cerca de 18 meses e que permanece cerca de três anos com a
genitora até nascer uma nova cria. Os nascimentos ocorrem principalmente de fevereiro
a abril. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos quatro anos e os machos aos
nove anos de idade.
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Período
de gestação: 15-16
meses (480 dias).
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 4-7 anos (♀); 9-10 anos (♂).
Longevidade: 30-45
anos (47 máximo em cativeiro).
Chaves de características reprodutivas: vivíparo;
sexual; dióico; fertilização interna.
Ecologia e Comportamento
Têm
hábitos crepusculares e noturnos. São animais solitários, mas não existe
verdadeira territorialidade. Assim, embora os encontros entre adultos sejam algo
conflituosos (podendo haver interações agressivas, como cargas e batidas de
chifres), os animais podem, eventualmente, partilhar os locais onde bebem
(diariamente) e se banham. Brigas entre machos só resultam em morte quando a
densidade populacional é muito alta. No entanto, a única relação social estável
é a que se estabelece entre a fêmea e a sua descendência. Aproximadamente 10
tipos de vocalização são conhecidos dentre os rinocerontes-indianos,
incluindo roncos, rugidos e grunhidos. Sua dieta consiste em gramíneas, frutas,
folhas, galhos, plantas aquáticas e espécies cultiváveis. O lábio superior preênsil
é usado para levar a grama até dentro da boca. Enquanto se alimenta de plantas
aquáticas, os rinocerontes-indianos mergulham sua cabeça por inteiro e puxam
as plantas pelo lado superior.
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Estrutura social: Solitário.
Dieta:
Folhas, gramíneas e plantas aquáticas.
Predadores
principais: Homem,
tigres.
Chaves de características comportamentais: móvel;
crepuscular; noturno.
Chaves de características alimentares: herbívoro; heterótrofo.
Habitat
Habita
clareiras, pântanos, pradarias e florestas
tropicais.
Bioma
terrestre: savana ou campo; floresta
tropical; pântano.
Distribuição Geográfica
Ocorre
no
norte do Paquistão, nordeste da Índia, Nepal, Bangladesh e Assam.
Região
Biogeográfica: oriental (nativo).
Distribuição Histórica
O
rinoceronte-indiano é uma espécie holocênica de rhinocerotídeo que
descende de rhinocerotídeos terciários basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
É
uma espécie em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da
Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. Na Ásia, considera-se que os órgãos do
rinoceronte-indiano têm propriedades mágicas e medicinais. Este fato, a
destruição do habitat e a caça para obtenção do corno têm sido responsáveis
pela quase extinção desta espécie. Após processado, o chifre do
rinoceronte-indiano chega a valer $ 30,000 (E.UA.) por quilo. O parque nacional
de Kaziranga hospeda por si só mais da metade dos exemplares vivos no mundo
(cerca de 2.000). Umas centenas vivem no Nepal, localizados sobretudo no real
parque nacional de Chitwan (planície do Terai). Com a finalidade de preservar a
espécie, o governo do Nepal adotou a solução, original e aparentemente eficaz
para evitar massacres inúteis, de oferecer os animais mortos por causas
naturais nas reservas às populações das aldeias vizinhas. As inundações
provocadas pelas monções e devidas à desarborização maciça de todas as
vertentes dos Himalaias são uma das causas da mortalidade dos
rinocerontes-indianos.
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Exemplares
vivos:
2.000 (estimativa).
Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
Rhis
(Grego), genitivo rhinos, o nariz, focinho; keras (Grego) o
chifre dum animal. Unus (Latim) um; cornu (Latim), genitivo cornus,
o chifre dum animal: referente ao seu único corno no nariz. Nomes
vulgares:
rinoceronte-indiano
(português); rinoceronte-asiático-de-um-chifre-maior
(português); rinoceronte (português); rinoceronte-nepalês (português);
indian-rhinoceros (inglês); asian-greater-one-horned-rhinoceros (inglês);
nepalese-rhinoceros (inglês).
Protônimo: Rhinoceros unicornis (Linnaeus, 1758).
Referências
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Enciclopédia
da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da
Savana II. Pág: 60.
Fahey, B.
1999. "Rhinoceros unicornis" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado
em 30 de Abril de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Rhinoceros_unicornis.html
International
Rhino Foundation. Sumatran Rhinoceros. Avaliado on-line em: http://www.rhinos-irf.org/
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
Wilson,
D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda
Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
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