-
_________________________________________________________________________________________ Menu
- Índice
-
Rhea americana
-
-
-
- Rhea americana
- Ema
- 2005/06/18 Hugo Gomes Antunes 09/07/2005
|
Taxonomia
- _
-
- Rhea americana [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed., p. 155.
- Localização típica:
-
Características gerais
Comprimento do corpo: 1,3-1,4 m.
Altura: 1,7 m.
Peso: 20-34 kg.
As
emas
medem 1,3 a 1,4 metros de altura e pesam, em média, 20 a 25 kg (até 34 kg).
A plumagem, composta de penas grandes e eriçadas, é predominantemente
cinzenta (casos de albinismo são relativamente comuns). O macho é um pouco
mais escuro do que a fêmea, principalmente na base do longo pescoço, peito e
dorso, que tem cor negra. A cabeça pequena é dotada dum bico chato,
semelhante aos dos patos. Têm três dedos, adaptados a sua vida terrestre. As
emas perderam (ao longo da evolução biológica) a capacidade de voar, sendo
aves corredoras. Não possuem quilha, como as restantes aves, estando o
esterno transformado numa placa óssea achatada de nome ratis (em latim), que
está na origem da designação de ratitas atribuída às aves corredoras.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; bípede.
Dimorfismo sexual: macho
com plumagem mais escura.
Ontogenia e Reprodução
O
período de reprodução varia consoante a localização geográfica, ocorrendo
algures de agosto a janeiro. Nesta altura, os machos são territoriais e lutam entre
si. É o macho que constrói o ninho, escavando uma depressão pouco profunda,
revestida por vegetação seca e geralmente abrigada na vegetação. Verifica-se
poligenia simultânea nos machos e poliandria em série nas fêmeas,
isto é, em cada época reprodutora, cada macho reúne um grupo de fêmeas
(até seis) com as quais acasala e estas realizam, em conjunto, uma postura no
ninho que ele construiu; em seguida, essas fêmeas abandonam o macho à tarefa
de incubar os ovos e procuram outro macho com quem acasalam e realizam nova
postura. As fêmeas realizam várias posturas na mesma época reprodutora. Cada
ninho pode conter 13 a 80 ovos, postos por cerca de 12 fêmeas diferentes. A
incubação dura 35 a 40 dias (podendo variar de 38 a 42 dias). Logo
após o nascimento, os ovos costumam exalar um odor forte que atrai algumas
moscas. Estes insetos servem de alimento para os filhotes nos primeiros dias. O
macho cuida dos filhotes ensinando-os a comer e dando toda a proteção que
necessitam. Com 6 meses de vida, os filhotes já estão fortes e quase do
tamanho de um fêmea.
As
crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso, com
poucos dias de idade. É também o macho quem acompanha as crias, até se
tornarem independentes (durante seis meses, pelo menos). Atingem a maturidade
sexual aos dois a três anos de idade.
-
Período
de incubação: 35-42
dias.
Número de crias: 13-80.
Maturidade sexual: 3 anos.
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna; poligenia; poliandro.
Ecologia e Comportamento
São
aves sedentárias e gregárias. Devido a hostilidade entre os machos, é natural
que não se formem bandos numerosos, de várias famílias. Apesar disso, podem
formar-se grupos de 20 a 30 animais, ou mesmo 100 indivíduos.
Um
macho pode lutar com outro macho para tomar-lhe as suas fêmeas e até mesmo
suas crias. Sua
alimentação é composta principalmente por folhas, frutas, sementes e insetos.
São aves catadoras que andam e pastam a procura de qualquer pequeno animal que
esteja a seu alcance (como gafanhotos, sapos, cobras, lagartos e pequenas aves).
Comem coquinhos e pedrinhas (gastrólitos) que auxiliam na trituração do
alimento. São importantes dispersoras de plantas pois eliminam as sementes nas
fezes.
As
emas possuem três dedos enquanto os avestruzes africanos dois, isso é uma
adaptação para as aves que vivem constantemente no solo. Quando perseguidas,
fogem em grande velocidade podendo chegar até 60 km/h.
Entre seus predadores naturais, estão incluídos mamíferos carnívoros, como
felinos, crocodilianos e raramente sucuris. O homem o caça por motivos banais:
para utilizar suas penas na confecção de espanadores ou simplesmente por
esporte (principalmente nos pampas do Rio Grande do Sul e da Argentina, regiões
onde a carne é abundante, sendo desnecessária seu abate), pelos gaúchos, que
utilizam boleadeiras rodopiantes para derrubar o animal.
-
Estrutura social: Grupos de 20 a 30 animais.
Dieta: Frutos,
folhas, sementes e pequenos animais.
Predadores
principais: Homem,
mamíferos carnívoros, crocodilianos e sucuris.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
nidífuga.
Chaves de características alimentares: onívoro;
frugívero; granívoro; heterótrofo.
Habitat
Habita
pampas
e cerrados, evitando terrenos de pasto abertos; para reprodução prefere
proximidades de zonas úmidas.
Bioma
terrestre: savana
ou campo; cerrado; pampa.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na
região centro-sul do Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Região
Biogeográfica: neotropical
(nativo): brasiliana (nativo).
Distribuição Histórica
A
ema é uma espécie holocênica de reídeo proveniente de formas basais
terciárias. Entre os reídeos pré-históricos, ocorrem as espécies Opisthodactylus
patagonicus, Heterorhea dabbehei e o gênero Hinasuri.
Atualmente esta família é representada apenas por duas espécies, havendo
confusão em sua correta classificação.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
A
espécie pertence ao Apêndice II da CITES. O seu número decaiu muito devido à
caça para obtenção da carne e da pele, de tal forma que tem o estatuto de
baixo risco/quase ameaçada.
-
Exemplares
vivos:
não estimada (em
decréscimo).
Subespécies
-
Cinco subespécies são aceitas:
|
Imagem |
Descrição |
Distribuição |
|
|
|
- Rhea americana albescens
[Lynch & Holmberg, 1878] -
Nat.Argentina 1 p.101.
- Ema-de-dorso-branco
Habita
o sudeste do centro-oeste brasileiro, sul da Bolívia e norte da
Argentina.
-
|
Brasil,
Bolívia e Argentina. |
|
|
|
- Rhea americana americana
[Linnaeus, 1758] - Syst.
Nat., 10ª ed., p. 155.
- Ema-brasileira-do-norte
Habita
os cerrados e a caatinga. É uma subespécie quase extinta. A redução da
população desta subespécie foi agravada pela fome generalizada no
nordeste brasileiro, onde foi caçada pelo homem para alimentação.
-
|
Brasil. |
|
|
- Rhea americana araneipes
[Brodkorb, 1938] - Occ.Pap.Mus.Zool.U.Michigan
no.367 p.1.
- Ema-uruguaia
Vive
no Uruguai e Paraguai, por vezes tendo contato com a subespécie
ema-nanica que para alguns é considerado da mesma subespécie.
-
|
Uruguai
e Paraguai. |
|
|
- Rhea americana intermedia
[Rothschild & Chubb, 1914] -
Novit.Zool. 21 p.223.
- Ema-grande
Um
pouco maior que as outras subespécie e com maior população atual.
Ocorre nos Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo
praticamente extinta no Rio Grande do Sul.
-
|
Centro-oeste
e sul do Brasil. |
|
|
- Rhea americana nobilis
[Brodbork, 1939] - Proc.Biol.Soc.Wash.
52 p.138.
- Ema-nanica
A
menor das subespécies, vive no oeste do Paraguai.
-
|
Oeste
do Paraguai. |
|
|
|
|
Observações e Etimologia
Rhea
corredor, aquele que corre. Americana mostra que vem do local, América
(mais precisamente América do Sul). Nomes
vulgares:
ema
(português); grande-ema (português); nandu (português, lusitano, alemão,
dinarmarquês); rhea (inglês); greater-rhea (inglês); american-rhea
(inglês); nandú-común (espanhol); nandú-grande (espanhol); piyo (espanhol,
boliviano); amerikannandu (finlandês); nandou-d'amérique (francês);
nandù-comune (italiano); amerikadachou (japonês); nandoe (neerlandês);
nandu-szare (polonês);
Protônimo: Struthio americanus (Linnaeus, 1758).
Referências
Avibase -
The World Bird Database. Português: Gonçalo Elias. Avaliado on-line em: http://www.bsc-eoc.org/avibase/
Os
Bichos,
©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 1.
Págs: 148-149.
Vida
Selvagem, Animais das Savanas: Avestruz. Seleções Reader's
Digest.
Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
Zoológico
de São Paulo. Avaliado on-line em: http://www.zoologico.sp.gov.br
Zoonomen.
Alan P. Peterson, M.D., ''Struthioniformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net
-
Menu
- Índice
-
Rhea americana
_________________________________________________________________________________________
©2005 RSN BioData. Rafael
Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total
ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim
educacional não comercial, entre em contato
comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo
esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.
Termos
de uso
| Política
de privacidade
|