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Phoenicoparrus andinus
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Taxonomia
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- Phoenicoparrus andinus [Philippi, 1854].
- Citação: An.Univ.Chile 11 p.337.
- Localização típica:
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Características gerais
Comprimento do corpo: 102-110 cm.
Altura: 115 cm.
Peso: 2,2 kg.
Possui
o elegante corpo esguio típico dos flamingos, com longas pernas e um longo
pescoço curvado. A coloração da plumagem é dum rosa pálido, com as partes
superiores brilhantes e uma notável região preta nas asas, nas penas mais
longas, terminais das asas. As pernas são amareladas e o grande e curvado
bico é amarelo com a metade recurvada de cor negra. Nas mandíbulas existem
pequenos filamentos, as lamelas, que atuam do mesmo modo das barbatanas das
baleias filtradoras de plâncton. As narinas localizam-se
no topo central do bico. A íris é negra. A região superior a esta última e a região
correspondente às axilas são dum rosado mais forte. Pode apresentar
coloração rosada mais intensa em todo o pescoço. A região rosada no peito
presente nos adultos falta nos exemplares juvenis. A mandíbula inferior é
maior e mais maciça que a superior, e atua como um filtro. As crias são
cinzentas em cor antes que desenvolvam a plumagem rosada dos adultos.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual: não
apresentável.
Ontogenia e Reprodução
São
aves monógamas. Reproduzem-se em colônias, num período que vai de dezembro à
fevereiro. Antes da formação dos pares, machos e fêmeas se reúnem em grupos
de até 150 indivíduos, momento em que realizam a chamada ''marcha nupcial''. A
marcha tem movimentos de pescoço e vocalizações características de todo o
grupo. Após a formação dos pares, ocorre uma série de repertórios
complementares. Semanas depois, começa a nidificação, onde formam colônias
para a criação dos filhotes, que pode reunir milhares de indivíduos. A
postura ocorre entre novembro e fevereiro. Geralmente apenas um único ovo é posto,
branco, e o sucesso reprodutivo parece ser
baixo. O ninho é um amontoado de barro lama, de forma cônica, com uma
depressão no centro. Após um mês de incubação, por parte de ambos os
genitores, nasce o filhote, coberto por uma penugem cinzenta e com o bico reto e
de cor laranja forte ao rosado, da mesma cor das patas. Os filhotes jovens lembram gansos, o que reforça a teoria
das relações filogenéticas entre fenicopterídeos e anatídeos. Os
filhotes são precoces e permanecem no ninho durante poucos dias, sendo
alimentados pelos por ambos os genitores. Após uma semana de vida, os filhotes
se reúnem em creches formadas por milhares de indivíduos que permanecem
juntos, vigiados por alguns adultos. Depois de algumas semanas, os filhotes
começam a mudar de aspecto físico. A coloração vai tornando-se cada vez mais
semelhante à dos adultos. Os grupos se mantêm unidos por até os
três primeiros meses de vida dos filhotes, momento em que já estão em
condições de viverem por conta própria. Os flamingos
são animais de vida longa, podendo alcançar os 50 anos de idade.
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Período
de incubação: 30 dias.
Número de crias: 1.
Longevidade: até 50 anos.
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna;
monogâmica.
Ecologia e Comportamento
O
vôo é desenvolto, graças ao peso reduzido de seu corpo. Voa com o pescoço
reto e levemente arqueado para baixo. Os flamingos-andinos são aves gregárias
altamente especializadas, que habitam sistemas salinos de onde retiram seu
alimento (composto geralmente por algas microscópicas e invertebrados) e
materiais para continuar seus hábitos reprodutivos. Obtém o alimento desde
sedimentos limosos do fundo de lagoas a áreas salinas lacustres. O bico do
flamingo-andino atua como uma bomba filtradora. A água e os sedimentos
superficiais passam através das lamelas nas quais ficam depositadas as presas
que ingere. A alimentação consiste principalmente de diferentes espécies de
algas diatomáceas, pequenos moluscos, crustáceos e larvas de alguns insetos.
Costumam andar em grupos com o bico semi-submergido com movimentos da cabeça de
ambos os lados. Caminha pausadamente, de forma nômade, realizando um corte
zig-zag na água, filtrando os sedimentos depositados nas lagoas. Para ingerir o
alimento, abre e fecha o bico produzindo leves ondulações na água, e logo
levanta a cabeça para ingerir todo o alimento retido pelo bico. Em certas
ocasiões, é possível observar certa agressividade entre os membros da mesma
espécie e frente a membros de outras espécies quando estão buscando alimento,
originada possivelmente por conflitos territoriais. Após o período
juvenil, os flamingos-andinos possuem poucos predadores naturais, entre eles a
raposa-andina. Enquanto é jovem, pode ser alvo também da gaivota-andina, que
além dos filhotes também alimenta-se dos ovos dos flamingos.
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Estrutura social: Colônias.
Dieta:
Algas microscópicas e invertebrados.
Predadores
principais: Homem.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
diurno;
gregário.
Chaves de características alimentares: onívoro; heterótrofo.
Habitat
Habita
lagos
salgados e de alcalina em áreas montanhosas de altitudes que variam de
2.300-4.500 acima do nível do mar.
Bioma
terrestre: lagoa
ou lago.
Distribuição Geográfica
Ocorre
no Peru, Chile, Bolívia e Argentina.
Região
Biogeográfica: neotropical (nativo): brasiliana (nativo).
Distribuição Histórica
O
flamingo-andino é uma espécie holocênica proveniente de fenicopteriformes terciários
basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
O
flamingo-andino é protegido devido a constar na lista do Apêndice II da
Convenção Internacional do Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES) e no
Apêndice I da Convenção das Espécies Migratórias (CMS). Uma população
independente de flamingos-andinos existe no Wildfowl and Wetlands Trust em
Slimbridge, Reino Unido. Essas aves provem pesquisas úteis nos aspectos
comportamentais da espécie. Os flamingos são aves emotivas e atuam como
espécies importantes na conservação dos ecossistemas das delicadas áreas
alagadas.
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Exemplares
vivos:
27.000
(1998).
Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
É
a terceira maior espécie de flamingo americano. Alguns autores o
colocam junto ao gênero Phoenicopterus. Phoenicoparrus com o
prefixo derivado de ''phoenix'', fênix, referente à coloração viva
das espécies de flamingo. Andinuas que habita a região da Cordilheira
dos Andes, oeste da América do Sul. Nomes
vulgares:
flamingo-andino (português); flamingo-dos-andes (português);
fenicóptero-dos-andes (português); andean-flamingo
(inglês); parina-grande (espanhol); jututu (espanhol); flamenco-dos-andino
(espanhol).
Protônimo: Phoenicopterus
andinus (Philippi, 1854).
Referências
Arkive -
Images of Life on Earth. Avaliado on-line em: http://www.arkive.org
La
Parina Grande (Phoenicoparrus andinus). El Zoológico Eletrónico - Mariano
Jimenez II e Mariano G. Jiménez e seus licensores. Avaliado on-line em: http://www.damisela.com/zoo/index.htm Los
Flamencos del Altiplano Bolivianno - Encuentro, Revista Boliviana de Cultura -
Ano V, nº 11, novembro de 1995 - Editorial Fundación BHN. Avaliado on-line em:
http://www.bolivianet.com/cultura/encuentro/flamencos/
O Mundo
dos Animais, Aves 1 - Nova Cultural, vol. 1, pág. 53.
Zoonomen.
Alan P. Peterson, M.D., ''Ciconiiformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net
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Phoenicoparrus andinus
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