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Phoebetria fusca
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- Phoebetria fusca
- Piaui-preto
- 2005/08/16 Rafael Silva do
Nascimento 20/08/2005
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Taxonomia
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- Phoebetria fusca [Hilsenberg, 1822].
- Citação: Notizen [Froriep] 3
col.74.
- Localização típica:
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Características gerais
Envergadura: 203 cm.
Peso: 2,4-2,9 kg (♂); 1,8-2,5 kg (♀).
Um dos albatrozes mais distintos com sua
plumagem escura e cauda longa. A coloração do dorso é marrom apenas pouco
mais claro que a cabeça e pescoço. O sulco mandibular é amarelo. Existe uma
área branca circulando os olhos. As asas são amplas e duma coloração
marrom-escura, com poucas penas claras em suas extremidades. Os exemplares
jovens tem a cabeça bem mais clara que os adultos e o restante do corpo
marrom mais claro, que em ambos os casos a plumagem se escurece a medida que o
animal vai amadurecendo. A envergadura dos adultos é de aproximadamente 2,03
m. Os machos de Tristan da Cunha pesam 2,4-2,9 kg, as fêmeas 1,8-2,5 kg.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual: não
apresentável.
Ontogenia e Reprodução
Um
ciclo reprodutivo leva 7 meses, mas os casais nidificam bi-anualmente. Os ninhos
são construídos em terreno íngreme, como falésias. Em Tristan da Cunha os
adultos retornam do mar em setembro e os primeiros ovos são postos de forma
bastante sincronizada na primeira semana de outubro. A incubação dura cerca de
71 dias. O casal se reveza e cada turno de incubação dura 1-21 dias. Um dos
pais sempre fica com o filhote durante os primeiros 19-21 dias. Depois disso o
filhote é deixado sozinho, exceto quando alimentado. Os juvenis deixam o ninho
com cerca de 164 dias. Os pais continuam a alimentar o juvenil até este deixar
o ninho, não havendo abandono como em outros albatrozes e petréis. O sucesso
reprodutivo varia muito de ano para ano, com uma média de 43% nas ilhas Crozet.
A idade média de primeira reprodução é de 12-13 anos e a expectativa de vida
é de mais 19,5 anos. A sobrevivência dos adultos é de 89,9-96,7% e a dos
juvenis é de 22,4%.
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Período
de incubação:
cerca de 71 dias.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 12-13 anos.
Longevidade: 19,5 anos.
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
Um
dos petréis com vôo mais ágil, esta espécie é um dos albatrozes com maior
capacidade de mergulho, atingindo cerca de 12 m de profundidade. Não
há informação sobre migrações desta espécie. A dieta não tem sido
estudada em detalhes no Atlântico, mas nas ilhas Crozet 70% em massa da dieta
dos filhotes é peixe (especialmente o mictofídeo Electrona carlsbergi),
14% lulas (principalmente Galitheuthis glacialis, Kondakovia longimana,
Morotheuthis knipovitchi), 13% crustáceos (krill) e 3% carniça.
Nas ilhas Prince Edward peixes corresponderam a 32%, lulas a 32%, crustáceos a
23% e carniça a 1%. As lulas predadas tem entre 100-300 g, mas restos de indivíduos
muito maiores (até 5 kg) ocorrem nas amostras.
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Estrutura social: Colônias.
Dieta:
Peixes, cefalópodes e crustáceos.
Predadores
principais: Homem;
aves-marinhas (filhotes).
Chaves
de características comportamentais: móvel;
terrícola.
Chaves de características alimentares: carnívoro;
piscívoro; heterótrofo.
Habitat
Habita
áreas
costeiras subtropicais e temperadas.
Bioma
terrestre: costeiro.
Bioma aquático: pelágico
Distribuição Geográfica
Ocorre ao norte da Convergência Subtropical
raramente até c. 16°S e ao sul ocasionalmente até 70°S, com grande dispersão
no Oceano Austral. As duas espécies de Phoebetria tem suas áreas de alimentação
separadas, grosso modo, pela Convergência Antártica (50°S), P. fusca
utilizando águas ao norte da mesma;
nidifica em Tristan da Cunha e Gough. Fora do Atlântico nas ilhas Prince
Edward, Marion, Crozet, Kerguelen e Amsterdan.
Região
Biogeográfica: neotropical
(nativo); brasiliana (nativo); antártico (nativo); oceânico (nativo): oceano
Atlântico (nativo).
Distribuição Histórica
O
piaui-preto é uma espécie holocênica proveniente de
procellariiformes terciários
basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
O
piaui-preto é uma espécie considerada globalmente Vulnerável (VU, critério
A1b) e consta do Apêndice II da Convenção de Espécies Migratórias (CMS). Há
5.000-10.000 pares em Gough e 4.125-5.250 em Tristan da Cunha.
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Exemplares
vivos:
cerca
de 48.000.
Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
Similar a Phoebetria palpebrata, que também
ocorre no Brasil, distingue-se pelo dorso marrom apenas pouco mais claro que a
cabeça e pescoço (o contraste é muito maior em P. palpebrata, que
tem o dorso cinza-pálido) e pelo sulco mandibular amarelo (azul ou violeta em
P. palpebrata). Nomes
vulgares:
piaui-preto (português); sooty-albatross (inglês).
Referências
Projeto
Albatroz - Guia de Identificação de Aves Marinhas (Espécies
que Interagem com Espinheleiros e Outras Artes de Pesca). Avaliado on-line em: http://www.projetoalbatroz.com.br/guia.htm
Zoonomen.
Alan P. Peterson, M.D., ''Ciconiiformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net
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Phoebetria fusca
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