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Panthera onca
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Taxonomia
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- Panthera (Jaguarinus) onca [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:42.
- Localização típica:
"America
meridionali", fixado por Thomas a "Pernambuco" [Brasil].
Características gerais
Comprimento do corpo: 1,12-1,85 cm.
Comprimento de cauda: 45-75 cm.
Altura: 68-76 cm (cernelha).
Peso: 36-158 kg (57-113 kg em média).
A
configuração da pelagem permite distingui-la dos outros representantes do
gênero Panthera, e especialmente do leopardo. É o terceiro maior
felino do mundo, atrás somente do tigre e do leão, e o maior felino das
Américas. A cabeça, o ventre e as
patas são pintalgados de machas negras cheias; o dorso e os flancos, por sua
vez, apresentam rosetas negras (o modelo mais complexo de malha entre os seus
pares felídeos), que circundam uma ou mais pintas escuras sobre um fundo que
varia do amarelo ao avermelhado. A base do ventre é branca. A parte posterior
da orelha é negra com uma mancha branca. Os olhos são amarelos com a pupila
escurecida. A visão está bem adaptada à semi-escuridão da mata e à fraca
luminosidade da aurora e do crepúsculo. A existência de onças-negras é
inconteste. Trata-se de uma mutação melânica, mas essa característica não
parece depender de razões ecológicas ou geográficas específicas (ignora-se
ainda a razão de tal mutação). Os dois
gêneros de pelagem podem ser observados numa mesma ninhada. Quando esta é
negra, o desenho das manchas e rosetas torna-se visível com uma boa
iluminação. Os cantos da boca prolongam-se num traço preto. Os dentes são
afiados e a mandíbula é muito poderosa. O ouvido e o
olfato são-lhe mais úteis do que a visão, uma vez que ela vive na
escuridão da floresta, mas os seus sentidos são todos bastante
desenvolvidos. As vibrissas, que existem na cabeça (acima dos olhos) e no
focinho, ajudam-na a se orientar nas distâncias curtas. As patas, curtas e
possantes, estão adaptadas à sua vida arborícola. As anteriores medem até
12 cm de largura, quanto às posteriores essa medida varia de 7 a 8 cm. Suas cinco garras são
retráteis. Tal como os primatas, a onça tem clavículas, razão por que os
membros anteriores possuem uma flexibilidade perfeita.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho
maior.
Ontogenia e Reprodução
A época do cio da fêmea (o
estro corresponde ao período de 6 a 17 dias) é a única em que um casal de
exemplares adultos pode ser visto junto. Os machos reconhecem a receptividade da
fêmea pelo odor da sua urina. É nos rastros das fêmeas que eles procuram a
sua companheira. Pode acontecer vários machos serem atraídos pela mesma
fêmea. Nesse caso, a situação é resolvida com base nas dimensões de cada
um. Geralmente, o macho mais poderoso domina os outros, que se mantêm a
distância,mas que, apesar de tudo, seguem o casal. Os estudiosos nunca
assistiram a nenhum combate entre machos; todavia, de vez em quando é possível
encontrarem-se exemplares com feridas ou cicatrizes na cabeça ou no pescoço,
devido, provavelmente, à violência de combates por uma fêmea no cio. O
acasalamento desses grandes felinos tem sempre uma aparência violenta. Entre os
felídeos, a ovulação é provocada pelo acasalamento: segundo se acredita,
esse comportamento que parece brutal favoreça a possibilidade de fecundação.
A sua cópula é muitas vezes acompanhada por miados característicos. A
freqüência desta ultrapassa uma centena por dia. Não existe uma época de
reprodução específica dessa espécie nas regiões tropicais. Todavia, nas
áreas que têm uma estação de chuvas definida, os nascimentos dão-se
sobretudo nessa época, quando o alimento é abundante. No Norte (México) e no
Sul (Argentina), a reprodução das onças está ligada à estação das chuvas.
A gestação dura aproximadamente 3 meses (de 93 a 105 dias), ao cabo da qual
nascem de 1 a 4 filhotes por parto. Em Belize, onde os nascimentos ocorrem entre
maio e janeiro (com o índice máximo, em 85% dos casos, registrado durante a
estação das chuvas, ou seja, de maio a setembro), as ninhadas são em média
de um par de filhotes. Os pesquisadores puderam observar 23 fêmeas
seguidas pelas suas crias: 52% estavam acompanhadas por 2 filhotes, 35% por
apenas 1 e 13% por 3. Ao nascer, os recém-nascidos pesam entre 700 e 900
g. A fêmea dá à luz num local bem abrigado, de onde, nos primeiros tempos,
sai apenas para ir à procura de alimento. Na primeira semana de vida, as crias,
surdas e cegas, dependem por completo da genitora. Os seus olhos abrem-se ao fim
de 13 dias. As crias permanecem durante aproximadamente 6 meses na toca onde
nasceram ou pelos arredores. Nos 18-24 meses seguintes, elas acompanham a
genitora, que continua a se ocupar delas na sua vida errante através do seu
território. Durante o treinamento que dá as crias, a genitora as empurra na
água para que percam o medo de nadar. Na floresta, os perigos são
variadíssimos, e a ameaça não provém apenas de animais de outras espécies,
uma vez que os machos adultos da mesma espécie atacam por vezes os exemplares
jovens, sobretudo nas regiões onde existe grande densidade de onças. O futuro
da ninhada depende dessa densidade: se ela for escassa, os jovens facilmente
encontrarão um território onde poderão instalar-se; se ela for mais numerosa,
ser-lhes-há mais difícil descobrir uma área própria. Nesse caso, terão de
permanecer em grupo durante alguns meses do início das suas vidas de adulto,
antes de cada um poder estabelecer o seu próprio território. A onça pode ser
cruzada com o leopardo (gerando descendentes férteis e maiores do que as duas
espécies comuns), tão chegado é o parentesco entre as duas espécies (apesar
de pertencerem a diferentes subgêneros); o único problema é um não matar o
outro. As onças vivem cerca de 10 anos na natureza (até 22 anos em cativeiro);
50% da mortalidade antes dos 2 anos.
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Período
de gestação: 3 meses
(93-105 dias).
Número de crias: 1-4 (2 em média).
Maturidade sexual: 3-4 anos.
Longevidade: 10 anos
(22 anos em cativeiro).
Chaves de características reprodutivas: vivíparo;
sexual; dióico; fertilização interna.
Ecologia e Comportamento
A onça-pintada influencia no ecossistema e na cadeia alimentar do seu habitat notavelmente, sendo o predador do topo, desde tempos pré-históricos. Se, por um lado, ela pôde, devido à escassa concorrência, expandir o seu nicho ecológico, por outro, o seu desenvolvimento viu-se com certeza limitado pela baixa densidade de presas existentes. É mesmo possível que a sua presença tenha modificado o equilíbrio da fauna que anteriormente habitava a região. Em seguida, com a chegada dos homens e dos seus animais domésticos, a situação começou a se modificar. O equilíbrio ainda não foi alcançado em definitivo: o gado por vezes favorece a expansão da onça, mas, visto que esse felino vai contra os interesses econômicos do momento, poderia tornar-se mal tolerado, e por isso, ser excessivamente perseguido. A onça-pintada é um felino solitário, caçador e territorial.
Os machos movimenta-se de um lugar para outro mais do que as fêmeas, e os seus
deslocamentos podem chegar a atingir algumas dezenas de quilômetros (200 km²
em busca de alimento). Ao contrário disso, as jovens fêmeas parecem deter-se
por mais tempo dentro do território da genitora. A musculatura do corpo permite-lhe, no momento do bote, pular sobre as presas antes de estas terem tempo de reagir. Mas a onça tem necessidade de se aproximar mais delas do que o leopardo, uma vez que a sua corpulência, mais maciça, não lhe permite executar saltos tão amplos como os deste último. Por outro lado, é capaz de abater animais de 200 a 300 kg de peso (tal como a anta e o gado doméstico), e a força das suas mandíbulas é verdadeiramente impressionante. Utiliza as garras hábeis para tirar as tartarugas das suas carapaças para se alimentar delas. Utilizando suas flexíveis pernas anteriores, ataca as presas lateralmente, atira-se sobre elas, agarrando-lhes a parte anterior do corpo e obrigando as a cair por terra. A onça se serve dessa tática, que é comum aos panterinos, também para capturar bovinos: a vaca ou vitelo por ela atacados morrem na queda, com as vértebras cervicais partidas. Algumas fazendas sul-americanas foram palco de lutas extraordinárias entre touros e onças. Enquanto derruba a presa, esse felídeo morde-a na cabeça, na base das orelhas. No caso de as presas serem de menor volume e corpulência, a onça utiliza a pata como um porrete, com ela partindo o crânio da vítima. Quando caça presas silvestres de porte, como a anta, a onça fica de tocaia em alguma árvore, sobre a trilha que o tapirídeo faz em direção a água, e quando esta passa, cai sobre o seu lombo. Mas a anta pode escapar se encontrar um tronco e passar por baixo deste, desmontando o predador. Além de antas, gado e tartarugas (tanto terrestres quanto dulciaqüicolas), a onça também caça macucos, peixes grandes como o pirarucu (pois nada muito bem), jibóias, jacarés
(principalmente na zona do pantanal, Brasil, no Mato Grosso), veados, queixadas, pacas, capivaras e cotias. Estas variam de acordo com a região onde a subespécie habita. Evita atacar o tamanduá-bandeira, e se o ataca é por engano, pois se ocorrer um combate, ambos morrem ou se afastam feridos: apesar de todas as habilidades da onça, o abraço mortal do tamanduá é muito perigoso. A onça pode partilhar do mesmo habita com outros animais caçadores, tal como o puma, com o qual em certas regiões, como em Belize, os dois vivem perfeitamente, sem conflitos aparentes, graças as presas pequenas localmente disponíveis. Mas a onça pode também caçar outros felinos, como já testemunhou um escritor venezuelano, incluindo jaguatiricas e o próprio puma. Tal como acontece com grande número de outros mamíferos, também a onça macho pode matar os jovens da mesma espécie quando a ocasião se apresenta. Poderá tratar-se de um sistema de auto-regulação da população que ajude a manter o equilíbrio da fauna numa determinada região. Muitas vezes já ocorreu de um caçador que usa um apito para imitar o som do macuco, de carne bastante apreciada, encontrar um som parecido na mata, e ir até ele, mas ao invés de encontrar o pássaro, depara com o olhar sonolento da onça, que também utiliza a técnica de mímica para atrair os macucos. Acidentes como esse já ocorreram muitas vezes no Brasil, às vezes com resultados cômicos, às vezes trágicos. A
marca que a sua pata deixa no solo é de uma almofada plantar grande e quatro
impressões pequenas, correspondentes às almofadas digitais. O polegar não
deixa traço algum na terra.
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Estrutura
social:
Solitário e territorial.
Dieta:
Mamíferos de grande, médio e pequeno porte, répteis, aves e peixes.
Predadores
principais: Homem.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
predador;
territorial.
Chaves de características alimentares: carnívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
florestas
tropicais e equatoriais, florestas secas, zonas de moitas pré-desérticas;
abaixo dos 1.000 m de altitude.
Bioma
terrestre: savana
ou campo; floresta tropical; bosque.
Distribuição Geográfica
Ocorria
originalmente desde o sudoeste dos Estados Unidos da América à Argentina
Setentrional. Atualmente habita apenas a América Latina do México ao norte
da Argentina.
Região
Biogeográfica: neoártico
(nativo); neotropical (nativo): brasiliana (nativo).
Distribuição Histórica
Entre
1,6 milhão e 100.000 anos antes da era holocênica, no atual território dos
Estados Unidos da América, vivia Panthera augusta. Essa espécie (ou
subespécie, há controvérsia) gigante teria sido, segundo alguns cientistas, o antepassado direto da Panthera
onca. Aos poucos, as suas dimensões teriam diminuído e as suas patas
ter-se-iam reduzido proporcionalmente. Outros pesquisadores duvidam de tal
teoria e sugerem, com base em descobertas feitas em numerosas jazidas
fósseis, que as duas espécies tenham coabitado até a extinção da
onça-gigante, que teria ocorrido no início da Era Moderna simultaneamente
com o aparecimento do homem. A história da onça não está, porém,
confinada ao Novo Mundo. Assim como muitos mamíferos, ela chegou ao
continente americano através do estreito de Bering, no final do Terciário ou
no início do Quaternário, e pôde depois alcançar o Sul, quando o istmo do
Panamá emergiu. Esse animal vive hoje principalmente nos países da América
Latina. Existem vestígios de espécies semelhantes em algumas regiões da
Ásia e Europa. Panthera gombaszoegensis assemelhava-se muito à
onça-gigante e remonta o Pleistoceno europeu. Alguns vêem nessa espécie um
antepassado do leão ou da atual onça, ou talvez de ambos. Tal espécie vivia
provavelmente nas florestas temperadas e semitropicais de folha caduca.
Qualquer que seja sua origem, euro-asiática ou mais tipicamente americana, a
onça é hoje o único representante do gênero Panthera no Novo Mundo
e é o maior mamífero predador da zona intertropical das Américas.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
Anexo
I da Convenção de Washington; baixo risco segundo a lista vermelha de IUCN. A
espécie é composta atualmente por oito subespécies, todas ameaçadas. Algumas
estão extintas, exceto em zoológicos, onde se reproduzem com sucesso. A maior
ameaça às onças-pintadas são a caça excessiva em busca de sua pele e a
perda do habitat, devido ao desmatamento. Os naturalistas tem dificuldades em
encontrar e estudar a onça-pintada em seu habitat natural devido à sua
natureza restrita e rara. A maior parte da informação disponível é
proveniente de exemplares cativos.
-
Exemplares
vivos:
algumas
dezenas de milhares (segundo estimativa); em decréscimo.
Subespécies
-
Foram definidas 8 subespécies de onças-pintadas,
algumas das quais completamente extintas. Há debate em torno da
classificação correta das subespécies (que às vezes é bastante
especulativa), e da onça-gigante, Panthera augusta (também
classificada como subespécie da onça-pintada, Panthera onca augusta).
Outra subespécie pré-histórica é a Panthera onca mesembrina :
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Panthera onca arizonensis
[ - ]
- Onça-pintada-do-arizona
A subespécie norte-americana típica.
Desaparecida dos Estados Unidos da América (Arizona e Novo México);
presente no México (costa do Pacífico). Sua reprodução está associada
à época das chuvas.
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Sudoeste
dos Estados Unidos da América e noroeste do México. |
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- Panthera onca augusta †
[ - ]
- Onça-pintada-gigante
†
Onça pré-histórica gigante e de
pernas longas, que habitava os Estados Unidos da América.
-
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Estados Unidos da América. |
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- Panthera onca centralis
[ - ]
- Onça-pintada-centro-americana
Habita da América Central ao equador,
até os Andes meridionais. Caça de cervídeos à tapires.
|
América
Central e noroeste da América do Sul. |
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- Panthera onca goldmani [ - ]
- Onça-pintada-de-goldman
Esta subespécie encontra-se difundida
pelo território mexicano. Sua presas incluem as queixadas e catetos, com
as quais precisa tomar cuidado, pois o bando enfurecido pode despedaçar
uma onça.
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México. |
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- Panthera onca hernandesi [
- ]
- Onça-pintada-de-hernandes
Outra subespécie mexicana, esta habita
o sul do país, em áreas mais tropicais, com mais abundância em
presas de pequeno porte.
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|
Sul
do México. |
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|
- Panthera onca mesembrina †
[
- ]
- Onça-pintada-pré-histórica
†
Subespécie pré-histórica de onça-pintada das Américas, que foi retratada em pinturas rupestres.
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América. |
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- Panthera onca onca [Linnaeus,
1758] - Syst. Nat., 10ª ed., 1:42.
- Onça-pintada-comum
Outrora presente da Venezuela até o Sul
do Brasil e também nas Guianas. Encontrava entre suas presas capivaras,
cotias, antes e cutias mamíferos de portes variados.
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|
Brasil,
Venezuela, Guina e Guiana Francesa. |
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- Panthera onca palustris [
- ]
- Onça-pintada-do-pantanal
Outrora presente do Brasil meridional
até a Argentina, e também no Uruguai, no Paraguai e na Bolívia. Seu
nome (palustre, referente à água, lagos) refere-se ao seu hábitat
alagado o pantanal.
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|
Brasil,
Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. |
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|
- Panthera onca peruvianus [
- ]
- Onça-pintada-peruana
Ainda presente do equador ao Peru, até
os Andes meridionais.
-
|
Peru
e noroeste da América do Sul. |
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- Panthera onca veraecrucis
[ - ]
- Onça-pintada-de-vera-cruz
Outrora presente no Texas e Méximo
(costa atlântica).
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|
Texas
e México. |
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Observações e Etimologia
Qualquer
que seja a sua origem, o certo é que as onças precederam o homem na
América. Mesmo a palavra jaguar é de origem ameríndia. O termo
é derivado do tupi-guarani Jonou-ara, nome genérico atribuído pelos
indígenas basicamente aos animais do gênero Felis. Em 1761, Buffon o
registrou em francês. Em inglês, é um empréstimo do português ou do
espanhol. No México, os astecas chamavam esse animal de ocelotl. A
palavra onça, por sua vez, é um empréstimo do italiano lonza.
Esse felino aparece frequentemente nas tradições da América Central e do
Sul, do México ao Peru, dos mais aos incas. Vive nas lendas, e a sua imagem
está gravada na pedra desde a noite dos tempos. Foram encontradas numerosas
esculturas de felinos, mas ainda não se sabe ao certo se representam pumas e
onças, nem se o animal é divindade ou se a divindade é que se manifesta sob
a forma desse felino. Entre os maias da Guatemala mesmo entre os seus atuais
desdentes, a onça não é considerada um verdadeiro deus, mas desempenha
papel muito importante na vida espiritual. Alguns dos seus atributos - a
força, o vigor, a capacidade de se deslocar e de caçar durante a noite -
são traços divinos, ou pelo menos simbolizam-nos. Os príncipes maias
andavam cobertos com peles de onça; os olmecas, um povo antigo da época dos
mais e com os quais certamente conviviam, deixaram variadíssimas
representações de quimeras, metade homem metade jaguar. Atualmente existem
ainda alguns grupos étnicos que continuam a cobrir-se com peles de onça
durante as suas cerimônias rituais e a usar as suas garras e caninos como
amuletos, para se protegerem e adquirirem a força desse animal. Acredita-se
também que o seu sangue transmitia força, coragem e poder ao recém-nascido
que o beber. Os índios sul-americanos acreditam que a onça utilize sua cauda
para pescar. A histórias narradas pelo explorador alemão Alexanfer von
Humboldt levam a crer que era bem mais fácil encontrar onças no início do
século passado do que hoje. Panthera
(Latim) pantera, um felino grande. Jaguarinus (Tupi) forma latinizada
de jaguar, nome indígena desta espécie na América do Sul. Onça
(Guarani) aquele me mata com um só golpe. Nomes
vulgares:
onça-pintada (português); onça (português); onça-preta (português);
canguçu (português); jaguaretê (português); jaguar (português, inglês,
alemão, francês); yaguar (espanhol); tigre-real (espanhol); tigre
(espanhol); lonza (italiano); janou-ara (tupi-guarani); ocelotl (asteca).
Protônimo: Felis onca
(Linnaeus, 1758).
Referências
Ciência,
Ficção e Interpretação. Bestiário, Onça Pintada (Panthera onca).
Avaliado on-line em: http://rpg_ficcao.sites.uol.com.br/index.htm
Enciclopédia
da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da
Savana IV. Págs: 5, 13, 16, 17, 20, 21 e 22.
Os
Bichos, ©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 2. Págs: 364, 375 e
376. Mikko's Phylogeny
Archive. Avaliado on-line em: http://www.fmnh.helsinki.fi/users/haaramo/ Springstubbe, K. 2002. "Panthera onca"
(On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 11 de junho de 2005. Avaliado
on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Panthera_onca.html
The Cat Survival Trust - The Jaguar. Avaliado on-line em: http://members.aol.com/cattrust/jaguar.htm
Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993.
Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian
Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
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