.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

Menu - Índice - Panthera onca

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Carnivora
        Família: Felidae
          Gênero: Panthera
Panthera onca
Onça-pintada

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime jovem. Clique para ampliar.

2005/06/15 Rafael Silva do Nascimento 25/06/2005

Taxonomia

_
Panthera (Jaguarinus) onca [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:42.
Localização típica: "America meridionali", fixado por Thomas a "Pernambuco" [Brasil].

Características gerais

Comprimento do corpo: 1,12-1,85 cm.
Comprimento de cauda: 45-75 cm.
Altura: 68-76 cm (cernelha). 
Peso: 36-158 kg (57-113 kg em média).

A configuração da pelagem permite distingui-la dos outros representantes do gênero Panthera, e especialmente do leopardo. É o terceiro maior felino do mundo, atrás somente do tigre e do leão, e o maior felino das Américas. A cabeça, o ventre e as patas são pintalgados de machas negras cheias; o dorso e os flancos, por sua vez, apresentam rosetas negras (o modelo mais complexo de malha entre os seus pares felídeos), que circundam uma ou mais pintas escuras sobre um fundo que varia do amarelo ao avermelhado. A base do ventre é branca. A parte posterior da orelha é negra com uma mancha branca. Os olhos são amarelos com a pupila escurecida. A visão está bem adaptada à semi-escuridão da mata e à fraca luminosidade da aurora e do crepúsculo. A existência de onças-negras é inconteste. Trata-se de uma mutação melânica, mas essa característica não parece depender de razões ecológicas ou geográficas específicas (ignora-se ainda a razão de tal mutação). Os dois gêneros de pelagem podem ser observados numa mesma ninhada. Quando esta é negra, o desenho das manchas e rosetas torna-se visível com uma boa iluminação. Os cantos da boca prolongam-se num traço preto. Os dentes são afiados e a mandíbula é muito poderosa. O ouvido e o olfato são-lhe mais úteis do que a visão, uma vez que ela vive na escuridão da floresta, mas os seus sentidos são todos bastante desenvolvidos. As vibrissas, que existem na cabeça (acima dos olhos) e no focinho, ajudam-na a se orientar nas distâncias curtas. As patas, curtas e possantes, estão adaptadas à sua vida arborícola. As anteriores medem até 12 cm de largura, quanto às posteriores essa medida varia de 7 a 8 cm. Suas cinco garras são retráteis. Tal como os primatas, a onça tem clavículas, razão por que os membros anteriores possuem uma flexibilidade perfeita.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede. 
Dimorfismo sexual:
macho maior.

Ontogenia e Reprodução

A época do cio da fêmea (o estro corresponde ao período de 6 a 17 dias) é a única em que um casal de exemplares adultos pode ser visto junto. Os machos reconhecem a receptividade da fêmea pelo odor da sua urina. É nos rastros das fêmeas que eles procuram a sua companheira. Pode acontecer vários machos serem atraídos pela mesma fêmea. Nesse caso, a situação é resolvida com base nas dimensões de cada um. Geralmente, o macho mais poderoso domina os outros, que se mantêm a distância,mas que, apesar de tudo, seguem o casal. Os estudiosos nunca assistiram a nenhum combate entre machos; todavia, de vez em quando é possível encontrarem-se exemplares com feridas ou cicatrizes na cabeça ou no pescoço, devido, provavelmente, à violência de combates por uma fêmea no cio. O acasalamento desses grandes felinos tem sempre uma aparência violenta. Entre os felídeos, a ovulação é provocada pelo acasalamento: segundo se acredita, esse comportamento que parece brutal favoreça a possibilidade de fecundação. A sua cópula é muitas vezes acompanhada por miados característicos. A freqüência desta ultrapassa uma centena por dia. Não existe uma época de reprodução específica dessa espécie nas regiões tropicais. Todavia, nas áreas que têm uma estação de chuvas definida, os nascimentos dão-se sobretudo nessa época, quando o alimento é abundante. No Norte (México) e no Sul (Argentina), a reprodução das onças está ligada à estação das chuvas. A gestação dura aproximadamente 3 meses (de 93 a 105 dias), ao cabo da qual nascem de 1 a 4 filhotes por parto. Em Belize, onde os nascimentos ocorrem entre maio e janeiro (com o índice máximo, em 85% dos casos, registrado durante a estação das chuvas, ou seja, de maio a setembro), as ninhadas são em média de um par de filhotes.  Os pesquisadores puderam observar 23 fêmeas seguidas pelas suas crias: 52% estavam acompanhadas por 2 filhotes, 35% por apenas 1 e 13% por 3. Ao nascer, os recém-nascidos pesam entre 700 e 900 g. A fêmea dá à luz num local bem abrigado, de onde, nos primeiros tempos, sai apenas para ir à procura de alimento. Na primeira semana de vida, as crias, surdas e cegas, dependem por completo da genitora. Os seus olhos abrem-se ao fim de 13 dias. As crias permanecem durante aproximadamente 6 meses na toca onde nasceram ou pelos arredores. Nos 18-24 meses seguintes, elas acompanham a genitora, que continua a se ocupar delas na sua vida errante através do seu território. Durante o treinamento que dá as crias, a genitora as empurra na água para que percam o medo de nadar. Na floresta, os perigos são variadíssimos, e a ameaça não provém apenas de animais de outras espécies, uma vez que os machos adultos da mesma espécie atacam por vezes os exemplares jovens, sobretudo nas regiões onde existe grande densidade de onças. O futuro da ninhada depende dessa densidade: se ela for escassa, os jovens facilmente encontrarão um território onde poderão instalar-se; se ela for mais numerosa, ser-lhes-há mais difícil descobrir uma área própria. Nesse caso, terão de permanecer em grupo durante alguns meses do início das suas vidas de adulto, antes de cada um poder estabelecer o seu próprio território. A onça pode ser cruzada com o leopardo (gerando descendentes férteis e maiores do que as duas espécies comuns), tão chegado é o parentesco entre as duas espécies (apesar de pertencerem a diferentes subgêneros); o único problema é um não matar o outro. As onças vivem cerca de 10 anos na natureza (até 22 anos em cativeiro); 50% da mortalidade antes dos 2 anos.

Período de gestação: 3 meses (93-105 dias).
Número de crias: 1-4 (2 em média).
Maturidade sexual: 3-4 anos.
Longevidade:
10 anos (22 anos em cativeiro).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

A onça-pintada influencia no ecossistema e na cadeia alimentar do seu habitat notavelmente, sendo o predador do topo, desde tempos pré-históricos. Se, por um lado, ela pôde, devido à escassa concorrência, expandir o seu nicho ecológico, por outro, o seu desenvolvimento viu-se com certeza limitado pela baixa densidade de presas existentes. É mesmo possível que a sua presença tenha modificado o equilíbrio da fauna que anteriormente habitava a região. Em seguida, com a chegada dos homens e dos seus animais domésticos, a situação começou a se modificar. O equilíbrio ainda não foi alcançado em definitivo: o gado por vezes favorece a expansão da onça, mas, visto que esse felino vai contra os interesses econômicos do momento, poderia tornar-se mal tolerado, e por isso, ser excessivamente perseguido. A onça-pintada é um felino solitário, caçador e territorial. Os machos movimenta-se de um lugar para outro mais do que as fêmeas, e os seus deslocamentos podem chegar a atingir algumas dezenas de quilômetros (200 km² em busca de alimento). Ao contrário disso, as jovens fêmeas parecem deter-se por mais tempo dentro do território da genitora. A musculatura do corpo permite-lhe, no momento do bote, pular sobre as presas antes de estas terem tempo de reagir. Mas a onça tem necessidade de se aproximar mais delas do que o leopardo, uma vez que a sua corpulência, mais maciça, não lhe permite executar saltos tão amplos como os deste último. Por outro lado, é capaz de abater animais de 200 a 300 kg de peso (tal como a anta e o gado doméstico), e a força das suas mandíbulas é verdadeiramente impressionante. Utiliza as garras hábeis para tirar as tartarugas das suas carapaças para se alimentar delas. Utilizando suas flexíveis pernas anteriores, ataca as presas lateralmente, atira-se sobre elas, agarrando-lhes a parte anterior do corpo e obrigando as a cair por terra. A onça se serve dessa tática, que é comum aos panterinos, também para capturar bovinos: a vaca ou vitelo por ela atacados morrem na queda, com as vértebras cervicais partidas. Algumas fazendas sul-americanas foram palco de lutas extraordinárias entre touros e onças. Enquanto derruba a presa, esse felídeo morde-a na cabeça, na base das orelhas. No caso de as presas serem de menor volume e corpulência, a onça utiliza a pata como um porrete, com ela partindo o crânio da vítima. Quando caça presas silvestres de porte, como a anta, a onça fica de tocaia em alguma árvore, sobre a trilha que o tapirídeo faz em direção a água, e quando esta passa, cai sobre o seu lombo. Mas a anta pode escapar se encontrar um tronco e passar por baixo deste, desmontando o predador. Além de antas, gado e tartarugas (tanto terrestres quanto dulciaqüicolas), a onça também caça macucos, peixes grandes como o pirarucu (pois nada muito bem), jibóias, jacarés (principalmente na zona do pantanal, Brasil, no Mato Grosso), veados, queixadas, pacas, capivaras e cotias. Estas variam de acordo com a região onde a subespécie habita. Evita atacar o tamanduá-bandeira, e se o ataca é por engano, pois se ocorrer um combate, ambos morrem ou se afastam feridos: apesar de todas as habilidades da onça, o abraço mortal do tamanduá é muito perigoso. A onça pode partilhar do mesmo habita com outros animais caçadores, tal como o puma, com o qual em certas regiões, como em Belize, os dois vivem perfeitamente, sem conflitos aparentes, graças as presas pequenas localmente disponíveis. Mas a onça pode também caçar outros felinos, como já testemunhou um escritor venezuelano, incluindo jaguatiricas e o próprio puma. Tal como acontece com grande número de outros mamíferos, também a onça macho pode matar os jovens da mesma espécie quando a ocasião se apresenta. Poderá tratar-se de um sistema de auto-regulação da população que ajude a manter o equilíbrio da fauna numa determinada região. Muitas vezes já ocorreu de um caçador que usa um apito para imitar o som do macuco, de carne bastante apreciada, encontrar um som parecido na mata, e ir até ele, mas ao invés de encontrar o pássaro, depara com o olhar sonolento da onça, que também utiliza a técnica de mímica para atrair os macucos. Acidentes como esse já ocorreram muitas vezes no Brasil, às vezes com resultados cômicos, às vezes trágicos. A marca que a sua pata deixa no solo é de uma almofada plantar grande e quatro impressões pequenas, correspondentes às almofadas digitais. O polegar não deixa traço algum na terra.

            Estrutura social: Solitário e territorial.
            Dieta: Mamíferos de grande, médio e pequeno porte, répteis, aves e peixes.
            Predadores principais:
Homem.

            Chaves de características comportamentais: móvel; predador; territorial.
                Chaves de características alimentares:
carnívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita florestas tropicais e equatoriais, florestas secas, zonas de moitas pré-desérticas; abaixo dos 1.000 m de altitude.

Bioma terrestre: savana ou campo; floresta tropical; bosque.

Distribuição Geográfica

Ocorria originalmente desde o sudoeste dos Estados Unidos da América à Argentina Setentrional. Atualmente habita apenas a América Latina do México ao norte da Argentina.

Região Biogeográfica: neoártico (nativo); neotropical (nativo): brasiliana (nativo).

Distribuição Histórica

Entre 1,6 milhão e 100.000 anos antes da era holocênica, no atual território dos Estados Unidos da América, vivia Panthera augusta. Essa espécie (ou subespécie, há controvérsia) gigante teria sido, segundo alguns cientistas, o antepassado direto da Panthera onca. Aos poucos, as suas dimensões teriam diminuído e as suas patas ter-se-iam reduzido proporcionalmente. Outros pesquisadores duvidam de tal teoria e sugerem, com base em descobertas feitas em numerosas jazidas fósseis, que as duas espécies tenham coabitado até a extinção da onça-gigante, que teria ocorrido no início da Era Moderna simultaneamente com o aparecimento do homem. A história da onça não está, porém, confinada ao Novo Mundo. Assim como muitos mamíferos, ela chegou ao continente americano através do estreito de Bering, no final do Terciário ou no início do Quaternário, e pôde depois alcançar o Sul, quando o istmo do Panamá emergiu. Esse animal vive hoje principalmente nos países da América Latina. Existem vestígios de espécies semelhantes em algumas regiões da Ásia e Europa. Panthera gombaszoegensis assemelhava-se muito à onça-gigante e remonta o Pleistoceno europeu. Alguns vêem nessa espécie um antepassado do leão ou da atual onça, ou talvez de ambos. Tal espécie vivia provavelmente nas florestas temperadas e semitropicais de folha caduca. Qualquer que seja sua origem, euro-asiática ou mais tipicamente americana, a onça é hoje o único representante do gênero Panthera no Novo Mundo e é o maior mamífero predador da zona intertropical das Américas. 

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

Anexo I da Convenção de Washington; baixo risco segundo a lista vermelha de IUCN. A espécie é composta atualmente por oito subespécies, todas ameaçadas. Algumas estão extintas, exceto em zoológicos, onde se reproduzem com sucesso. A maior ameaça às onças-pintadas são a caça excessiva em busca de sua pele e a perda do habitat, devido ao desmatamento. Os naturalistas tem dificuldades em encontrar e estudar a onça-pintada em seu habitat natural devido à sua natureza restrita e rara. A maior parte da informação disponível é proveniente de exemplares cativos.

Exemplares vivos: algumas dezenas de milhares (segundo estimativa); em decréscimo.

Subespécies

Foram definidas 8 subespécies de onças-pintadas, algumas das quais completamente extintas. Há debate em torno da classificação correta das subespécies (que às vezes é bastante especulativa), e da onça-gigante, Panthera augusta (também classificada como subespécie da onça-pintada, Panthera onca augusta). Outra subespécie pré-histórica é a Panthera onca mesembrina :

  Imagem Descrição Distribuição
 
Panthera onca arizonensis [ - ]
Onça-pintada-do-arizona

A subespécie norte-americana típica. Desaparecida dos Estados Unidos da América (Arizona e Novo México); presente no México (costa do Pacífico). Sua reprodução está associada à época das chuvas.

 
Sudoeste dos Estados Unidos da América e noroeste do México.
 
Panthera onca augusta [ - ] 
Onça-pintada-gigante †

Onça pré-histórica gigante e de pernas longas, que habitava os Estados Unidos da América.

 
Estados Unidos da América.
 
 
Panthera onca centralis  [ - ]
Onça-pintada-centro-americana

Habita da América Central ao equador, até os Andes meridionais. Caça de cervídeos à tapires. 

 

América Central e noroeste da América do Sul.
 
Panthera onca goldmani [ - ]
Onça-pintada-de-goldman

Esta subespécie encontra-se difundida pelo território mexicano. Sua presas incluem as queixadas e catetos, com as quais precisa tomar cuidado, pois o bando enfurecido pode despedaçar uma onça.

 
México.
 
Panthera onca hernandesi [ - ]
Onça-pintada-de-hernandes

Outra subespécie mexicana, esta habita o sul do país, em áreas  mais tropicais, com mais abundância em presas de pequeno porte.

 
Sul do México.
 
Panthera onca mesembrina [ - ]
Onça-pintada-pré-histórica

Subespécie pré-histórica de onça-pintada das Américas, que foi retratada em pinturas rupestres.

 
América.
 
  © The Zoological Society of San Diego
Panthera onca onca [Linnaeus, 1758] - Syst. Nat., 10ª ed., 1:42.
Onça-pintada-comum

Outrora presente da Venezuela até o Sul do Brasil e também nas Guianas. Encontrava entre suas presas capivaras, cotias, antes e cutias mamíferos de portes variados.

 
Brasil, Venezuela, Guina e Guiana Francesa.
 
Panthera onca palustris [ - ]
Onça-pintada-do-pantanal

Outrora presente do Brasil meridional até a Argentina, e também no Uruguai, no Paraguai e na Bolívia. Seu nome (palustre, referente à água, lagos) refere-se ao seu hábitat alagado o pantanal.

 
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
 
Panthera onca peruvianus [ - ]
Onça-pintada-peruana

Ainda presente do equador ao Peru, até os Andes meridionais.

 
Peru e noroeste da América do Sul.
 
Panthera onca veraecrucis [ - ]
Onça-pintada-de-vera-cruz

Outrora presente no Texas e Méximo (costa atlântica).

 
Texas e México.
 
       

Observações e Etimologia

Qualquer que seja a sua origem, o certo é que as onças precederam o homem na América. Mesmo a palavra  jaguar é de origem ameríndia. O termo é derivado do tupi-guarani Jonou-ara, nome genérico atribuído pelos indígenas basicamente aos animais do gênero Felis. Em 1761, Buffon o registrou em francês. Em inglês, é um empréstimo do português ou do espanhol. No México, os astecas chamavam esse animal de ocelotl. A palavra onça, por sua vez, é um empréstimo do italiano lonza. Esse felino aparece frequentemente nas tradições da América Central e do Sul, do México ao Peru, dos mais aos incas. Vive nas lendas, e a sua imagem está gravada na pedra desde a noite dos tempos. Foram encontradas numerosas esculturas de felinos, mas ainda não se sabe ao certo se representam pumas e onças, nem se o animal é divindade ou se a divindade é que se manifesta sob a forma desse felino. Entre os maias da Guatemala mesmo entre os seus atuais desdentes, a onça não é considerada um verdadeiro deus, mas desempenha papel muito importante na vida espiritual. Alguns dos seus atributos - a força, o vigor, a capacidade de se deslocar e de caçar durante a noite - são traços divinos, ou pelo menos simbolizam-nos. Os príncipes maias andavam cobertos com peles de onça; os olmecas, um povo antigo da época dos mais e com os quais certamente conviviam, deixaram variadíssimas representações de quimeras, metade homem metade jaguar. Atualmente existem ainda alguns grupos étnicos que continuam a cobrir-se com peles de onça durante as suas cerimônias rituais e a usar as suas garras e caninos como amuletos, para se protegerem e adquirirem a força desse animal. Acredita-se também que o seu sangue transmitia força, coragem e poder ao recém-nascido que o beber. Os índios sul-americanos acreditam que a onça utilize sua cauda para pescar. A histórias narradas pelo explorador alemão Alexanfer von Humboldt levam a crer que era bem mais fácil encontrar onças no início do século passado do que hoje. Panthera (Latim) pantera, um felino grande. Jaguarinus (Tupi) forma latinizada de jaguar, nome indígena desta espécie na América do Sul. Onça (Guarani) aquele me mata com um só golpe.

Nomes vulgares: onça-pintada (português); onça (português); onça-preta (português); canguçu (português); jaguaretê (português); jaguar (português, inglês, alemão, francês); yaguar (espanhol); tigre-real (espanhol); tigre (espanhol); lonza (italiano); janou-ara (tupi-guarani); ocelotl (asteca).                                                                                                                                                                                                                                            Protônimo: Felis onca (Linnaeus, 1758).

Referências 

Ciência, Ficção e Interpretação. Bestiário, Onça Pintada (Panthera onca). Avaliado on-line em: http://rpg_ficcao.sites.uol.com.br/index.htm 

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da Savana IV. Págs: 5, 13, 16, 17, 20, 21 e 22.

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 2. Págs: 364, 375 e 376. 

Mikko's Phylogeny Archive. Avaliado on-line em: http://www.fmnh.helsinki.fi/users/haaramo/ 

Springstubbe, K. 2002. "Panthera onca" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 11 de junho de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Panthera_onca.html 

The Cat Survival Trust  - The Jaguar. Avaliado on-line em: http://members.aol.com/cattrust/jaguar.htm 

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

Menu - Índice - Panthera onca


_________________________________________________________________________________________

RSN - BioData

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                         Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1