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Menu - Índice - Okapia johnstoni

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Artiodactyla
        Família: Giraffidae
          Gênero: Okapia
Okapia johnstoni
Ocapi

  Figura de um espécime macho. Clique para ampliar. Figura de um espécime fêmea. Clique para ampliar.

2005/02/24 Rafael Silva do Nascimento 28/05/2005

Taxonomia

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Okapia (Okapia) johsntoni [Sclater, 1901].  
Citação: Proc. Zool. Soc. Lond., 1901(1):50.
Localização típica: Zaire, Floresta de Semliki, Mundala.

Características gerais

Comprimento do corpo: cerca de 2,5 m.
Comprimento de cauda: 30-40 cm.
Altura: 1,5-1,7 m (cernelha).
Peso: 200-300 kg.

Superficialmente o ocapi lembra um cavalo, que foi classificado como tal, da primeira vez que um naturalista observou um, entre 1887 e 1889, por Henry Stanley. Seu pescoço é longo em comparação aos outros ruminantes e suas orelhas são grandes e flexíveis. O corpo é de cor marrom-chocolate com listras brancas-creme distribuídas pelas pernas. Sua coloração única torna a parte negra do seu corpo invisível dentre a vegetação tropical fechada. Os ocapis machos possuem um par de cornos cobertos por uma fina camada de pelos, com tamanho máximo de 15 cm. Esses chifres estão fundidos com o crânio e ficam sobre a órbita, voltados para trás. As fêmeas possuem uma coloração mais avermelhada, brilhante, e são normalmente cerca de 4,2 cm mais altas que os machos. Ambos machos e fêmeas possuem glândulas interdigitais nas suas patas dianteiras. O que o distingue como um membro da família das girafas é sua língua comprida, escura e musculosa usada para pegar o alimento e para limpar os olhos. Também o formato do crânio e seu modo de caminhar, que lembra o da girafa: ambos girafas e ocapis mantém as patas na mesma direção do corpo quando correm, movendo-as alternadamente.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho com par de cornos
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Ontogenia e Reprodução

A reprodução ocorre o ano todo, principalmente maio/junho e novembro/dezembro. A sua taxa de reprodução é baixa, pois as fêmeas do ocapi dão apenas um filhote por vez, a cada dois anos. Na época do acasalamento o cortejo pode ultrapassar um mês, durante esse tempo o macho acompanha a fêmea constantemente. As fêmeas avisam a sua condição urinando e grunhindo.A fêmea parece o atrair também emitindo sons.O longo período de acasalamento propicia tempo suficiente para que o macho localize uma fêmea. A aproximação inicial e a fase de contato são marcadas por uma agressividade da fêmea e uma dominância do macho. A corte do macho tem um comportamento parecido com o do antílope. Encontros de machos, principalmente na presença de fêmeas no cio são sempre agressivos, havendo um ritual de batimento de pescoços e de chifradas.Um filhote que nasce entre agosto e outubro, na estação das chuvas, quando a floresta é rica de vegetação tenra. Medindo 80cm no garrote, o filhote pesa em torno de 15 a 20kg e começa a mamar entre 6 e 12h após o seu nascimento. Nascem com proporções pequenas tendo uma cabeça pequena, um pescoço curto e pernas finas. A emissão de ruídos é importante para manter o contato entre a mãe e seu filhote. Os filhotes recebem cuidados por aproximadamente 6 meses. Os cornos dos machos desenvolvem-se entre o primeiro e o terceiro ano de vida.

Período de gestação: 427-457 dias (14 meses).
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 4 anos (♂); 3 anos (♀).
Longevidade: 20 anos;30 anos(cativeiro).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

O ocapi é ativo durante o dia, usando trilhas bem definidas dentre a selva. Para encontrar parceiros para reprodução, usa seu faro bem desenvolvido. Normalmente são silenciosos para evitar eventuais predadores. Os exemplares jovens, emitem vários tipos de sons, incluindo assobios. A vocalização aumenta quando genitora e cria estão separados. As mães são muito protetoras, defendendo as crias vigorosamente. A população estimada para cada quilômetro quadrado é de 0,8-2,3 espécimes. Os ocapis possuem territórios individuais de aproximadamente 2,5-5 quilômetros quadrados, no qual se move cerca de um quilômetro por dia em busca de alimento. O ocapi encontra os minerais que seu corpo precisa comendo substâncias sulfóricas pelos bancos dos rios.

            Estrutura social: Solitário, ou em pequenos grupos temporários.
            Dieta
: Folhas, gramíneas e frutos.
            Predadores principais
: L
eopardo.

            Chaves de características comportamentais: móvel; diurno; noturno; territorial.
               
Chaves de características alimentares:
herbívoro; ruminante; heterótrofo.

Habitat

Habita florestas equatoriais densas.

Bioma terrestre: floresta tropical.

Distribuição Geográfica

Ocorre no nordeste da República Democrática do Congo (Ex-Zaire), entre 500 a até 1.450 m de altitude.

Região Biogeográfica: neotropical (nativo): brasileira (nativo).

Distribuição Histórica

A família dos girafídeos diferenciou-se dos outros artiodátilos há apenas 25 milhões de anos atrás. Os seus numerosos representantes povoaram o mundo antigo até o final do Terciário. Há 20 milhões de anos, os gêneros Palaeotragus e Giraffokeryx eram girafídeos típicos, este último com dois pares de cornos. Há 10 milhões de anos, Mioceno Superior, existiram várias subfamílias,entre a elas, a do Sivatherii, que lembrava um boi. Os gêneros atuais, Giraffa e Okapia surgiram mais ou menos na mesma época do sivatério, e são os únicos sobreviventes dessa diversificada família de ruminantes. Uma forma pleistocênica de ocapi foi o ocapi-de-stille (Okapia stillei).

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

Protegido no Zaire desde 1933; estima-se que existam cerca de 5.000 na Reserva Faunística do Ocapi, tendência a diminuir.

Exemplares vivos: 5,000 (tendência a diminuir).

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

Okapia é uma corrupção do nome nativo dos pigmeus africanos o´api, que refere-se ao ocapi, palavra que representa os ruídos que emite. Johnstoni em homenagem a Sir Harry H. Johnston, explorador e autor, que descobriu o ocapi na Adiminstração Colonial Britânica na África Central. O ocapi era desconhecido fora da África até a virada do século XX, entretanto ele ainda continua sendo um dos animais menos conhecidos pelos zoológicos... Foi graças ao explorador e autor inglês: Sir Harry H. Johnston (1858-1927), e às boas relações que ele mantinha com os pigmeus, que se veio a conhecer o ocapi em 1901. Henry Stanley foi o primeiro a penetrar na densa floresta de Ituri, em 1890, expondo a existência do ocapi em seu livro "In Darkest Africa". Em seus escritos, ele cita a sua surpresa quando os pigmeus nativos Wambutti relatam que eram parecidos com cavalos, e por causa dos ruídos que produziam, chamam-no de o'api (interpretado por Stanley como atti). Persistentes rumores desse estranho animal parecido com cavalo, levaram Johnston a fazer uma jornada ao Congo, em 1899. O animal era velho conhecido dos pigmeus e outros povos nativos da floresta Ituri que o caçavam por comida. Depois de ganhar a confiança dos pigmeus, ele aprendeu mais sobre o animal e teve certeza que o o'api era uma espécie de zebra da floresta, aguardando uma descrição científica. Johnston conseguiu mostras de pele desse animal que enviou a Royal Zoological Society de Londres, em 1900. Da análise resultante, foi declarado que o "novo" animal não se tratava de uma zebra, tampouco de uma espécie de cavalo, mas que era muito similar a extinta girafa de pescoço curto, do gênero Helladotherium, a qual viveu a mais de 10 milhões de anos atrás na Europa e na Ásia. Foi mostrado a Johnston várias trilhas que os nativos insistiam em dizer que eram de ocapis. Embora, as trilhas estivessem com as pegadas, Johnston não acreditou que se tratava de uma nova espécie e sim de uma subespécie da família dos cavalos. Meanwhile Karl Eriksson, comandante do Forte Mbeni, enviou a Johnston, uma pele completa do animal e dois crânios. Johnston escreveu novamente para a sociedade, encaminhando o material. Esses crânios foram a chave do mistério, permitindo que os cientistas determinassem que essa nova espécie não era um cavalo, mas uma girafa da floresta. O ocapi foi descrito pelo cientista P. L. Sclater, em 1901. As características similares à girafa incluem os cornos recobertos por pele, os dentes caninos e a língua longa que é usada para pegar alimentos. Sua cabeça e sua pelagem aveludada parecem ter sido tomadas de empréstimo à girafa. Tem a garganta branca e as ancas listradas de branco, assim como as pernas dianteiras. A grande diferença das listras das patas dianteiras e traseiras é, provavelmente, muito importantes para o reconhecimento dos filhotes. Assim como as girafas, as fêmeas defendem a sua cria dando coices com as suas patas. Como a girafa, o macho possui entre as orelhas dois pequenos chifres cobertos de pele. Somente machos tem cornos, embora algumas fêmeas podem ter um par. Os ocapis têm glandes em seus pés, diferentemente das girafas.

Nomes vulgares: ocapi (português); ocápi (português); okapi (inglês); o'api (pigmeu).
Protônimo: Equus johnstoni (Sclater, 1901).
      

Referências

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques,Larousse - Animais da Savana I. Págs: 60-61.

GirafaMania. Sérgio Sakall. Avaliado on-line em: http://www.girafamania.com.br

Palkovacs, E. 2000. "Okapia johnstoni" (On-line), Animal Diversity Web. Accessado em 26 de Fevereiro, 2005. Avaliado on-line em:  http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Okapia_johnstoni.html  

The Animals! A True Multimedia Experience-San Diego Zoo. ©1992 The Software Toolworks, Arnowitz, The Zoological Society of San Diego.

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com/  

Wilson, D. E., and D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

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