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Menu - Índice - Myrmecophaga tridactyla

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Xenarthra
        Família: Myrmecophagidae
          Gênero: Myrmecophaga
Myrmecophaga tridactyla
Tamanduá-bandeira

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/01/28 Rafael Silva do Nascimento 06/08/2005

Taxonomia

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Myrmecophaga tridactyla [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:35.
Localização típica: :"America meridionali;" restrito para o Brasil, Pernambuco [= Recife], por Thomas.

Características gerais

Comprimento do corpo: cerca de 1,3 m.
Comprimento de cauda: 90 cm
Altura: cerca de 60 cm
Peso: 18-40 kg.

Sendo o maior de todos os membros da família Myrmecophagidae, o tamanduá-bandeira ou gigante é um comedor de insetos e ovos de aves, como todos as espécies atuais de tamanduás, das Américas Central e do Sul. É caracterizado por seu longo focinho cônico, por suas unhas enormes e por sua língua comprida. Com o tamanho total de 50 cm, a pegajosa língua coberta por um líquido atrativo de insetos doce, é usada para capturar os insetos em seus ninhos, formigueiros e cupinzeiros. O tamanduá-bandeira pode tirar a língua cerca de 160 vezes por minuto. A boca mal chega aos dois centímetros de diâmetro, e só permite que o tamanduá se alimente de insetos. O focinho comprido aloja a enorme língua, sua arma de caça. A visão é fraca e o tamanduá-bandeira depende quase totalmente da audição e do faro para detectar inimigos. O tamanduá abre as paredes da estrutura com as garras afiadas e lá varre o local levando consigo os insetos. Suas longas e curvas garras são usadas para abrir brechas nos ninhos dos insetos de que se alimenta. São também um recurso mortal de luta, já que as usa para ferir os adversários, cravando lhes as unhas nas costas. A pelagem é característica da espécie, um acinzentado com uma faixa preta com bordas brancas e as patas de cor branca também. Sua cauda o confunde em meio a grama alta das savanas tropicais e campos, detentores de muitos cupinzeiros. 

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede; tridátilo.
Dimorfismo sexual:
não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

Os tamanduás-bandeira se reúnem em pares somente na época da reprodução, normalmente na primavera. Após se acasalarem, o macho abandona a fêmea que irá cuidar do filhote (um único por ano) até que este já possa se manter sozinho. O filhote nasce com cerca de 1,3 kg. Durante oito ou nove meses, a cria se alimenta somente de leite. Após esse prazo, a fêmea ensina as técnicas de caça aos insetos ao filhote. Para que este não se canse, a fêmea o carrega nas costas, assim como fazem algumas espécies de primatas (com os quais não tem parentesco próximo), apesar de ele ser capaz de galopar lentamente um mês após seu nascimento. Em cativeiro vivem de 14 à 15 anos.

Período de gestação: 190 dias.
Número de crias: 1
Maturidade sexual: 14-22 meses (♀); 24 meses (♂).
Longevidade: Cerca de 15 anos.

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

De hábitos solitários fora do tempo de reprodução, os tamanduás-bandeiras habitam os bosques tropicais, savanas e os campos abertos. Passa boa parte do seu tempo procurando alimento, o qual captura com sua longa e pegajosa língua de meio metro. Os encontra usando seu olfato apurado. Também possui boa audição, em contrapartida a péssima visão. Num único dia, o tamanduá-bandeira pode comer cerca de dois milhões de formigas. Os cupins removem o subsolo e o utilizam para a construção de sua casa. Durante este processo, nas paredes dos termiteiros são fixados nutrientes não encontrados na superfície; além disto,  a atividade dos cupins no interior de seu ninho incorpora muita matéria orgânica. Quando o termiteiro é destruído pelo tamanduá,  os nutrientes e matéria orgânica são espalhados pela superfícies e aproveitados por microorganismos e plantas, renovando a biomassa do cerrado. Essa espécie prefere formigas grandes, como as carpinteiras, que não têm ferrões grandes e nem veneno. Eles não comem formigas-lava-pé. Possui o pêlo grosso, que o protege das picadas dos insetos. Quase não bebem água, pois conseguem a hidratação necessária a partir dos insetos que ingere. De andar lento e silencioso, galopa tranqüilamente nas laterais das patas, com as garras dobradas para que estas fiquem sempre afiadas, pelos campos de grama alta, amareladas, próprias das savanas. Pode escalar árvores com desenvoltura, mas não como as espécies arborícolas. Pode também facilmente escalar as cercas comuns nessas áreas. Para se defender, ataca os inimigos nas costas dando um abraço e cravando-lhes as unhas nas costas. Faz isso na posição ereta, com os braços levantados. Dorme enrodilhado, até quinze horas diárias, de dia ou de noite, pois é ativo a qualquer hora do dia. É naturalmente diurno, tornando-se noturno quando vive próximo de seres humanos. Em caso de enchente, não se aperta: sabe nadar com agilidade, e utiliza a longa cauda como auxílio. Em cativeiro recebem vários tipos de alimentos, incluindo insetos (vermes, larvas, grilos e cupins), um mingau com alto índice de proteína e aperitivos como abacates, mangas, laranjas e iogurte. Não são animais territoriais e vagam por uma área de aproximadamente 9.000 ha.

            Estrutura social: Solitário. Só se reúne em casais para a procriação. É comum ver a fêmea após o acasalamento junto ao filhote.
            Dieta: Formigas, cupins, casulos, larvas de besouro, ovos e ocasionalmente frutas (quando em cativeiro).
            Predadores principais: Homem, onça-pintada e puma.

            Chaves de características comportamentais: móvel; diurno; noturno.
                Chaves de características alimentares:
carnívoro; insetívoro; mirmecófago; heterótrofo.

Habitat

Habita áreas pantanosas, florestas úmidas e savanas das Américas Central e do Sul.

Bioma terrestre: savana ou campo; pântano; floresta tropical.

Distribuição Geográfica

Ocorre nas  Américas Central e do Sul.

Região Biogeográfica: neotropical (nativo).

Distribuição Histórica

Descendente de desdentados terciários, os tamanduás do atual Holocêno são relacionados com as preguiças, tatus, gliptodontes e parentes próximos. Vindos para a América do Sul da América do Norte, assim como os tatus ou armadilos, os mirmecofagídeos possuem parentes até na Europa, local onde não se imaginava encontrar um fóssil de desdentado. Fala-se do Eurotamandua, como o próprio nome já diz, ''tamanduá europeu''. Era assemelhado ao tamanduá-bandeira, e acredita-se que tivesse os mesmos hábitos. Vivia em florestas tropicais, pois lá em épocas terciárias, situava-se mais ao sul, e a Terra era mais quente, antes da Era Glacial. Hoje em dia, só habitam a América Latina, com espécies terrícolas e arborícolas, tais como o tamanduá-mirim e o tamanduí. 

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

Vulnerável. Apesar de não estar a beira da extinção, esforços precisão ser feitos para conservar sua espécie. É ameaçado pela destruição de seu habitat. 

Exemplares vivos: -

Subespécies

Atualmente se reconhecem-se três subespécies, que se distinguem pela sua distribuição geográfica, pela América Central à América do Sul. Uma dessas subespécies encontrasse praticamente extinta:

  Imagem Descrição Distribuição
 
Myrmecophaga tridactyla artata [ - ]
Tamanduá-bandeira-ocidental

A subespécie típica das savanas, habitante do noroesta da América do Sul.

 
Zona norte ocidental da América do Sul
 
Myrmecophaga tridactyla centralis [ - ]
Tamanduá-bandeira-centro-americano

Vive na América Central, talvez atualmente exinto devido à caça desportiva que tem sido alvo. Mas há quem afirme que ainda existem 2 exemplares na zona próxima de Punta Gorda.

 

Sul da América Central.
 
Myrmecophaga tridactyla tridactyla [Linnaeus, 1758] - Syst. Nat., 10ª ed., 1:35.
Tamanduá-bandeira-do-sul

A mais comum e difundida subespécie do tamanduá-bandeira. Vive na zona austral da América do Sul.

 

Zona sul-ocidenta e oriental da América do Sul.
     

Observações e Etimologia

Raramente atacado por sua carne possuir um gosto ruim, seus predadores ocasionais são as onças-pintadas (os caçam por engano) e o homem,por esporte. Os longos pêlos da cauda, que parecem formar uma espécie de bandeira, deram origem ao seu nome popular. Myrmeco formiga. Phagos, comedor, que se alimenta de; Tridactyla refere-se aos seus três dedos das patas anteriores, usadas para escavar, tri, três, dactylus, dedos.

Nomes vulgares: tamanduá-bandeira (português); tamanduá (português); tamanduá-gigante (português); urso-formigueiro (português, lusitano); giant-anteater (inglês).

Referências

Mamíferos. Guia De Animais Brasileiros. On-Line Editora. Nº 4, ano 1, pág. 19 (Tamanduá-bandeira).

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami.Volume 5, Os Bichos Evoluem.Págs: 1058, 1059 e 1060.

Wilson, D. E., and D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

Zoológico de São Paulo. Avaliado on-line em: http://www.zoologico.sp.gov.br   

 

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