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Menu - Índice - Mola mola

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Osteichthyes
      Ordem: Tetraodontiformes
        Família: Molidae
          Gênero: Mola
Mola mola
Peixe-lua

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/08/16 Rafael Silva do Nascimento 20/08/2005

Taxonomia

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Mola mola [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed.
Localização típica: -

Características gerais

Comprimento do corpo: 2-3,3 m.
Peso: 2-3 t (1,900 kg em média).

A coloração varia do cinza-claro ao pardo com manchas brancas nas regiões ventral e lateral. A pele é bastante dura, de forma  a protege-lo de possíveis inimigos. É um peixe bastante estranho, com o corpo chato e oval em forma. Uma metade tem superfície normal e a outra parece ter sido cortada ao meio. A cabeça toma a mesma linha do corpo, e é dotada de olhos pequenos arredondados. Existe uma elevação da superfície de seu corpo na metade superior da volta em sua área orbital. A boca de lábios curtos é muito pequena, dotada de dentes afiados e fundidos, formando uma espécie de bico. Respira por pequenos opérculos rentes às nadadeiras peitorais. As nadadeiras peitorais são bastante pequenas e de forma arredondada, semitransparente. As grandes nadadeiras dorsal e anal são semelhantes entre si, e dão estabilidade ao grande corpo. A indistinta nadadeira caudal é muito curta, presente da base posterior da nadadeira dorsal até a base anterior da anal.

Chaves de classificação física: simetria bilateral?.
Dimorfismo sexual:
não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

A procriação ocorre em regiões tropicais e subtropicais oceânicas. Em 13º sul e 146º leste no oceano Pacífico foram encontrados cruzamentos de peixes-luas, mas apesar disso, as áreas de reprodução são cosmopolitas. A fêmea do peixe-lua produz milhões de ovos muito pequenas (uma fêmea de 1,5 m de comprimento foi encontrada com 300 milhões de ovos, de 1-2 milímetros de diâmetro cada), posto em alto mar. Sendo ou não fertilizados estes ovos, o número de indivíduos é instável. As larvas são consideradas batipelágicas e tem o corpo parecido com uma bexiga espinhosa. Pouco a pouco o peixe se achata e os espinhos se distanciam, até eventualmente desaparecerem por completo. Um indivíduo atinge a maturidade quando tem uns três metros de comprimento e pouco mais que isso de ponta a ponta das nadadeiras.

Número de crias: 300.000.000.

            Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização externa.

Ecologia e Comportamento

É um peixe gentil e curioso, que tem o costume de flutuar de lado (horizontalmente) ao sol, dormitando, tão insensível ao que passa em torno de si, indo para aonde a corrente das águas o levar. Em águas frias, esse hábito facilita o ataque de inimigos como as orcas. Cardumes de tubarões podem acabar com um peixe grande desses em menos de um minuto. Mas seus piores inimigos não são os tubarões nem as orcas: são parasitos que leva no corpo todo. Nada em posição vertical, usando as nadadeiras dorsal e anal como um pêndulo. Com o corpo, relativamente curto, tem pouca flexibilidade lateral, e depende quase que exclusivamente da curta nadadeira caudal para locomover-se. É um dos mais lentos nadadores entre os peixes. Por isso, precisa aproveitar as correntes marinhas para deslocar-se em busca de comida. Já foi confundido algumas vezes com um grande-tubarão-branco devido à esse modo de nado por pescadores, devido a sua nadadeira dorsal sair fora d'água quando nada rente a superfície. As medusas figuram entre as presas comuns do peixe-lua. Ele fica nadando em torno e vai mordiscando os tentáculos do animal com os dentes afiados. Assim, gradualmente, acaba por devorar a presa toda. Além de medusas, também se alimenta de outros invertebrados de corpo mole, larvas de enguia e pequenos peixes. Exemplares cativos de peixe-lua são às vezes alimentados artificialmente, por causa da dificuldade de achar-lhe alimento natural em quantidade suficiente.

            Estrutura social: Solitário. 
            Dieta
: Pequenos peixes, larvas de enguia, medusas e outros invertebrados de corpo mole.
            Predadores principais
:
Tubarões, orcas.

            Chaves de características comportamentais: móvel; natatório.
                Chaves de características alimentares:
carnívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita oceanos abertos tropicais, subtropicais e temperados, junto a superfície.

Bioma aquático: pelágico; epipelágico.

Distribuição Geográfica

Ocorre em todos os oceanos e mares do mundo, exceto os mares polares.

Região Biogeográfica: oceânico (nativo): oceano Atlântico (nativo); oceano Índico (nativo); oceano Pacífico (nativo).

Distribuição Histórica

O peixe-lua é uma espécie holocênica proveniente de tetraodontiformes terciários basais. De acordo com Schwartz e Lindquist (1987), os peixes-luas foram vistos no oceano desde os tempos gregos e romanos de 1.200 a.C.-400 d.C., mas existem vários vestígios de antes da era dos humanos. Cientistas russos encontraram restos fósseis no sudoeste da Rússie pertencentes a família Molidae que datam do período Eoceno, aproximadamente 37-58 milhões de anos atrás. As mandíbulas desses ''eomolas'' (Eomola sp.) são diferentes nos dentes não fundidos dos de hoje em dia (Tyler e Bannikov 1992). O parentesco entre o Eomola e os outros molídeos Ranzania, Masturus e Mola são os seguintes: a superfície característica dos ossos e a forma achatada similar (Tyler e Bannikov 1992). Outros estudos mostram que as mudanças evolucionárias entre peixes primitivos da ordem até as espécies infláveis. A maioria dos peixes engolem quantidades consideráveis de água enquanto se alimentam, mas poucos Tetraodontiformes adquiriram a habilidade de soprar água. A família Molidae está nessa categoria de peixes que sopram jatos d'água para encontrar comida, tal como crustáceos e outros moradores do fundo. Por trás da habilidade de sopro evoluiu a o mecanismo de inflar o corpo, que é vista em parentes dos peixes-luas como os baiacus, mas não na própria família Molidae (Wainwright e Turingan 1997), sugerindo uma evolução divergente entre estes últimos e os peixes-lua. Em referencia ao local e a evolução, é bastante provavel que os peixes-luas sejam descendentes de peixes moradores de corais de aproximadamente 40 milhões de anos atrás (Stephensen 1994). E desde então, os peixes-lua se expandiram a partir dessa região sem muita dificuldade.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

O peixe-mola não está na Lista Vermelha do IUCN, é de pouco valor comercial. Um fator de que o peixe-lua pode apreciar é a sua baixa demanda no comércio de alimentos. Por algumas reações de centenas de parasitos que carrega parece não ser aprovado no apetite humano (não tem sabor muito agradável, além de não ser muito digerível). Apesar disso, sabe-se que é vendido no Japão, mas a demanda não é grande (McCann 1961). Importunamente os peixes-lua são ocasionalmente capturados em redes de pesca. Em 1992, uma rede espanhola em particular capturou vários peixes-luas, compondo 71% do total do pescado, enquanto a busca era por marlins (Silvani; Gazo 1999). Não apenas de redes os peixes-luas tem de fugir, mas também de grandes-tubarões-brancos. Um peixe-mola foi encontrado na barriga dum grande-tubarão-branco e a evidência vem de três restos de espinhos (Fergusson et al, 1999). Apesar dos grandes-tubarões-brancos serem generalistas, não parece que possuam uma história predatória sobre os peixes-luas (Fergusson et al, 1999). Talvez este tenha sido confundido com um nadador de superfície.

Exemplares vivos: -

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

Devido a ser um parente próximo de baiacus venenosos, existem algumas questões se o peixe-lua ou outros Tetraodontiformes são venenosos. Testes mostram que nem o peixe-lua, ou qualquer outro Tetraodontiforme possuem altos níveis de toxina como nos espinhos do baiacu (Saito et al 1991). Em parte de nutrientes, o peixe-lua tem grande quantidade de proteínas contendo em sua maioria os essenciais aminoácidos. A parcela de gordura é relativamente baixa, e metade do peso do corpo do peixe-lua é composto de água (Ara et al, 1994). Mola (Latim) pedra-de-moinho, descrevendo o formato arredondado e chato de seu corpo. Mola (Latim) referente ao mesmo significado do gênero.

Nomes vulgares: peixe-lua (português); peixe-sol (português); sunfish (inglês); ocean-sunfish (inglês); mola (inglês).

Referências

BBC On-Line; Science & Nature. Sea Life. Avaliado on-line em: http://www.bbc.co.uk/nature/blueplanet/

Mikko's Phylogeny Archive. Avaliado on-line em: http://www.fmnh.helsinki.fi/users/haaramo/ 

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 3. Págs: 580-581. 

The Biogeography of Ocean Sunfish (Mola mola) - Lisa Wilkinson, San Francisco University Departament of Geography (Geography 316: Biogeography). Avaliado on-line em: http://bss.sfsu.edu/geog/bholzman/courses/316/Default.htm 

 

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