.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

Menu - Índice - Milvus migrans

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Aves
      Ordem: Falconiformes
        Família: Accipitridae
          Gênero: Milvus
Milvus migrans
Milhafre-preto
  Figura de um espécime. Clique para ampliar. 
2005/05/01 Hugo Gomes Antunes 09/07/2005

Taxonomia

_
Milvus migrans [Boddaert, 1783].  
Citação: Table Planches Enlum. p.28.
Localização típica: -

Características gerais

Comprimento do corpo: 55 cm.
Envergadura: 1,35-1,55 m.
Peso: 1 kg.

Medem 1,35 a 1,55 metros de envergadura de asas. O bico, como das outras aves rapineiras aparentadas é curvo e afiado, usado para rasgar a carne das presas. A visão é penetrante, podendo localizar sua presa do alto. A plumagem é castanha, mais escura nas rémiges (na parte superior das asas e nas extremidades da parte inferior das asas), e mais clara no dorso, no ventre e na parte superior da cauda, onde apresentam uma ligeira bifurcação.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual: fêmea maior.

Ontogenia e Reprodução

A época de nidificação varia com a localização geográfica. Nas zonas temperadas, as posturas decorrem de Março a Junho. Na África tropical, decorrem normalmente na estação seca. Constroem o ninho em árvores, na proximidade de água, normalmente, mas também em escarpas litorais ou mesmo em edifícios. Muitas vezes, aproveitam os ninhos de corvídeos ou de águias-de-asa- redonda, acolchoando-os com papéis e sacos de plástico. A postura é de dois a três ovos, cuja incubação dura 26 a 38 dias. As crias permanecem no ninho até aos 42 a 50 dias de idade. É normalmente o macho quem traz alimento para a prole. Atingem a maturidade sexual com um ano de idade.   

Período de incubação: 26-38 dias.
Número de crias: 2-3.
Maturidade sexual: 1,5 ano.
Longevidade: por volta dos 30-40 anos.

            Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

São gregários. Procuram alimento em áreas abertas, normalmente planando a baixa altitude, podendo afastar-se grandes distâncias do ninho. Por vezes, roubam as presas de outras aves de rapina. As populações da África Subsariana, do Subcontinente indiano, do Leste e Sudeste asiático e da Australásia são essencialmente residentes, embora realizem movimentos dispersivos após a época de nidificação. As populações das zonas temperadas são migratórias, nomeadamente a subespécie Milvus migrans migrans, que se desloca, anualmente, entre os locais de nidificação e de invernia. As aves juntam-se em grandes bandos para as migrações. Todos os anos, é possível observar 40 000 a 60 000 indivíduos desta espécie na passagem do Estreito de Gibraltar, por exemplo.São oportunistas alimentares, pois a sua dieta varia em função do local e da época do ano. Alimentam-se de cadáveres (animais atropelados nas estradas ou vitimados na altura das ceifas e, por vezes, de peixes mortos e outros cadáveres que se encontrem à superfície da água) e também de pequenos animais que capturam: mamíferos (roedores, coelhos, lebres, toupeiras, morcegos); pequenas aves e inclusive juvenis de aves de capoeira, rãs, répteis, invertebrados (gafanhotos, grilos, escaravelhos, crustáceos, moluscos), peixes e até matéria vegetal e restos encontrados nas lixeiras. Podem pilhar os ninhos de outras aves.

            Estrutura social: Solitário ou casais.
            Dieta
: Pequenos mamíferos, rãs, peixes, lagartos, moluscos, insetos, crustáceos, e animais mortos.
            Predadores principais
: Homem.

            Chaves de características comportamentais: móvel; diurno; predador.
                Chaves de características alimentares: carnívoro; necrófago; heterótrofo.

Habitat

Habita áreas urbanas, zonas semi-desérticas e campos.

Bioma terrestre: savana ou campo; semi-árido.

Distribuição Geográfica

Ocorre na África ao sul do Saara e nordeste, Europa, Oriente Médio, Ásia e Austrália.

Região Biogeográfica: australiano (nativo); etiópico (nativo); indiano (nativo); paleoártico (nativo).
Bioma terrestre: savana ou campo;
semi-árido.

Distribuição Histórica

As aves são provavelmente descendentes de dinossauros saurisquios terópodes de pequeno porte, maniraptossaurianos (existem especialistas que acreditam que répteis arcossaurianos, os mesmos ancestrais dos dinossauros, pterossauros e crocodilomorfos,  deram origem ás aves). Acredita-se que alguns desses animais, como os gêneros Unenlagia e Compsognathus já possuíam penas primitivas, usadas primariamente para aquecimento corporal (revestimento) e como forma de camuflagem.O arqueoptérix (Archaeopteryx lithographica) já era considerado uma ave, e acredita-se que o seu grupo primitivo, dotado de dentes, cauda óssea e garras nas asas (como as atuais ciganas), ou criaturas parecidas tenham dado origem ao grupo Aviales. A ordem dos Falconiformes, águias e falcões, existe desde a pré-história, e dentro desse grupo desenvolveram-se as maiores aves voadores de todos os tempos, como a águia-de-haast ou águia-da-nova-zelândia (Harpagornis moorei), a maior águia de todos os tempos, que caçava as também extintas moas-gigantes antes da chegada do homem nas ilhas neozelandesas.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

Esta espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). É uma das aves de rapina diurnas mais comuns, provavelmente devido à sua adaptabilidade e tolerância da presença humana. Contudo, a utilização de pesticidas e a poluição da água, bem como o abate ilegal são fatores de ameaça da espécie. Está listada no Ap. II da CITES.

Exemplares vivos: -

Subespécies

Existe debate sobre quantas subespécies de milhafre-preto existem ao todo.Variando de três a sete subespécies (algumas classificadas como espécies separadas, e outras classificadas como invalidas, caso de Milvus migrans tenebrosus) .Normalmente é classificado tendo sete subespécies:

  Imagem Descrição Distribuição
 
Milvus migrans affinis [Gould, 1838]
Milhafre-preto-australiano

O milhafre-preto-australiano, tal como o nome indica é originário do norte do continente australiano, Nova Guiné e Nova Bretanha. É muitas vezes confundido com o milhafre-australiano, uma espécie distinta.

 

Norte da Austrália, Nova Guiné e Nova Bretanha.
Milvus migrans aegyptius [Gmelin, 1788]
Milhafre-egípcio

Originária do norte da África, a subespécie egípcia tem também como diferença além sua distribuição geográfica o bico de cor amarelada. 

 

Norte da África.
   
Milvus migrans formosanus [Kuroda, 1920]
Milhafre-de-taiwan

Existente em Taiwan e China, considerada uma subespécie do Milvus migrans lineatus, que por sua vês é considerado uma espécie distinta. È um espécie pouco avistada e em perigo de extinção. É conhecido também por milhafre-de-orelhas-pretas.

 

Taiwan e China.
   
 
Milvus migrans govinda [ - ]
Milhafre-indiano

Encontrado na região de Haryana, Índia. É uma das menores das sete subespécies. Sua plumagem é de um tom ruivo contrastante.

Índia.
   
 
Milvus migrans lineatus [Gray, 1831]
Milhafre-japonês

Com uma plumagem mais clara, esta subespécie tem a plumagem mais clara em relação ás outras. As vezes é considerada uma espécie distinta, dada como Milvus lineatus.

Japão.
   
 
Milvus migrans migrans [Boddaert, 1783] - Table Planches Enlum. p.28.
Milhafre-preto-comum

A subespécie mais comum. Nidifica no noroeste da África, na Europa e na Ásia Central, e passa o inverno na África ao sul do Saara (principalmente) e no Oriente Médio.

 

Noroeste e centro da África, Ásia Central, Europa,e  Oriente Médio.
 
 
Milvus migrans parasitus [Daudin, 1800]
Milhafre-preto-africano

Habita a África ao sul do Saara, onde captura pequenos animais. Às vezes classificado como Milvus aegyptius parasitus.

 

África ao sul do Saara.
 

Observações e Etimologia

O milhafre-preto-japonês (Milvus migrans lineatus) poderá ser considerado uma espécie distinta assim que as pesquisas forem aprofundadas, tendo então suas próprias subespécies: Milvus lineatus formosanus e Milvus lineatus lineatus.

 
Nomes vulgares: milhafre (português, lusitano); milhafre-preto (português, lusitano); black-kite (inglês); milano-negro (espanhol).                         Protônimo: Falco migrans (Boddaert, 1783).        

Referências

Atlas Virtual da Pré-História. Argentavis. Avaliado on-line em: http://www.avph.cjb.net 

Avibase - The World Bird Database. Português: Gonçalo Elias. Avaliado on-line em: http://www.bsc-eoc.org/avibase/ 

Os Cadernos De Campo. Artel. Dr. Feliz Rodrigues.

Zoológico de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt  

Zoonomen. Alan P. Peterson, M.D., ''Ciconiiformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net 

 

Menu - Índice - Milvus migrans


_________________________________________________________________________________________

RSN - BioData

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                        Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1