.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

Menu - Índice - Mammuthus primigenius

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Proboscidea
        Família: Elephantidae
          Gênero: Mammuthus
Mammuthus primigenius
Mamute-lanoso †

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de espécimes. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/07/28 Rafael Silva do Nascimento 30/07/2005

Taxonomia

_
Mammtuhus primigenius [Blumenbach, 1799].  
Citação: -
Localização típica: -

Características gerais

Comprimento do corpo: 2,5-2,75 m..
Comprimento de cauda: 90 cm.
Altura: 3 m (♂); 2,75 m (♀).
Peso: 8 t.

O mamute-lanosos é bem conhecido através de ossadas, carcaças congeladas da Sibéria, e de antigas artes. A construção de seu corpo era semelhante à do elefante-asiático moderno, mas suas orelhas eram menores e a cauda também curta para prevenir a perda de calor. O corpo era recoberto por ásperos pêlos castanhos que chegavam a 50 cm de comprimento. Sob esses pêlos, possuía ainda uma camada de pele parda, com uns 4 cm de espessura. Os longos cabelos eram provavelmente mais escassos durante o verão. A cabeça era oval, alta no topo. Tinha uma tromba, a proboscíde, com dois ''dedos'' no seu final para auxilia-lo a puxar a grama. Os machos tinham longas e espiraladas presas, mais pesadas e grossas que nas fêmeas, que cresciam até ficar mais compridas do que um carro médio, chegando até a se entrelaçar. As pernas eram robustas, próprias para suportar seu peso. Ambos os sexos pareciam possuir ''corcovas'' de cabelo e gordura sobre a cabeça e ao longo dos ombros, fazendo que as espáduas ficassem mais altas que a pélvis, mas ambos os lados dianteiros e traseiros eram da mesma altura. 

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho com presas maiores.

Ontogenia e Reprodução

Andavam em grupo, o que facilitava encontrar um parceiro. Os machos somente se aproximavam dos grupos matriarcais durante a época reprodutiva. Um filhote de mamute foi encontrado no leste da Rússia em 1977, estava lá enterrado por mais de 40.000 anos no solo congelado. Tinha cerca de sete meses de idade ao morrer e sua altura não passava da cintura de uma pessoa adulta. Os filhotes eram dependentes de sua genitora, que lhe amamentava e o protegia contra predadores. O filhote deveria beber muito leite para o acúmulo de gordura para que pudesse suportar o clima hostil de seu habitat. A gestação devia durar cerca de dois anos ou mais, nascendo uma única cria. Esta cria deveria alcançar a maturidade sexual por volta dos 10-12 anos de idade, e viveria até os 60-70 anos.

Período de gestação: cerca de 2 anos.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: aproximadamente 10-12 anos.
Longevidade: cerca de 60-70 anos.

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Acredita-se que se comportasse como os atuais elefantes-asiáticos, com manadas compostas de fêmeas e suas crias - lideradas por uma matriarca. Seus hábitos eram migratórios, diferentemente dos elefantes dos trópicos de hoje em dia, que ocorriam em busca de comida e água durante os meses de inverno. Durante essas andanças atrás de comida, as manadas de mamutes-lanosos muitas vezes se uniam a bandos de rinocerontes-lanosos. Achar comida no seu habitat era um dos maiores problemas da espécie, e não o clima, pois era bem adaptado. Ao que parece, o mamute-lanoso escavava a neve ou camadas de gelo mais quebradiças, para desencavar ramos que o mantivessem vivo até a chegada de uma estação mais amena. Em parte, o rigor das estações mais fria podia ser superado mediante mobilização das reservas de gordura, pois o mamute-lanoso possuía corcovas de função semelhantes à daquelas do camelo. Elas cresciam no período de abundância e minguavam quando o organismo começava a absorver a gordura acumulada. Alimentava-se de gramíneas (as quais recolhia com a tromba), cereais e cascas de pinheiro.

            Estrutura social: Grupos matriarcais de fêmeas e filhotes; machos solitários.
            Dieta
: Gramíneas, cereais e cascas de árvore.
            Predadores principais
:
Homem, felídeos.

            Chaves de características comportamentais: móvel; gregário; matriarcal; solitário.
                Chaves de características alimentares:
herbívoro; heterótrofo.

Habitat

Habitava a ''estepe-de-mamute'' - planícies congeladas árticas.

Bioma terrestre: estepe; planície; tundra.

Distribuição Geográfica

Fósseis e carcaças congeladas ocorrem desde a Irlanda à costa leste da América do Norte, com carcaças mais bem preservadas ocorrendo na Sibéria (Rússia).

Região Biogeográfica: paleoártico (nativo); neoártico (nativo).

Distribuição Histórica

Os mamutes-lanosos viveram entre 135.000-11.000 anos atrás. Análises de DNA confirmaram que os mamutes são parentes próximos dos elefantes atuais. O mamute-lanosos evoluiu de formais basais de mamutes, que se adaptaram para viver no clima gelado do norte europeu, e viveu juntamente com outras espécies norte-americanas. Foi a última espécie de mamute a ser extinta, e é o único de que restam carcaças congeladas.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Pleistoceno (135-11 mil anos atrás).

Estado de Conservação

Extinto desde o Pleistoceno, há 11.000 anos atrás.

Hoje em dia restam somente esqueletos e carcaças bem preservadas encontradas freqüentemente na Sibéria (onde foram achados restos de mais de 100.000 espécimes), onde é possível encontrar, num exemplar filhote, carne, pele, pêlos e órgãos intactos. Uma das teorias mais difundidas para explicar a causa de sua extinção, e ao mesmo tempo contraditórias, afirma que a extinção do mamute, assim como de muitas outras espécies da megafauna foi causada pelo desenvolvimento da espécie humana e de seus métodos de caça. Evidências encontradas em várias parte do Novo e Velho Mundo comprovam que os humanos primitivos, como os neandertais e os homens modernos caçavam mamutes para sua sobrevivência. Os mamutes-lanosos eram fontes abundantes de carne, pele e gordura. Com o desenvolvimento de armas e técnicas mais modernas de caça os seres humanos teriam diminuído drasticamente a população de mamutes-lanosos até um ponto crítico, no qual a espécie não mais pôde se recuperar. As três linhas de pensamento têm argumentos fortes a seu favor, mas alguns paleontólogos da nova geração acreditam que a união dos 3 fatores (o climático, doenças e a chegada do homem) podem ter, juntos, levado o mamute à extinção.

Exemplares vivos: 0.

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

O comércio de marfim de mamute já existia uns 250 anos antes de Cristo, ou talvez há mais tempo. Na Rússia tzarista, o marfim da Sibéria era monopólio estatal. Ossadas de mamutes são conhecidas na Europa desde o século XV, mas por centenas de anos foram atribuídas à ossos de gigantes ou de ciclopes (criaturas mitológicas). Aproximadamente à 300 anos atrás foram então identificados como pertencentes à elefantes, mas isso causou ainda mais confusão: o que estariam fazendo num clima gelado? Eventualmente, com a descoberta de restos de dinossauros e animais extintos na América do Sul, foi então realizado que estes animais teriam vivido no passado e eram diferentes dos que vivem atualmente, e o  famoso anatomista Georges Cuvier corretamente propôs que os ossos de mamute eram de formas extintas de elefante. Nos últimos anos a idéia de ressucitar os mamutes vem ganhando espaço. Geneticistas do Japão e dos EUA estão trabalhando em conjunto para tentar coletar amostras de cadeias intactas de DNA de alguns desses exemplares, para reconstruir o código genético dessa espécie. Existem duas possibilidades para realizarem essa façanha: a primeira delas seria a hibridização de DNA de elefante-asiático moderno e de mamute-lanoso, criando assim uma criatura intermediária entre as duas espécies. O problema dessa prática é que os elefantes apresentam 56 cromossomos (28 pares); já os mamutes apresentam 58 cromossomos (29 pares). Teoricamente isso inviabilizaria o intercruzamento; a segunda hipótese seria a de recriar o código genético completo do mamute, e implantá-lo num óvulo de elefante (cujo material genético original fora completamente retirado). Nesse caso o embrião a se desenvolver seria o de um mamute completo. Sendo a diferença genética entre mamutes e elefantes de menos de 5%, esse procedimento teoricamente poderia dar certo. Independentemente da maneira como o processo seria realizado, uma mãe de aluguel (provavelmente uma fêmea de elefante-asiático) seria utilizada para gerar o pequeno mamute. As pesquisas andam a todo o vapor e os resultados preliminares são promissores. É possível que num futuro não muito distante possamos novamente ver um mamute vivo, tal como nossos ancestrais os viram. Mammuthus (Russo) vem da antiga palavra russo ''mammut'' para os animais,  que no antigo dialeto dos povos russos significava "toupeira da terra" ou entocado. Os nativos da região acreditavam que eram restos de gigantescas toupeiras que viviam no subsolo e vez por outra vinha à superfície para se alimentar, que morriam ao contato com a luz (explicando porque sempre eram encontrados mortos e mal conservados). Primigenius talvez referente a ser um animal primitivo, pré-histórico.

Nomes vulgares: mamute-lanoso (português); mamute-lanudo (português); mamute (português); wooly-mammoth (inglês); mammoth (inglês). Protônimo: Elephas primigenius Blumenbach, 1799.
Sinônimos:
Mammuthus intermedius (Osborn, 1918); Mammuthus fraasi (Fraasi, 1961).

Referências

Atlas Virtual da Pré-História. Hemiauchenia. Avaliado on-line em: http://www.avph.cjb.net 

BBC On-Line; Science & Nature. Animals. Avaliado on-line em: http://www.bbc.co.uk/nature/ 

BBC On-Line; Walking With Pre-Historic Beast. Todos os direitos reservados. Avaliado on-line em: http://www.bbc.co.uk./beasts/ 

Dinossauros!, Orbis Publishing Limited, London, 1992; Editora Globo S.A, 1993-1996 - Ed.45. Págs: 1057, 1058, 1059, 1066 e 1067. 

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 4. Págs: 918, 919 e 920. 

Território dos Dinossauros, Felipe Alves Elias. Avaliado on-line em: http://www.territoriodosdinossauros.hpg.ig.com.br 

 

Menu - Índice - Mammuthus primigenius


_________________________________________________________________________________________

RSN - BioData

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                        Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1