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Mammuthus primigenius
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Taxonomia
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- Mammtuhus primigenius [Blumenbach, 1799].
- Citação: -
- Localização típica:
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Características gerais
Comprimento do corpo: 2,5-2,75 m..
Comprimento de cauda: 90 cm.
Altura: 3 m (♂); 2,75 m (♀).
Peso: 8 t.
O
mamute-lanosos é bem conhecido através de ossadas, carcaças congeladas da
Sibéria, e de antigas artes. A construção de seu corpo era semelhante à do
elefante-asiático moderno, mas suas orelhas eram menores e a cauda também
curta para prevenir a perda de calor. O corpo era recoberto por ásperos
pêlos castanhos que chegavam a 50 cm de comprimento. Sob esses pêlos,
possuía ainda uma camada de pele parda, com uns 4 cm de espessura. Os longos
cabelos eram provavelmente mais escassos durante o verão. A cabeça era oval,
alta no topo. Tinha uma tromba, a proboscíde, com dois ''dedos'' no seu final para auxilia-lo a puxar a grama.
Os machos tinham longas e espiraladas presas, mais pesadas e grossas que nas
fêmeas, que cresciam até ficar mais compridas do que um carro médio,
chegando até a se entrelaçar. As pernas eram robustas, próprias para
suportar seu peso. Ambos os sexos pareciam possuir ''corcovas'' de cabelo e gordura
sobre a cabeça e ao longo dos ombros, fazendo que as espáduas ficassem mais altas que a pélvis,
mas ambos os lados dianteiros e traseiros eram da mesma altura.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho com presas maiores.
Ontogenia e Reprodução
Andavam
em grupo, o que facilitava encontrar um parceiro. Os machos somente se
aproximavam dos grupos matriarcais durante a época reprodutiva. Um filhote de
mamute foi encontrado no leste da Rússia em 1977, estava lá enterrado por mais
de 40.000 anos no solo congelado. Tinha cerca de sete meses de idade ao morrer e
sua altura não passava da cintura de uma pessoa adulta. Os filhotes eram
dependentes de sua genitora, que lhe amamentava e o protegia contra predadores.
O filhote deveria beber muito leite para o acúmulo de gordura para que pudesse
suportar o clima hostil de seu habitat. A gestação devia durar cerca de dois
anos ou mais, nascendo uma única cria. Esta cria deveria alcançar a maturidade
sexual por volta dos 10-12 anos de idade, e viveria até os 60-70 anos.
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Período
de gestação: cerca de
2 anos.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: aproximadamente 10-12 anos.
Longevidade: cerca de 60-70 anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
Acredita-se
que se comportasse como os atuais elefantes-asiáticos, com manadas compostas de
fêmeas e suas crias - lideradas por uma matriarca. Seus hábitos eram
migratórios, diferentemente dos elefantes dos trópicos de hoje em dia, que
ocorriam em busca de comida e água durante os meses de inverno. Durante essas
andanças atrás de comida, as manadas de mamutes-lanosos muitas vezes se uniam
a bandos de rinocerontes-lanosos. Achar comida no seu habitat era um dos maiores
problemas da espécie, e não o clima, pois era bem adaptado. Ao que parece, o
mamute-lanoso escavava a neve ou camadas de gelo mais quebradiças, para
desencavar ramos que o mantivessem vivo até a chegada de uma estação mais
amena. Em parte, o rigor das estações mais fria podia ser superado mediante
mobilização das reservas de gordura, pois o mamute-lanoso possuía corcovas de
função semelhantes à daquelas do camelo. Elas cresciam no período de
abundância e minguavam quando o organismo começava a absorver a gordura
acumulada. Alimentava-se de gramíneas (as quais recolhia com a tromba), cereais
e cascas de pinheiro.
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Estrutura social: Grupos matriarcais de fêmeas e filhotes; machos
solitários.
Dieta:
Gramíneas, cereais e cascas de árvore.
Predadores
principais: Homem,
felídeos.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
gregário; matriarcal; solitário.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habitava
a ''estepe-de-mamute'' - planícies congeladas árticas.
Bioma
terrestre: estepe;
planície; tundra.
Distribuição Geográfica
Fósseis
e carcaças congeladas ocorrem desde a Irlanda à costa leste da América do
Norte, com carcaças mais bem preservadas ocorrendo na Sibéria (Rússia).
Região
Biogeográfica: paleoártico
(nativo); neoártico (nativo).
Distribuição Histórica
Os
mamutes-lanosos viveram entre 135.000-11.000 anos atrás. Análises de DNA
confirmaram que os mamutes são parentes próximos dos elefantes atuais. O
mamute-lanosos evoluiu de formais basais de mamutes, que se adaptaram para
viver no clima gelado do norte europeu, e viveu juntamente com outras
espécies norte-americanas. Foi a última espécie de mamute a ser extinta, e
é o único de que restam carcaças congeladas.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Pleistoceno (135-11 mil anos atrás).
Estado de Conservação
Extinto
desde o Pleistoceno, há 11.000 anos atrás.
Hoje
em dia restam somente esqueletos e carcaças bem preservadas encontradas freqüentemente
na Sibéria (onde foram achados restos de mais de 100.000 espécimes), onde é
possível encontrar, num exemplar filhote, carne, pele, pêlos e órgãos
intactos. Uma das teorias mais difundidas para explicar a causa de sua
extinção, e ao mesmo tempo contraditórias, afirma que a extinção do mamute,
assim como de muitas outras espécies da megafauna foi causada pelo
desenvolvimento da espécie humana e de seus métodos de caça. Evidências
encontradas em várias parte do Novo e Velho Mundo comprovam que os humanos
primitivos, como os neandertais e os homens modernos caçavam mamutes para sua
sobrevivência. Os mamutes-lanosos eram fontes abundantes de carne, pele e
gordura. Com o desenvolvimento de armas e técnicas mais modernas de caça
os seres humanos teriam diminuído drasticamente a população de mamutes-lanosos
até um ponto crítico, no qual a espécie não mais pôde se recuperar. As três
linhas de pensamento têm argumentos fortes a seu favor, mas alguns paleontólogos
da nova geração acreditam que a união dos 3 fatores (o climático, doenças e
a chegada do homem) podem ter, juntos, levado o mamute à extinção.
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Exemplares
vivos:
0.
Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
O
comércio de marfim de mamute já existia uns 250 anos antes de Cristo, ou
talvez há mais tempo. Na Rússia tzarista, o marfim da Sibéria era
monopólio estatal. Ossadas de mamutes são conhecidas na Europa desde o
século XV, mas por centenas de anos foram atribuídas à ossos de gigantes ou
de ciclopes (criaturas mitológicas). Aproximadamente à 300 anos atrás foram
então identificados como pertencentes à elefantes, mas isso causou ainda
mais confusão: o que estariam fazendo num clima gelado? Eventualmente, com a
descoberta de restos de dinossauros e animais extintos na América do Sul, foi
então realizado que estes animais teriam vivido no passado e eram diferentes
dos que vivem atualmente, e o famoso anatomista Georges Cuvier
corretamente propôs que os ossos de mamute eram de formas extintas de
elefante. Nos últimos anos a idéia de ressucitar os mamutes vem ganhando
espaço. Geneticistas do Japão e dos EUA estão trabalhando em conjunto para
tentar coletar amostras de cadeias intactas de DNA de alguns desses
exemplares, para reconstruir o código genético dessa espécie. Existem duas
possibilidades para realizarem essa façanha: a primeira delas seria a
hibridização de DNA de elefante-asiático
moderno e de mamute-lanoso, criando assim uma criatura intermediária entre as
duas espécies. O problema dessa prática é que os elefantes apresentam 56
cromossomos (28 pares); já os mamutes apresentam 58 cromossomos (29 pares).
Teoricamente isso inviabilizaria o intercruzamento; a segunda hipótese seria
a de recriar o código genético completo do mamute, e implantá-lo num óvulo
de elefante (cujo material genético original fora completamente retirado).
Nesse caso o embrião a se desenvolver seria o de um mamute completo. Sendo a
diferença genética entre mamutes e elefantes de menos de 5%, esse
procedimento teoricamente poderia dar certo. Independentemente da
maneira como o processo seria realizado, uma mãe de aluguel (provavelmente
uma fêmea de elefante-asiático) seria utilizada para gerar o pequeno mamute.
As pesquisas andam a todo o vapor e os resultados preliminares são
promissores. É possível que num futuro não muito distante possamos
novamente ver um mamute vivo, tal como nossos ancestrais os viram. Mammuthus
(Russo) vem da antiga palavra russo ''mammut'' para os animais, que
no antigo dialeto dos povos russos significava "toupeira da terra"
ou entocado. Os nativos da região acreditavam que eram restos de gigantescas
toupeiras que viviam no subsolo e vez por outra vinha à superfície para se
alimentar, que morriam ao contato com a luz (explicando porque sempre eram
encontrados mortos e mal conservados). Primigenius talvez referente a
ser um animal primitivo, pré-histórico. Nomes
vulgares:
mamute-lanoso
(português); mamute-lanudo (português); mamute (português); wooly-mammoth
(inglês); mammoth (inglês). Protônimo:
Elephas
primigenius Blumenbach,
1799.
Sinônimos: Mammuthus
intermedius (Osborn, 1918); Mammuthus fraasi (Fraasi, 1961).
Referências
Atlas
Virtual da Pré-História. Hemiauchenia. Avaliado on-line em: http://www.avph.cjb.net
BBC
On-Line; Science & Nature. Animals. Avaliado on-line em: http://www.bbc.co.uk/nature/
BBC
On-Line; Walking With Pre-Historic Beast. Todos os direitos reservados. Avaliado
on-line em: http://www.bbc.co.uk./beasts/
Dinossauros!, Orbis
Publishing Limited, London, 1992; Editora Globo S.A, 1993-1996 - Ed.45. Págs:
1057, 1058, 1059, 1066 e 1067.
Os
Bichos, ©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 4. Págs: 918, 919 e
920.
Território
dos Dinossauros, Felipe Alves Elias. Avaliado on-line em: http://www.territoriodosdinossauros.hpg.ig.com.br
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Mammuthus primigenius
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