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Menu - Índice - Loxodonta africana

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie disponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Proboscidea
        Família: Elephantidae
          Gênero: Loxodonta
Loxodonta africana
Elefante-africano-da-savana
  Figura de um espécime macho. Clique para ampliar. Figura de espécimes fêmea e jovem. Clique para ampliar. 
2005/06/11 Hugo Gomes Antunes 18/06/2005

Taxonomia

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Loxodonta africana [Blumenbach, 1797].  
Citação: Handb. Naturgesch., 5ª ed., p. 125.
Localização típica: Restrito ao Rio Laranja, África do Sul por Pohle (1926).

Características gerais

Comprimento do corpo: 6-7,5 m.
Altura: 3-4 m (♂; cernelha); 2,5-3 m (♀; cernelha).
Peso: 7,5 t.

O elefante-africano-da-savana é o maior animal terrestre. Mede 6 a 7,5 metros de comprimento, tem entre 2,2 e 3,7 metros de altura nas espáduas e pesa cerca de 7500 kg. O dorso é côncavo, com forma de sela. A fronte é convexa e saliente. O crânio é muito leve, encovado nas têmporas. As orelhas são muito grandes, com o bordo posterior arredondado e podem cobrir a parte superior das espáduas. Os elefantes abanam-nas para facilitar o arrefecimento corporal ou quando são importunados. Os olhos são cercados por longas pestanas, e são pequenos e ficam protegidos por espessas pálpebras. A visão é um dos seus sentidos menos apurados (a audição e o olfato o são muito mais). O lábio superior e o nariz formam a tromba, muito enrugada, que apresenta dois apêndices digitiformes na extremidade. Esta é usada para cheirar, manusear objetos, recolher alimentos e água e ainda para defesa, ataque ou demonstrações de afeto. As presas não são mais do que os dentes incisivos superiores e crescem durante toda a vida. Estão desenvolvidas em ambos os sexos, embora sejam menores nas fêmeas. São usadas para combater, para escavar raízes e para arrancar a casca das árvores. A maior presa registrada possuía 3,47 m de comprimento e 102 kg de peso. Os elefantes não têm caninos, têm dois incisivos superiores (as presas) e quatro molares funcionais de cada vez, que vão sendo substituídos periodicamente ao longo da vida do animal, em seis fases sucessivas: a primeira aos dois anos; a segunda aos seis anos; a terceira aos nove; a quarta e primeira dentição de adulto entre os 20 e 25 anos; finalmente, surgem os quinto e sexto pares de molares. Os elefantes velhos não desenvolvem novos molares, pelo que, à medida que estes se desgastam, vai-lhes sendo cada vez mais difícil alimentarem-se, levando-os a um enfraquecimento gradual e à morte. Os sentidos da audição e do olfato estão bem desenvolvidos. A pele grossa, com pêlos escassos, é muito sensível e, por isso, é molhada constantemente e esfregada com terra. As patas anteriores têm cinco ou quatro unhas e as posteriores três, o número é variável.

Chaves de classificação física: endotérmico; homeotérmico; simetria bilateral; quadrúpede; paquiderme. 
Dimorfismo sexual:
macho maior com presas maiores.

Ontogenia e Reprodução

Os machos juntam-se às fêmeas quando alguma destas está no cio. As fêmeas têm o cio apenas durante alguns dias, na segunda metade da estação das chuvas e nos primeiros meses da estação seca. Fazem chamamentos subsônicos que se podem propagar até cerca de 10 km, pelo que os machos podem percorrer longas distâncias por dia para encontrar fêmeas reprodutoras. Ao localizá-las os machos ainda terão de competir entre si, vencendo, geralmente, o maior e mais forte. A gestação dura 22 meses, nascendo uma cria, por vezes duas (os gêmeos representam apenas 1% dos nascimentos). O parto pode ser assistido por outras fêmeas. As crias, que nascem pesando de 115 à 12- kg, são amamentadas no máximo até aos dois anos de idade, mas já se alimentam de vegetação aos cinco meses. Atingem a maturidade sexual entre os oito e doze anos de idade. O jovem elefante, muito brincalhão, é bastante precoce no crescimento (os machos ainda mais do que as fêmeas). o que é indispensável à vida nômade da espécie.

Período de gestação: 22 meses.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 8-12 anos.
Longevidade:
50-60 anos.

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Procuram alimento de manhã, ao final do dia e durante a noite. Repousam no meio da vegetação durante as horas mais quentes do dia. Deslocam-se grandes distâncias para procurar alimento e água. É um autêntico herbívoro não ruminante: alimenta-se de ervas, folhas, arbustos e por vezes, nas florestas equatoriais, de frutos. Ingere todos os dias entre 150 e 280 kg de alimentos, segundo as estações. Podem causar danos consideráveis na vegetação dos locais por onde vão passando, pois são caprichosos, derrubando as árvores só para comer os raminhos mais novos.O seu intestino alberga uma fauna de protozoários ciliados que se ocupam da decomposição da celulose dos vegetais e da sua transformação em moléculas assimiláveis. O pequeno elefante, que nasce sem esta flora indispensável, adquire-a ao comer vegetais sujos de excremento ou, diretamente, as fezes da genitora. São animais gregários, que vivem normalmente em grupos familiares de fêmeas e crias (grupos “matriarcais”) geralmente com 10 a 30 indivíduos, que apresentam ligações muito fortes entre si e um comportamento cooperativo, especialmente no que se refere às crias. O grupo é conduzido pela fêmea mais velha e experiente, a matriarca, que detém os conhecimentos sociais do grupo e das características do meio. Esta tem uma influência decisiva sobre o comportamento dos restantes elementos do grupo: se ela atacar um ofensor, os outros elementos do grupo aguardam o desenlace; se esta fugir, todos fogem. Os machos, por outro lado, têm tendência para viver sozinhos ou em pequenos grupos temporários. Neste caso, se forem atacados e tiverem de fugir, fazem-no cada um por si. Em caso de seca ou de perturbação humana, podem formar-se grupos de mais de 1000 indivíduos.

            Estrutura social: Grupos matriarcais; os machos vivem afastados.
            Dieta: Folhas, frutos, rebentos, cascas de árvores e raízes.
            Predadores principais:
Homem.

            Chaves de características comportamentais: móvel; gregário; matriarcal; solitário.
                Chaves de características alimentares:
herbívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita as savanas, estepes semideséricas e florestas tropicais.

Bioma terrestre: savana ou campo; floresta tropical.

Distribuição Geográfica

Ocorria originalmente praticamente em toda a África a sul do Saara, exceto nos desertos. Atualmente vive apenas em áreas protegidas. 

Região Biogeográfica: paleoártico (nativo); etiópico (nativo)

Distribuição Histórica

O grupo dos proboscídeos floresceu no período Terciário, durante o Eoceno, há 50 milhões anos atrás, com uma criatura que se assemelhava a um javali. Moeritherium habitava os alagados do Egito e parecia um hipopótamo. No decurso dos milênios, os proboscídeos tornaram-se cada vez maiores, adquiriram uma tromba e duas ou quatro presas, os característicos dentes incisivos, por vezes com formas extraordinárias. Phiomia já tinha o aspecto dum elefantídeo e pode ter dado origem as espécies mais avançadas. No conjunto, 300 outras espécies espalharam-se por todo o Globo, exceto na Antártida e Oceania. Nesse meio tempo, descendências inteiras desapareciam devido a mudanças climáticas. A dos mastodontes persistiria na América setentrional até o início do Quaternário. A família dos elefantídeos é a última que atualmente sobrevive. Existem desde há cerca de 5 milhões de anos e inclui os mamutes, adaptados sobretudo ao clima das eras glaciais, e várias espécies de elefantes, das quais seis ou sete coexistiram com o homem. Hoje, só duas espécies sobrevivem: o elefante-africano e o asiático. Por terem sofrido uma evolução separada por milhões de anos, as duas espécies apresentam algumas diferenças anatômicas. O elefante-asiático vem sofrendo uma constante regressão em sua população desde os tempos históricos, onde foi domesticado pelo homem, como animal de carga e transporte, mas em certos locais da Ásia é adorado como uma divindade, como na Índia.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

É uma espécie em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES. Está muito ameaçada pela destruição do habitat (aumento de terras cultiváveis) e pela caça para obtenção do marfim e da carne, que, em alguns locais da floresta equatorial do Congo, chega a valer mais do que o marfim. Atualmente, a sua conservação só é possível em parques naturais, em função da quantidade de alimento disponível e de uma gestão rigorosa.

Exemplares vivos: 600.000 (segundo as estatísticas mais otimistas; tendência a diminuir).

Subespécies

Anteriormente duas subespécies eram distinguidas, o elefante-africano-da-savana (Loxodonta africana africana) e o elefante-africano-da-floresta (Loxodonta africana cyclotis). Porém, estudos atuais indicam que o elefante-africano-da-floresta é uma espécie distinta no gênero Loxodonta.

Observações e Etimologia

Estudos científicos recentes (baseados em dados de biologia molecular) sugeriram que os elefantes-da-savana e os elefantes-da-floresta, anteriormente incluídos numa única espécie com a designação científica de Loxodonta africana afinal devem ser considerados espécies diferentes. Assim, os investigadores propuseram que se mantivesse a designação Loxodonta africana para os elefantes-africanos-de-savana e se utilizasse a designação Loxodonta cyclotis para os elefantes-africanos-da-floresta (esta última já era, aliás, anteriormente utilizada por alguns cientistas para designar os elefantes-africanos-de-floresta como uma subespécie, isto é, Loxodonta africana cyclotis, por oposição a Loxodonta africana africana referida para os elefantes-de-savana). É alvo de caça feroz devido ao marfim; é o maior mamífero terrestre, em proporções e não em altura, pois é mais baixo que a girafa. Odonta dente, dentição. Africana referente à sua distribuição, aquele que habita o continente africano. 

Nomes vulgares: elefante-africano (português); elefante (português); elefante-africano-da-savana (português); african-bush-elephant (inglês); african-elephant (inglês). 
Sinônimos:
Loxodonta africana africana (Blumenbach, 1797).

Referências 

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da Savana III. Págs: 5, 18 e 19.

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com

Vida Selvagem, Animais da Savana, Elefantes. Seleções Reader's Digest.

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

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