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Litocranius walleri
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- Litocranius walleri
- Antílope-girafa
- 2005/07/27 Rafael Silva do
Nascimento 30/07/2005
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Taxonomia
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- Camelus dromedarius [Brooke, 1879].
- Citação: Proc. Zool. Soc. Lond.,
1878:929, pl. 56 [1879].
- Localização típica: "Principais
terras africanas, norte da ilha de Zanzibar, lat. aproximada de 30degS e
long. 38degE" e parece ser no Quênia, mas mostra ser correto em "Somália,
costa próxima ao Rio Juba".
Características gerais
Comprimento do corpo: 140-160 cm.
Comprimento de cauda: 25-35 cm.
Altura: 90-105 cm (cernelha).
Peso: 29-58 kg.
O
longo e estreito pescoço (apenas 18-26 cm de diâmetro) e as longas, finas
pernas do antílope-girafa são suas características mais marcantes; essas
características o tornam um dos antílopes de mais fácil reconhecimento no
mundo. A pelagem é curta, fina, eventualmente distribuída por todo o corpo.
A coloração da pelagem varia dum marrom pálido com branco ao longo das
laterais, ventre e parte da junta dos membros. Existe uma espécie de mancha
que vai da nuca até a cauda, mais alargada no dorso, dum marrom claro. A
cabeça é longa com orelhas pontudas de tamanho médio. Na cabeça existe uma
lista negra cortando as laterais que passa por uma mancha clara que circunda
os olhos. Somente os machos desta espécie têm ornamentos na cabeça, os
cornos relativamente maciços, que são curtos, anelados e em forma de lira
(curvados para trás e novamente voltados para cima), medindo de 25 a 44 cm.
Ambos os sexos são de tamanho similar mas os machos são mais musculosos que
as fêmeas causando excesso de peso. A curta cauda termina num tufo preto de
pêlos.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho
com cornos.
Ontogenia e Reprodução
O ritual
de corte do antílope-girafa é complexo. Quando um macho encontra um par
potencial a fêmea irá levantar seu nariz em direção ao ar e colocar suas
orelhas perto da cabeça como um gesto de defesa, enquanto o macho mostra seus
cornos e pescoço voltados para o lado. Se uma fêmea estiver receptiva o macho
irá marcá-la com uma substância da sua glândula pré-orbital e irá
continuar a segui-la pelos arredores, uma forma de guarda do par. De modo que o
macho segue a fêmea ele irá continuar usando suas patas dianteiras para chutar
a fêmea até sua região. Quando a fêmea se prepara para urinar o macho irá
exercer o teste do Flehmen ou irá provar sua urina. Quando a fêmea
entra no estro o macho irá perceber a diferença em sua urina e o corte irá
começar. Os machos sempre estarão atentos a quantas fêmeas puder reunir. É
uma espécie polígama. As fêmeas se reproduzem a cada um ou dois anos,
dependendo do sexo da cria anterior. Os machos são dependentes de suas mães
por períodos maiores que as fêmeas. O corte e os nascimentos ocorrem em todo o
ano e irá depender da qualidade da nutrição disponível. As fêmeas dão à
luz a geralmente uma cria, raramente duas, e o período de gestação é de
aproximadamente 165 dias. A cria é precoce e irá começar a caminhar nos
primeiros minutos de vida. A fêmea continua a vigiar a cria mesmo depois desta
amadurecer. Fêmeas jovens tornam-se independentes quando alcançam um ano de
idade mas as crias machos não abandonam sua genitora até que tenha pelo menos
um ano e meio e permanecem no território de suas mães mesmo depois dos dois
anos.
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Período
de gestação: 6,5-7
meses (165 dias em média).
Número de crias: 1-2.
Maturidade sexual: 1,5 ano (♂); 1 ano (♀).
Longevidade: 10-12
anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo;
sexual; dióico; fertilização interna; polígamo.
Ecologia e Comportamento
Tem
hábitos diurnos. Por não formar grandes manadas e sua alimentação ser
limitada eles exibem estranhas interações sociais. Os machos são solitários
e muito territoriais, somente associados com fêmeas durante o cio ou quando
são jovens. Machos dominantes estabelecem territórios marcando as árvores e
arbustos com sua glândula pré-orbital.Outros machos poderão entrar no
território alheio sem nenhuma agressão ou gestos defensivos sendo apresentados
mas um macho jovem sem território será posto pata fora se entrar no
território dum macho dominante. O tamanho do território dos machos varia de
300 a 850 acres (2-4 km²) e pode abrigar diversos indivíduos. As fêmeas formam pequenos
bandos com cerca de 10 indivíduos, normalmente adultos relacionados e crias.
Esses grupos de fêmeas e crias passeiam livremente no território dos machos.
Jovens machos que acabam de tornar-se independente formam grupos só de machos
jovens que viajam de modo nômade até que atinjam a maturidade necessária para
formar seus próprios territórios e acasalar. Está bem adaptado à obter
comida no seu habitat árido. É capaz de se erguer nas patas posteriores para
alcançar o alto dos silvados (até 3 m acima do solo), alimentando-se dos
raminhos escolhidos com cuidado. Nunca come ervas. Enquanto ficam
nessa posição apóiam as pernas dianteiras nos galhos, para dar-lhe também
equilíbrio. Cerca de 80 diferentes espécies de plantas foram encontradas no
estômago de um único indivíduo. O antílope-girafa não bebe água em si, mas
encontra a umidade necessária nas plantas suculentas que devora. Diversas
adaptações contra predadores foram evoluídas pelo antílope-girafa para sua
sobrevivência em ambos os estados juvenil e adulto. Jovens antílopes-girafas
permanecem ariscos quando caminham dentre os arbustos e grama alta mesmo não
tão longe de suas mães durante o dia enquanto esta se alimenta. Quando adulto
apresenta uma adaptação que é mais comum de antílopes habitantes de
florestas do que adaptados à desertos, ele fica imóvel quando o perigo se
aproxima. É presa de diversos animais do seu habitat.
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Estrutura social:
Solitário ou em grupos de sexo único com com mais de 10 indivíduos.
Dieta:
Folhas de arbustos e árvores, brotos, mudas, frutos e botões.
Predadores
principais: Guepardo,
leopardo, leão, cão-caçador-do-cabo, hiena; serval, ratel, caracal, aves de
rapina (filhotes).
Chaves de características comportamentais: móvel;
gregário; solitário; territorial.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
ruminante;
heterótrofo.
Habitat
Habita
planícies pouco arborizadas e áreas desérticas arborizadas.
Bioma terrestre: deserto
ou duna; savana ou campo.
Distribuição Geográfica
Ocorre
no leste da África, desde a planície do Serengeti da Tanzânia ao longo da
costa passando pelo Quênia, Etiópia, Eritréa, e no sul da Somália; era
encontrado também no leste do Egito e nordeste do Sudão.
Região
Biogeográfica: paleoártico
(nativo); etiópico
(nativo).
Distribuição Histórica
O
antílope-girafa é uma espécie holocênica de antilopino proveniente e
bovídeo africanos terciários basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
Nunca
foi visto como uma espécie abundante; é um animal de caça (tanto esportiva
quanto para alimentação por parte dos nativos), apesar de não ser
muito comum, e como animal de caça está protegido na maior parte de sua
distribuição geográfica em forma de licença. Existem diversos parques e
santuários no seu território e muitos biólogos e técnicos de caça
estudando-o não o consideram estar num risco significativo atualmente;
considerado baixo risco, espécie dependente de conservação, pelo IUCN (1996).
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Exemplares
vivos:
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Subespécies
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Não há definições
de subespécies disponíveis neste banco de dados. |
Observações e Etimologia
No Parque
Nacional de Tsavo no Quênia, onde o antílope-girafa é protegido e goza de
bom ambiente, os pesquisadores concluíram que a espécie faz menos de 5% do
total da biomassa de animais ungulados do parque. Não é uma espécie
que se reproduz bem em cativeiro, sendo raramente vista em
jardins-zoológicos. Gerenuk, como é chamado na lingua inglesa, vem de garanug
(Somali) uma gazela de pescoço longo. Lithos (Grego) rocha; kranion
(Grego) a parte superior do crânio: ''crânio-de-pedra'', em referência
ao seu crânio que é quase todo sólido na base dos cornos. Rev. H. Waller
(1833-1901) era um missionário na África e amigo do infame Dr. Livingstone. Nomes
vulgares:
antílope-girafa (português); gazela-girafa (português);
gazela-de-waller (português); gazela-de-walter (português); gerenuk
(inglês); garanug (somali).
Referências
Enciclopédia dos Seres
Vivos, CD Rom 1, Vertebrados 1.
Os
Bichos, ©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 1. Pág: 59.
Payne,
J. 2003. "Litocranius walleri" (On-line), Animal Diversity Web.
Acessado em 24 de julho de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Litocranius_walleri.html
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
Wilson,
D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda
Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
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Litocranius walleri
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