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Menu - Índice - Leopardus wiedii

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Carnivora
        Família: Felidae
          Gênero: Leopardus
Leopardus wiedii
Gato-maracajá

Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/08/12 Rafael Silva do Nascimento 13/08/2005

Taxonomia

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Leopardus wiedii [Schinz, 1821].  
Citação: In G. Cuvier, Das Thierreich, 1:235.
Localização típica: :"Brasilien", restrito por Allen (1919) à "norte do Espírito Santo, Brasil", e então restrito por Cabrera (1958), ao "Brasil, restringida al Morro de Arará, sobre o rio Mucurí, estado de Baía".

Características gerais

Comprimento do corpo: 53-79 (♂); 46-59 (♀).
Comprimento de cauda: 33-51 (♂); 34-44 (♀).
Peso: 3-9 kg; 2,5-5 kg (♂)

A cor da pelagem é dum amarelo-escuro na maior parte do corpo, salpicada de manchas pretas que se espalham longitudinalmente da cabeça até a cauda. No interior das manchas das laterais do corpo existe um preenchimento de cor marrom. A região interior da pelagem dos membros, a região ventral, a parte inferior do pescoço e o focinho têm pelagem de fundo branco. O nariz pode variar em coloração dum marrom à um tom rosado. Os indivíduos que vivem em regiões montanhosas são marcados mais intensamente e a pelagem é mais grossa que nos animais das planícies. O crânio é pequeno e distintivamente arredondado. Os molares superiores anteriores estão presentes. É uma espécie de felino de pequeno porte, semelhante à um gato comum, com pele de jaguatirica. As pernas dianteiras são longas e dotadas de patas largas e flexíveis nas extremidades; as traseiras são dotadas de uma articulação no metatarso capaz de rotacionar até 180º sobre si mesma, caso único entre os felinos. Os olhos são grandes e castanhos, o focinho é curto e dotado de longas vibrissas sensoriais. As orelhas grandes estão posicionadas na direção frontal, com a parte de trás colorida dum marrom-escuro. A cauda anelada e comprida (mais longa que a da jaguatirica) o auxilia no equilíbrio. Os indivíduos machos são maiores que as fêmeas. Nenhum indivíduo com melanismo foi observado. 

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual:
macho maior.

Ontogenia e Reprodução

O período de estro dura entre quatro e 13 dias. Quando o macho monta a fêmea, ele a segura pelo pescoço usando seus dentes. A cópula é rápida, de 15 segundos à um minuto. O comportamento reprodutivo é o comum dentre a maioria dos gatos. O período de gestação é de 65 a 84 dias (podendo variar de 80-84 dias), nascendo, geralmente, apenas um filhote. Casos de gêmeos são raros. Os filhotes pesam cerca de 450 g quando nascem (em comparação, um filhote de gato-doméstico pode pesar 110 g no mesmo momento). As crias são marcadas por manchas negras uniformes. A cria come alimentos sólidos com cerca de 40 dias e pode chegar ao tamanho adulto em oito ou dez meses. Chegam à maturidade sexual por volta dos dois anos de idade. Se escapar dos perigos que rondam seus primeiros momentos de vida, o gato-maracajá pode viver até 13 anos de idade. Em cativeiro chega a viver 18.

Período de gestação: 65-84 dias.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: cerca de 2 anos.
Longevidade: 13 anos; 18 anos (cativeiro).

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Tem hábitos noturnos, embora descrito como animal mais diurno que a jaguatirica. É provavelmente um animal solitário. Em cativeiro, macho e fêmea vivem e dormem juntos mesmo fora do cio. Isso sugere que o gato-maracajá pode ter uma vida social quanto em estado selvagem, sendo solitários exceto quando na época reprodutiva. Como todos os pequenos gatos, o gato-maracajá pode miar. É um animal arborícola e terrestre, como muitos outros felinos, movimenta-se nas árvores com agilidade peculiar e rapidez. Pode saltar a grandes distâncias. Graças às suas patas traseiras, o gato-maracajá consegue descer dos troncos com a cabeça para cima, deslizando. Já se foi observado um gato-maracajá pendurado por apenas uma pata num galho. Mas pode também descer desta com a cabeça para baixo, como todos os verdadeiros mamíferos arborícolas, numa agilidade espantosa. Tal habilidade permite-lhe caçar presas que habitam as árvores, como alguns roedores e aves. Além destes, também alimenta-se de pequenos mamíferos arborícolas e terrestres, lagartos, rãs, insetos e até de frutos. 

            Estrutura social: Solitário. 
            Dieta
: Pequenos mamíferos, aves, répteis, insetos e frutos.
            Predadores principais
: Homem
.

            Chaves de características comportamentais: móvel; arborícola; terrícola; noturno.
                Chaves de características alimentares:
onívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita florestas tropicais equatoriais, cerrado, mata atlântica, pantanal e campos.

Bioma terrestre: floresta tropical; savana ou campo; pântano.

Distribuição Geográfica

Ocorre desde o México até a Argentina (todos os países sul-americanos, exceto o Chile); outrora também existiu no Texas (Estados Unidos da América).

Região Biogeográfica: neoártica (nativo); neotropical (nativo): brasiliana (nativo).

Distribuição Histórica

O gato-maracajá é uma espécie holocênica proveniente de felídeos terciários basais.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Pleistoceno-Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

O gato-maracajá está classificado no Anexo I da Convenção de Washington desde outubro de 1989. A espécie está ameaçada de extinção, tendo a sua pelagem muita procura, Em 1980, o Paraguai exportou mais de 22.000 peles das 30.000 comercializadas no mundo. Este país, nesse mesmo ano, exportou também 30.000 peles de jaguatirica, num total mundial de 45.000. Cerca de 15 gatos-maracajás precisam ser mortos para se confeccionar um casaco de peles. 

Exemplares vivos: -

Subespécies

Onze subespécies viventes foram descritas, com uma espécie pleistocênica:

  Imagem Descrição Distribuição
 
Leopardus wiedii amazonica [ - ]
Margaí-amazônico

A subespécie habitante das florestas amazônicas equatoriais, do Brasil, onde tem hábitos noturnos e captura pequenos mamíferos e aves.

 
Amazonas, Brasil.
 
Leopardus wiedii amnicola [ - ] 
Margaí-pleistocênico †

Subespécie mais primitiva e atualmente extinta, datada do Pleistoceno.

 
América Latina.
 
 
Leopardus wiedii boliviae  [ - ]
Margaí-boliviano

Subespécie presente nos pantanais bolivianos e mato-grossenses, esta espécie captura mamíferos e outros pequenos animais dentre a vegetação. 

 

Bolívia e Mato Grosso, Brasil.
 
Leopardus wiedii cooperi [ - ]
Margaí-de-cooper

Esta subespécie outrora presente no Texas, vive atualmente em Nuevo Leon, no México. É uma das subespécies que habitam áreas menos tropicais.

 
Nuevo Leon, México e fronteira com o Texas.
 
Leopardus wiedii glacula [ - ]
Margaí-mexicano

Outra subespécie habitante do México, vive desde Sinaloa ao norte de Oaxaca.

 
Sinaloa ao norte de Oaxaca, México.
 
Leopardus wiedii nicaraguae [ - ]
Margaí-do-nicarágua 

O margaí-do-nicarágua, espécie centro-americana, vive em área tropicais desde Honduras à Costa Rica.

 
Honduras à Costa Rica, América Central.
 
 
Leopardus wiedii oaxacensis [ - ]
Margaí-oaxacano

Subespécie mexicana, o margaí-oaxacano vive de Tamaulipas à Oaxaca.

 
Tamaulipas à Oaxaca, México.
 
Leopardus wiedii pirrensis [ - ]
Margaí-do-panamá

Subespécie presente do Panamá ao norte do Peru, em regiões de floresta tropical equatorial. Sua cauda é 10 cm mais longa que as subespécies locais de jaguatirica.

 
Panamá ao norte do Peru.
 
Leopardus wiedii salvinia [ - ]
Margaí-da-guatemala

Subespécie centro-americana presente em Chiapas, Guatemala e em El Salvador.

 
Peru e noroeste da América do Sul.
 
Leopardus wiedii vigens [ - ]
Margaí-do-orinoco

Subespécie que vive nas florestas amazônicas brasileiras, presente desde o Orinoco à bacia amazônica.

 
Orinoco à bacia amazônica.
 
 
Leopardus wiedii yucatanica[ - ]
Margaí-de-iucatã

Subespécie norte e centro-americana, vive principalmente em regiões mexicanas.

 

Norte de Chiapas ao norte da Guatemala e Iucatã.
 
  © Terry Moore
Leopardus wiedii wiedii [Schinz, 1821] - In G. Cuvier, Das Thierreich, 1:235.
Margaí

A subespécie mais comum, vive em regiões de mata Atlântica, no Brasil e na Argentina.

 

Leste e centro do Brasil e Argentina.
 
 

Observações e Etimologia

Considerado por muito tempo dentro do gênero Felis, o gato-maracajá, nas últimas revisões de taxonomia foi colocado com seus parentes próximos no gênero Leopardus (Wozencraft, 1993). Essas três espécies, Leopardus wiedii, Leopardus pardalis e Leopardus tigrina têm 36 cromossomos, enquanto a maioria dos outros gatos têm 38. Também é conhecido por margaí. Margaí vem do Marguey, que significa ''gato-tigre''. Leo leão; pardus pardo, pintado. Wiedii em homenagem ao Príncipe de Wied, com sulfixo ''ii''.

Nomes vulgares: gato-maracajá (português); gato-do-mato (português); gato-selvagem (português); maracajá (português); margaí (português); gato-tigre (português, espanhol); margay (inglês); long-tailed-spotted-cat (inglês); little-ocelot (inglês); tree-ocelot (inglês); tigrillo (espanhol); langschwanzkatze (alemão).                                                                                                                                                                                                                       Protônimo: Felis wiedii Schinz, 1821.

Referências

Atlas da Fauna Brasileira, 3ª edição. FAE. Págs. 42 e 126.

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da Savana IV. Pág: 18.

Mamíferos. Guia De Animais Brasileiros. On-Line Editora. Nº 4, ano 1, pág. 37 (Gato-maracajá).

The Cat Survival Trust  - The Margay. Avaliado on-line em: http://members.aol.com/cattrust/margay.htm 

Wilson, D. E., and D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

Zoológico de São Paulo. Avaliado on-line em: http://www.zoologico.sp.gov.br   

 

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