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Menu - Índice - Geronticus eremita

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Aves
      Ordem: Ciconiiformes
        Família: Threskiornithidae
          Gênero: Geronticus
Geronticus eremita
Íbis-eremita

Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/05/29 Hugo Gomes Antunes 18/06/2005

Taxonomia

_
Geronticus eremita [Linnaeus, 1778].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., p. 118.
Localização típica: -

Características gerais

Comprimento do corpo: 70-80 cm.
Envergadura: 1,25-1,35 m.

Medem 1,25 a 1,35 metros de envergadura de asas. A plumagem é predominantemente negra com reflexos de cor púrpura e verde-metálico nas escapulares e supra-alares. Não possuem penas na parte anterior da cabeça e na garganta (o que lhes confere a designação vulgar), apresentando aí pele nua de cor rosada e negra na testa. Em contrapartida, as penas são bastante compridas na nuca e na parte posterior do pescoço. As patas têm tonalidade carmim. O bico também é carmim, longo, estreito e curvado para baixo.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; bípede; aerodinâmico.
Dimorfismo sexual:
não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

Nidificam em escarpas rochosas. A época de nidificação começa em Fevereiro e as posturas decorrem de março à abril. Formam colônias com três a 40 casais. O ninho é uma plataforma de ramos e herbáceas. A postura é normalmente de dois a quatro ovos, cuja incubação é realizada durante 24 a 28 dias. Os juvenis abandonam o ninho com 43 a 47 dias. Atingem a maturidade sexual aos três anos de idade, embora geralmente não se reproduzam antes dos seis anos.

Período de incubação: 24-28 dias.
Número de crias: 4.
Maturidade sexual: 3 anos.

            Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização interna; monógama.

Ecologia e Comportamento

Procuram alimento no chão, normalmente em fissuras e debaixo de pedras e vegetação, formando pequenos bandos dispersos. Alimenta-se de  insetos (tais como, gafanhotos e escaravelhos) e pequenos répteis, mas podem ainda ingerir lagartas, ovos de formigas, minhocas, caracóis, aranhas, escorpiões, anfíbios adultos e girinos, peixes, pequenos mamíferos e crias de aves e, ainda, matéria vegetal (rizomas, rebentos e bagas). As populações do leste da área de distribuição eram migratórias e deslocavam-se, provavelmente, para as terras altas da Etiópia, após a época de nidificação. As populações de Marrocos geralmente dispersam-se para sul após a época de nidificação (nomeadamente os juvenis, que podem chegar até à Mauritânia e ao Mali; os adultos tendem a ficar todo o ano no local de nidificação).

            Estrutura social: Grupos pequenos. 
            Dieta
: Pequenos animais vertebrados e invertebrado, rizomas, rebentos e bagas.
            Predadores principais
: Homem
.

            Chaves de características comportamentais: móvel; diurno.
                Chaves de características alimentares:
onívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita zonas áridas e semiáridas, em campos de cultivo e em pastagens, na proximidade de escarpas rochosas junto a linhas de água ou à costa, nas quais nidificam.

Bioma terrestre: deserto; campo; montanha.

Distribuição Geográfica

Ocorre atualmente, apenas se conhecem quatro colônias em Marrocos (três no Parque Nacional de Souss-Massa), embora se suspeite da existência de uma colônia no Médio Oriente, junto ao Mar Vermelho.

Região Biogeográfica: paleoártico (nativo); etiópico (nativo).

Distribuição Histórica

O íbis-eremita é uma espécie holocênica proveniente de ciconiformes terciários basais.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

É uma espécie criticamente em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. A sua distribuição já foi relativamente alargada: existiam no Próximo e no Médio Oriente, no Egito, no Sul da Europa e nos Alpes. Desapareceram da Europa no final do século XVII. Até há alguns anos, existiam várias colônias de nidificação em Marrocos e na Argélia e uma colônia em Birecik, na Turquia, que se extinguiu, em 1989, apesar de ainda nidificarem nesse local algumas aves provenientes de cativeiro. Em 1953, nidificavam 530 casais em Birecik, mas mais de 600 indivíduos morreram na última metade dos anos 1950, principalmente em conseqüência de envenenamentos com inseticidas para os gafanhotos, um dos alimentos preferidos destas aves. O efeito do uso de inseticidas manteve-se por vários anos, tendo-se chegado à contagem de apenas 23 casais, em 1973. Só já em 1977 foi iniciado um programa de recuperação desta população, liderado pela WWF (World Wildlife Found) e ao qual aderiram várias organizações internacionais. Contudo, o início tardio do programa, numa altura em que já existiam poucos indivíduos em liberdade, associado a vários erros de ordem técnica e à ineficácia do governo turco no controle do uso de pesticidas na região culminaram com a redução da população selvagem a um único indivíduo, em 1989. Atualmente, os esforços concentram-se na população de Marrocos, estimada em cerca de 200 indivíduos, mas os fatores de ameaça à espécie já referidos fazem um contrapeso forte às ações de conservação. Tem sido, por isso, colocada a hipótese da realização de reintroduções em outras zonas da sua presumível anterior área de distribuição, tais como Israel (projeto cuja realização tem tido fracos resultados) ou mesmo o Parque Natural do Cabo de Gata, em Espanha.
As ameaças principais a esta espécie foram e são a perturbação dos locais de nidificação, a perseguição direta pelo Homem e o uso de pesticidas na agricultura.

Exemplares vivos: 200.

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

É uma espécie bastante semelhante à Geronticus calvus. Eremita aquele que fica entocado, isolado.

Nomes vulgares: íbis-eremita (português); íbis-corvo (português); íbis-calvo (português); íbis-eremita-do-norte (português); íbis-monge (português); monk-ibis (inglês); bald-ibis (inglês).

Referências

Arkive - Images of life on Earth. Avaliado on-line em: http://www.arkive.org 

Avibase - The World Bird Database. Português: Gonçalo Elias. Avaliado on-line em: http://www.bsc-eoc.org/avibase/

Enciclopédia Das Aves. Vladimir Bejcek & Karel Stastny.

Segredos Da Natureza. Aves Do Mundo. Colin Harrison & Alan Greensmith. Bertrand Editora, 1732.

Zoológico de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt 

Zoonomen. Alan P. Peterson, M.D., ''Gruiformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net 

 

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