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Eublepharis macularius
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Taxonomia
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- Balearica regulorum [Blyth, 1854].
- Citação: J. Asiat. Soc. Bengal 23
[1854]: 737-740.
- Localização típica:
Salt Range, Punjab.
Características gerais
Comprimento do corpo: 20-25 cm.
Medem
20 a 25 cm de comprimento. Os machos são mais compridos, têm a cabeça e o
pescoço mais largos e os poros pré-anais visíveis (nas fêmeas, os poros
anais são quase imperceptíveis). A pele é amarelo-acastanhada, com manchas
negras ou castanhas, formando um padrão que faz lembrar o da pele dos
leopardos (daí a origem da sua designação comum). A cauda é muito larga e
grossa, nesta espécie, pensando-se que constitua uma reserva de gordura. Esta
é uma das poucas espécies da sua família (Gekkonidae) que apresenta pálpebras
móveis, ao contrário da generalidade das osgas, nas quais a pálpebra é
transparente e fixa. Contrariamente, também, a outros gecos, as lamelas da
face inferior dos dedos, que permitem a aderência superfícies praticamente
lisas, não estão presentes nesta espécie, existindo apenas pequenas garras
na extremidade dos dedos.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: não
apresentável.
Ontogenia e Reprodução
É
uma espécie ovípara. Os acasalamentos ocorrem em fevereiro. A fêmea deposita
apenas dois ovos num buraco no solo e produz várias posturas anuais. O período
de incubação é de um a dois meses. O sexo dos indivíduos é aparentemente
dependente da temperatura de incubação dos ovos, sendo as temperaturas mais
altas responsáveis por um maior número de machos.
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Período
de incubação: 2 meses
(42-84 dias).
Número de crias: 2.
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
São
animais noturnos; durante o dia, permanecem numa toca, sob as rochas ou
enterrados no solo. Ao contrário da maioria dos membros da sua família são
essencialmente terrestres. É nas tentativas de fuga aos seus predadores
(principalmente as serpentes) que tem lugar uma das características mais
conhecidas destes animais: quando agarrados pela cauda esta solta-se, segundo
pontos de fratura específicos, permitindo-lhes a fuga. A sua dieta consiste
principalmente em invertebrados (gafanhotos, escaravelhos, aranhas, escorpiões),
embora também possam capturar outros lagartos.
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Estrutura social: Solitário.
Dieta:
Lagartos e invertebrados.
Predadores
principais: Pequenos
carnívoros, serpentes e aves.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
noturno.
Chaves de características alimentares: carnívoro;
insetívoro; heterótrofo.
Habitat
Habita
zonas
áridas e semi-áridas rochosas.
Bioma
terrestre: deserto
ou duna; árido; semi-árido.
Distribuição Geográfica
Ocorre
no
sul
do Turquestão, Afeganistão, Irã, Iraque, Paquistão e na Índia Ocidental
(noroeste).
Região
Biogeográfica: paleoártico
(nativo).
Distribuição Histórica
O
geco-leopardo é uma espécie holocênica proveniente
de lacertiformes terciários.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
Esta
espécie não se encontra globalmente ameaçada (segundo a União Internacional
para a Conservação da Natureza). É muito popular como animal de companhia e
muitos dos animais criados atualmente em cativeiro são descendentes de animais
importados do Paquistão.
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Exemplares
vivos:
não
estimado (ainda numeroso).
Subespécies
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Cinco subespécies distintas são reconhecidas, sendo que uma das quatro
descritas por Börner em 1976 e 1981 foi elevada à uma espécie distinta (Eublepharis
macularius fuscus):
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Eublepharis macularius
afghanicus [Börner, 1976]
- Geco-leopardo-afegão
Uma
das subespécies nomeada por Börner recentemente, em 1976, esta é
típica do Afeganistão. Vive em áreas áridas e semi-áridas, onde se
alimenta de invertebrados e outros pequenos animais. |
Afeganistão.
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- Eublepharis macularius
fasciolatus [Günther, 1864]
- Geco-leopardo-fasciolato
A
segunda subespécie a ser nomeada, em 1864 por Günther, que já foi
classificada como uma espécie distinta. Habita áreas
áridas rochosas.
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Oriente
Médio. |
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- Eublepharis macularius
macularius [Blyth, 1854]
- J. Asiat. Soc. Bengal 23: 737-740.
- Geco-leopardo-comum
A
subespécie típica do geco-leopardo, o geco-leopardo-comum foi a primeira
ser descrita. Vive, assim como as demais subespécies, essencialmente no
chão, onde captura invertebrados.
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Oriente
Médio. |
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- Eublepharis macularius
montanus [Börner, 1976]
- Geco-leopardo-montês
Outra subespécie
descrita por Börner em 1976. Assim como as demais espécies, esta vive em
habitas secos.
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Oriente
Médio. |
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- Eublepharis macularius
smithi [Börner,
1981]
- Geco-leopardo-de-smith
A última subespécie
descrita de geco-leopardo, também por Börner, e a mais recente, em 1981.
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Oriente
Médio. |
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Observações e Etimologia
Cyrtodactylus
madarensis (Sharma, 1980) é um sinônimo subjetivo de Eublepharis
macularius (Blyth, 1854), de acordo com Das (1990). Grismer (em ESTES
& PREGILL 1988) sinonimizou Eublepharis gracilis e Eublepharius
afghanicus com Eublepharis macularius. Eublepharis macularius
fuscus (Börner, 1981) foi elevada à uma espécie distinta por Das, 1997.
Nomes
vulgares:
geco-leopardo
(português); geco-pintado (português); geco-malhado (português);
lagatixa-leopardo (português); osga-leopardo (português); osga-malhada (português); common-leopard-gecko
(inglês); leopardgecko (alemão).
Sinônimos: Cyrtodactylus
macularius (Blyth, 1854: 738); Eublepharis fasciolatus (Günther,
1864: 429; Smith, 1935); Eublapharis macularius (Boulenger, 1885: 232;
Boulenger, 1890; Smith, 1935: 127; Wermuth, 1965: 29); Cyrtodactylus
madarensis (Sharma, 1980); Eublepharis gracilis (Börner, 1974); Eublepharis
macularius (Kluge, 1993; Rösler, 2000: 78).
Referências
The EMBL
Reptile Database. Varanus komodensis. Avaliado on-line em: http://www.reptile-database.org
ZooExótico.
Avaliado on-line em: http://www.zooexotico.pt
Zoológico
de Lisboa. Avaliado on-line em: http://zoo.sapo.pt
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Eublepharis macularius
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