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Equus africanus
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Taxonomia
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- Equus (Asinus) africanus Linnaeus, 1758.
- Citação:
Syst. Nat., 10ª ed., 1:73.
- Localização típica:
"Habitat in oriente" (= Oriente Médio?).
Características gerais
Comprimento do corpo:
200 cm.
Comprimento de cauda: 42 cm.
Altura: 125-145 cm (cernelha).
Peso: 275 kg (230-250 kg em média).
O
corpo é atarracado, pesando até 275 kg e alcançando quase um metro e meio
na altura dos ombros. Atinge cerca de 2 m de comprimento. O manto bege-claro
com uma listra preto ao longo do dorso e, muitas vezes, uma estria preta
perpendicular sobre as espáduas (asno-selvagem-da-núbia). O ventre, focinho
e extremidades são brancas, e no caso da subespécie
asno-selvagem-da-somália, listras negras horizontais nas extremidades
lembrando uma zebra. Possui uma crina eriçada de pêlos pretos. Os olhos são
negros, e circundados por pelagem esbranquiçada. As orelhas são grandes com
margens negras. A cauda termina num tufo de pêlos negros. Os cascos são
esbeltos, aproximadamente do diâmetro das pernas.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: não apresentável.
Ontogenia e Reprodução
Após
uma gestação de um ano, nasce um único filhote. Este, após a amamentação
torna-se independente em 6-8 meses de idade. Atinge maturidade sexual aos dois
anos de idade. Os asnos-selvagens-africanos podem cruzar com asnos-domésticos;
estes também podem ser vistos em grupos de asnos-selvagens retomando os
hábitos naturais. Atingem mais de 40 anos de idade, diferentemente da maioria
dos outros eqüinos selvagens, que vivem cerca de 20-30 anos.
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Período
de gestação: 11-12
meses.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 2 anos.
Longevidade: mais de 40 anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
O
asno-selvagem-africano é primariamente ativo nas horas entre o final da tarde e
o começo da manhã, permanecendo abrigado do calor em sombras ou abrigos dentre
as rochas durante o dia. É rápido do seu habitat pedregoso, atingindo cerca de
50 km/h no galope. Machos maduros defendem grandes territórios de cerca de 23
km² em tamanho, bem marcado. Em razão do enorme tamanho de seu território, o
macho dominante não consegue excluir os outros machos. Os intrusos são
tolerados - ameaçado e subordinado, mantido o mais longe possível de quaisquer
fêmea residente. Os machos excitam-se ao presenciar uma fêmea no estro. Apesar
de serem adaptados ao habitat de clima árido, o asno-selvagem-africano são
dependentes de água, não a recebendo da vegetação que come, tendo de beber
ao menos a cada três dias. Apesar disso, pode sobreviver surpreendentemente com
uma pequena porção de líquido, e foi reportado de ter bebido água suja ou
salgada.
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Estrutura social: Grupo pequeno, instável, manadas misturadas, com o
máximo de 49 animais.
Dieta:
Gramíneas, arbustos, mimosas e folhas.
Predadores
principais: Homem.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
crepuscular; gregário.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
semi-áridos,
campos e áreas de vegetação baixa.
Bioma
terrestre: deserto
ou duna; savana
ou campo.
Distribuição Geográfica
Ocorre
no
Egito, Somália e Etiópia.
Região
Biogeográfica: paleoártico (nativo); etiópico
(nativo).
Distribuição Histórica
Desde
o período Eoceno, há 50 milhões de anos atrás, época de seu surgimento,
os membros do grupo dos eqüinos vem sofrendo evoluções, principalmente em
tamanho e no formato dos membros, tanto traseiros como dianteiros. Eohippus
ou Hyracotherium (porque seus fósseis se assemelhavam ao do atual
hiracóide hirax) possuía patas semelhante á dos roedores, só que ao invés
de unhas, os dedos possuíam uma espécie de casco, um tipo de úngula
primitiva. Em cerca de 30 milhões de anos atrás, Mesohippus, com 60
cm de altura, possuía três dedos providos de cascos, e vivia nas florestas,
onde se alimentava. Do tamanho de um pônei atual, Merychippus, de 25
milhões de anos atrás possuía ainda três dedos, só que os das
extremidades lembrando pequenas garras, e o do meio transformado em um casco
maciço, que o auxiliava a escapar dos predadores, nos campos em que
encontrava seu alimento. O gênero atual dos eqüinos, que compreendem os
cavalos (cavalo comum,e o cavalo de przewalski), os asnos selvagens (kiangs,
onagros, asnos-selvagens-africanos) e as zebras (zebra da montanha,
zebra-de-grevy e zebra-das-planícies), mais algumas espécies ancestrais
extintas, como o pleistocênico Equus sivalensis, da China ,Equus sellardsi,
da América Setentrional e Equus plicatus, da África meridional. O
casco dos eqüinos em seu estado atual mostram uma unha robusta, o que os
torna exímios corredores.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
Classificado
como criticamente ameaçado pelo IUCN (1996); restam cerca de 1.000 exemplares,
sendo que a subespécie asno-selvagem-da-núbia (Equus africanus africanus)
está provavelmente extinta.
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Exemplares
vivos:
1.000
(média).
Subespécies
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Duas subespécies são distinguidas, por
características primárias de pelagem:
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Equus africanus
africanus Linnaeus, 1758 -
Syst. Nat., 10ª ed., 1:73.
- Asno-selvagem-da-nubia
Altura dna cernelha de 1,1-1,2 m,
pesando de 200 a 230 kg. Esta subespécie caracterizada por uma estria
preto perpendicular sobre os ombros está provavelmente extinta, apesar de
no Egito terem sido vistos alguns exemplares em liberdade que poderiam
pertencer à subespécie núbia. |
Egito. |
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- Equus africanus somalicus
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- Asno-selvagem-da-somália
Criticamente ameaçado. Atinge até 1,45
m na altura dos ombros e pesa até 275 kg (250 em média). Habita a
Somália e a Etiópia. Caracteriza-se por possuir estrias horizontais nas
extremidades, semelhantes às das zebras.
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Etiópia
e Somália. |
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Observações e Etimologia
É
deste animal que descende o asno-doméstico (Equus asinus), muitas
vezes classificado como tal, ainda hoje considerado de grande utilidade para o
homem, auxiliando-o nos trabalhos do campo e transportando pesos e
mercadorias. Equus (Latim) cavalo. Asinus (Latim) asno, burro. Africanus
demonstra que é originário do continente africano. Nomes
vulgares:
asno-selvagem-africano
(português); asno-selvagem (português); asno (português);
burro-selvagem-africano (português); burro-selvagem (português);
african-wild-ass (inglês); wild-ass (inglês); wild-donkey (inglês).
Referências
Enciclopédia
da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da
Savana I. Págs: 40-41.
The
Animals! A True Multimedia Experience-San Diego Zoo.©1992 The Software
Toolworks, Arnowitz, The Zoological Society of San Diego.
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
Wilson,
D. E., and D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda
Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
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Equus africanus
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