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Menu - Índice - Dicerorhinus sumatrensis

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Perissodactyla
        Família: Rhinocerotidae
          Gênero: Dicerorhinus
Dicerorhinus sumatrensis
Rinoceronte-sumatrano

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/05/05 Rafael Silva do Nascimento 04/06/2005

Taxonomia

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Dicerorhinus sumatrensis [G. Fischer, 1814].  
Citação: Zoognosia, 3:301.
Localização típica: Indonésia, Sumatra, Dist. Bencoolen (= Bintuhan), Forte Marlborough.

Características gerais

Comprimento do corpo: 240-318 cm.
Comprimento de cauda: 50 cm.
Altura: 112-145 cm (cernelha).
Peso: 800-2.000 kg.

O rinoceronte-sumatrano é o menor das cinco espécies viventes de rinoceronte. O corpo atarracado pode atingir até pouco mais de três metros, e é facilmente distinguido das demais espécies de rinoceronte pela sua coloração marrom-acinzentada e pela camada de pelos marrom-avermelhados que cobre seu corpo (devido a essa característica, é considerado o mais primitivo das espécies viventes entre os rinocerontes, tendo relações com os rinocerontes-lanosos da era-glacial). A pele grossa (cerca de 16 milímetros de espessura) é formada por placas dérmicas fundidas, dando a aparência de uma armadura. É a única espécie de rinoceronte asiática provida de dois cornos. Os cornos são encontrados em ambos os sexos, sendo o frontal maior que o segundo. Os cornos dos machos são geralmente maiores que os das fêmeas. O lábio superior é preênsil, usado para arrancar vegetação. Sua fórmula dental é de 1/0, 0/1, 3/3 e 3/3. As pernas relativamente curtas são grossas e fortes, munidas de cascos resistentes.A visão é fraca, e depende do olfato e audição para evitar os predadores.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: macho maior com cornos maiores.

Ontogenia e Reprodução

Devido aos seus hábitos privados, o período de corte dessa espécie é desconhecido. Apesar disso, é bem conhecido que os nascimentos ocorram de outubro á maio, os meses com chuvas mais fortes. O período de gestação estimado é de 12-16 meses. Durante os primeiros dias depois do nascimento, a cria é oculta dentre a vegetação densa, próximo ás plantas de que a genitora se alimenta. Após dois meses, é possível vê-lo acompanhando sua mãe. A cria quando nasce tem cerca de 60 cm de altura e 90 cm de comprimento, pesando aproximadamente 25 kg. A pelagem é escura, mas logo começa a ficar mais clara com o passar do tempo. Durante os primeiros estágios de crescimento, a cria pode se associar á outra, mas eventualmente podem se tornar solitários. Fica independente à partir dos 16-17 meses. O intervalo entre os nascimentos é de 3-4 anos. Entre os 4-8 anos de idade, a cria atinge a maturidade sexual, e chega a viver até cerca de 35 anos. 

Período de gestação: 400 dias.
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 4 anos (♀); 7 anos (♂).
Longevidade: 35 anos.

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

O rinoceronte-sumatrano é uma espécie solitária. Ambos machos e fêmeas mantém territórios habitacionais permanentes, mas os machos defendem um território maior que os das fêmeas. Os territórios podem se sobrepor, e pode acontecer de dois ou mais indivíduos se encontrarem, não ficando juntos por um tempo consideravelmente grande. Durante o cio, machos e fêmeas ficam juntos para se acasalarem, ficando juntos em um curto período de tempo.O rinoceronte-sumatrano é conhecido pelas marcas que deixa por onde passa. Marca o caminho com fezes, urina e secreções oleosas. Esses traços servem como sinais visuais e olfativos para os rinocerontes que passarem por lá. O método mais comum de marcar o território e de passar a pata dianteira sobre o chão, deixando um tipo de óleo. Fezes são depositadas na terra e urina sobre a vegetação. Também demarcar seu território destruindo algumas plantas; um rinoceronte-sumatrano muda de direção quando encontra uma árvore quebrada no caminho. Quando perturbado ou ameaçado por encontros com seres humanos, o animal urina e defeca muitas vezes. Esse comportamento serve para distrair o intruso, enquanto direciona seu filhote para um lugar seguro. Em algumas situações, esses rinocerontes tornam-se agressivos e hostis. Apesar de não parecer, os rinocerontes-sumatranos correm bastante rápido. É um caminhante inexaustável. Se alimenta antes do amanhecer e depois do pôr-do-sol, movendo-se mais a noite. Pode também nadar bem. Durante o dia, pode ser encontrado em poças de lama, para refrescar-se. A lama também serve para proteger a pele de rachaduras e parasitos. Move-se de acordo com a temporada de chuva, permanecendo em baixas altitudes quando o clima está mais favorável, e indo para regiões mais latas para escapar de insetos do verão, especialmente as moscas-de-cavalo.São herbívoros, consumindo brotos, folhas e frutos. Quando está se alimentado, move-se em zigue-zague, procurando itens alimentares melhores, seguido do recolhimento com seu lábio preênsil. Um exemplar adulto consome de 30 á 50 kg de vegetação diariamente.

            Estrutura social: Solitário.
            Dieta
: Brotos, folhas e frutos.
            Predadores principais
: Homem, tigres.

            Chaves de características comportamentais: móvel; noturno.
                Chaves de características alimentares: herbívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita florestas tropicais de até 2.000 m de altitude.

Bioma terrestre: floresta tropical.

Distribuição Geográfica

Ocorre ao pé do Himalaia do Butão, Burma, Tailândia, Malásia, Sumatra e Bornéu.

Região Biogeográfica: oriental (nativo).

Distribuição Histórica

Os rinocerontes tiveram origem em pequenos animais de dimensões iguais ao de uma raposa, desprovidos de cascos que viviam dentre os arbustos, sempre alerta aos predadores. O gênero Hyrachyus, do Eoceno da América do Norte, há 55 milhões de anos atrás, era um ancestral do grupo dos rinocerontes atuais (Rhinocerontidae), semelhante ao ancestral dos cavalos e tapires (de quem é parente) e vivia nas florestas. Aumentaram de estatura consideravelmente, sendo o gênero Indricotherium o maior mamífero terrestre de todos os tempos. Na era-glacial, parentes do rinoceronte-sumatrano já viviam na Terra, incluindo a espécie de rinoceronte-lanosos Coelodonta antiquitatis, enorme e dotado de grandes chifres, que se extinguiu no final do Pleistoceno.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

Classificada como criticamente ameaçado pelo IUCN (1996). A subespécie Dicerorhinus sumatrensis lasiotis é considerada extinta, e ambos Dicerorhinus sumatrensis harrissoni e Dicerorhinus sumatrensis sumatrensis são considerados criticamente ameaçados, devido a destruição de seu habitat para agricultura e pela caça, na qual na medicina chinesa partes de seu corpo são consideradas como medicamentos e afrodisíacos.

Exemplares vivos: 500-1.000 (estimativa).

Subespécies

Existem três espécies reconhecidas do rinoceronte-sumatrano, sendo uma extinta e as outras gravemente ameaçadas: 

  Imagem Descrição Distribuição
 
Dicerorhinus sumatrensis harrissoni [ - ]
Rinoceronte-sumatrano-oriental

No começo do século XX, o rinoceronte-sumatrano-oriental ou do leste  estava bem distribuído dentre as florestas de Bornéu (nos presentes estados de Sabah e Sarawak, na Malásia e Kalimantan, a parte indonésia da ilha). Desde esses tempos, a subespécie entrou em declínio em sua distribuição seriamente e número em Bornéu. Nas últimas décadas passadas, o abate e a perda de habitat reduziu a população do rinoceronte-sumatrano-oriental para menor de 50 exemplares em Sabah; não é conhecido se ainda vive em Sarawak ou Kalimantan.

 

Bornéu, Indonésia e Malásia.
 
 
 
Dicerorhinus sumatrensis lasiotis [ - ]
Rinoceronte-sumatrano-da-índia

Espécie que habitava a Índia e Burma, está provávelmente extinta nos dias atuais, mas ainda persistem os rumores que um pequeno número ainda sobreviva na fronteira entre a Índia e Burma.

 

Burma e Índia.
 
Dicerorhinus sumatrensis sumatrensis [G. Fischer, 1814] - Zoognosia, 3:301.
Rinoceronte-sumatrano-ocidental.

A subespécie ocidental ou do oeste sobrevive hoje em dia apenas na ilha de Sumatra na Indonésia e na Península Malaia; alguns exemplares sobrevivem na Tailândia próxima á fronteira malaia; originalmente, era distribuída por toda a Tailândia e Indochina. O maior número sobrevive na ilha sumatrana.

Indochina, Sumatra e Tailândia.
 
     

Observações e Etimologia

Di, de dis (Grego), dois, duplo; keras (Grego), o chifre dum animal; rhis (Grego), origem de rhinos, que significa nariz, focinho: em referência aos dois chifres no seu focinho. Sumatra, o local donde vem, não sendo confinado apenas á ilha sumatrana, mas por todo sudeste asiático.

Nomes vulgares: rinoceronte-sumatrano; rinoceronte-de-sumatra; rinoceronte-de-samatra; rinoceronte-peludo; rinoceronte-de-dois-chifres-asiático; sumatran-rhinoceros (inglês); asian-double-horned-rhinoceros (inglês).
Sinônimos: Didermoceros sumatrensis (espécie sinônima).
  

Referências

Enciclopédia da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da Savana II. Pág: 61.

International Rhino Foundation. Sumatran Rhinoceros. Avaliado on-line em: http://www.rhinos-irf.org/ 

The Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com   

Tran, N. 2000. "Dicerorhinus sumatrensis" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 30 de Abril de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Dicerorhinus_sumatrensis.html 

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

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