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Menu - Índice - Dasypus novemcinctus

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Mammalia
      Ordem: Xenarthra
        Família: Dasypodidae
          Gênero: Dasypus
Dasypus novemcinctus
Tatu-de-nove-cintas

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar.

2005/04/02 Hugo Gomes Antunes 04/06/2005

Taxonomia

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Dasypus novemcinctus [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., 1:51.
Localização típica: :"America Meridionali;" restrito à Pernambuco, Brasil, por Cabrera.

Características gerais

Comprimento do corpo: 24-60 cm.
Comprimento de cauda: 12-48 cm.
Peso: 3,6-7,7 kg.

Envolto em sua carapaça protetora articulada, o tatu-de-nove-cintas é diferente de qualquer outro mamífero. As várias partes que constituem essa proteção eficaz, a placa frontal e os anéis caudais são revestidos por placas dérmicas córneas, também chamadas de ''escamas'', cobertas por uma pele queratinizada com reflexos de uma tonalidade marfim-antigo. A cor é mais intensa na parte superior do revestimento do que dos lados. Todo o corpo, incluindo a carapaça, apresentam uma ligeira penugem. O tatu-de-nove-cintas possui membros curtos com garras fortes para que possa abrir tocas, pois é um exímio escavador. O tatu não é dotado de boa visão, que é compensada por uma excelente audição e olfato.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

Mal chega a época de reprodução, os machos põem-se ativamente à procura de uma fêmea, que identificam facilmente pelo período de cio pelo cheiro característico que esta emana. Todavia, pode dar-se o caso de alguns machos se interessarem por fêmeas que ainda não se encontrem sexualmente maduras e que por isso mesmo se esquivam aos seus avanços. Não é raro, dois machos quererem acasalar com a mesma parceira e nesse caso resolvem o caso por meio de violentas patadas até o rival mais fraco abandonar a contenda para não morrer. No Texas, o período de acasalamento vai de Julho a Agosto. Só as jovens fêmeas que ainda não se reproduziram entram em cio e acasalam durante o Outono. A gestação tem inicio apenas em Novembro ou Dezembro, sendo portanto diferida em relação ao momento de fecundação. No Texas, como na Florida, as fêmeas dão à luz em Março ou em Abril (na América Do Sul as épocas são diferentes). A gestação propriamente dita dura 120 dias, mas para as populações dos Estados Unidos, decorrem cerca de 300 dias entre o momento do acasalamento e o nascimento. As crias que a fêmea pare são idênticas entre si, até no sexo, porque precedem do mesmo óvulo. As fêmeas em geral parem quatro crias, embora os investigadores já tenham detectado a presença de 2-6 embriões, mas alguns fetos podem morrer no decurso da gestação. À nascença, os pequenos tatus pesam cerca de 85 gramas e têm uma carapaça rosada e muito fina. As crias crescem rapidamente, aos 2 meses são já independentes apesar de serem aleitadas aos 3 meses, visto que os membros da mesma ninhada permanecem juntos durante varias semanas antes de iniciarem uma vida solitária. Com cerca de 2 anos de idade, as fêmeas e os machos alcançam a maturidade sexual, embora o seu desenvolvimento físico venha a estar completo por volta dos 3-4 anos. Pensa-se que os machos produzem espermatozóides durante todo o ano, ao passo que as fêmeas só estão fecundas na época de reprodução.

Período de gestação: 120 dias.
Número de crias: 4.
Maturidade sexual: 2 anos.
Longevidade: 12-15 anos.

            Chaves de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização interna.

Ecologia e Comportamento

Os tatus-de-nove-cintas são noturnos ou crepusculares. A temperatura, não a luz, parece ser o sinal para que inicie sua atividade. O faro é o seu principal sentido. Os tatus-de-nove-cintas quando encontram seu alimento, cavam com suas poderosas garras. A base de sua alimentação são insetos, como as demais espécies de tatus, mas como complemento, também devora ovos e frutas. Os tatus-de-nove-cintas constroem buracos, que pode ser ocupado por uma série de animais, normalmente do mesmo sexo. Os buracos também podem hospedar outras espécies, como coelhos, lagartos e cuícas. Não é uma espécie territorial. O terreno em que habitam 12 animais na Flórida pode chegar a 5,7 hectares, podendo chegar de 1,1 à 13,8 ha. Os território em que habitam se sobrepõem, mas não foram observados casos de disputas pelo mesmo. Ao contrário do que popularmente se diz, os tatus-de-nove-cintas não podem se fechar numa bola quando ameaçados. Quando acuados, correm rapidamente apesar das patas curtas. Quando perseguido dentro de sua toca, volta em arco e cava um buraco nas paredes da toca, donde é impossível tirá-lo. Quando encontra uma barreira d'água, os tatus-de-nove-cintas tem dois meios de atravessá-la. Se a água é rasa, os tatus podem cruzar andando ou correndo,porque a sua gravidade na água é baixa, 1,06. Para atravessar águas fundas ou em que as margens estejam muito longas uma da outra, enchem seu aparelho digestivo de ar para poder nadar como um cão.  

            Estrutura social: Solitário, não territorial.
            Dieta
: Formigas, cupins, ovos e frutos.
            Predadores principais
: Homem, onça-pintada
, cateto.

            Chaves de características comportamentais: móvel; crepuscular; noturno.
                Chaves de características alimentares:
onívoro; insetívoro; necrófago; heterótrofo.

Habitat

Habita campos e florestas tropicais.

Bioma terrestre: floresta tropica; savana ou campo; bosque.

Distribuição Geográfica

Ocorre desde o sul dos Estados Unidos da América, toda a América Central (somente nas ilhas de Granada, Trindade e Tobago) e na América do Sul, do norte do Peru, ao oeste dos Andes, até a Argentina e ao Uruguai, a leste dos Andes.

Região Biogeográfica: neoártico (nativo); neotropical (nativo).

Distribuição Histórica

Os tatus existem desde o Paleoceno da América do Norte, com a espécie Utaetus buccatus. Essa espécie ainda possuía dentes esmaltados. O grupo dos dasipodídeos, da qual pertence o tatu-canastra, originou-se na América do Norte e espalhou-se pela América do Sul com a junção ínstimo do Panamá á onde hoje é a Colômbia, no Plioceno-Pleistoceno.Desenvolveram-se rapidamente, atingindo enormes dimensões, tais como os gêneros Pampatherium e Holmesina. Um ancestral comum originou também o grupo dos gliptodontídeos, com adornos caudais defensivos. Estes, juntos aos tatus-gigantes americanos foram extintos no final do Pleistoceno. Hoje em dia existem cerca de 20 espécies, sendo a maior o gênero Priodontes. O gênero Dasypus, com várias espécies, possui alguns gêneros como o pré-histórico tatu-belo (Dasypus bellus).

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Pleistoceno-Holoceno (cerca de 20 mil anos atrás aos dias atuais).

Estado de Conservação

Aparentemente não ameaçado, embora caçado por populações locais.

Exemplares vivos: -

Subespécies

Não há definições de subespécies disponíveis neste banco de dados.

Observações e Etimologia

Dasypus, tatu. Novemcinctus se refere as suas noves cintas ou faixas, novem, nove; cinctus, cinta.

Nomes vulgares: tatu-de-nove-cintas (português); tatu (português); tatu-de-nove-faixas (português, lusitano); tatu-galinha (português); nine-banded-armadillo (inglês).

Referências

Fox, D. 1999."Dasypus novemcinctus" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado em 3 de abril de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Dasypus_novemcinctus.html 

Vida Selvagem, Animais dos Pampas e Pradarias, capítulo 8: Tatu. Seleções Reader's Digest.

Wilson, D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington: Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/ 

 

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