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Ceratotherum simum
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- Ceratotherium simum
- Rinoceronte-branco
- 2005/05/15 Hugo Gomes Antunes 09/07/2005
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Taxonomia
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- Ceratotherium simum [Burchell, 1817].
- Citação: Bull. Sci. Soc. Philom.
Paris, p. 97.
- Localização típica:
África do Sul, Província do Cabo, Makuba Range, Chue Spring (= Heuningvlei).
Características gerais
Comprimento do corpo: 335-420 cm.
Comprimento de cauda: 50-70 cm.
Altura: 1,5-1,9 m (cernelha).
Peso: 1.440-3.600 kg.
O
rinoceronte-branco é o maior animal terrestre a seguir ao elefante, com os
seus 3,75 metros de comprimento (em média) e 1,9 metros de altura nas espáduas
(machos). Apresenta tipicamente uma bossa na zona das espáduas. A pele é
muito espessa, de cor cinzento-clara e não tem pêlos, à exceção das
extremidades das orelhas e da cauda. Possui dois cornos na região frontal da
cabeça, o maior dos quais na zona anterior e que pode atingir 1,58 metros de
comprimento (o máximo), embora o seu tamanho médio seja 60 a 90 cm.
Geralmente os cornos das fêmeas são menores que os dos machos. A cabeça é
pendente e muito longa e o lábio superior é tipicamente quadrado e preênsil
(mede 20 cm),
tendo como função auxiliar a pastagem (a característica que o diferencia do
rinoceronte-negro, e não a coloração).
As patas são relativamente curtas e fortes e cada uma apresenta três dedos.
São conhecidos pela sua fraca visão, mas reagem a qualquer ruído ou odor
que não lhes seja familiar, porque a sua audição e olfato são apurados.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; quadrúpede.
Dimorfismo sexual: não
apresentável.
Ontogenia e Reprodução
Os
nascimentos podem ocorrer em qualquer altura do ano. Durante o período de
acasalamento, o macho dominante, usualmente solitário, permanece com a fêmea
respectiva durante o período de uma a três semanas. Durante o ritual de
acasalamento, o par faz perseguições um ao outro, entrecruzam os cornos e
emitem sons um ao outro. Após acasalar-se, a fêmea abandona o território do
macho. O período de gestação é de 490 dias (16 meses), após os quais nasce
uma cria bastante ativa, pesando cerca de 50 kg, que é amamentada por cerca de
18 meses e que permanece com a mãe durante cerca de três anos até uma nova
cria nascer. As fêmeas atingem a maturidade sexual aos seis anos e os machos
aos 10 anos de idade.
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Período
de gestação: 16 meses
(490 dias).
Número de crias: 1.
Maturidade sexual: 10-12 anos (♂); 6 anos (♀).
Longevidade: aproximadamente 40-50 anos.
Chaves
de características reprodutivas: vivíparo; sexual; dióico; fertilização
interna.
Ecologia e Comportamento
É
o detentor do comportamento mais complexo dentre todos os rinocerontes. Os
machos são geralmente solitários e nitidamente territoriais. Assim, embora o
macho dominante tolere e aceite os machos subordinados e fêmeas, é agressivo para com
outro macho dominante que se aproxime dos limites do seu território (com 1 a 2
km²; até 5 km²), onde são freqüentes os desafios com rituais que implicam
fricção de cornos e jatos de urina com esguichos projetados para trás. Os
machos residentes num território o marcam com fezes e urina. A única relação
social estável é a que se estabelece entre a fêmea e a sua descendência. Aliás,
é freqüente a formação de grupos de várias fêmeas e crias (com cerca de 14
indivíduos, mas em média menos que isso) que vivem em
territórios grandes (10 a 20 km²) mas sobreponíveis. Executa banhos na
lama para se livrar dos parasitas em sua pele. Também pássaros como os
búfagos ou pica-boi o auxiliam na limpeza da derme, catando-lhe os insetos que
incomodam. Também os pássaros auxiliam nos sentidos do rinoceronte, o avisando
ao avistarem um predador, pois os rinocerontes-brancos tem visão fraca. Foi
reportado de tolerar aproximações de poucos metros no seu estado selvagem, mas
sua investida é muito poderosa. Os rinocerontes são animais de pasto,
alimentado-se de gramíneas, as quais arranca com o lábio superior preênsil.
Suas patas curtas e a cabeça longa o colocam rente ao chão, e a boca ampla é
usada em combinação com o movimento lado a lado da cabeça para comer grande
quantidade de grama.
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Estrutura social: Solitário.
Dieta:
Ervas.
Predadores
principais: Homem.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
noturno; solitário.
Chaves de características alimentares: herbívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
prados e savanas de grama alta ou baixa e arborizadas, com erva abundante.
Bioma
terrestre: savana
ou campo.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na
África, em duas áreas separadas: no norte, em populações
dispersadas e separadas na Republica Centro-Africana, Quênia, República
Democrática do Congo (ex-Zaire), Uganda e Sudão; no sul,
na África do Sul, Zimbábue, Zâmbia e Moçambique.
Região
Biogeográfica: etiópico
(nativo).
Distribuição Histórica
O
rinoceronte-branco é uma espécie holocênica proveniente de rinocerotídeos terciários basais.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
É
uma espécie em perigo de extinção (segundo a União Internacional para a
Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. Está muito ameaçada
pela caça para o comércio do corno e pela destruição do habitat. Em 1882, a
subespécie Ceratotherium simum simum estava considerada extinta, mas foi
então encontrada uma pequena população de 10 indivíduos, que aumentou para
cerca de 500, na Reserva de Caça de Umfolozi, tendo sido daqui transferidos
animais para outras reservas. A sua conservação não é possível atualmente
fora de áreas protegidas. Neste momento deverão existir apenas cerca de 3.500-4.000
indivíduos em estado selvagem, distribuídas sobretudo pela África do Sul e
pelo Zimbábue.
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Exemplares
vivos:
3.500-4.000.
Subespécies
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Duas subespécies são distinguidas, com diferenças
básicas na sua distribuição geográfica:
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Ceratotherium simum
cottoni
[ - ]
- Rinoceronte-branco-do-norte
Encontra-se
numa pequena área compreendida entre o noroeste do Uganda, o sul do Sudão
e o nordeste da República Democrática do Congo (ex-Zaire). Tem uma pele
de tom mais escuro que a subespécie do Sul. Existe 3.000 exemplares.
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República
Centro-Africana, Uganda, Sudão, Quênia e República Democrática do
Congo. |
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Ceratotherium simum simum [Burchell,
1817] - Bull. Sci. Soc. Philom.
Paris, p. 97.
- Rinoceronte-branco-do-sul
A
subespécie (ou raça geográfica) Ceratotherium simum simum, o
rinoceronte-do-sul, encontra-se em savanas, na proximidade de água, entre
o rio Orange (África do Sul) e o rio Zambeze (entre o Zimbábue e a Zâmbia).
È a mais ameaçada das duas subespécies, existido apenas 500 exemplares
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África
do Sul, Zimbábue, Zâmbia e Moçambique. |
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Observações e Etimologia
Alguns
funcionários de áreas protegidas sedam os rinocerontes-brancos e removem os
seus chifres para deter os caçadores, algumas vezes colocando um falso
''chifre''. Os caçadores ilegais ainda assim matam estes animais para não
perder tempo de persegui-los novamente. O termo ''white''-rhino (do inglês,
rinoceronte-branco) é atualmente uma má interpretação da palavra nativa
africana ''widje'', em referência ao lábio superior largo e quadrado. Keras
(Grego) o chifre dum animal; therium besta, fera, animal feroz; a
junção dos dois termos significa ''besta com chifre''. Nomes
vulgares:
rinoceronte-branco
(português); rinoceronte (português); ceratotério (português);
white-rhinoceros (inglês); white-rhino (inglês).
Referências
Ellis, E.
1999. "Ceratotherium simum" (On-line), Animal Diversity Web. Acessado
em 30 de Abril de 2005. Avaliado on-line em: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Ceratotherium_simum.html
Enciclopédia
da Vida Selvagem, ©1993-1997 Sociéte Périodiques, Larousse - Animais da
Savana II. Pág: 61.
International
Rhino Foundation. White Rhinoceros. Avaliado on-line em: http://www.rhinos-irf.org/
The
Ultimate Ungulate Page, Brent Huffman. Avaliado on-line em: http://www.ultimateungulate.com
Wilson,
D. E., e D. M. Reeder [editores]. 1993. Mammal Species of the World (Segunda Edição). Washington:
Smithsonian Institution Press. Avaliado on-line em: http://nmnhgoph.si.edu/msw/
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