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Menu - Índice - Casuarius casuarius

 
 

    Morfologia da espécie indisponível.  Vídeo da espécie indisponível.   Áudio da espécie indisponível.   

Classificação 
Reino: Animalia
  Filo: Chordata
    Classe: Aves
      Ordem: Casuariiformes
        Família: Casuariidae
          Gênero: Casuarius
Casuarius casuarius
Casuar-do-sul

Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime. Clique para ampliar. Figura de um espécime fêmea e ovos. Clique para ampliar. Figura de um espécime jovem. Clique para ampliar.

2005/06/18 Hugo Gomes Antunes & Rafael Silva do Nascimento 25/06/2005

Taxonomia

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Casuarius casuarius [Linnaeus, 1758].  
Citação: Syst. Nat., 10ª ed., p. 155.
Localização típica: -

Características gerais

Comprimento do corpo: 1,3-1,7 m (1,6-1,9 quando surpreso ou excitado).
Peso: 29-34 kg (♂); 58 kg (♀).

Medem 1,3 a 1,7 metros de altura (variando de acordo com o sexo do espécime, sendo as fêmeas mais compridas que os machos). O macho pesa 29 a 34 kg e a fêmea cerca de 58 kg. Reconhecem-se pela grande proeminência córnea que possuem no alto da cabeça, a crista óssea, de cor marrom-acinzentada. Possui ótima visão, melhor até que a dos seres humanos (em compensação à má audição). A íris castanha. Apresentam pele nua de cor azul, na cabeça (a parte traseira desta pode apresentar derme esbranquiçada) e no pescoço, no qual exibem duas carúnculas (formações carnosas) de cor vermelha, que varia em grossura e tamanho de exemplar para exemplar; esta é uma das características que o distingue do casuar-de-haste-única. A região da base do pescoço pode apresentar cor avermelhada também. O resto do corpo está coberto por plumas negras bífidas e as asas são muito rudimentares, com as rémiges transformadas em espinhos córneos. As penas destas podem ser vistas, pois são mais claras e mais compridas do que as demais do corpo com aparência de pêlos. As pernas são escamadas e fortes. Os pés têm três dedos, estando o mais interno (o voltado ao outro pé) munido de uma comprida unha, aguda como um punhal. Os casuares perderam (ao longo da evolução biológica) a capacidade de voar, sendo aves corredoras. Não possuem quilha, como as restantes aves, estando o esterno transformado numa placa óssea achatada de nome ratis (em latim), que está na origem da designação de ratitas atribuída às aves corredoras.

Chaves de classificação física: endotérmico; simetria bilateral; bípede.
Dimorfismo sexual:
não apresentável.

Ontogenia e Reprodução

A época de nidificação tende a coincidir com a estação seca. O macho delimita um território de 1 a 5 km². Durante a parada nupcial, o macho circula em torno da fêmea enquanto incha a garganta e emite vocalizações. O ninho é construído pelo macho e consiste numa pequena depressão no terreno revestida por caules de gramíneas e folhas. A postura é de três a seis ovos de cor verde brilhante, cabendo apenas ao macho a tarefa de os incubar durante cerca de 50 dias. As crias são nidífugas, isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso, com poucas horas de vida, altura em que já começam a comer sozinhas. Possuem aspecto semelhante ao das moas quando atingem certa idade, com plumagem parecida com pêlos de cor marrom clara. Quando nascem são semelhantes a pintinhos estriados. É também o macho quem acompanha as crias, pois estas ignoram a mãe, durante nove meses, até se tornarem independentes. As fêmeas praticam poliandria sucessiva, isto é, acasalam com mais de um macho na mesma época reprodutora, conseguindo realizar duas ou três posturas durante esse tempo.

Período de incubação: 30-50 dias.
Número de crias: 3-6.
Maturidade sexual: 3-5 anos.
Longevidade: 20 anos (máximo de 39 atingido).

            Chaves de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização interna; poliandro.

Ecologia e Comportamento

É uma ave solitária, que caminha lentamente pela floresta, onde encontra seu alimento: fungos, frutos caídos (o qual recolhe como uma galinha cisca o chão), invertebrados como insetos graúdos e vertebrados como lagartos, filhotes de aves (e ovos) e até pequenos mamíferos. Utiliza a boa visão para perceber o perigo, que pode ser um caçador nativo. Ao perceber o inimigo, corre rapidamente entre a vegetação que não atrapalha tanto, devido ao seu porte. Utiliza o capacete duro para abrir caminho dentre os ramos de espinhos, que deslizam sobre seus grossos fios da plumagem. Possui vantagem sobre o seu inimigo ao atingir um terreno acidentado. Pode saltar obstáculos de até 1,5 m de altura; em terreno raso, chega a desenvolver os 50 km/h. Além disso, é capaz de nadar bem, até no mar. É temido pelos nativos. Quando forçado a lutar, a ave é um inimigo terrível: salta para a frente com forte impulso e crava no adversário suas poderosas garras. O casuar é a única ave capaz de matar um homem sem dificuldade: sua patada pode decepar um membro. Tudo no casuar contribui para sua adaptação à vida na selva.

            Estrutura social: Solitário. 
            Dieta
: Frutos, fungos, vertebrados e invertebrados.
            Predadores principais
: Homem
.

            Chaves de características comportamentais: móvel; nidífuga.
                Chaves de características alimentares:
onívoro; heterótrofo.

Habitat

Habita florestas úmidas, florestas de galeria e savanas arborizadas.

Bioma terrestre: savana; pântano; floresta tropical.

Distribuição Geográfica

Ocorre na Austrália e Nova Guiné.

Região Biogeográfica: australiano (nativo).

Distribuição Histórica

O casuar-do-sul é uma espécie de ave relativamente primitiva holocênica, proveniente de casuariiformes basais australianos.

Era geológica: Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).

Estado de Conservação

É uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Tem sido ameaçada pela destruição do habitat e pela caça.

Exemplares vivos: não estimada (atualmente instável).

Subespécies

A grande variação, ambos pássaros cativos e espécimes de museus, dão crescimento à um número grande de subespécies propostas, baseadas no tamanho das carúnculas, no formato da crista e da coloração do pescoço. Após pesquisas modernas, em particular recentemente na população australiana em torno da Praia da Missão, em Queensland, estas subespécies foram descartadas e, devido ao nível de subespécies ainda ser erradamente aplicado por alguns jardins-zoológicos aos seus exemplares cativos, a diversidade é então posta como riqueza genética da espécie. O status trinomial, certamente devido ao nível genético pelas populações isoladas, permanece coisa do futuro em vista dos exemplos limitados atualmente avaliados. Já foram descritas Casuarius casuarius casuarius, C. casuarius tricarunculatus, C. casuarius bistriatus, C. casuarius lateralis, C. casuarius sclaterii, C. casuarius johnsonii, C. casuarius aruensis e C. casuarius bicarunculatus. Aqui estão apresentadas as divisões em subespécies mais aceitas:

  Imagem Descrição Distribuição
 
Casuarius casuarius casuarius [Linnaeus, 1758] - Syst. Nat., 10ª ed., p. 155.
Casuar-da-nova-guiné

A subespécie originária das ilha da Nova Guiné, é mais reservada que o casuar-australiano.

 
Nova Guiné.
 
 
Casuarius casuarius johnstonii [ - ]
Casuar-australiano

Também chamado de casuar-do-sul, esta subespécie é originaria do norte australiano. È o terceiro animal mais perigoso da fauna australiana, a seguir do crocodilo-de-água salgada e da cobra-taipan.

 
Norte da Austrália.
 
     

Observações e Etimologia

As vezes é classificado cientificamente como Casuarius bicarunculatus (devido as duas carúnculas pendentes no seu pescoço). É a mais conhecida das espécies de casuares, e a mais difundida em jardins-zoológicos, tendo uma população cativa estimada em 260  exemplares (sendo a maioria dos exemplares vindos da Nova Guiné). Foi primeiramente levado à Europa por navegadores holandeses em 1597, subseqüentemente chamado de ''casuar-de-ceram'' em referencia a sua ilha de origem presumida. Casuarius provavelmente devido ao seu nome nativo, ''quasar''.

Nomes vulgares: casuar-do-sul (português); causar-de-haste-dupla (português); casuar-de-dois-carúnculos (português); casuar-de-capacete  (português); casuar-grande (português); casuar-azul (português); casuar-comum (português); cassowary (inglês); double-wattled-cassowary (inglês); southern-cassoway (inglês); common-cassowary (inglês); quasar.    
Sinônimos: Casuarius bicarunculatus (espécie sinônima).

Referências

Os Bichos, ©1972-1973 Casa Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 2. Págs: 300-301.

The Cassowary in Captivity. Richard Perron B. Sc. International Zoo News Nº. 240 Vol. 39/7 [1992].

Zoonomen. Alan P. Peterson, M.D., ''Struthioniformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net 

 

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