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Casuarius casuarius
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Taxonomia
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- Casuarius casuarius [Linnaeus, 1758].
- Citação: Syst. Nat., 10ª ed., p. 155.
- Localização típica:
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Características gerais
Comprimento do corpo: 1,3-1,7 m (1,6-1,9
quando surpreso ou excitado).
Peso: 29-34 kg (♂); 58 kg (♀).
Medem
1,3 a 1,7 metros de altura (variando de acordo com o sexo do espécime, sendo
as fêmeas mais compridas que os machos). O macho pesa 29 a 34 kg e a fêmea
cerca de 58 kg. Reconhecem-se pela grande proeminência córnea que possuem no
alto da cabeça, a crista óssea, de cor marrom-acinzentada. Possui ótima
visão, melhor até que a dos seres humanos (em compensação à má
audição). A íris castanha. Apresentam pele nua de cor azul, na cabeça (a
parte traseira desta pode apresentar derme esbranquiçada) e no pescoço, no
qual exibem duas carúnculas (formações carnosas) de cor vermelha, que varia
em grossura e tamanho de exemplar para exemplar; esta é uma das
características que o distingue do casuar-de-haste-única. A região da base
do pescoço pode apresentar cor avermelhada também. O resto do corpo está
coberto por plumas negras bífidas e as asas são muito rudimentares, com as rémiges
transformadas em espinhos córneos. As penas destas podem ser vistas, pois
são mais claras e mais compridas do que as demais do corpo com aparência de
pêlos. As pernas são escamadas e fortes. Os pés têm três dedos, estando o
mais interno (o voltado ao outro pé) munido de uma comprida unha, aguda como
um punhal. Os casuares perderam (ao longo da evolução biológica) a
capacidade de voar, sendo aves corredoras. Não possuem quilha, como as
restantes aves, estando o esterno transformado numa placa óssea achatada de
nome ratis (em latim), que está na origem da designação de ratitas atribuída
às aves corredoras.
Chaves
de classificação física:
endotérmico; simetria bilateral; bípede.
Dimorfismo sexual: não
apresentável.
Ontogenia e Reprodução
A
época de nidificação tende a coincidir com a estação seca. O macho delimita
um território de 1 a 5 km².
Durante a parada nupcial, o macho circula em torno da fêmea enquanto incha a
garganta e emite vocalizações. O ninho é construído pelo macho e consiste
numa pequena depressão no terreno revestida por caules de gramíneas e folhas.
A postura é de três a seis ovos de cor verde brilhante, cabendo apenas ao
macho a tarefa de os incubar durante cerca de 50 dias. As crias são nidífugas,
isto é, abandonam o ninho precocemente, neste caso, com poucas horas de vida,
altura em que já começam a comer sozinhas. Possuem aspecto semelhante ao das
moas quando atingem certa idade, com plumagem parecida com pêlos de cor marrom
clara. Quando nascem são semelhantes a pintinhos estriados. É também o macho
quem acompanha as crias, pois estas ignoram a mãe, durante nove meses, até se
tornarem independentes. As fêmeas praticam poliandria sucessiva, isto é,
acasalam com mais de um macho na mesma época reprodutora, conseguindo realizar
duas ou três posturas durante esse tempo.
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Período
de incubação: 30-50 dias.
Número de crias: 3-6.
Maturidade sexual: 3-5 anos.
Longevidade: 20 anos (máximo de 39 atingido).
Chaves
de características reprodutivas: ovíparo; sexual; dióico; fertilização
interna; poliandro.
Ecologia e Comportamento
É
uma ave solitária, que caminha lentamente pela floresta, onde encontra seu
alimento: fungos, frutos caídos (o qual recolhe como uma galinha cisca o
chão), invertebrados como insetos graúdos e vertebrados como lagartos,
filhotes de aves (e ovos) e até pequenos mamíferos. Utiliza a boa visão para
perceber o perigo, que pode ser um caçador nativo. Ao perceber o inimigo, corre
rapidamente entre a vegetação que não atrapalha tanto, devido ao seu porte.
Utiliza o capacete duro para abrir caminho dentre os ramos de espinhos, que
deslizam sobre seus grossos fios da plumagem. Possui vantagem sobre o seu
inimigo ao atingir um terreno acidentado. Pode saltar obstáculos de até 1,5 m
de altura; em terreno raso, chega a desenvolver os 50 km/h. Além disso, é
capaz de nadar bem, até no mar. É temido pelos nativos. Quando forçado a
lutar, a ave é um inimigo terrível: salta para a frente com forte impulso e
crava no adversário suas poderosas garras. O casuar é a única ave capaz de
matar um homem sem dificuldade: sua patada pode decepar um membro. Tudo no
casuar contribui para sua adaptação à vida na selva.
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Estrutura social: Solitário.
Dieta: Frutos,
fungos, vertebrados e invertebrados.
Predadores
principais: Homem.
Chaves
de características comportamentais: móvel;
nidífuga.
Chaves de características alimentares: onívoro;
heterótrofo.
Habitat
Habita
florestas
úmidas, florestas de galeria e savanas arborizadas.
Bioma
terrestre: savana;
pântano; floresta tropical.
Distribuição Geográfica
Ocorre
na
Austrália e Nova Guiné.
Região
Biogeográfica: australiano
(nativo).
Distribuição Histórica
O
casuar-do-sul é uma espécie de ave relativamente primitiva holocênica,
proveniente de casuariiformes basais australianos.
Era
geológica:
Cenozóico; Quaternário; Holoceno (dias atuais).
Estado de Conservação
É
uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da
Natureza). Tem sido ameaçada pela destruição do habitat e pela caça.
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Exemplares
vivos:
não estimada (atualmente instável).
Subespécies
-
A grande variação, ambos pássaros cativos e
espécimes de museus, dão crescimento à um número grande de subespécies
propostas, baseadas no tamanho das carúnculas, no formato da crista e da
coloração do pescoço. Após pesquisas modernas, em particular recentemente
na população australiana em torno da Praia da Missão, em Queensland, estas
subespécies foram descartadas e, devido ao nível de subespécies ainda ser
erradamente aplicado por alguns jardins-zoológicos aos seus exemplares
cativos, a diversidade é então posta como riqueza genética da espécie. O
status trinomial, certamente devido ao nível genético pelas populações
isoladas, permanece coisa do futuro em vista dos exemplos limitados atualmente
avaliados. Já foram descritas Casuarius casuarius casuarius, C.
casuarius tricarunculatus, C. casuarius bistriatus, C.
casuarius lateralis, C. casuarius sclaterii, C. casuarius
johnsonii, C. casuarius aruensis e C. casuarius
bicarunculatus. Aqui estão apresentadas as divisões em subespécies mais aceitas:
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Imagem |
Descrição |
Distribuição |
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- Casuarius casuarius
casuarius
[Linnaeus, 1758] -
Syst. Nat., 10ª ed., p. 155.
- Casuar-da-nova-guiné
A
subespécie originária das ilha da Nova Guiné, é mais reservada que o
casuar-australiano.
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Nova
Guiné. |
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- Casuarius casuarius
johnstonii
[ - ]
- Casuar-australiano
Também
chamado de casuar-do-sul, esta subespécie é originaria do norte australiano.
È o terceiro animal mais perigoso da fauna australiana, a seguir do
crocodilo-de-água salgada e da cobra-taipan.
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Norte
da Austrália. |
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Observações e Etimologia
As
vezes é classificado cientificamente como Casuarius bicarunculatus
(devido as duas carúnculas pendentes no seu pescoço). É a mais conhecida
das espécies de casuares, e a mais difundida em jardins-zoológicos, tendo
uma população cativa estimada em 260 exemplares (sendo a maioria dos
exemplares vindos da Nova Guiné). Foi primeiramente levado à Europa por
navegadores holandeses em 1597, subseqüentemente chamado de ''casuar-de-ceram''
em referencia a sua ilha de origem presumida. Casuarius provavelmente
devido ao seu nome nativo, ''quasar''. Nomes
vulgares:
casuar-do-sul
(português); causar-de-haste-dupla (português); casuar-de-dois-carúnculos
(português); casuar-de-capacete (português); casuar-grande (português);
casuar-azul (português); casuar-comum (português); cassowary (inglês);
double-wattled-cassowary (inglês); southern-cassoway (inglês);
common-cassowary (inglês); quasar.
Sinônimos: Casuarius bicarunculatus (espécie sinônima).
Referências
Os
Bichos,
©1972-1973 Casa
Editrice A. M. Z. e Produzioni Editoriali D´Ami. Volume 2.
Págs: 300-301.
The
Cassowary in Captivity. Richard Perron B. Sc. International Zoo News Nº. 240
Vol. 39/7 [1992].
Zoonomen.
Alan P. Peterson, M.D., ''Struthioniformes''. Avaliado on-line em: http://www.zoonomen.net
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Casuarius casuarius
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