.RSN - BioData© Enciclopédia Multimídia dos Seres VivosSímbolo da Biologia

Página principal | Notícias | Artigos | Arquivo | Índice principal | Galeria | Glossário | Recursos adicionais | Contato | Sobre | Ajuda

_________________________________________________________________________________________

 
Menu - Artigos  - Ofídios: Terror sem patas?
Ofídios: Terror sem patas?
Hugo Gomes Antunes - 5 de Agosto de 2005
 

Nos ofídios, as duas metades da sua mandíbula inferior são articuladas por músculos e pele permitindo-lhe uma expansão excepcional. Muitos dos ossos do crânio são também livremente articulados pelo que o crânio pode flexionar assimetricamente para se acomodar ao tamanho da presa.

Como os ofídios podem parar a respiração durante o lento processo de deglutição, a abertura traqueal (glote) é retirada da frente das duas mandíbulas.

A córnea dos olhos dos ofídios está permanentemente protegida por uma membrana transparente que sempre que a mobilidade dos olhos é reduzida permite a captação de luz. Os ofídios têm em geral visão reduzida. Os ofídios que vivem nas árvores das florestas tropicais são, neste pormenor, uma exceção. Alguns ofídios que vivem nas árvores têm uma visão binocular muito boa que os ajudam a identificar as presas através dos ramos das árvores. Os ofídios não têm ouvidos médio e externo, o que poderia levar a pensar que os ofídios fossem surdos. Contudo, recentes trabalhos mostraram o ouvido interno e demonstram claramente que os ofídios ouvem em baixa freqüência (100 a 170 Hz). São também muito sensíveis a vibrações do solo. Apesar de tudo para a maior parte dos ofídios é um sentido químico que é utilizado para localizar a presa. Em complemento da área normal de olfato no nariz, que não é bem desenvolvido, possuem os órgãos de Jacobson, no céu-da-boca. Estes estão ligados com o epitélio olfativo e são muito enervados. A língua bifurcada, flutuando no ar, capta as pequeníssimas partículas e transporta-as para a boca. A língua passando nos órgãos de Jacobson transmite-lhe a informação que, por sua vez, é transmitida ao cérebro onde se encontram os centros de identificação.

A locomoção é um problema óbvio para um animal sem membros, e os ofídios descobriram várias soluções. O padrão mais típico de movimento é a ondulação lateral.

A maior parte dos ofídios são ovíparos embora existam algumas víboras vivíparas.

Das cerca de 2500 espécies de ofídios a maior parte vive nas zonas tropicais e subtropicais, apresentando variedades venenosas e não venenosas. Os ofídios não venenosos matam as suas presas por constrição ou por deglutição. A sua dieta é restrita. Muitos deles alimentam-se de pequenos roedores, enquanto que outros se alimentam de peixes, rãs e insetos. Alguns ofídios africanos, indianos e neotropicais são comedores de ovos.

Os ofídios venenosos são normalmente divididos em quatro grupos ou famílias em função do tipo de veneno. As quatro famílias são: Viperidae que incluem as víboras européias, americanas e africanas; Elapidae a que pertencem as cobras, mambas e cobra-coral; Hydrophiidae a que pertencem os Ofídios mais violentamente venenosos e finalmente a maior família Colubridae que inclui as mais familiares cobras não venenosas mas inclui, também, as duas cobras mais venenosas de África.

Normalmente associa-se a selva com os ofídios. As serpentes gigantes que por constrição são capazes de matar um antílope que engole logo de seguida, a víbora rápida e de mordedura fatal, a mamba que se desprende de um ramo de uma árvore e crava os seus dentes na sua presa, são representantes típicos das florestas, das selvas e dos mangais. A selva chuvosa proporciona aos ofídios as três condições que permitem uma boa vivência aos seres que ocupam um determinado meio: alimento, proteção e clima adequado. Insetos, peixes, répteis, roedores, aves, pequenos mamíferos e ovos, são alimentos praticamente sempre disponíveis. Os esconderijos de onde podem espiar as presas ou defender-se dos predadores encontram-se em todo o lado e o clima com temperatura constante quase todo o ano permite que estes animais de "sangue frio" possam estar em atividade todo o ano.

Nestas condições coexistem as espécies de ofídios mais variadas. Caracteristicamente florestais mambas, serpentes arbocícolas-verdes, coexistem com as pítons, víboras, cobra-cuspideira, etc., que são mais características das savanas e estepes.

Faltarão apenas as que se encontram mais adaptadas às montanhas sub-desérticas e planícies como a cobra do Egito.

Também se encontram ofídios vivendo sob o solo como as pequenas cobras-cegas que se alimentam de vermes, aracnídeos ou miriápodes e as que vivem ou freqüentam as águas, cobras-aquáticas, que se alimentam de peixes, rãs e insetos aquáticos.

 

As cobras estão entre os animais mais temidos do mundo  

» As cobras estão entre os animais mais temidos do mundo.      

   

Uma cascavel (Crotalus sp.) sul-americana no Zôo de Lisboa

» Uma cascavel (Crotalus sp.) sul-americana no Zôo de Lisboa. 

As cobras do gênero Boa (jibóias e constritoras) encontram-se ameaçadas de extinção, pelo que a posse e o comércio encontram-se proibidos

» As cobras do gênero Boa (jibóias e constritoras) encontram-se ameaçadas de extinção, pelo que a posse e o comércio encontram-se proibidos.

As cobras-corais são provavelmente as mais bonitas e coloridas de sua ordem

» As cobras-corais são provavelmente as mais bonitas e coloridas de sua ordem. 

 

Referências

Diciopédia 2004

Enciclopédia da Ciência - O Reino Animal (Vertebrados).

Enciclopédia Larousse - Os Animais.

O Maravilhoso Mundo dos Animais.

Zoológico de Lisboa. Avaliado on-line em: http://www.zoo.pt

 

 

Menu - Artigos  - Ofídios: Terror sem patas?


_________________________________________________________________________________________

©2005 RSN BioData. Rafael Silva do Nascimento. Todos os direitos reservados. Não é permitido o uso total ou parcial deste site. Acaso deseje usar o conteúdo para qualquer fim educacional não comercial, entre em contato comigo . As imagens são propriedades de seus respectivos donos. Todo esforço foi feito para encontrar o proprietário do devido direito de cópia.

Termos de uso | Política de privacidade

Topo                                                                                                                                                                                                       Enviar e-mailAdcionar aos FavoritosIndique este siteVersão para impressão
Hosted by www.Geocities.ws

1