AstroManual - Astronomia
Observacional Amadora
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Como Observar as Crateras Raiadas
O estudo estatístico da distribuição das raias pode
conduzir a valiosos resultados. Por exemplo, um observador poderia notar a
ocorrência delas em solo baixo ou alto como em planícies,
elevações, planaltos, em rampas viradas para ou longe da
origem do sistema, ou em solo liso ou áspero, a presença de
descontinuidades ou arcos curvos e a falta de características da
superfície. Outras coisas a serem notadas são a associação
de raias com arranjos lineares de craterletas, a divergência das
raias de pontos diferente do centro da ' cratera de origem', e a formação
delas visível só a uma certa distância do ponto de
origem.
Você vai precisar de um bom mapa lunar e um instrumento que lhe
possibilite observar grandes áreas da superfície da Lua e
posteriormente, use uma ocular que lhe facilite a observação
de detalhes.
Para lhe dar uma idéia do tipo de dados que são
especialmente úteis, sugerimos algumas dicas para um programa de
observação:
· Registre e analise o começo, curso e final de cada raia,
juntamente com a largura e brilho.
· Procure variações em brilho de uma raia ao longo de
sua duração ou largura. Nesse caso, registre a posição
e o tempo; para posterior determinação do ângulo dos
raios do Sol.
· Examine cuidadosamente a natureza da superfície lunar na
qual as raias aparecem e também entre elas. Pode haver manchas
luminosas e crateletas ou inchações leves ou elevações
no terreno que pode imitar uma raia.
· Registre a forma da raia, indique se é direta ou tem
ramificações (filiais) ou interrupções.
· Registre as posições delas com precisão. Se
possível, faça desenhos.
· Atente para os detalhe dentro das raias que mostra cores diferentes
da superfície lunar, os quais são às vezes invisíveis
a um primeiro olhar.
· Observe as vezes e quais raias aparecem e desaparecem em uma série
de lunações. (Uma lunação é o período
compreendido entre uma Lua Nova até a próxima - cerca de 29½
dias).
· Também é aconselhável observação
usando diferentes filtros coloridos para tentar registrar qualquer mudança
no aparecimento de alguma raia que possa apresentar diferentes cores.
· Estudos da Luz Polarizada em observações podem ser
interessantes de realizar.
· As observações selenográficas podem ser
comparadas, se possível, com fenômenos geológicos
semelhante, mesmo em luas e outros planetas rochosos.
· Analise imagens da Lua realizadas em diferentes períodos
para descobrir outras crateras que apresentem possíveis sistemas de
raias, bem como em suas observações visuais.
· Da mesma forma, analise a posição, direção,
etc. das crateras raiadas já conhecidas.
Relação de algumas crateras que apresentam sistemas de raios
Antes de começar a procurar novas crateras que apresentam sistemas de raios, munido de um mapa da Lua, localize as crateras abaixo e observe seus sistemas de raias, analise e anote suas observações tendo por base o que foi relacionado no texto acima.
Cratera Raiada | Latitude Lunar | Longitude Lunar |
ANAXAGORAS | 73.4N | 10.1W |
ARISTARCHUS | 23.7N | 47.4W |
ARISTILLUS | 33.9N | 01.2E |
AUTOLYCUS | 30.7N | 01.5E |
BESSEL | 21.8N | 17.9E |
BIRT * | 22.4S | 08.5W |
BYRGIUS A | 27.7S | 63.6W |
COPERNICUS | 09.7N | 20.0W |
EUCLIDES | 07.4S | 29.5W |
FURNERIUS A | 33.5S | 57.2E |
GEMINUS C | 33.9N | 56.8E |
GODIN | 01.8N | 10.2E |
HIND | 07.9S | 07.4E |
KEPLER | 08.1N | 38.0W |
LALANDE | 04.4S | 08.6W |
LANGRANUS | 08.9S | 60.9E |
MANILIUS | 14.5N | 09.1E |
MENELAUS * | 16.3N | 16.0E |
MESSALA B | 37.1N | 57.6E |
MESSIER A* | 02.0S | 46.9E |
OLBERS | 07.4N | 75.9W |
OLBERS A | 08.3N | 77.5W |
PETAVIUS B | 27.9S | 58.6E |
PROCLUS * | 16.1N | 46.8E |
REINER GAMMA | 08.0N | 58.0W |
SIRSALIS | 12.5S | 60.4W |
SNELLIUS | 29.3S | 55.7E |
STEVINUS A | 32.1S | 51.9E |
STRABO | 61.9N | 54.3E |
TARUNTIUS | 05.6N | 46.5E |
THALES | 61.8N | 50.3E |
THEOPHILUS | 11.4S | 26.4E |
TIMOCHARIS | 26.7N | 13.1W |
TYCHO | 43.3S | 11.2W |
ZUCCHIUS | 61.4S | 50.3W |
Nota: As crateras raidas assinaladas com um ( * ) são as formações de especial interesse para a ALPO.
Artigo baseado no texto original de Jack Kramer - http://homepage.interaccess.com/~purcellm/lcas/Articles/lcasrtcl.htm
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