AstroManual - Astronomia
Observacional Amadora
http://geocities.yahoo.com.br/rgregio2001/
Formação de Crateras Complexas
As crateras complexas começam com cerca de 20 km em diâmetro
(a zona de transição para crateras simples a complexo está
entre 15 a 20 km em diâmetro). Elas são caracterizadas pela
morfologia de uma depressão em forma de tigela com uma elevação
central de um ou mais picos (estruturas de pequenas montanha) e terraços
nas laterais das paredes. As crateras complexas são formadas através
do impacto de meteoritos de médio tamanho na superfície
lunar. O impacto acontece da forma como descrito na formação
das crateras simples, entretanto a
quantia de energias envolvida é muita maior.
As reais diferenças começam depois da formação
da cratera passageira. Neste momento a borda é mais volumosa que o
da beira de uma cratera simples. Como a rocha de subsurperfície é
extensivamente fraturada, e o material da borda não tem como se
apoiar mais firmemente, chamado ''deslizante'', escorrega para baixo
criando uma série de ''terraços'' nas paredes internas da
cratera. Um cume central ou mais de uma elevação central
(picos) também são formados neste momento. Os cumes se
formam porque o impacto comprime a rocha subjacente, e esta rocha se eleva
depois que a energia do choque é dissipada - semelhante a uma cama
de mola que é comprimida e então é lançada
quando é descomprimida. O tamanho dos cumes centrais também é
modificado pelo afundamento do material da borda que empurra a rocha na
elevação central. Ao mesmo tempo em que ele afunda acontece
a formação do cume, a fundição do impacto nos
lados da cratera está deslizando para baixo junto com outro
material da borda instável. Isto novamente cobre o fundo da cratera
temporária e forma lagoas em alguns dos terraços. Isto
produz a forma ''final'' da cratera.
As partes das crateras complexas são, então, a elevação
central que pode ser um ou vários cumes que podem atingir uns 1000
metros de altura. Isto é seguido por um chão externo
aplainado pelo material da fundição de impacto que gradua os
terraços das paredes laterais da cratera. A borda acontece no topo
da cratera em diferentes graus de ejeta contínuo, ou ejeta descontínuo,
que irá formar as crateras secundárias maiores, como
acontece, por exemplo, ao redor da cratera Copernicus e o sistema de raios
luminosos.
A degradação acontece nas crateras complexas como em
crateras simples. Primeiro vai o sistema de raio, seguido pelo ejeta
descontínuo e a borda afiada. O ejeta contínuo é
corroído depois juntamente com o terraço e o cume central.
Com o passar do tempo geológico, em milhões de anos, a
cratera se tornará uma depressão como forma de tigela; isso
devido a novos e subseqüentes impactos que vão deteriorar a
cratera.
voltar: Cratera Simples