AstroManual - Astronomia Observacional Amadora
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Formação de Crateras Complexas

As crateras complexas começam com cerca de 20 km em diâmetro (a zona de transição para crateras simples a complexo está entre 15 a 20 km em diâmetro). Elas são caracterizadas pela morfologia de uma depressão em forma de tigela com uma elevação central de um ou mais picos (estruturas de pequenas montanha) e terraços nas laterais das paredes. As crateras complexas são formadas através do impacto de meteoritos de médio tamanho na superfície lunar. O impacto acontece da forma como descrito na formação das crateras simples, entretanto a quantia de energias envolvida é muita maior.
As reais diferenças começam depois da formação da cratera passageira. Neste momento a borda é mais volumosa que o da beira de uma cratera simples. Como a rocha de subsurperfície é extensivamente fraturada, e o material da borda não tem como se apoiar mais firmemente, chamado ''deslizante'', escorrega para baixo criando uma série de ''terraços'' nas paredes internas da cratera. Um cume central ou mais de uma elevação central (picos) também são formados neste momento. Os cumes se formam porque o impacto comprime a rocha subjacente, e esta rocha se eleva depois que a energia do choque é dissipada - semelhante a uma cama de mola que é comprimida e então é lançada quando é descomprimida. O tamanho dos cumes centrais também é modificado pelo afundamento do material da borda que empurra a rocha na elevação central. Ao mesmo tempo em que ele afunda acontece a formação do cume, a fundição do impacto nos lados da cratera está deslizando para baixo junto com outro material da borda instável. Isto novamente cobre o fundo da cratera temporária e forma lagoas em alguns dos terraços. Isto produz a forma ''final'' da cratera.
As partes das crateras complexas são, então, a elevação central que pode ser um ou vários cumes que podem atingir uns 1000 metros de altura. Isto é seguido por um chão externo aplainado pelo material da fundição de impacto que gradua os terraços das paredes laterais da cratera. A borda acontece no topo da cratera em diferentes graus de ejeta contínuo, ou ejeta descontínuo, que irá formar as crateras secundárias maiores, como acontece, por exemplo, ao redor da cratera Copernicus e o sistema de raios luminosos.
A degradação acontece nas crateras complexas como em crateras simples. Primeiro vai o sistema de raio, seguido pelo ejeta descontínuo e a borda afiada. O ejeta contínuo é corroído depois juntamente com o terraço e o cume central. Com o passar do tempo geológico, em milhões de anos, a cratera se tornará uma depressão como forma de tigela; isso devido a novos e subseqüentes impactos que vão deteriorar a cratera.

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