AstroManual - Astronomia Observacional Amadora
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Formação das Bacias de Impacto

As grandes bacias de impacto começam ao redor de 200 km de diâmetro e podem ser subdividas segundo a forma que apresenta em: bacias de cume e anel (central-peak basins), bacias de cume central (central-peak bacins) e bacias de multianéis (multi-ring basins). Elas são caracterizadas por uma série de anéis (em vez de uma única borda). As bacias de multianéis são os maiores eventos de crateramento na Lua e medem até 2500 km em tamanho.
A formação das bacias de multianéis é ainda muito pouco compreendida, existindo algumas hipóteses competindo entre si que tentam explicar sua formação. O problema é que a quantia de energia cinética lançada nesses eventos é tão grande que é difícil predizer como uma superfície sólida se comporta debaixo de sua influência. O modelo que nós apresentamos assume que a energia faz com que a superfície sólida lunar se comporte como uma substância com pouca força inerente (isto é, uma superfície fluida), e assim os anéis se formam do mesmo modo como se uma pedra fosse jogada na água.
Quando um volumoso impacto acontece na Lua, a energia transferida produz uma onda de choque também volumosa. Isto vaporiza a maioria do bólido e parte da superfície lunar. Como na cratera simples, estes materiais são ambos injetados na próxima capa e também escapam ejetados para fora do local. As próximas capas de rocha derretida e do corpo de impacto faz o mesmo. A cratera passageira que então é formada apresenta a forma de uma tigela rasa. Logo uma elevação central acontece do rebote da rocha subjacente. Este rebote não pode entrar em equilíbrio em um meio fluido, e assim se desmorona, com o material do rebote se forma uma onda que se propaga pelo chão da cratera passageira. A onda congela no lugar quando sua energia cinética é dissipada através de fricção. Grosso modo, os múltiplos anéis podem se formar desta maneira.
A morfologia de uma bacia de multianéis é mais bem representada pela bacia de Oriental (Orientale Bacin). Embora ela seja a mais recente entre as grandes bacias de impacto, apenas uma fração dela pode ser vista da Terra. Felizmente ela foi bem documentada através de fotografias feitas a partir de astronaves localizadas em órbita da Lua. O centro da bacia é plano, e provavelmente coberto com fundição de impacto (sendo modificado desde então através de vulcanismo). Mais adiante para fora, a uma relação de espaçamento geral, aparecendo sucessivos anéis. Além da borda exterior, é encontrada a cobertura habitual de ejeta, com impactos secundários continuados e descontinuados. Porém, aqui o ejeta é muito mais volumoso e extenso, as crateras secundárias podem apresentar de 10 a 20 km de diâmetro, e o ejeta contínuo pode ter centenas de metros de espessura. Também, podem ser formados terrenos cheios de pequenas colinas (ou elevações) ou uma ''coberta de montículos de ejeta"; cujos exemplos podem ser vistos ao redor da Bacia Imbrium (Imbrium Bacin), na formação de Fra Mauro, e ao redor da Bacia Nectaris e na Formação de Janssen.
Até mesmo essas volumosas bacias são corroídas através dos tempos por chuva de micrometeoritos, e sucessivos novos impactos, até mesmo dentro da própria bacia mais antiga. De qualquer forma, como as grandes bacias de impacto são muito antigas, esta erosão apagou todas as evidencias de prováveis sistemas de raios luminosos que possa ter existido em torno dessas bacias.

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