Alenquer pretende p�r
ordem nas pedreiras
ORDENAMENTO
A  C�mara  de  Alenquer  solicitou  ao  ministro  das  Cidades,  Ambiente  e Ordenamento do Territ�rio, Isaltino de Morais, uma reuni�o para debater a alegada necessidade de maior envolvimento  por  parte do  Governo   na   resolu��o   dos   problemas   causados   pela  explora��o  de  inertes,  que  afectam particularmente o concelho.

Perante a falta  de  regulamenta��o  da  actividade  destas  explora��es,  os  respons�veis  municipais pretendem que a tutela junte as diversas entidades respons�veis para definir medidas,  tendo em vista �a delimita��o dos impactes das pedreiras, protec��o e salvaguarda das popula��es e a  recupera��o paisag�stica na extensa �rea afectada�.

O concelho alenquerense engloba  uma  das  maiores  zonas  calc�rias  do  Pa�s  (da  ordem  dos  500 hectares), sofrendo os efeitos devastadores da extrac��o de inertes pelas 14 ind�strias em  actividade no  seu  territ�rio.   Os   trabalhos  de  desmonte  e  britagem,  bem  como  a  constante  passagem  de camionetas de transporte de p�-de-pedra e
tout-venant provocam a liberta��o de nuvens de  p�  cujos efeitos, por  vezes,  se  fazem  sentir  a  quil�metros  de  dist�ncia,   sendo  as  popula��es  das  zonas envolventes �s pedreiras as mais afectadas.

Os moradores  j�  se   cansaram   de   alertar   os   industriais   para   que   reduzam   a  pot�ncia   dos rebentamentos, sendo que as explos�es j� provocaram danos (rachas) em  v�rias casas.  O  problema tem vindo a agravar-se nos �ltimos tempos, pois, sublinha o vereador comunista Jos� Manuel Catarino, �diversas pedreiras actuam � margem da lei, dando-se ao luxo  de  fazer  rebentamentos  com  cord�o detonante, cuja utiliza��o est� proibida�.

O presidente da C�mara de  Alenquer  reconhece  que  sente  grandes  dificuldades  em  enfrentar  os problemas originados pelas pedreiras, porque �a  autarquia  tem  compet�ncias  muito  limitadas  e  h� falta de coordena��o ao n�vel das diversas entidades da administra��o  central,  a  quem  cabe  definir medidas para o sector�. Neste quadro, �lvaro Pedro (PS) recusa assumir responsabilidades  sobre  as medidas minimizadoras do impacte das pedreiras �enquanto a  lei  da  ind�stria  extractiva  n�o  estiver regulamentada e o Governo n�o subscrever certos compromissos�.

Quando tem conhecimento ou � alertada para algum rebentamento com uma dimens�o fora do normal, a edilidade �participa sempre estas situa��es �s direc��es regionais de Energia  e  do  Ambiente,  que recolhem  os   dados   do   sism�grafo   existente,   mas   depois  o   assunto   cai,  invariavelmente,  no esquecimento, ou porque de facto os par�metros legais  n�o  foram  ultrapassados  ou  porque  n�o  � poss�vel identificar o prevaricador�, diz o vereador do Ambiente, Jorge Riso.  O autarca observa:  �N�o h� claramente uma boa liga��o entre todas estas entidades que envolvem a quest�o  das  pedreiras  e sinto-me por vezes impotente para fazer mais�.

Nandin de Carvalho, vereador independente do PSD, defende  que  �a  administra��o  p�blica,  com  a colabora��o da c�mara municipal, deve definir  planos  directores  integrados  de  frente  de  lavra,  de recupera��o ambiental e paisag�stica, bem como para o desenvolvimento urgente  de  minimiza��o  de ru�dos e poeiras, incluindo a pavimenta��o das vias de circula��o e dos aterros de res�duos�.

Tendo em conta a unanimidade no seio do executivo camar�rio sobre o problema, �lvaro  Pedro  disse ao DN que, quando for recebido pelo ministro do Ambiente, se far� acompanhar por uma delega��o de vereadores das tr�s for�as pol�ticas representadas na autarquia.


                                                                                                                                       DN (12SET2002)
ARTIGOS RELACIONADOS
Pedreiras criam cen�rio lunar
Hosted by www.Geocities.ws

1