Canal no rio suscita reservas "verdes" |
INTERVEN��O |
As obras de regulariza��o do rio de Alenquer, que o Instituto Nacional da �gua (Inag) prev� iniciar ainda neste semestre, contemplando o alargamento e betoniza��o das margens no tro�o urbano da vila, merecem �as maiores reservas� da associa��o ambientalista concelhia. A solu��o encontrada pelo Projecto de Controle de Cheias na Regi�o de Lisboa (PCCRL), departamento respons�vel pelos trabalhos, e pela autarquia para o rio que atravessa a vila de Alenquer visa �criar capacidade de escoamento dentro das margens para um caudal equivalente � m�xima cheia previs�vel para um per�odo de retorno de cem anos�. Para o efeito, o leito do rio dever� ser alargado e afundado, entre o Largo Rainha Sta. Isabel e a Ponte de Sta. Catarina, e diminu�da significativamente a inclina��o das margens, que ser�o consolidadas com um muro em bet�o armado. Para diminuir o impacte visual do muro, este ser� forrado com pedra com as juntas de bet�o recuadas. Confrontada com os detalhes do projecto, que est� estimado em sete milh�es de euros, a Associa��o para o Estudo e Defesa do Concelho de Alenquer (ALAMBI) n�o v� com bons olhos a alegada �transforma��o do tro�o urbano do rio num canal artificializado�. A interven��o merece, por isso, do ponto de vista da efici�ncia do escoamento hidr�ulico, �as maiores reservas� dos ecologistas, j� que, �segundo estudos anteriores, o d�bito m�ximo que o v�o da Ponte do Al�o � capaz de escoar s�o 300 metros c�bicos por segundo, quando o caudal m�ximo para a cheia dos cem anos poder� ser muito superior�. Neste contexto, segundo os dirigentes da ALAMBI, �de pouco valer� ter sec��o vazia a jusante se a ponte fizer transbordar o rio�. Por outro lado, sublinham, �n�o foi sequer equacionada a possibilidade de ser constru�da uma bacia de reten��o a montante da Barnab�, quando essa poderia ser uma solu��o mais eficaz e mais econ�mica que a adoptada�. As cr�ticas da associa��o ambientalista alenquerense estendem-se ao projecto de requalifica��o urbana e ambiental das margens do rio de Alenquer que a c�mara municipal pretende levar � pr�tica logo que a interven��o seja dada como conclu�da. No entender dos ecologistas, entre outros aspectos, n�o � compreens�vel que se promova �a constru��o de um parque desportivo em pleno leito de cheia�. DN (10MAI2002) |
ARTIGOS RELACIONADOS |