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Ensaio Publicado pela Fraternitas Rosicruciana Antiqua

O NOVO MILÊNIO
Visionamos, pois,  no terceiro Milênio da Era Cristã, a construção definitiva da Nova Jerusalém, onde a evolução consciente do ser humano se fará de modo transcendente, superando-se as barreiras impostas pelo egoísmo, pela vaidade e discriminação racial.

        por A. Dionísio Reis, FRA, FRC (*)

Os nossos antepassados, que viveram nos primeiros séculos do cristianismo, interpretaram, ao pé da letra, a significativa mensagem contida no Apocalipse [20:1-3]. A visão do um anjo descendo do céu, portando a chave do abismo e trancafiando, por mil anos, as forças do mal, fez com que os pensadores eclesiásticos daquela época previssem a ocorrência de fatos catastróficos quando se esgotasse esse tempo e se rompessem as amarras do senhor das Trevas.

Ainda bem, que em tais previsões, o Trevoso, ao reagrupar as suas forças contra a cidade santa, é consumido pelo fogo celeste, restabelecendo-se, então, o autêntico reino espiritual, com o advento de uma nova era, tornando os homens mais solidários e felizes.

Ingressamos, agora, num novo período de tempo, livres de presságios melancólicos ou tenebrosos.

A fixação do tempo, especialmente no mundo ocidental onde predomina o cristianismo, é bastante controvertida. A nossa era foi determinada a partir de suas origens. Dionisio, o Exíguo, em 526, a introduziu no Calendário com inexatidão cronológica, pois usou o ano 753 a.C., data da fundação da cidade de Roma, como ponto de referência para a nova contagem do tempo.

Constata-se, em nossos dias, a presença de vários calendários: o gregoriano, adotado por Gregório XIII, em 1582; o  judaico, que leva em conta a data da criação do mundo ocorrida 3.760 anos a. C., segundo cálculos baseados nos relatos da Torá; o islâmico, que tem seu começo a partir da Hégira [migração, ou mudança de Maomé, de Meca para Medina] ocorrida em 622 d.C. etc..

Em todas as épocas, especialmente a partir do invento de Gutenberg, [1394 � 1468], na virada do calendário, especialmente nos fins de século, ou no início de novos, observa-se a divulgação de previsões, muitas vezes calamitosas, que os povos e nações enfrentariam. Mas, numa ótica mais abrangente, parece que as profecias só são interpretadas após a ocorrência de alguns acontecimentos reais, o que coloca em dúvida a sua credibilidade.

Os fatos do passado e do presente, analisados frente às conjunções astrais do futuro, por certo, servem para a obtenção de panoramas negativos ou positivos para os indivíduos e suas respectivas comunidades. A astrologia, ciência que estuda as influências das energias dos corpos celestes sobre a terra e os homens, ao que parece estruturada na antiga  Caldeia, ou Babilônia, onde nasceu, no século XVIII a.C., o  legendário Rei Hamurabi, autor do famoso código que leva o seu nome, chegou até nós por intermédio dos hebreus que lá viveram durante muitos séculos, meio livres e meio escravos.

Portadores de tradições egípcias e babilônicas, os hebreus escrevem a sua epopéia nos cinco primeiros livros bíblicos, mais conhecidos como o Pentateuco, ou da Lei. E  por outro lado, nos chamados proféticos [Livros dos Profetas], consignam a visão do futuro, buscando em suas narrativas a unidade religiosa do povo israelita. Neles, manifesta-se claramente a influência da astrologia.

O novo Milênio também se encontra  associado ao advento de uma nova era astrológica: o Sol já teria deixado a Constelação de Peixes e ingressado na de Aquário, com previsões bastante otimistas para um futuro bem próximo.

Essa ocorrência, no entanto, mesmo no âmbito dos estudiosos do assunto, é bastante controvertida.

Há, no entanto, muitos fatos positivos. Sem qualquer conotação profética, a ciência nos diz que o futuro bate às nossas portas e nos mostra o seu trabalho destinado à preservação da natureza, como um todo. Doenças, como o câncer e o infarto, estarão sob controle, pois chegar-se-á ao conhecimento da maior parte de suas causas; centrais de energia solar abastecerão o mundo, suprimindo-se as tradicionais linhas de transmissão; a informática destinada às atividades do homem, continuará numa ascensão quase sem limites, o que é preocupante; o conhecimento do universo permanecerá fascinando a mente do homem, levando-o à concepção de mecanismos capazes de o conduzirem através do espaço sideral...

Afirma-se, sem dúvida, que os preparativos para o ingresso na nova era, que se aproxima, começaram há longo tempo atrás, e os ensinamentos de Buda, Pitágoras, Lao-tsé e Jesus Cristo são indicados como sábias verdades destinadas a orientar uma convivência harmônica e fraterna entre os homens.

Visionamos, pois,  no terceiro Milênio da Era Cristã, a construção definitiva da Nova Jerusalém, onde a evolução consciente do ser humano se fará de modo transcendente, superando-se as barreiras impostas pelo egoísmo, pela vaidade e discriminação racial.

A chamada globalização da atividade e convivência sociais, devidamente reformulada em seus objetivos e vestida com a roupagem do amor, trará um longo período de paz e de progresso, que somente será interrompido mediante novos desafios inerentes às provas e limitações a que, frente ao plano divino, é submetida a humanidade.


(*) Nota dos Editores: A. Dionísio Reis é Membro do Círculo Interno da FRA e do Círculo Interno da Ordem Rosacruz AMORC.

Atualização em 25 de fevereiro de 2001: O Site Oficial da FRA do Rio de Janeiro pode ser visitado em:
http://www.tijuca.com.br/fra/

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