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Artigo publicado pela Fraternitas Rosicruciana Antiqua

O Equin�cio Vernal e
o Ano Novo Rosacruz

 

por A. Dionisio Reis, FRA, FRC (*)

 

O estudo da Mec�nica Celeste, como se sabe, abrange a parte da astronomia que se ocupa da observa��o e determina��o do movimento dos astros. E foi o f�sico e matem�tico ingl�s Isaac Newton [1642 - 1727] que, ao enunciar a lei da gravita��o universal, contribuiu para se ampliar o interesse pelo estudo dos fen�menos do c�u.

O nosso planeta, ou a Nave Terra, al�m da rota��o, isto �, girar em torno de si mesmo, gira em torno da estrela Sol descrevendo uma ecl�ptica,  ou �rbita, que se conhece pelo nome de transla��o. O primeiro movimento determina o tempo e o ritmo dos dias, e o segundo,  a ocorr�ncia, entre muitas outras configura��es, dos anos, equin�cios e solst�cios.

No dia 20 deste m�s (1), �s 13h31min32s [hor�rio astron�mico], o Sol estar� ingressando em  �ries. Esse instante, no hemisf�rio norte, marca o in�cio da primavera; e no hemisf�rio sul o do outono. � uma das data em que o Sol,  cortando o equador celeste, determina uma igualdade de dura��o de tempo para o dia e a noite.

As lendas e tradi��es dos povos do chamado per�odo helen�stico [influ�ncia da cultura grega], est�o muito associadas � atividade humana, especialmente a agr�cola. Procurando manter-se sempre em harmonia com as leis da Natureza e do Cosmos, nossos antepassados, frente a tais fen�menos, celebravam festas e ritos apropriados � ocasi�o, e adotaram, ao norte do equador, o equin�cio da primavera como data para o in�cio do Ano Novo Solar. Ali�s, a constela��o de �ries, primeira do Zod�aco e facilmente localiz�vel no c�u, j� era conhecida pelos babil�nios. Cerca de 2.500 anos a.C., diante da freq��ncia de tais fen�menos, eles fixaram o in�cio do ano, justamente, nessa �poca.

O calend�rio romano, antes da reforma determinada por  J�lio C�sar [101 - 44 a.C], tinha in�cio no m�s de mar�o. Este calend�rio, ou  Juliano, em data bem posterior [1582] foi revisto e atualizado pelo gregoriano, que � usado at� hoje em quase todos os pa�ses do mundo.

No entanto, um grande n�mero de sociedades esot�ricas, entre elas incluindo-se a Fraternitas Rosicruciana Antiqua, fundada por Huiracocha, mant�m a multimilenar tradi��o de comemorar o Ano Novo no m�s de mar�o, ocasi�o em que tomam delibera��es para o per�odo seguinte, elegem e consagram novos dirigentes que, em singular cerim�nia, assumem o compromisso de manter os elevados ideais da Ordem, bem como o de servir altruisticamente � humanidade.

Na primavera, o movimento aparente do Sol � indicado como um novo nascimento. Nesse per�odo parece que a vida se renova na Terra, pois recebe novas e mais poderosas energias transmitidas pelos raios solares e os benef�cios adicionais gerados pela posi��o harm�nica dos planetas que comp�em o sistema helioc�ntrico.

"Ostara" (foto), entre os antigos povos escandinavos, era a deusa da primavera. Considerada como s�mbolo da ressurrei��o de toda a Natureza, era ardorosamente cultuada no in�cio da esta��o das flores. Em homenagem � deusa, adotaram o costume de promover a troca de ovos coloridos, chamados de "ovos de Ostara", como emblema de renova��o da vida. Essa pratica, mais tarde, foi adotada nas comemora��es da P�scoa crist�, com o mesmo significado.

O cristianismo, ao celebrar a P�scoa dias ap�s o equin�cio da primavera, tem por objetivo a identifica��o do ressurgimento do vigor da Natureza com a Ressurrei��o de Jesus, o Salvador, enquanto a comunidade judaica, nessa mesma �poca, comemora a festa da colheita da cevada e a festa da  liberdade, em mem�ria da reden��o dos escravos israelitas do jugo eg�pcio.

Para os hebreus, o regozijo do equin�cio, ou da P�scoa, tem um n�tido significado de memorial, pois deve marcar o in�cio de uma nova era, ou o tempo da liberta��o, com o inicio de uma nova vida, conforme relato no segundo Livro do Antigo Testamento [�xodo 12:1-14].

Da mesma forma que esses fatos hist�ricos, ainda hoje celebrados de modo alvissareiro, e por certo muito significativos para o mundo ocidental, as ordens esot�ricas, especialmente a Ma�onaria e a Rosacruz, em conson�ncia com os mitos e lendas religiosas, cultuam a morte e a ressurrei��o dos Her�is Solares e festejam, solenemente, a chegada do Equin�cio Vernal em data mais ou menos coincidente com a simb�lica morte de Cristo, o Sol Invictus.

Os epis�dios lembrados durante o transcurso do Ano Novo Rosacruz, ao serem examinados sob o ponto de vista do equil�brio e da harmonia c�smica, da uni�o consciente do homem com a natureza, dever�o contribuir para que o Adepto possa, convicto dos postulados do C�digo de Vida que abra�ou, meditar e compreender, com extrema alegria, que a sa�de f�sica do corpo, sempre revitalizada, � de fundamental import�ncia para a transmuta��o de id�ias velhas em novos e mais proveitosos conceitos sobre o significado de sua vida.


Notas dos Editores:

(*) A. Dion�sio Reis � Membro do C�rculo Interno da FRA e do C�rculo Interno da Ordem Rosacruz AMORC.

(1) O Autor se refere a Mar�o de 2001.

O Site Oficial da FRA do Rio de Janeiro pode ser visitado em:
http://www.tijuca.com.br/fra/

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