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HIST�RIA
Nesta se��o publicamos fatos hist�ricos sobre a Ordem Rosacruz. Os fatos aqui apresentados n�o s�o de forma alguma referendados por este Site e se destinam ao estudo dos Rosacruzes interessados em pesquis�-los.

 

Hist�ria Rosacruz, o livro
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C.R.C

O Antigo Cristianismo Rosacruz *
(Biografia de Christian Rosenkreuz)

Tradu��o do alem�o por Francisco Ph. Preuss

 

No ano de 1614, apareceu na cidade de Kassel um livro com o extenso t�tulo: �Reforma Geral da Fama Fraternitatis da Conceituada Ordem dos Rosacruzes". E logo no ano seguinte, 1615, apareceu uma Segunda edi��o da mesma obra; e mais tarde, em 1652, a obra fora entregue ao povo ingl�s pelo adepto Thomas Vaughan, sob o t�tulo: �Fame and Confession of Rose-Cross".

Essa obra, sem d�vida, � atribu�da ao fil�sofo e te�logo J. V. Andreae, que declara, conforme o disse M. C. Hirschen, que a �Fama Fraternitatis�, al�m de outras 30 obras, fora entregue ao p�blico a fim de que os verdadeiros amantes da sabedoria, uma vez desvendados os segredos nelas contidos, pudessem dar prosseguimento � mesma.

Andreae faz nessa obra o seguinte coment�rio sobre a vida e as aventuras de Christian Rosenkreuz, que fundara a Organiza��o dos Rosacruzes:

No s�culo XII surgira na Europa um indiv�duo de fam�lia, nobre, que adotara o nome de Christian Rosenkreuz. Apesar de sua ascend�ncia fidalga era pobre, havendo, por essa raz�o, ingressado muito jovem num mosteiro onde, gra�as ao grande talento, estudara Filosofia, Arte, Religi�o e Ci�ncias em geral. N�o obstante possuir t�o valioso atributo, continuou no mosteiro, dedicando-se com afinco � Religi�o e �s Ci�ncia Ocultas, esfor�ando-se sobremaneira para que a uni�o entre ambas se realizasse. Com a idade de 10 anos, aventurou-se, em companhia de um monge, a uma viagem de peregrina��o ao Santo-Sepulcro. Ao chegarem a Chipre, falecia o seu companheiro, mas o jovem rosacruz continuou a sua viagem. Estudou at� aos 16 anos com Mestres da Ar�bia e chegando depois � cidade de Damasco, submeteu-se aos estudos das Ci�ncias Ocultas que ali eram ministrados. Depois de permanecer tr�s anos em Damasco, velejou para o Egito, a fim de continuar os seus estudos. Depois de uma viagem pelo Mediterr�neo, alcan�ou a cidade de Fez, em Marrocos, para a qual seus Mestres de Damasco o enviaram, e onde permanecera cerca de dois anos, recebendo dos Fil�sofos da �frica outros ensinamentos  valiosos. Passou depois para a Espanha; e como fora bem recebido nesse pa�s, resolveu decididamente regressar � Alemanha, para que pudesse entregar aos seus compatriotas os estudos e ci�ncias obtidos, o que, ali�s n�o fizera t�o somente aos seus patr�cios, mas tamb�m ao mundo inteiro, formando, nesse �nterim, uma organiza��o para essa nobre finalidade.

Logo a seguir, escolheria cinco monges do velho convento em que fora educado, incluindo depois mais sete com intelig�ncia de elevada qualidade, credenciando-os mediante a solene promessa de n�o divulgarem ao mundo exterior os seus conhecimentos, mas conservando-os em absoluto segredo, devendo constituir-se num Vocabul�rio M�gico para ser decifrado pelos futuros estudantes. Foram-lhes transmitidas assim as necess�rias instru��es sobre ci�ncias, arte, medicina e religi�o. Prestavam aux�lio gratuito a todos os enfermos que a eles se dirigiam, e o n�mero destes aumentara de tal forma, que pouco tempo lhes restava para a execu��o de outros servi�os.

Sob a dire��o do Pai Christian, que era o d�cimo-terceiro e o Supremo da Ordem, principiarem a construir um Templo, e uma vez conclu�da essa obra, os 12 Irm�os que j� estavam muito bem instru�dos, resolveram separar-se, permanecendo apenas cinco com o Pai Christian, no Templo, e os outros sete peregrinaram pelo mundo. No fim de cada ano, deviam estar de volta ao Templo, e caso houvesse qualquer impedimento neste sentido, tinham de escrever, apresentando as raz�es.

Essa Organiza��o assim constitu�da foi regida por um C�digo de Leis que exigia de seus membros completa subordina��o � �tica. Estes sete, dos 12 Irm�os, deveriam viver como homens entre os homens, e assim se apresentarem, n�o se distinguido jamais nem sequer por um traje diferente do dos habitantes do mundo exterior. Trabalhavam n�o s� em seus corpos invis�veis, mas tamb�m com os outros, conforme a ocasi�o o exigisse. Jamais lhes fora outorgado o direito de influenciar a quem que fosse contra a sua vontade, deixando-os sempre agir por for�a de seus pr�prios desejos. Mesmo assim, competia-lhes estimular as suas ben�ficas inclina��es.

Quanto aos cinco irm�os que permaneceram com o Pai Christian, estes jamais se afastaram do Templo do Esp�rito Santo e passaram a executar a obra no mundo invis�vel.

O d�cimo-terceiro Membro, o Superior e Fundador da Ordem Rosacruz, � invis�vel ao mundo exterior, sendo o intermedi�rio do mais alto Conselho Central que � composto pelos Hierofantes dos Mist�rios Mais Elevados. A Sua presen�a � sentida, por�m nunca vista, e ao entrar no Templo, assinala o in�cio da Cerim�nia. As letras C.R.C. constitu�am-se na palavra Chave e T�tulo, e a Fraternidade devia permanecer cem anos em segredo.

Em idade bastante avan�ada, Pai Christian Rosenkreuz abandonou o seu corpo f�sico, que fora sepultado pelo cinco Irm�os que haviam permanecido com ele. Para os outros, o local do sepultamento tornara-se secreto, continuando a Sociedade a ficar velada para o mundo exterior. A tradi��o entre eles consistia em que o t�mulo do Pai Rosenkreuz seria descoberto 120 anos depois e que a Fraternidade n�o seria mais uma Organiza��o Secreta. Por essa raz�o, os Fratres deram in�cio a uma transforma��o no Templo, colocando a placa comemorativa, contendo os nomes dos congregados, em um lugar mais adequado.

A placa comemorativa era de lat�o, tendo sido colocada na parede com um prego que passava pelo seu centro; e t�o fortemente estava fixada, que na sua retirada uma parte do reboco ca�ra e, em seguida, uma porta secreta ficou � vista. Depois de ter sido retirado completamente o reboco que encobria a porta, ficou a descoberto a seguinte inscri��o, em letras grandes: POST CXX ANNOS PATERO (depois de 120 anos eu serei aberta). Depois de haver esperado a aurora do Sol nascente do dia seguinte, recome�aram de novo com as suas pesquisas. Ao abrirem  a pesada porta, descobriram um ab�bada septagonal, tendo cada um dos sete lados, 5 p�s de largura e 8 p�s de altura, e neles pintados conhecidos s�mbolos. No teto via-se um Sol artificial, cuja luz, era t�o forte que chegava quase a ofuscar os olhos. Foi com a maior surpresa que, em vez de um t�mulo, se encontrou no meio do recinto um altar redondo, com uma inscri��o onde se dizia ter sido edificado por Christian Rosekreuz como S�mbolo do Universo.  Muitas outras inscri��es existiam, tais como: �JESUS MIHI OMNIS, LEGISJUGUM, LIBERTAS EVANGELII� (Jesus todo meu, o rigor da Lei, a liberdade do Evangelho), o que d� perfeito testemunho do car�cter Cr�stico do Construtor.

Em cada um dos sete lados estava uma porta que conduzia a uma c�mara na qual foram encontradas coisas raras e de grande valor, tais como a biografia do fundador; o vocabul�rio de Paracelso; os segredos da Ordem; sinos, espelhos, l�mpadas e v�rios outros objetos estranhos.

Ao removerem o Altar e a placa de lat�o, ficaram surpreendidos ao depararem com o corpo de Christian Rosenkreuz, cujo estado de conserva��o era perfeito.

Essa � a narra��o do caso, tal como foi descrito por J. V. Andreae, em sua famosa obra sobre os antigos Rosacruzes, intitulada �A Fama Fraternitatis�.

Muitos cientistas sup�em ser uma poesia a hist�ria de Andreae; entretanto, outros aplaudiram a teoria de Nicolai, que dizia ser Andreae, naquele tempo em que surgira o seu livro, um jovem cheio de entusiasmo e de ambi��es. Conhecia muito bem as falhas de teologia e das ci�ncia, e esfor�ava-se por reform�-las; e para poder realizar o seu intento, procurou a fus�o de quantos fossem admiradores da virtude, assim como ele o foi, para que pudessem unir-se numa �nica Organiza��o.

Outros afirmam haver Andreae escrito essas coisas t�o somente para que o Rosacrucianismo pudesse crescer e desenvolver-se, pois tinha que demonstrar, em separado o seu conceito sobre a moral da religi�o. Seja como for, o importante � que essa suposta poesia conquistou terreno atrav�s dos s�culos e foi aceita como veross�mil; e tanto isto � verdade que a Invis�vel Organiza��o dos Rosacruzes est� sendo hoje ansiosamente procurada e com ela se procura compartilhar e levar avante os seus nobres e dignificantes ideais.

Essa obra de Andreae alcan�ou na Alemanha um �xito sensacional, pelo que, de todos os rinc�es chegavam cartas dos que se sentiam habilitados nas Ci�ncias de Kabala  e da Alquimia, para serem provados em suas capacidades. Outros, atrevidamente, afirmavam e de maneira fraudulenta, pertenceram � Ordem Rosacruz iludindo aqueles que, de boa f�, neles acreditaram. Muitos coment�rios houve, segundo os quais esses charlat�es extorquiam dinheiro, tendo sido, finalmente, castigados severamente pelos Magistrados de Namburg, Augsburgo e de outros cidades.

oOo

No ano de 1772, surgiu na Holanda uma sociedade que se intitulou de Alquimia e Rosacruzes, afirmando ser Christian Rosenkreuz o seu fundador e que muitas organiza��es na Alemanha a ela se ligaram. Completamente ao contr�rio da irregular situa��o dessas fraudulentas organiza��es, a Filosofia Rosacruz aprofundou tanto as suas ra�zes, que cresceu de maneira vertiginosa, conforme se verifica pelas Escolas Modernas do Rosacrucianismo. Durante o s�culo XVII existiram na Alemanha, Fran�a e Inglaterra muitas Escolas dessa natureza, das quais fizeram parte pessoas de renome, como: Michael Meier, Robert Fludd e Elias Ashmole. Nicolai acredita haver encontrado suficiente comprova��es segundo os quais Lord Bacon se inspirara nas obras da Ordem, inclusive Jacob Boehme, Goethe e Richard Wagner teriam recebido inspira��es de Christian Rosenkreuz. As suas obras s�o espirituais, solenes e duradouras. Thomas Vaughan, em seu livro intitulado: �Horas com um M�stico�, menciona que o Rosacrucianismo se tem convertido, paulatinamente, num tal conceito que engloba a �Pedra Filosofal�.

� digno de registro igualmente o fato de Hichcok e outros autores modernos terem provado que os trabalhos dos verdadeiros Fil�sofos do Hermetismo, no plano espiritual n�o simbolizam apenas aquisi��o indestrut�vel da sa�de e do prolongamento da vida material, mas tamb�m a renova��o do Homem e a imortalidade da alma.

 

Fonte: Fraternidade Rosacruz de Portugal

(*) Publicado na Revista "Rosacruz" n.� 233, 1964.

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