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Proibição do uso interno do confrei

O confrei (Symphytum officinale L. – Família Boraginaceae) é utilizado na medicina popular desde a antiguidade no tratamento de várias enfermidades. O chá da planta era indicado para o alívio das infecções gastrintestinais, tosse, bronquite e irregularidades menstruais. As raízes moídas, colocadas sobre ferimentos abertos, apresentam propriedades aceleradoras de cicatrização.

O uso do confrei foi intensificado a partir da década de 80, quando foi amplamente divulgado na imprensa que ela teria propriedades quase que miraculosas na cura de doenças graves como leucemia e outros tipos de câncer. Na época, a legislação sobre os fitoterápicos estava, ainda, em fase de elaboração e os estudos toxicológicos não eram obrigatórios. Alguns anos mais tarde, as leis regulamentadoras para a aprovação de novos fitoterápicos passaram a exigir a realização de testes dos potenciais efeitos tóxicos que o uso desses medicamentos podem trazer à saúde humana. Assim, no início da década de 90 foram publicados vários trabalhos científicos mostrando que o chá do confrei possui toxinas capazes de induzir câncer no fígado. Em 1992 o Ministério da Saúde publicou uma portaria proibindo a venda e prescrição de medicamentos a base de confrei para o uso interno. O uso externo como cicatrizante, no entanto, têm-se mostrado eficaz e de baixa toxicidade.

Os princípios tóxicos do confrei são, principalmente, os alcalóides pirrolizidínicos. A quantidade desses alcalóides em uma xícara de chá de folhas de confrei pode variar de 8,5 a 26 mg, sendo que esta quantidade é um pouco maior no chá preparado das raízes (Lorenzi, H & Matos, F.J.A. 2002. Plantas medicinais no Brasil – nativas e exóticas. Editora Plantarum, Nova Odessa – SP). Essas substâncias podem provocar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios e na bexiga. Essas patologias resultam da atividade venooclusiva causada por esses alcalóides nesses órgãos.

A partir de 1992, segundo determinação do Ministério da Saúde, todas as plantas que contenham alcalóides pirrolizidínicos só devem ser usadas externamente em aplicações locais. Essas substâncias estão presentes também na borragem (Borago officinalis L. – Família Boraginaceae), tornando essa planta imprópria para o uso oral.

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