Título: "Plantas Tóxicas - Conhecimento e Prevenção de Acidentes"



Autores: Rejane Barbosa de Oliveira, Silvana Aparecida Pires de Godoy e Fernando Batista da Costa - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

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SUMÁRIO
PREFÁCIO

I. INTRODUÇÃO

II. QUANDO UMA PLANTA É CONSIDERADA TÓXICA?

III. METABOLISMO VEGETAL

3.1 Proteínas Tóxicas
3.2 Ácidos Orgânicos
3.2.1 Ácido Oxálico
3.2.2 Ácido Monofluoracético
3.3 Alcalóides
3.3.1 Alcalóides Tropânicos
3.3.2 Alcalóides das Amarilidáceas
3.4 Terpenos e Terpenóides
3.4.1 Cucurbitacinas
3.4.2 Saponinas
3.4.3 Glicosídeos Cardiotônicos
3.4.4 Ésteres de Forbol
3.5 Compostos Fenólicos
3.5.1 Cumarinas
3.5.2 Urushiol
IV. PLANTAS TÓXICAS

4.1 Família Araceae
Dieffenbachia picta Schott
4.2 Família Euphorbiaceae
Euphorbia milii Des Moulins
Jatropha curcas L.
Ricinus communis L.
4.3 Família Solanaceae
Brugmansia suaveolens (Willd.) Bercht. & C. Presl.
Nicotiana glauca Graham
4.4 Família Cucurbitaceae
Luffa operculata (L.) Cogn.
4.5 Família Apocynaceae
Allamanda cathartica L.
Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum.
4.6 Plantas com Número de Ocorrências Inferior a 1%
4.6 Família Anacardiaceae
Lithraea molleoides (Vell.) Engl.
4.7 Família Amaryllidaceae
Scadoxus multiflorus Rafin. subsp. katherinae (Baker) I. Friis & I. Nordal
4.8 Família Rubiaceae
Palicourea marcgravii A. St. Hil.
4.9 Família Moraceae
Ficus pumila L.
4.6.5 Família Oxalidaceae
Oxalis sp.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GLOSSÁRIO

ÍNDICE REMISSIVO

PREFÁCIO

Nos dias atuais, mais que em qualquer outra época, assuntos relacionados à Biologia despertam o interesse do público em geral. O conhecimento existente das plantas tóxicas, no entanto, não atinge suficientemente o público leigo e os especialistas em áreas da saúde de modo a evitar sua ingestão ou permitir o atendimento rápido e eficiente em casos de intoxicação. Há cerca de três anos, sentimos de perto o problema, quando uma senhora e seus dois filhos ingeriram inadvertidamente uma planta refogada acreditando tratar-se de couve. Foram atendidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas e foi grande a dificuldade de tratamento da intoxicação a partir dos sintomas apresentados. Chamados como botânicos a auxiliar na identificação da espécie ingerida e tendo, para tanto, apenas um pequeno ramo trazido por uma vizinha contendo três folhas, a planta foi identificada somente depois de três dias de estudo, quando as crianças já haviam sido liberadas e a mãe havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva. Esse incidente nos motivou a discutir, em conjunto com médicas da área de Toxicologia do Hospital das Clínicas, a possibilidade de elaborar um guia ilustrado que pudesse ser utilizado pelos médicos na Unidade de Emergência em situações semelhantes. Esse projeto foi desenvolvido na forma de uma Monografia de Bacharelado em Ciências Biológicas, agora transformada neste livro. Tive o prazer de acompanhar com uma certa proximidade o empenho de Rejane Barbosa de Oliveira no levantamento cuidadoso dos dados de casos de intoxicação atendidos no HC, das características das plantas tóxicas responsáveis pelas intoxicações, seus princípios ativos e suas ações, bem como dos sintomas mais comuns conseqüentes de sua ingestão. Esta publicação reveste-se de importância por representar uma fonte de informações claras e precisas que servem a professores e agentes de saúde na prevenção de acidentes com plantas, assim como em sua identificação rápida em casos de intoxicação. Além disso, serve ao público em geral, que pode conhecer, através das ilustrações e do texto, as plantas que potencialmente podem causar problemas. Este livro contém as espécies que mais freqüentemente causam problemas na região, mas certamente será útil a profissionais, a estudantes e à população leiga de qualquer parte do País, pois a maioria dessas espécies é bastante comum e a maioria delas é cultivada, especialmente como ornamental. Espero que este livro sirva de exemplo a outros docentes da Universidade para dinamizar produção de conhecimento acadêmico aprofundado na forma de textos acessíveis úteis à comunidade. Profa. Dra. Elenice Mouro Varanda Departamento de Biologia, Setor de Botânica Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo.

 

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