H I S T Ó
R I A D E P E D R A L V A
- c h i n
h o
Capítulo
5
GASPAR JOSÉ
DE PAIVA JÚNIOR - PAZITO - O GRANDE BENEMÉRITO
O tempo passa e
nós apagamos de nossas lembranças aquelas figuras de grande
popularidade e renome que viveram em nosso meio. Aqueles que partiram ou
envelheceram caem no esquecimento e na ingratidão do povo.
Não somos capazes de erigirmos um monumento em nossa memória.
Eles que um dia fizeram jus a tantas honras e homenagens. Que deram tudo
de si para seu povo e sua terra.. Gaspar José de Paiva Júnior
- Pazito - era filho do Coronel da estátua e de Dona Ana Cezárea.
Nasceu em 22 / 05 / 1872. Pazito estudou farmácia em Ouro Preto,
formando-se em 1894. Foi ele o primeiro pedralvense a Ter o curso superior.
Quando aqui chegou, formado, a banda de música o esperou, numa estrondosa
festa enfeitada com muitos fogos. Em 15/04/1899 casou-se com Maria
Marieta de Macedo. Tiveram 17 filhos. Apenas 3 sobreviveram. Maria Aparecida
de Paiva Magalhães, casada com Oscar Pereira Magalhães, Ignacia
Paiva Souza Maia, casada com João Roberto de Souza Maia ( Joanico
) e Maria José Macedo de Almeida Paiva., casada com Dr. Alfredo
de Almeida Paiva. Pazito, no correr de sua vida, exerceu as seguintes funções
: Capitão Cirurgião do 60º Batalhão de
Infantaria da Guarda Nacional da Comarca de Cristina, em 23/01/1893, nomeação
feita pelo Presidente Floriano Peixoto. Nomeado Prefeito de Pedra Branca
em 16/12/1930, pelo Presidente do Estado de Minas, Olegário Maciel,
secundando a assinatura por Gustavo Capanema. Farmacêutico em Pedra
Branca na célebre " PHARMACIA HUCHARD". A licença para
o funcionamento assinada pelo então Secretário do Interior,
Wenceslau Braz, data de 20 de março de 1902. O nome Huchard
foi homenagem a um grande químico. O benemérito Pazito doou
o terreno e construiu com seus próprios recursos o Grupo Escolar
Cel Gaspar. Gastou a fortuna de Quatorze contos de réis. Também
doou o terreno e construiu o antigo cemitério. Onde é hoje
o Posto de Saúde também foi terreno doado por ele para a
construção da antiga Caixa d'água. Os terrenos
da Santa Casa, da Vila Vicentina também foram doados por ele. Um
coração aberto. Basta dizer que era de sua propriedade
um pasto na parte alta da cidade. Ali todos os que vinham da zona rural,
a cavalo, na maior sem-cerimônia . abriam a porteira e recolhiam
seus animais, que ali ficavam pastando por uma hora, por um dia, por um
mês, por quanto tempo quisessem. Dizia ele : " O pasto é para
isso mesmo". Pazito era companheiro de pescaria de Wenceslau Braz, de quem
fora amigo desde a infância. Extraído do Jornal " O Centenário
e também com informações colhidas com Denise Paiva,
sua neta)
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