Antonio Nélcio de Abreu - Chinho
Sem ele, esta página nunca poderia ser feita.
A maioria das fotos e documentos foi fornecida por ele.

     

Sobre...

Antonio Nélcio de Abreu
é o apelido de Chinho.
Poeta, compositor
e funcionário público,
nasceu em Pedralva
onde mora
regando a memória
de seus antepassados e descendentes;
principalmente vive Pedralva.
Seu coração guarda poemas; canções;
algumas pedras erguidas
como a Pedra Branca e o Pedrão;
a infância que germinou
na fazenda Água Limpa
adornada de jabuticabeiras,
Ypês e estórias de assombração
entoadas por Zé Mulato;
o madurado amor por Picidinha
que ramificou em filhos e netos;
a paixão pelo velho violino.
Sua obra canta e versa
o povo simples de seu lugar;
os veios obscuros do coração;
a paternidade;
seu amor pela religião;
seus pares;
sua mania de acreditar nas pessoas
e de sofrer as dores do mundo.
E segue sendo beleza
entre as pedras de Minas
como as hortênsias
que surgem dos frisos,
nas lajes da Pedra Branca. 
(Por Giovanni Guimarães)

 

ALGUMA COISA
Chinho- 25/05/81

A quem vou dedicar meus pobres versos?
As crônicas e os contos, são de quem?
Se eles todos se encontram tão dispersos,
Nos cantos das gavetas de ninguém???!!!...
 
E o violino? – tocá-lo não convém!
Talvez o aprenda noutros universos.
E ele soube chorar por mim também,
Nas angústias dos tempos adversos.

Se um dia alguém mexer nos meus guardados
E vir velhos papéis amarrotados,
Quem sabe possa até os ler à toa;

E antes de eliminá-los lentamente,
Consigo mesmo, diga, indiferente:
“Até que tinha alguma coisa boa!...”

CASAS VELHAS
Chinho – jun/1960

 Com a vista , agora, o meu torrão abraço
E vejo, ao longe, o demolir constante
Das velhas casas, das quais eu, radiante,
Passei a vida por bem logo espaço.

Sinto a saudade, brisa vigilante,
Me afagando, de leve, no seu laço,
Me afogando e oprimindo a cada passo
Vigília de um passado deslumbrante.

Mas, entretanto, eu sei que é necessário
Descortinar, aqui, outro cenário,
Que siga o exemplo das mansões vizinhas.

Abaixo, pois, sombrios pardieiros!
Quero em Pedralva prédios verdadeiros,
Que as casas velhas são saudades minhas!...

ORAÇÃO
Chinho – 29/05/60

Que Deus me ajude a encaminhar meu filhos
Na perfeição que o mundo não consente;
Se sou errado em educar sem brilhos,
Jamais errei deliberadamente.

Eu sei da grave obrigação dos pais
Em educar, num sensurar prudente.
Eu sei também que já falhei demais,
Porém jamais deliberadamente.

Eu sinto pena em castigar um filho,
Dói-me por dentro a punição severa,
Mas quero crer que sigo um reto trilho.

Que Deus jamais de nosso lar se ausente,
Se foi frustrada esta intenção sincera,
Pois nunca errei deliberadamente
.

Se quiser falar com ele, clique aqui!

Nossos artistas - Página principal
Hosted by www.Geocities.ws

1