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Por Sidney Kulister

Este texto de Sidney Kulister foi publicado originalmente no e-zine "P�stumo"

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#1 O Passeio - Neimar de Barros  
"Democracia X Rep�blica"

 

   Influenciado pela leitura de �A Democracia� e �A Rep�blica� de Renato Janine Ribeiro, refleti sobre a fragilidade de nossa Democracia e de nossa Rep�blica (onde o imperativo � o bem p�blico, n�o privado, a res p�blica).

   Na sociedade moderna, principalmente na brasileira, a Rep�blica acaba �podando� a Democracia e vice-versa, pois, na Rep�blica � valorizado o bem p�blico, o coletivo torna-se mais importante que o individual (o que, ali�s, chega a ser jocoso numa Rep�blica duma sociedade de ideais capitalistas), enquanto na Democracia, o poder �teoricamente� pertence ao demos, o povo, caracterizado por sua desuniformidade, impossibilita a unifica��o de um mesmo ideal, de um mesmo desejo, inclusive nos assuntos referentes ao bem p�blico, tornando-o n�o absoluto, como deveria ser.

   O que se tenta alcan�ar � o uso dos benef�cios destes dois conceitos, que na ess�ncia s�o paradoxais. E � este conflito que torna falha tanto a Democracia quanto a Rep�blica vigente, a ponto de por em d�vida a exist�ncia de ambas. � claro que essas falhas s�o intensificadas por diversas esp�cies de corrup��o, mas esse n�o � o problema fundamental.

   Como alcan�ar tais qualidades conjuntamente?

   A princ�pio, atrav�s da diferencia��o de objetivo do subjetivo para a sociedade. Esclarecendo: garantir a sa�de de algu�m �, obviamente, algo objetivamente necess�rio, sendo necess�rio para todos os cidad�os. Ou ent�o a educa��o de algu�m, que �, objetivamente, necess�rio para a n�o marginaliza��o do cidad�o. Enquanto, por exemplo, as id�ias pol�ticas, ou qualquer outra quest�o cultural s�o subjetivas, referentes t�o somente ao indiv�duo.

   Devido a estas diferen�as, a este paradoxo, a exist�ncia de Democracia e de Rep�blica numa mesma sociedade seria mais eficiente caso estes dois conceitos n�o �convivessem�. Como assim? N�o serem aplicados aos mesmos assuntos, n�o �tentarem� ser absolutos. Isto �, fatores objetivos da sociedade, fatores materialistas, relacionados � manuten��o da cidadania do indiv�duo, deveriam pertencer � Rep�blica. Estes fatores materialistas seriam compostos pela sa�de do indiv�duo, pela sua moradia, pela sua educa��o e pela seguran�a da prote��o de seus bens particulares e de sua vida, al�m destes, a priori, n�o vejo outros conceitos respons�veis pela cidadania do indiv�duo. Qualquer outra decis�o seria de cunho democr�tico, contanto que o maior bem p�blico esteja assegurado: o cidad�o.

   Uma aplica��o dessa n�o seria milagrosa a ponto de cessar a desigualdade social, por�m garantiria a cidadania de todos os indiv�duos, isto �, com um exemplo m�ximo: jamais erradicaria a pobreza, mas seria um vigilante implac�vel contra a desumanidade que � ser miser�vel, isto �, viver abaixo da linha da pobreza, com menos de um d�lar por dia.

   Observa��o: miser�veis, apenas no territ�rio brasileiro, s�o, aproximadamente, 25 milh�es.

   E como combater males, como corrup��o, que enfraquecem qualquer esp�cie governo? Mais uma vez: atrav�s de corrup��o, pois � a ignor�ncia da popula��o, seu afastamento dos assuntos pol�ticos, que possibilitam a exist�ncia de qualquer esp�cie de corrup��o.

   Pois, independentemente de Democracia ou Rep�blica, qualquer sociedade eficiente e produtiva, s� poder� ser eficientemente protegida, atrav�s duma popula��o com eficientes bases educacionais.

 

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