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A Viol�ncia na vis�o esp�rita

Jaider Rodrigues e Roberto L. V. de Souza

Trecho do trabalho "Visao Psicol�gica da Viol�ncia" publicado no Boletim M�dico-Esp�rita n.� 10

N�o h� no Espiritismo, em seu corpo de doutrina, rigorosamente, uma doutrina criminol�gica que possa explicar a origem da viol�ncia. � verdade, todavia, que as suas teses cardeais incidem fundamentalmente, inevitavelmente, sobre algumas teses da Criminologia e da Psicologia Social.

Uma delas, por exemplo, � a do criminoso nato. A filosofia esp�rita afirma que a predisposi��o criminal, ou a disposi��o para o ato violento, vem do esp�rito e n�o das gl�ndulas, ou de condi��o instintiva da criatura, o que revelaria uma condi��o de imperfei��o do Criador". O que a ci�ncia v� como uma deforma��o de ordem puramente constitucional ou como instinto primordial do homem, ou, ainda mesmo, como aprendizado ou heran�a eminentemente cultural, a ci�ncia espir�ta compreende por outro prisma, porque leva em considera��o, sobretudo, os "antecedentes espirituais", isto �, o conjunto de disposi��es e tend�ncias do esp�rito, e n�o, propriamente, as anomalias e defici�ncias da constitui��o som�tica ou da estrutura ps�quica ou social do indiv�duo. O Espiritismo n�o deixa de conhecer as a��es advindas das gl�ndulas ou das press�es sociais e instintivas da criatura. Entretanto, o que ele defende � que nenhum desses fatores tem predomin�ncia absoluta porque a maior ou menor propens�o para a viol�ncia depende, principalmente, do grau de atraso ou adiantamento do esp�rito. O germe da criminalidade ou da viol�ncia est� em rela��o com o estado moral do esp�rito. As anomalias corporais s�o instrumentos adequados aos esp�ritos em determinados tipos de reencarna��o, ou seja, h� uma evidente correspond�ncia entre a constitui��o som�tica e as provas pelas quais a criatura dever� passar. O Espiritismo, entretanto, n�o leva suas conclus�es ao determinismo absoluto. Em primeiro lugar, porque toda a sua estrutura filos�fica-moral parte da premissa da responsabilidade do indiv�duo pelos seus pr�prios atos e, depois, porque a subordina��o do indiv�duo as influencia��es do organismo e das condi��es so�iais est�o na depend�ncia da evolu��o moral do mesmo. A vis�o esp�rita do que seja o livre-arb�trio e o determinismo � de fundamental import�ncia para o que pretendemos explicar. Para o Espiritismo, eles s�o conceitos complementares, porque coexistem em rela��o ao grau de adiantamento ou n�o do esp�rito. S� existe livre-arb�trio quando tamb�m est� presente a responsabilidade. A Doutrina Esp�rita admite o determinismo, mas � importante lembrar que, em sua abordagem, encontrar�amos um determinismo "divino", que � a aquisi��o do estado de felicidade (uma fatalidade que foi "imposta" a todos n�s), e um determinismo "relativo", em que o esp�rito recebe suas san��es morais sobre a base de provas e expia��es, atrav�s da reencarna��es sucessivas. O Espiritismo, no entanto, possui, como um dos seus alicerces doutrin�rios, o livre-arb�trio, quando podemos ver, na pr�tica, criaturas que conseguem, na raz�o de seu desenvolvimento espiritual, vencer suas pr�prias inibi��es f�sicas e resistir as press�es do meio onde vivem, sem fugir das experi�ncias do mundo e sem apelar para qualquer meio de fuga. Sendo assim, a Doutrina Esp�rita entende o violento como um doente espiritual e n�o como produto do meio social nem como resultado de uma degeneresc�ncia heredit�ria e, muito menos ainda, como um ser criado com instinto destruidor, do qual ele n�o pode fugir. Se o indiv�duo fosse fruto de seu meio, toda a sociedade bem organizada teria como produto homens de bem. Do mesmo modo, se admit�ssemos a tese da hereditariedade, o grau de criminosos numa fam�lia oriunda de pais criminosos teria que ser mais elevada do que vemos normalmente. A tese instintivista, que atribui ao homem um instinto de destrutividade (em que fatalmente o homem iria se destruir), vai de encontro a vis�o esp�rita de Deus, ja que a presen�a desse instinto, assim compreendido, n�o � compat�vel com a percep��o de um Pai de Bondade e Amor. "A Agressividade", lembra-nos Joanna de Ang�lis, "reponta desde os primeiros dias de vida infantil e deve ser disciplinada pela educa��o, na sua nobre finalidade de corrigir e criar h�bitos salutares .". A mais importante terap�utica � a preven��o. Ela exige que todos os adultos busquem o exerc�cio do amor, sob a inspira��o da doutrina de Jesus, entendam que precisamos nos moralizar, para que possamos realmente educar as novas gera��es e oferecer-lhes um ambiente mais sadio e humano. Richard Sirnonetti nos lembra que "quando a conten��o da viol�ncia deixar de ser um problerna policial e se transformar em quest�o de disciplina do pr�prio indiv�duo; quando a paz for produto n�o da imposi��o das leis humanas, mas da observa��o coletiva das leis divinas, ent�o viveremos num mundo melhor .". Na realidade, o que observamos nos dias atuais � a leviandade de muitos mestres e educadores imaturos, sem habilita��o moral para tais prop�sitos , ou seja, para a educa��o de novos indiv�duos que aportam na crosta terrestre, facilitando a dissemina��o da viol�ncia e da cren�a de que esta forma de agir � capaz de resolver os problemas da humanidade. O homem renovado espiritualmente dever� investir contra a chaga da viol�ncia atrav�s de sua a��o reestruturante da sociedade, buscando suprimir a injusti�a social, lutando contra todas as situa��es que fomentam a mis�ria econ�mica e instigam o ambiente pernicioso que ora vige, combatendo, acima de tudo, o orgulho, o ego�smo e a indiferen�a presente no cora��o de cada um. Nessa vis�o, o homem entender� que ningu�m pode se omitir sabendo que todo tributo de amor, como a paci�ncia e todo o fruto de luz, como saber, s�o valiosos tesouros para o futuro na aquisi��o da paz t�o almejada. Diz o mestre Jesus, em o Serm�o da Montanha: "Bem-aventurados os mansos porque eles herdar�o a Terra", numa alus�o clara de que s� aqueles que vencerem seus impulsos violentos, fazendo-se construtor da paz, ter� a oportunidade de habitar a Terra em seu per�odo de regenera��o.".


A Equipe do www.sementedeluz.org.br

 

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