Uma Noite...Um Bar...

 

 

 
 

A noite é fria... Lá fora a chuva incessante

me faz lembrar tua presença a todo instante...

O seresteiro indiferente à minha dor

ressoa lânguidas notas de saudade e de amor...

São canções dolentes que me falam de teus cabelos prateados

são queixumes que requeimam dentro d!alma em tons magoados

tudo a me lembrar teu rosto amado, teu corpo esguio...

E me vejo perdido no teu olhar distante e frio...

Os dedos ágeis do violeiro apaixonado me recordam tuas mãos

tão quentes

tão ardentes

 agora... tão ausentes!

Na febre dos meus desejos, na dança infernal da insanidade

me soam acordes de nostálgica saudade...

 

Onde estás? Que fazes, doce criança,

meu alento... derradeira esperança?

 

Ah! sorte madrasta... ah! insensível coração...

Toma a tua cruz poeta... sorve as gotas da tua taça ingrata

tal qual a chuva lá fora caindo em prata

Inunda de lágrimas a negra imensidão...

 

Solta tu!alma! prende tua ternura!

Solta a chuva da tua amargura!

 

 

Nelson de Medeiros Teixeira

 

 

 

 

 



 

 

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