Nosso traje, doce criança,
é o espelho da nossa sorte.
Tens no verde a esperança,
e no preto eu tenho a morte...
Quem mede a extensão da verdade,
só no metro da paixão,
acaba encontrando saudade,
medida da solidão
!
Eu te amo doce princesa,
Sei que sempre vou te amar!
Te tenho na natureza,
como as ondas tem o mar.
Segue o rio caminhando,
com destino certo ao mar.
Vai com minh'alma sonhando,
na certeza de te achar!
Água, pedra, mato e frio,
desce tudo de arrastão.
Só não desce neste rio,
minha infinda solidão!
Quando a alma se escancara,
é como este rio profundo,
por cima tem água clara,
por baixo um buraco imundo!
Nelson de Medeiros Teixeira
