Escrevo as peças
que embalde eu sonhei...
No teatro da vida,
porém, as cenas que imaginei,
a verdade atroz
calou o meu presente!
Minh'alma é prenhe
de ilusões perdidas,
e meu corpo verga
ante lágrimas sentidas...
Eu quis te amar
somente!
Sei que meus
versos são povoados,
de tristes rimas
no sofrer vincados...
São amarguras de
uma dor infinda!
Minha vida é uma
negra sinfonia,
sem paz, sem
felicidade, sem alegria...
Mesmo assim, eu
quis te amar, ainda !
Nestas noites
solitárias, o vento frio gemendo,
eu clamo a falta
de teu corpo, de teu calor me aquecendo,
de tu!alma a
minh'alma desejando!
Hoje eu queria te
esquecer, deixar de pensar...
Mas, embalde,
continuo a te buscar!
Sei que vou morrer
te amando!
Nelson de Medeiros
Teixeira