Dor Infinda
São seis horas...
Vão passando sonolentas...
Desce a tarde em
langor vaporoso...
Ao longe o sino da
igreja, em badaladas lentas,
soluça a prece da
Ave-Maria, queixoso...
Uma nostálgica
tristeza vem,
e um abismo se me abriga
dentro d'alma.
Teu riso alegre já
não me acalma...
Sofro. Mas o
rastro deste sonho eu guardo ainda,
e vou seguindo a
trilha desta dor infinda!
Nelson de Medeiros Teixeira