ETAPA 2

 

Pesquisa de poemas, autores, análise literária, comentários.

 Digitação e envio de e-mail.

 

Comentário da Professora

 

Esta é a etapa que considero mais rica de toda a pesquisa do aluno, em termos de aprendizagem.

O início partiu do interesse do aluno por um poeta, ou poema relacionado ao modernismo que .

Desde então, este interesse se tornou pesquisa, reflexão e envolvimento entre poema/poeta/aluno.

No ano de 2001, os alunos desenvolveram mais pesquisas e comentários,

não passando as reflexões e questionamentos

para os parceiros.

Neste ano, procurei fazer com que os alunos apresentassem seus questionamentos referente aos temas dos poemas

aos seus colegas, para gerar discussões. Tornado a poesia o elo de discussão.

 

                                                                                                                                                               Veneza Babicsack


 

Poemas e reflexões dos alunos:

- Testamento (Manuel Bandeira) - Vocês acham que na maioria das vezes as pessoas podem se identificar com que o poeta passou nestes versos? (grupo 1- turma 3B)

 

 

- Poética (Manuel Bandeira) - Chega de demagogia, de poemas românticos, políticos, sifilíticos e raquíticos. Manuel Bandeira quer renovar o estilo poético, e extravasar todo o termo poético. (grupo 1 - turma 3C)

 

 

Neste poema o autor faz um apelo para a liberdade, ele se opõe ao regime tradicional. Sendo eles a política,o modo correto de se enquadrar na sociedade,ele prefere ser como os bêbados (grupo 4 - turma 3D)

 

 

- Soneto do amor maior (Vinicius de Moraes) - Vocês acreditam em um grande amor? Você acham que ele pode trazer alegria e tristeza ao mesmo tempo? (grupo 1 - turma 3D)

 

 

Geralmente o poema lírico é rico em musicalidade e o poeta utilizou a aliteração na terceira estrofe do poema e para finalizar, o verso "numa paixão de tudo e de si mesmo" o eu-lírico declara amar, além da pessoa amada, o próprio sentimento de amar. (grupo 4 - turma 3C)

 

 

- A doce canção (Cecília Meireles) - Acreditamos que é impossível não gostar da doçura de Cecília Meireles. Este poema tem 05 estrofes e possui rimas. Fala de uma canção que ela canta e encanta com lirismo total, transportando-nos ao mundo que ela fala (grupo 2- turma 3B)

 

E vocês, concordam com a opinião da autora? Qual o significado de Felicidade e Pena para vocês? (grupo 3- turma 3D)

 

 

- A Estrela (Manuel Bandeira) - Este poema faz também com que possamos refletir sobre as coisas que desejamos na vida e não sabemos se a teremos, mas sempre temos uma estrela para nos dar esperança, não é mesmo?. E vocês, também já se sentiram assim, a procura de uma estrela num dia tão triste e solitário? (grupo 2- turma 3C)

 

 

- Vou me embora pra Pasárgada (Manuel Bandeira) - O autor se refere a cidade como se ela fosse, um abrigo para seus problemas mais íntimos .Lá para ele e o abrigo, longe de todos os males que envolve sua melancólica vida .(grupo 2- turma 3D)

 

- Autopsicografia (Fernando Pessoa) - O poeta nos passa no poema uma dor inexistente para ele mas que existente para quem lê.(grupo 3- turma 3B)

 

 

- Os ombros suportam o mundo (Carlos Drummond de Andrade) - Espero que tenham gostado do poema que escolhemos, e estamos esperando receber e-mail de Portugal com muita euforia, pois nunca tínhamos participado de um projeto que pudéssemos nos comunicar com alunos de outros países, isso é muito legal. (grupo 3- turma 3C)

 

 

- Soneto do amor total (Vinícius de Moraes) - Este soneto fala sobre amor sem mistério e sem virtude, que na realidade todos nós gostaríamos de viver, pois é puro e simplesmente humilde. (grupo 4 - turma 3B)

 

 

- Mocidade (Olavo Bilac) - O poema nos fala que a mocidade é cheia de sonhos, fantasias e encaram os problemas da vida como uma aventura. "Não enxergam o lado ruim da vida." (grupo 5 - turma 3B)

 

 

- Psicologia de um vencido (Fernando Pessoa) - Este poema focaliza hospitais, necrotérios, hospícios, cadáveres e micróbios. Carregada de vocabulários científicos pelo exotismo da linguagem e por um agudo pessimismo diante da vida.(grupo 6 - turma 3C)

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GRUPO 1

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Data: 30/05/2002 21:23
Assunto: PROJETOPOESIA-molteni envia poema g1 e g2 amapa

Alô galera do Amapá!!!! 

Nós somos da escola Carlos Molteni de Suzano e estamos felizes por estarmos participando deste projeto com vocês, ou seja, grupo 01 [email protected] e grupo 2 [email protected].

Vamos nos apresentar:

[email protected]  

Danilo 18 anos apelido Dan-dan!!

Roberta 19 anos apelido Ro the best

Alexandre 20 anos apelido xandão!!!

Marcio 17 anos apelido globocop .!!

Anderson 17 anos apelido tinguá

Leandro 17 anos apelido boca mucha!!!!

O poema que escolhemos para apreciação de vocês:

TESTAMENTO

 

O que não tenho e desejo

É que melhor me enriquece.

Tive uns dinheiro-perdi-os.

Tive amores-esqueci-os.

Mas no maior desespero

Rezei: ganhei essa prece.

Vi terras da minha terra

Por outras terras andei:

Mas o que ficou marcado

No meu olhar fatigado,

Foram terras que inventei.

Gosto muito de crianças:

Não tive um filho de meu.

Um filho!... Não foi de jeito...

Mas trago dentro do meu peito

Meu filho que não nasceu.

Criou –me desde eu menino,

Para arquiteto meu pai.

Foi –se –me um dia a saúde.

Fiz-me arquiteto! Não pude!

Sou poeta menor, perdoai!

Não faço versos de guerra.

Não faço porque não sei.

Mas num torpedo –suicida

Darei de bom grado a vida

Na luta em que não lutei!

 

autor : Manuel Bandeira

 

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Dados do autor:

Nasceu em Recife em 1886 . Aos 17 anos veio para São Paulo estudar engenharia , quando adoeceu gravemente de tuberculose, abandonando os estudos e voltando para o Rio.

Foi inspetor de ensino ,professor, jornalista e poeta, sendo a poesia a grande responsável por sua posição de relevo na literatura brasileira.

Estréia com Cinza das horas em 1917.

A partir de Libertinagem em (1930) é que se dá o grito de libertação do poeta e sua integração definitiva no modernismo brasileiro. Surgem,após, Estrela da manhã , Opus 10, Lira dos cinqüenta anos, Belo belo , em que se percebe claramente uma reviravolta na poesia de Manuel Bandeira.

Manuel Bandeira morreu aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em 1968.

Comentário do poema:

O personagem quis expressar que o mundo que ele vive é de ilusão e porque as coisas que ele queria ele não tinha, como:

  • O que não tenho e desejo, nem tudo que ele desejou ele conseguiu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

O poema apresenta rimas com 05 estrofes e faz parte do movimento literário MODERNISTA.

Vocês acham que na maioria das vezes as pessoas podem se identificar com que o poeta passou nestes versos?

Abraços a todos vocês dos grupos 1 e 2 do Amapá e aguardamos seus poemas, comentários e apresentação.

[email protected]

EE Prof. Carlos Molteni, Suzano

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Data: 31/05/2002 19:50
Assunto: PROJETO POESIA/g1molteni envia poema g1 Portugal

Olá ! pessoal somos da escola Carlos Molteni, do 3º colegial C. Somos do grupo 1 e estamos muito felizes por estarmos nos correspondendo com vocês de Portugal através da poesia, com o projeto Poesia sem Fronteiras..

Agora iremos apresentar as pessoas que estão no nosso grupo:

Sheila 17 anos

Débora 17 anos

Sueli 17 anos

Dayene 17 anos

Soraia 17 anos

Luana 17 anos

Andréia 17anos

Mariana 18 anos

Claudinéia 37 anos.

Nós estamos enviando um poema que gostamos muito, este poema é do poeta Manoel Bandeira. Esperamos que vocês também gostem, pois ele é um poeta muito famoso aqui no Brasil e esperamos seus comentários.

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

[protocolo e manifestações de apreço ao sr. Diretor

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário

[o cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político

Raquítico

Sifilítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de

[si mesmo.

De resto não é lirismo .

Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante

[exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes

[maneiras de agradar ás mulheres etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbedos

O lirismo difícil e pungente dos bêbedos

O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(Manuel Bandeira)

 

Dados do Autor

Nome: Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho

Data Nasc. : Nasceu no Recife, em 1886.

Morreu: no Rio de Janeiro, em 1968.

Estudou: Engenharia, mas não concluiu o curso por causa da Tuberculose que foi um peso durante toda a vida.

Quando esteve na Suíça para tratamento de saúde encontrou com os melhores poetas simbolistas e pós simbolistas da França, que muito o influenciaram em suas primeiras obras.

Quando retornou ao Rio de Janeiro, juntou-se ao grupo de poetas e intelectuais

da época: Ronald de Carvalho, entre outros, em que junto com esses escritores aderiu ao movimento modernista de 1922, no qual teve importante participação.

Comentário

No poema "Poética", Manuel Bandeira deixa claro que está farto de moderação, de comportamento em poemas, que sempre são iguais e que seguem o mesmo estilo.

Chega de demagogia, de poemas românticos, políticos, sifilíticos e raquíticos. Manuel Bandeira quer renovar o estilo poético, e extravasar todo o termo poético. Ele faz parte dos que aderiram ao movimento do Modernismo e na época foi um dos inovadores na poesia.

Esperamos que tenham gostado e estamos aguardando um poema de vocês do grupo 1 de Portugal para comentários.

Abraços a todos de Portugal.

[email protected]

Escola Estadual Prof. Carlos Molteni

Suzano, São Paulo – Brasil
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Data: 27/06/2002 23:04
Assunto: PROJETO POESIA/g1molteni envia poema g1andre

Olá alunos da Escola Américo Brasiliense, nós somos alunos da escola Carlos Molteni (SUZANO S.P)

Nós alunos estamos todos contentes por estamos participando do projeto com vocês.

Componentes do grupo nº 1 do 3º D

- Rogério Rodrigues de Souza – 19 anos

- Cleiton dos Santos –19 anos

- Denner Jorge dos Santos –19-anos

- Robson Prado de Almeida – 20 anos

 

Soneto do maior amor

(Vinicius de Morais)

Maior amor nem mais estranho existe

Que o amor, que não sossega a coisa amada

E quando a sente alegre, fica triste

E se a vê descontenta,da risada

E que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, é que se agrada

Mais da eterna aventura em que persiste

Que de uma vida mal-aventurada

Louco amor meu, que quando toca, fere

E quando fere vibra, mais prefere

Ferir a fenecer e vive a esmo

Fiel a sua lei de cada instante

Desassombrado, doido, delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo

Dados do Autor

VINÍCIUS DE MORAES nasceu no Rio de Janeiro,RJ em19 de outubro de 1913. Muitos acreditam que seu nome completo e Marcus Vínicius da Cruz de Melo Moraes; o que não e verdade, este nome e devido a uma brincadeira de Manoel Bandeira, num de seus poemas circunstância

Membro de uma família que gostava de musica, ainda na escola começou a compor com os amigos Paulo e Haroldo Tapajós. Vinícius formou-se em letras pelo colégio Santo Inácio. Em 1933 bacharelou-se em Direito Faculdade de Direito de Rio de Janeiro e lançou o seu primeiro livro de poemas.’’O Caminho para distância’’

Comentário sobre o poema

O maior amor é aquele que nem mais estranho existe e que no momento em que se traz alegria traz, também a tristeza.

E aquele só se sente, bem quando resiste a tentação do amado coração louco amor que quando pega fere profundamente, este e o momento mais vivo e, é aquele que é fiel a todo instante.

Vocês acreditam em um grande amor? Você acham que ele pode trazer alegria e tristeza ao mesmo tempo?

Abraços a todos e aguardamos o e-mail de vocês.

[email protected]

EE Prof. Carlos Molteni - Suzano

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GRUPO 2

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Data: 30/05/2002 21:57
Assunto: PROJETOPOESIA/molteni envia poema g3 e g4 amapa

APRESENTAÇÃO.

Olá pessoal do Amapá aqui é o grupo G2 da escola Carlos Molteni, estamos contentes por participar do Projeto Poesia e desse grupo faz parte:

Leandro Bernardo Idade 18 anos

Rodrigo Idade 19 anos

Iracema Idade 22 anos

Bianca Idade 17 anos

Adriano Idade 16 anos

Isaac Idade 20 anos

Escolhemos para vocês, grupo 3 [email protected] e grupo 4 [email protected] o seguinte poema:

A doce canção

Pus-me a cantar minha pena

Com uma palavra tão doce

De maneira tão serena,

Que até Deus pensou que fosse

Felicidade-e não pena.

Anjos de Lira dourada

Debruçaram-se da altura.

Não houve, no chão, criatura

De que eu não fosse invejada,

Pela minha voz tão pura.

Acordei a quem dormia,

Fiz suspirarem defuntos.

Um arco-íris de alegria

Da minha boca se erguia

Pondo o sonho e a vida juntos.

O mistério do meu canto,

Deus não soube, tu não viste

Prodígio imenso do pranto:

Todos perdidos de encanto,

Só eu morrendo de triste!

Por assim tão docemente

Meu mal transformar em verso,

Oxalá Deus não o aumente,

Para trazer o Universo

De pólo a pólo contente.

Cecília Meireles "A doce canção"

 

C E C Í L I A   M E I R E L E S

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  APRENDI COM A PRIMAVERA A ME DEIXAR CORTAR. E A VOLTAR SEMPRE INTEIRA.

Cecília Meireles preferiu tomar como ponto de partida de sua trajetória poética o livro Viajem ( 1939), Pelo qual recebeu o prêmio da academia brasileira de letras. Rejeitou , portanto, os seus três primeiros livros de influência parnasiana e temática mística.

Viajem, livro que demonstra maior maturidade poética, apesar de manter-se dentro dos padrões tradicionais, ultrapassam o primeiro momento do modernismo brasileiro ( Anedótico e nacionalista). Ao gosto pela tradição, soma-se uma visão filosófica e universalizante. As indagações sobre a brevidade da vida, o sentido da existência , a solidão e a incompreensão humana, presentes em viagem, permaneceriam em quase toda a sua obra, perpassada por um sentimento de pessimismo e desencanto.

Cecília Meireles, por ter seguido um caminho muito pessoal não pode ser enquadrada em um movimento ou uma estética determinados. Seus versos, geralmente curtos, de conteúdo lírico tradicional e bastante pessoais, têm raízes, simbolistas e caracterizam-se pela musicalidade, descritivismo e imagens sensoriais.

Um dos pontos altos de sua obra poética é o romanceiro da inconfidência ( 1953), que lhe custou pesquisas históricas e no qual empregando o melhor de suas técnicas, revela o seu amor a pátria e a sua admiração pelos mártires da inconfidência mineira.

Vida; É considerada a melhor de nossas poetisas modernas, quer pelos recursos expressivos, em constante busca da perfeição, quer pela emoção que nos comunica.

Cecília Meireles viveu sua infância em companhia da avó, no Rio de Janeiro. Dedicou-se por vários anos ao magistério, de cuja experiência profissional resultou Criança, meu amor. Belíssimo livro para o curso de primeiro grau. Ministrou aulas de literaturas brasileira e disciplinas corretas nas universidades federais do antigo distrito federal e do Texas ( EUA). Viajou por vários paises. Portugal foi o primeiro a reconhecer-lhe o mérito, antes mesmo que o Brasil o consagrasse como poetisa de extraordinário valor.

OBRA; Cecília Meireles escreveu vinte livros de poesias e alguns em prosa. Segundo Antonio Candido e Aderaldo Castello, a obra da autora apresenta-se como um todo uniforme e linear,presidido por três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão.(...)Às vezes ,se deixa seduzir pelo medievalismo e busca as sugestões do lirismo trovadores,incorrendo então num falso virtuosismo.

O rei do mar

Muitas velas.Muitos remos.

Âncora é outro falar..

Tempo que navegaremos

Não se pode calcular

Acreditamos que é impossível não gostar da doçura de Cecília Meireles. Este poema tem 05 estrofes e possui rimas. Fala de uma canção que ela canta e encanta com lirismo total, transportando-nos ao mundo que ela fala. E vocês, gostam também dela e de seus poemas? Qual o poema mais lindo que acham?

Abraços e estamos aguardando ansiosos seus emails, com a apresentação de todos vocês e seus poemas.

[email protected]

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Data: 31/05/2002 20:04
Assunto: PROJETO POESIA/g2molteni envia poema g2 Portugal

Olá pessoal de Portugal, somos do grupo2 da escola Carlos Molteni, e estamos nos comunicando com vocês aqui do Brasillllllll! Porque a professora Veneza de Almeida nos proporcionou essa oportunidade de estarmos nos comunicando com vocês.

Estamos muito contentes de conhecer vocês, mesmo sendo apenas pela net. Nossos nomes são:

Ana Paola 17anos

Anderson 17anos

Fabíola 17anos

Jaime 17anos

Luciano 21anos

Walisson 16anos

Gostaríamos de saber um pouco de vocês e estamos encaminhando o poema que escolhemos:

"A estrela"

Manuel Bandeira

Vi uma estrela tão alta,

Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!

Era uma estrela tão fria!

Era uma estrela sozinha

Luzindo no fim do dia.

Porque de sua distância

Para a minha companhia

Não baixava aquela estrela?

Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda

Responder que assim fazia

Para dar uma esperança

Mais triste ao fim do meu dia.

Dados do autor:

Manuel Bandeira nasceu em Rio de janeiro em 1886 e morreu em 1968 em Recife, ele começou no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro e iniciou o curso de engenharia, São Paulo, abandonado-o por motivo de saúde. Em busca de cura para a tuberculose, viajou para a Suíça, onde se aproximou de poetas pós-simbolistas.

Em 1917 retornou ao Brasil. Foi professor de literatura do Colégio PedroII e da Faculdade Nacional de Filosofia ( hoje, UFRJ). Em 1940, foi eleito membro da academia brasileira de Letras.

Ele estreou em 1917, com A Cinza das horas, publicado a seguir Carnaval (1919)

Comentários do Poema:

O poema diz que a estrela é uma pessoa na sua vida, e que ele sempre a admirou, porém essa admiração nunca foi correspondida. É como se ela fosse algo que ele nunca alcançaria.

É um poema que faz parte da literatura moderna ou seja (Modernismo ). É formado por quatro estrofes e dezesseis versos. E composto por tais rimas:

Vi uma estrela tão fria !

Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão fria !

Luzindo no fim do dia.

Para minha companhia !

Por que tão alta ela luzia.

Responder que assim fazia.

Mais triste ao fim do dia.

Este poema faz também com que possamos refletir sobre as coisas que desejamos na vida e não sabemos se a teremos, mas sempre temos uma estrela para nos dar esperança, não é mesmo?. E vocês, também já se sentiram assim, a procura de uma estrela num dia tão triste e solitário?

E tendo assim a sua parte literária romântica e faz parte da literatura moderna ou seja (Modernismo ).

Esperamos que tenham gostado do poema e estamos aguardando o email de vocês com muita expectativa.

Enviamos muitos abraços daqui do Brasil.

[email protected]

Escola Estadual Prof. Carlos Molteni

Suzano, São Paulo, Brasil

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Data: 28/06/2002 00:33
Assunto: PROJETO POESIA/g3molteni envia poema g3santoandre

Olá! grupo 3 do Américo Braziliense !como vocês estão?

Para nós é um imenso prazer estarmos nos comunicando com vocês da escola Américo Brasiliense. Nós somos as integrantes do grupo 3 .

Nós iremos nos apresentarmos:

JOSILANE FIGUEIREDO DE JESUS, 18 ANOS

CRISCIANE CARDOSO PEREIRA, 18 ANOS

LETICIA M. DE LIMA, 17 ANOS

KÁTIA CRISTINA DA SILVA, 17 ANOS

ANDRESSA PEREIRA VIANA, 16 ANOS

Somos da escola E.E.Professor Carlos Molteni e estamos muito felizes, por mantermos contato com vocês.

Escolhemos este poema:

QUEM SOU EU?

Quem sou eu, em meio as lágrima s?

Quem sou eu, com as desilusões da vida ?

Quem sou eu, para ter forças para fugir da solidão, quando ela aparece.

Quem sou eu, quando o meu mundo desaba?

Quem sou eu, quando vago a procura de algo, e o algo se esconde.

Quem sou eu, quando olho para vida, e vejo as peças que ela já me pregou?

Talvez eu seja o rio das lágrimas !

Talvez eu seja o palco das desilusões!

Talvez a divisão quando o mundo desaba!

Talvez procuro algo que já se perdeu no infinito!

Talvez tenha feito da minha vida um palco onde representar sentimento,

A certeza de sempre se magoar.

(Autora: Kátia Silva)

 

VOU ME EMBORA PRA PASÁRGADA

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

V ou- me embora pra Pasárgada

Aqui não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como faria ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro bravo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito a beira do rio

Mando chamar a mãe-d´água.

Pra me contar histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóides à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

Lá sou amigo do rei

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

(Autor : Manuel Bandeira)

Biografia

Dados Pessoais: Nome: Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho

Nasceu: Em 1886 em Pernambuco

Faleceu: No Rio de Janeiro em 1968 .

Foi membro da academia Brasileira de letras.

Algumas obras: A cinza das horas (1917), Carnaval (1919),

Comentário do texto

O poeta vive em uma cidade onde não e feliz. Se refere a outra cidade, ou seja a Pasárgada , como se viver lá fosse um desafio, fosse um filme de ação, sempre com novas perspectivas de vida . Se refere também a alguém que lhe contava histórias quando ele era menino,não sei se era mãe , a irmã . Sei que devia ser alguém importante pelo modo que se refere. 

Diz que em Pasárgada as pessoas são diferentes, as pessoas tem um modo de vida mais moderno. Lá até prostitutas tem, algo que não deve haver onde ele está agora.

O autor se refere a cidade como se ela fosse, um abrigo para seus problemas mais íntimos .Lá para ele e o abrigo, longe de todos os males que envolve sua melancólica vida .

1-Sabemos que trabalhar com um Poeta , desse nível e com seus textos se torna um pouco difícil, mas para você o que representa ter um poeta como este na literatura brasileira ?

2-Para você o que leva uma pessoa a falar de amor, e ter sempre um sentimento de solidão ?

3-Você acha, que existe algum tipo de solidão que possa fazer bem ao ser humano ,seja ela se tratando da perda de um amigo,de um parente,de um amor, ou de qualquer coisa ligada ao coração ?

4-Você consegue ter uma idéia de como seria o desespero desse poeta , por até mesmo, querer mudar de cidade, ou quem sabe, até mesmo de vida ?

5-Para você, qual a mensagem que o poeta quis transferir com o texto ?

6-Quando um poeta, escreve um texto, sua mensagem precisa ser totalmente pessoal, ou você acha que ele tem que abranger, outros temas, pois falar de sua vida pessoal é fácil ?

Esperamos que tenham gostado.

Aguardamos respostas, e muitos poemas de vocês

Até logo !!

[email protected]

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Data: 30/05/2002 23:06
Assunto: PROJETOPOESIA/molteni envia poema g5 e g6 amapa

OLA AMIGUINHOS DO AMAPÁ, grupo 5 [email protected] e grupo 6 [email protected] ,

SOMOS DO G3 MOLTENI.

EU SOU A SILVIA A DO LADO É A GLEYZER O DO OUTRO LADO É O LUYNGRE O QUE ESTA ATRAS É O ROGER E O QUE ESTA DE VERMELHO É O VICTOR A JANAINA FALTOU ,O DANILO ESTA LÁ NA FRENTE COM A BIANCA(OUTRO GRUPO).

Estamos na sala de informática, preparando este e-mail para ser enviado para vocês, juntamente com a prof. Veneza, espero que gostem do poema que escolhemos:

AUTOPSICOGRAFIA

Fernando Pessoa

 

O Poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só as que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama o coração.

Fernando António Nogueira Pessoa

1888- Lisboa

1935-Lisboa

Ainda criança, partiu para a África do Sul, após o falecimento do pai e o segundo casamento da mãe. Freqüentou várias escolas, recebendo uma educação inglesa. Regaçou a Portugal em 1905, fixando-se em Lisboa, onde inicio uma intensa atividade literária.

Colaborou em várias revistas, publicou em livro os seus poemas escritos em inglês’e, em 1934, ganharam o concurso literário promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional, categoria B, com a obra Mensagem, que publicou no mesmo ano.Faleceu prematuramente em 1935, deixando grande parte da sua obra inédita.

É um dos maiores poetas portugueses.

Fernando Pessoa usava vários heterônimos, assinando as suas obras de acordo com a personalidade de cada um deles. O poeta insistia no fato de que não se tratava de pseudônimos , já que eram individualidades distintas do autor.

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FERNANDO PESSOA ‘’ele mesmo’’ é um poeta múltiplo. Sua poesia ora é mística, ora é nacionalista, ora é de uma profunda reflexão psicológica e metafísica como o poema ‘’AUTOPSICOGRAFIA’’. Avesso ao sentimentalismo, expressa suas emoções equilibradas pela inteligência e pelo intelecto. Parte de sua poesia mantém laços com o simbolismo. Místico e esotérico revela a paixão pelo mistério. O apego à solidão, o tédio, a saudade e o questionamento do eu são ouras características de Fernando Pessoa ‘’ele mesmo’’.

NOSSA OPINIÃO

DANILO 18 ANOS; O autor quer nos passar que quem sente toda a dor de amor é o coração.

GLEYZER 17 ANOS; poeta nos passa no poema um sofrimento de uma dor inexistente para ele mas que existente para quem lê.

LUYNGRE 17 ANOS; Ele quer dizer que todo o nosso sofrimento gira em torno do nosso coração mesmo que seja um sofrimento baseado no sofrimento

VICTOR 17 ANOS; Com o que ele escreve nos passa que as pessoas se sentem bem com o sofrimento das outras pessoas no caso o suposto sofrimento do autor.

SILVIA 17 ANOS; O poeta finge sua dor para escrever seus poemas, pois as pessoas sofrem com o sofrimento dos outros mesmo que seja um simples fingimento.

ROGER 18 ANOS; Parece que todo o poeta finge os seus sentimentos nos seus poemas.

JANAINA 17 ANOS; Mesmo que seja um poema de fingimento nos passa um grande sofrimento justamente por causa dos poetas serem fingidos.

Esperamos que tenham gostado do poema, ele faz parte do Movimento literário Modernismo, que estamos estudando neste bimestre.

Aguardamos o e-mail de vocês, para podermos conhecê-los e saber qual o poema de suas preferências.

Abraços,

[email protected]

EE Prof. Carlos Molteni, Suzano

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Data: 31/05/2002 20:21
Assunto: PROJETO POESIA/g3molteni envia poema g3 Portugal

Olá pessoal de Portugal!

Nós, Estudantes do Carlos Molteni, prazerosos em nos comunicarmos com vocês, formulamos um trabalho de um dos grandes poetas da humanidade, esperamos que atendemos suas expectativas!

Nosso grupo é o [email protected],

Nomes: Tatiana, Rosana, Karina, Michele, Clézia, Ladydeborah, Ana Paula.

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus

Tempo de absoluta depuração

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.

Em vão as mulheres batem á porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

Mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És toda certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha á velhice, que é a velhice?

Teus ombros suportam o mundo

E ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios.

Provam apenas que a vida prossegue

E nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo,

Prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

(Carlos Drummond de Andrade)

 

Dados do autor

Dru-f03.jpg (28054 bytes)

Drummond fez curso de farmácia; trabalhou como professor de Português e de Geografia.

Iniciou carreira em Belo Horizonte,onde vivia com a família .Nessa época, seu irmão o estimulava na vocação literária . Seus trabalhos começaram a aparecer na imprensa. Mais tarde, foi para o Rio de Janeiro, onde alguns de seus poemas eram divulgados.

Em 1924, em Belo Horizonte, conheceu Mário de Andrade e Manuel Bandeira.Manteve com eles uma proveitosa correspondência literária.

Em 1925, participou de A Revista, publicação de cunho nacionalista que divulgava o modernismo. Os responsáveis pela revista tinham por objetivo, em suas palavras renovação intelectual do Brasil que se tornou um imperativo categórico.

Drummond, além de poeta, foi excelente prosador, de estilo marcado pelo humor e pelo ceticismo (estado de espírito de quem duvida de tudo).

O ano de 1928 foi marco importante em sua vida em sua obra: nasceu à filha Maria Julieta e ele publicou, em São Paulo, o poema No meio do caminho, na revista Antropofagia.

A modernidade em Drummond indentificou-se com o prosaico, o irônico, o anti-retórico, a formulação da linguagem.

Comentários do poema

Relatados fatos verídicos em relação á sentimentos, hoje quase que escassos, o aperto de mão, o bom dia, o muito obrigado, o pois não? Tudo isso nos leva a crer que a humanidade está deixando de lado os valores e recursos, quase já extintos na sociedade . Mais uma vez a violência toma sua frente diante da nação.

Vivenciamos á todo instante conflitos gerados muitas vezes por ocasiões que exige mais de nós mesmos.

O autor expressa fatos extremamente sólidos, em uma sociedade de valores tão remotos .E prefere relatar-se de um modo único , com estrofe e versos repletos de sentimentos, o mais exaltada é o do amor ao próximo , deixando fluírem mesmo sem rimas .

Espero que tenham gostado do poema que escolhemos, e estamos esperando receber email de Portugal com muita euforia, pois nunca tínhamos participado de um projeto que pudéssemos nos comunicar com alunos de outros países, isso é muito legal.

Abraços de todos os alunos do Brasil para os de Portugal.

[email protected]

Escola Estadual Prof. Carlos Molteni

Suzano, São Paulo, Brasil

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Data: 27/06/2002 23:25
Assunto: PROJETO POESIA/g4molteni envia poema g4 andre

Olá pessoal do Américo Braziliense,

Somos alunos da escola Profº Carlos Molteni, estudamos no 3º ano do ensino médio, noturno: Glauci, Elias, Ailton, Sandra, Tatiane, Cristina e Alessandro estamos felizes por participar deste projeto junto com sua escola.

Nós gostamos deste poema e estamos enviando para vocês, esperamos que gostem.

A Doce Canção

Pus-me a cantar minha pena

Com uma palavra tão doce,

De maneira tão serena,

Que até Deus pensou que fosse

Felicidade – e não pena.

Anjos de lira dourada

Debruçaram-se da altura.

Não houve, no chão, criatura

De que eu não fosse invejada,

Pela minha voz tão pura.

Acordei a quem dormia,

Fiz suspirarem defuntos.

Um arco-íris de alegria

Da minha boca se erguia

Pondo o sonho e a vida juntos.

O mistério do meu canto,

Deus não soube, tu não viste.

Prodígio imenso do pranto:

- todos perdidos de encanto,

só eu morrendo de triste!

Por assim tão docemente

Meu mal transformar em verso,

Oxalá Deus não o ausente,

Para trazer o Universo

De pólo a pólo contente!

( Cecília Meireles )

Biografia de Cecília Meireles

Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, freqüentemente simples na forma, mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira do século XX. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e veio a falecer na mesma cidade em 09/11/1964 casou-se duas vezes e deixou três filhas.

Embora vivendo sob influência do Modernismo, apresenta ainda em sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela qual sua poesia é considerada intemporal.

Órfã desde tenra idade (aos 3 anos já perdera os pais e três irmãos que nem chegou a conhecer), foi criada pela avó Jacinta Garcia Benevides. Desde de cedo habitou-se ao exercício da solidão, tendo precocemente desenvolvido sua consciência e sensibilidade.

Começou a escrever poesias aos 9 anos de idade. Tornou-se professora pública aos 16, destacando-se como aluna exemplar, merecendo a estima dos mestres. Dois anos depois iniciou sua carreira literária com a publicação de Espectros (1919), numa coleção de sonetos simbolistas.

A década de XX foi uma época de revolução na literatura brasileira, mas o trabalho de Cecília naquele período mostra pouca afinidade com as tendências nacionalistas então em voga, ou com o verso livre com a linguagem colonial. Boa parte dos críticos, inclusive, consideram suas formas mais tradicionais de poema (como sonetos) o ponto mais alto de sua obra. Com Nunca mais... e Poema dos Poemas (1923) adere ao Modernismo. Em 1924 sai Criança meu amor e em 1925 Baladas para El-Rei.

Entre 1925 e 1939 dedicou-se ‘a sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934 a Biblioteca infantil do Rio de Janeiro (a primeira biblioteca infantil do país). A partir deste ano ensinou literatura brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e em 1936 foi nomeada para a UFRJ, recém-fundada.

Cecília reaparece no cenário poético após 14 anos de silêncio com Viagem (1939), considerado o marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de literária, publicando regularmente até a sua morte. Vários de seus livros são inspirados nas muitas viagens que fez, viagens estas de grande significação, pois a autora extraiu do contato com gente, costumes de idiomas diferentes matéria de melhor compreensão da vida e da humanidade.

Entre os vários livros de poesias publicados após 1939 tem-se: Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto Ou Aquilo (temática infantil, 1964).

Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstâncias. Algumas de suas obras em prosa: Giroflê giroflá (1956), Escolha seu Sonho (1964) e Inéditos (crônicas – 1968).

Comentário

"A poetisa se refere a uma pena que é cantada de tal maneira que encanta a todos que a ouvem, porém não é a mensagem que a autora quer passar, ela quer passar os mistérios de suas tristezas, mas todos entendem como felicidade.

Esta poetisa faz parte do movimento modernista."

E vocês, concordam com a opinião da autora? Qual o significado de Felicidade e Pena para vocês?

Vamos aguardar seus e-mails.

Abraços a todos do grupo 4.

[email protected]

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GRUPO 4 

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Data: 30/05/2002 23:29
Assunto: PROJETOPOESIA/molteni envia poema g7 e g8 amapa

GRUPO 4: [email protected]

QUEM SOMOS...

ALESSANDRA MARIA SANTANA CORREA DE SOUZA - 18

CINTHIA GOMES DOS SANTOS - 17

CINTIA DA SILVA BARROS - 20

IOLANDA SOUZA SANTOS - 17

ISAC DE LIMA COSTA - 20

JOICE ÁVILA - 18

JONATHAN SARTI - 18

LEANDRO HENRIQUE - 17

SANDRA PIRES DA COSTA - 19

Estamos super contentes em estar participando do Projeto Poesia sem Fronteiras

e escolhemos um soneto de Vinicius de Moraes para apreciação:

 

SONETO DO AMOR TOTAL

AMO-TE TANTO MEU AMOR...NÃO CANTE

O HUMANO CORAÇAO COM MAIS VERDADE...

AMO-TE,COMO AMIGO E COMO AMANTE

NUMA SEMPRE DIVERSA REALIDADE.

AMO-TE ENFIM, DE UM CALMO AMOR PRESTANTE

E TE AMO ALÉM, PRESENTE NA SAUDADE.

AMO-TE; ENFIM, COM GRANDE LIBERDADE

DENTRO DA ETERNIDADE E A CADA INSTANTE.

AMO-TE COMO UM BICHO, SIMPLISMENTE

DE UM AMOR SEM MISTÉRIO E SEM VIRTUDE

COM UM DESEJO MACIÇO E PERMANENTE.

E DE TE AMAR ASSIM, MUITO E AMIÚDE

É QUE UM DIA EM TEU CORPO DE REPENTE

HEI DE MORRER DE AMAR MAIS DO QUE PUDE.

 

VINÍCIOS DE MORAIS (1913-1980)

Formado em Letras e Direito, Marcos Vinícius de Melo Morais ingressou na carreira diplomática, abandonando-a em favor da música e da poesia.

OBRA:

Poesia: O caminho para a distância (1933); Forma e exegese (1935); Ariana, a mulher (1936); Novos poemas (1938); Cinco alegias (1943); Poemas sonetos e balados (1946); Pátria minha (1949); Livros e Sonetos (1957); O mergulhador (1965); A arca de Noé (1970).

Teatro: Orfeu da conceição (1956) - tragédia carioca em três atos, escrita em versos; Pobre menino rico (1962)-comédia musicada.

PROSAS:

O amor dos homens (1960) - crônicas; Para viver um grande amor (1962) - crônicas; Para uma menina com uma flor (1966)-crônicas.

COMENTÁRIOS:

Este soneto fala sobre amor sem mistério e sem virtude, que na realidade todos nós gostaríamos de viver, pois é puro e simplesmente humilde. O poeta faz parte do movimento literário do Modernismo.

Abraços a todos vocês e esperamos que tenham gostado, aliás, quem não gosta de Vinicius de Moraes, não é? Difícil!

Estamos esperando o poema e apresentação de vocês.

[email protected]

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Data: 31/05/2002 22:16
Assunto: PROJETO POESIA/g4molteni envia poema g4 Portugal

Olá Pessoal de Portugal,

nós somos o grupo 4 e estamos muito felizes de poder nos corresponder com vocês de Portugal e ao mesmo momento poder estar aprendendo algumas coisas sobre o mundo da poesia, através do projeto Poesia sem Fronteiras. Vamos nos apresentar:

- Douglas Idade: 17 anos

- Cleber Idade: 18 anos

- André Idade: 17 anos

- James Idade: 17 anos

- Cleiri Idade: 31 anos

- Ana Idade: 18 anos

Poema: Soneto do Maior Amor

Vinicius de Moraes.

Maior amor nem mais estranho existe

Que o meu, que não sossega a coisa amada.

E quando a sente alegre, fica triste

E se a vê descontente, dá risada

E que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, e que se agrada

Mais da eterna aventura em que persiste

Que de uma vida mal aventura.

Louco amor meu que quando toca, fere

E quando fere vibra, mas prefere

Ferir a fenecer – e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante

Desassombrado, doido, delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo

Dados do autor

Em 19 de Outubro de 1913, no Rio de Janeiro, Marcus Vinitius Cruz Mello Moraes. Aos nove anos de idade, o poeta foi com a irmã Lugia ao cartório, e alterou o seu nome, para Vinicius de Moraes, onde iniciou seus primeiros versos.

Vinicius de Moraes cursou a faculdade de Direito, mas sempre gostou mesmo de poesia mulheres e música. Como conviveu muito com intelectuais de formação religiosa católica, seus dois primeiros livros tiveram como tema à preocupação mística de fundo religioso. Em seu terceiro livro, mudou o tema religioso para o amor e o culto à mulher. Estudou literatura na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Dedicou-se ao jornalismo em 1941, como critico de cinema. Vinicius foi apaixonado pela sétima arte. Participou na fundação da revista Filme em 1947 e manteve contatos com Orson Welles, Walt Disney e Gregg Toland. Em 1943 publicou Cinco Elegias. No mesmo ano ingressou na carreira diplomática, partindo em 1946 para Los Angeles como vice-cônsul em Los Angeles, de onde trouxe uma rica bagagem.

Em 1954, escreveu a peça teatral "Orfeu da Conceição", que mais tarde, em versão cinematográfica, conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Em 1960, junto com seus amigos Tom Jobim, Carlos Lyra e Baden Powell, Vinicius compôs várias músicas da Bossa-Nova, como "Chega de Saudade" e " Se todos fossem iguais a você".

A partir da realização desse trabalho, pode se concluir que Vinicius de Moraes foi um poeta, escritor e compositor que muito se destacou na segunda fase do "Modernismo". Foi nessa fase que a poesia brasileira vivia um de seus melhores momentos. Trata se de um período de maturidade e alargamento das conquistas dos modernistas da primeira geração.

Vinicius conheceu intelectuais e artistas de todo mundo, e no mundo todas suas obras são muito apreciadas. O espiritualismo, a percepção material da vida, do amor e da mulher se fazem presentes nos temas de Vinicius de Moraes. Vitima de edema pulmonar, o poeta faleceu aos 67 anos, em 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro.

Enfim, é isso que causa grande orgulho aos que apreciam a cultura, saber do reconhecimento e da popularidade por parte de todos e de uma maneira respeitosa ao grande mestre, que será lembrado por todos por toda eternidade, Vinícius de Moraes.

Comentários do poema:

O eu-lírico neste poema define o seu amor "estranho", considerando a incoerência de seus sentimentos. Por exemplo: "E quando a gente sente alegre, fica triste..."

Na segunda estrofe, o eu-lírico opõe "eterna aventura" a "vida mal-aventurada".

Geralmente o poema lírico é rico em musicalidade e o poeta utilizou a aliteração na terceira estrofe do poema e para finalizar, o verso "numa paixão de tudo e de si mesmo" o eu-lírico declara amar, além da pessoa amada, o próprio sentimento de amar.

E aí pessoal, gostaram? Vinicius de Moraes é um dos maiores poetas do Brasil, todos adoram seus poemas, seus sonetos, suas músicas.

Enviamos abraços para vocês de Portugal e estamos aguardando o email com ansiedade.

[email protected]

Escola Estadual Prof. Carlos Molteni

Suzano, São Paulo - Brasil

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Data: 27/06/2002 23:25
Assunto: PROJETO POESIA/g4molteni envia poema g4 andre

Olá pessoal do Américo Braziliense, somos alunos da escola Profº Carlos Molteni, estudamos no 3º ano do ensino médio, noturno: Glauci, Elias, Ailton, Sandra, Tatiane, Cristina e Alessandro estamos felizes por participar deste projeto junto com sua escola.

Nós gostamos deste poema e estamos enviando para vocês, esperamos que gostem.

A Doce Canção

Pus-me a cantar minha pena

Com uma palavra tão doce,

De maneira tão serena,

Que até Deus pensou que fosse

Felicidade – e não pena.

Anjos de lira dourada

Debruçaram-se da altura.

Não houve, no chão, criatura

De que eu não fosse invejada,

Pela minha voz tão pura.

Acordei a quem dormia,

Fiz suspirarem defuntos.

Um arco-íris de alegria

Da minha boca se erguia

Pondo o sonho e a vida juntos.

O mistério do meu canto,

Deus não soube, tu não viste.

Prodígio imenso do pranto:

- todos perdidos de encanto,

só eu morrendo de triste!

Por assim tão docemente

Meu mal transformar em verso,

Oxalá Deus não o ausente,

Para trazer o Universo

De pólo a pólo contente!

( Cecília Meireles )

Biografia de Cecília Meireles

Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, cuja poesia lírica e altamente personalista, freqüentemente simples na forma, mas contendo imagens e simbolismos complexos, deu a ela importante posição na literatura brasileira do século XX. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 07/11/1901 e veio a falecer na mesma cidade em 09/11/1964 casou-se duas vezes e deixou três filhas.

Embora vivendo sob influência do Modernismo, apresenta ainda em sua obra heranças do simbolismo e técnicas do classicismo, gongorismo, romantismo, parnasianismo, realismo e surrealismo, razão pela qual sua poesia é considerada intemporal.

Órfã desde tenra idade (aos 3 anos já perdera os pais e três irmãos que nem chegou a conhecer), foi criada pela avó Jacinta Garcia Benevides. Desde de cedo habitou-se ao exercício da solidão, tendo precocemente desenvolvido sua consciência e sensibilidade.

Começou a escrever poesias aos 9 anos de idade. Tornou-se professora pública aos 16, destacando-se como aluna exemplar, merecendo a estima dos mestres. Dois anos depois iniciou sua carreira literária com a publicação de Espectros (1919), numa coleção de sonetos simbolistas.

A década de XX foi uma época de revolução na literatura brasileira, mas o trabalho de Cecília naquele período mostra pouca afinidade com as tendências nacionalistas então em voga, ou com o verso livre com a linguagem colonial. Boa parte dos críticos, inclusive, consideram suas formas mais tradicionais de poema (como sonetos) o ponto mais alto de sua obra. Com Nunca mais... e Poema dos Poemas (1923) adere ao Modernismo. Em 1924 sai Criança meu amor e em 1925 Baladas para El-Rei.

Entre 1925 e 1939 dedicou-se ‘a sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934 a Biblioteca infantil do Rio de Janeiro (a primeira biblioteca infantil do país). A partir deste ano ensinou literatura brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e em 1936 foi nomeada para a UFRJ, recém-fundada.

Cecília reaparece no cenário poético após 14 anos de silêncio com Viagem (1939), considerado o marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prêmio de literária, publicando regularmente até a sua morte. Vários de seus livros são inspirados nas muitas viagens que fez, viagens estas de grande significação, pois a autora extraiu do contato com gente, costumes de idiomas diferentes matéria de melhor compreensão da vida e da humanidade.

Entre os vários livros de poesias publicados após 1939 tem-se: Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto Ou Aquilo (temática infantil, 1964).

Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstâncias. Algumas de suas obras em prosa: Giroflê giroflá (1956), Escolha seu Sonho (1964) e Inéditos (crônicas – 1968).

Comentário

"A poetisa se refere a uma pena que é cantada de tal maneira que encanta a todos que a ouvem, porém não é a mensagem que a autora quer passar, ela quer passar os mistérios de suas tristezas, mas todos entendem como felicidade.

Esta poetisa faz parte do movimento modernista."

E vocês, concordam com a opinião da autora? Qual o significado de Felicidade e Pena para vocês?

Vamos aguardar seus e-mails.

Abraços a todos do grupo 4.

[email protected]

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GRUPO 5 

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Cc: [email protected] , [email protected] , [email protected] , [email protected] , [email protected] , [email protected]

Data: 30/05/2002 23:41
Assunto: PROJETOPOESIA/molteni envia poema g9 e g10 amapa

Olá pessoal ! grupo 09 – [email protected] e

Grupo 10 – [email protected]

Nós somos da Escola Carlos Molteni , estamos contente de poder corresponder com vocês ai do Amapá, gostaríamos de nos apresentarmos:

Eliane Sudário, 17 anos

Débora Pereira, 18 anos

Sandra Regina, 18 anos

Eliane Ferreira, 18 anos

Tatiane Eloísa, 17 anos

Andreza , 20 anos

Johnny B. Lima, 19 anos

Somos do 3º colegial B

Abaixo estamos encaminhando poema do Olavo Bilac para seus comentários.

Mocidade - Olavo Bilac

A mocidade é como a primavera

A alma, cheia de flores, resplandece,

Crê no bem, ama a vida, sonha, espera,

E a desventura facilmente esquece.

É a idéia da força e da beleza:

Olha o futuro e ainda não tem passado;

E encarando de frente a natureza,

Não tem receio do trabalho ousado.

Ama a vigília, aborrecendo o sono;

Tem projetos de glória, ama a quimera;

E ainda não dá frutos como o outono,

Porque dá flores como a primavera.

Dados do Autor:

Olavo Bilac (1865 – 1918 Rio de Janeiro) Ainda em vida foi proclamado o príncipe dos poetas brasileiros. Alma sequiosa de perfeição artística e sempre enamorada da beleza, O Bilac soube exprimir em versos fulgurantes tudo quanto sentiu e amou na vida tinha muito vivo o sentimento da Pátria. Além de poeta foi prosador e jornalista. E sua obra-prima o posueto. O Caçador de Esmeraldas.

Comentário

O poema nos fala que a mocidade é cheia de sonhos, fantasias e encaram os problemas da vida como uma aventura. "Não enxergam o lado ruim da vida." O Poema de Olavo Bilac faz parte do movimento Parnasianista , que antecedeu o Pré-modernismo os poetas escreviam com o português mais formal, rimando. 

O poema apresenta três estrofes com quatro versos cada, com rimas como:

Beleza/Natureza

Primavera/Espera.

Esperamos que tenham gostado, uma vez que Olavo Bilac fez parte do movimento Parnasianismo, oposto do Modernismo, que é o movimento que estamos estudando no momento.

Abraços a todos vocês e aguardamos o poema de sua preferência.

[email protected]

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Data: 31/05/2002 21:35
Assunto: PROJETO POESIA/g5molteni envia poema g5 Portugal

" Olá , amigos de Portugal, somos do grupo g5 e estamos felizes de estarmos nos correspondendo com vocês...

Esperamos que vocês gostem do trabalho que estamos realizando através do Projeto Poesia sem Fronteiras.

Agora iremos nos apresentar :

Elder Barbosa ,17 anos , nº 16 .

Emerson Marques , 17 anos , nº 18 .

Jaqueline Pereira , 17 anos , n º 23 .

Mirian Dias , 17 anos ,nº 30 .

Thiago Pires , 17 anos ,nº 40 .

Vanessa Mariano , 17 anos , nº 41 .

Escolhemos um soneto de Vinicius de Moraes:

SONETO DO MAIOR AMOR

Maior amor nem estranho existe

Que o meu, que não sossega a coisa amada

E quando a sente alegre, fica triste

E se a vê descontente, dá risada

E que só fica em paz se lhe resiste

O amado coração, e que se agrada

Mais da eterna aventura em que persiste

Que dá uma vida mal – aventuradas

Louco amor meu, que quando toca, se fere

E quando fere vibra, mas prefere

Ferir a fenecer – e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante

Desassombrado, doido, delirante

Numa paixão de tudo e de si mesmo

(Vinícius de Moraes)

Dados do autor :

A obra de Vinícius de Moraes pode ser dividida em duas partes:

1º) Místico – religiosas; e

2º) encontro com o mundo material e cotidiano

A primeira fase compreende os livros: O caminho para a distância (1933); Forma e exegese (1935); Ariana a mulher (1936); Novos poemas (1938) e Cinco elegias(1943), este último livro de transição.

Em o Caminho para a distância, o poeta manifesta sua preocupação religiosa e sua angústia diante do mundo, revelando também o seu conflito entre o sensualismo e o sentimento religioso. O amor é tido como um elemento negativo que, ligando – o ao mundo terreno, que impede a libertação do espírito.

A partir da Forma e exegese, os versos ganham liberdade expressiva e tornam – se mais extensos. O poeta volta – se para o cotidiano, sem contudo abandonar o desejo de transcendência. A mulher torna – se a figura central de sua poesia, envolta por um forte misticismo, divinizada; e o poeta procura harmonizar sensualismo e erotismo com os apelos espirituais.

O tom é declamatório e os versos longos nos lembram versículos bíblicos.

Essa primeira fase, segundo o próprio Vinícius, termina com Ariana, a mulher. Cinco elegias seria o livro transição.

Em Cinco elegias, o poeta incorpora elementos do cotidiano, mantendo ainda o tom religioso, e aproxima – se um pouco mais da conquistas dos modernistas de 22.

O poeta lírico por excelência, em sua segunda fase Vinícius alia temas modernos à mais apurada forma clássica de composição, o soneto, deixando – nos algumas obras – primas.

Comentários do poema:

O poeta comenta sobre um amor estranho, confundindo os sentimentos, tipo " e quando a sente alegre, fica triste", usando a antítese como recurso de linguagem em vários versos. Na terceira estrofe usa a aliteração.

Percebe-se que é um louco amor, pois quando toca, fere e quando fere vibra.

Algum de vocês do grupo já viveu um amor assim ? Se sim, conte-nos este sentimento.

Esperamos que tenham gostado deste soneto, não sabemos se conhecem os poemas de Vinicius de Moraes, mas aqui no Brasil ele é muito querido.

Mil abraços a todos de Portugal, e aguardamos resposta.

Bye, bye,

[email protected]

Escola Estadual Carlos Molteni

Suzano, São Paulo, Brasil

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Data: 27/06/2002 23:16
Assunto: PROJETO POESIA/g5molteni envia poema g5 andre

Olá pessoal, da escola Américo Braziliense, somos do grupo 5 da escola Carlos Molteni .Estamos muitos felizes e radiantes por estarmos nos conectando.

Nossos nomes são:Sandra Lucia, Sandra de Souza,Douglas,Fernando...

Estamos enviando o seguinte poema para vocês:

Poética

Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem –comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e

[manifestações de apreço ao Sr. Diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo

[de um vocábulo].

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobre tudo os barbarismos universais

Todas as construções sobre tudo as sintaxes de exceção

Todos os ritmos sobre tudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político

Raquítico

Sifilítico

De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de co-senos secretária do amante exemplar com cem

[modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres,etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

O lirismo dos bêbados

O lirismo difícil e pungente dos bêbados

O lirismo dos clowns de Shakespeare

-Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

(BANDEIRA,Manuel . Estrela da vida inteira.8.ed.Rio de Janeiro,José Olympio,1.980.)

 

DADOS DO AUTOR

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em Pernambuco no ano de 1.886,e faleceu no Rio de Janeiro em 1.968 .Foi membro da academia de letras.Na poesia tem as seguintes obras:A cinza das horas (1.917),carnaval (1.919),Ritmo dissoluto (1.924), libetinagem (1.930), estrela da manhã (1.936), lira dos cinquent´anos (1.940), mafuá do malungo(1.948), Belo belo (1.948), Opus 10 (1.952), Estrela da tarde (1.960.)

Suas linhas temáticas são a saudade da infância e da família perdidas.Conseguiu expressar com muita sensibilidade os momentos e emoções que marcam a existência humana.

A história da minha adolescência é a história de minha doença.Adoeci aos dezoito anos quando estava fazendo o curso de engenheiro-arquiteto.A moléstia não me chegou sorrateiramente,com emagrecimento,febrinha,um pouco de tosse,não.Durante meses,fiquei entre a vida e morte.Como consegui com os anos levantar-me desse abismo de padecimento e tristezas é coisas que aparece e me conheceram então um verdadeiro milagre.Aquilo era antes o meu testamento – o, testamento da minha adolescência. Mais os estímulos que recebi fizeram-me persistir nessa atividade poética , como um simples desabafo dos meus desgostos

Íntimos , da minha forçada ociosidade.Hoje vivo admirado de ver que essa minha obra de poeta menor - de poeta rigorosamente menor - tenha podido suscitar tantas simpatias.

Comentários

Neste poema o autor faz um apelo para a liberdade, ele se opõe ao regime tradicional

Sendo eles a política,o modo correto de se enquadrar na sociedade,ele prefere ser como os bêbados

E hoje nós temos liberdade? Ou ainda vivemos sob opressão ? O que você poderiam dizer a respeito destas questões?

Aguardamos ansiosos e-mail de vocês.

abraços do grupo g5

[email protected]

EE PROF. Carlos Molteni - Suzano

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GRUPO 6

 TURMA 3º C – primeiro e-mail enviado:

De: Molteni Bloquear endereço
Para: [email protected]
Cc: [email protected] , [email protected] , [email protected] , [email protected] , [email protected]

Data: 31/05/2002 22:11
Assunto: PROJETO POESIA/g6molteni envia poema g6 Portugal

Oi, pessoal de Portugal, nós grupo 6, estamos muito felizes aqui no Brasil por corresponder com vocês aí de Portugal.

Vamos nos apresentar:

EDSON - 17 ANOS

NATALIA - 17 ANOS

PAULO - 17 ANOS

RAFAEL- 18 ANOS

RONALDO - 18 ANOS

ROSEMARY - 17 ANOS

Escolhemos um poema bem diferente para nossos comentários, do poeta Augusto dos Anjos;

Psicologia de um vencido

Eu da terra!

filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,

Sofro, desde a epigênese infância,

A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,

Este ambiente me causa repugnância...

Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia

Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme – este operário das ruínas

Que o sangue podre das carnificinas

Come e á vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,

E há de deixar-me apenas os cabelos,

Na frialdade inorgânica da terra!

Dados do autor: 

Augusto de carvalho Rodrigues dos anjos 1884—engenho pau d’arco (pa)

1914—Leopoldina (mg)

Sua educação foi ministrada pelo pai, bacharel e homem culto, lá a faculdade de direito do recife apenas para prestar exames, porém bacharelou-se, em 1907 com distinção. em 1910 já casado, mudou-se para o rio de janeiro, onde exerceu o magistério. Em 1910, já casado mudou-se para o rio de janeiro, onde exerceu o magistério. Em 1914, foi nomeado diretor escolar em Leopoldina (mg), onde faleceu, vitimado por uma pneumonia dupla.

Comentários do poema:

ESTE AUTOR ACREDITA QUE O SOFRIMENTO DA VIDA DELE TALVEZ TENHA SIDO POR CAUSA DO FAMOSOS SIGNOS DO ZODÍACO.

TAMBÉM FALA USANDO UMA SERIE DE PALAVRAS CIENTÍFICAS.

A POESIA DE AUGUSTO DOS ANJOS CARACTERIZA-SE PELA CRUEZA DOS TEMAS, QUE GIRAM EM TORNO DA MORTE E DA DOENÇA, FOCALIZANDO HOSPITAIS, NECROTÉRIOS, HOSPÍCIOS, CADÁVERES E MICRÓBIOS, PELO EXOTISMO DA LINGUAGEM, CARREGADA DE VOCABULÁRIOS CIENTÍFICOS, E POR UM AGUDO PESSIMISMO DIANTE DA VIDA.

E vocês também conhecem alguém que tenha o mesmo estilo de escrita do Augusto dos Anjos?

Esperamos que tenham gostado de nossa escolha e até a próxima troca de e-mails.

Milhões de abraços a todos vocês de Portugal.

[email protected]

Escola Estadual Prof. Carlos Molteni

Suzano, São Paulo – Brasil

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