POESIA  SEM  FRONTEIRAS - 2001

 

ETAPA  2

 

 

 

Pesquisa de poemas, autores, análise literária,

comentários e envio de e-mail.

 

 Comentário da Professora

  

Esta é a etapa que considero mais rica de toda a pesquisa do aluno, em termos de aprendizagem.

O início partiu do interesse do aluno por um poeta, ou poema relacionado ao modernismo que .

Desde então, este interesse se tornou pesquisa, reflexão e envolvimento entre poema/poeta/aluno.

 

                                                                                                                                                   Veneza Babicsack

 


 

Poemas e pesquisas do grupo:

- Praia (Cecília Meireles) Nós escolhemos este poema porque achamos que tem em comum com o que a autora passou no decorrer de sua vida e através dele nos identificamos porque a vida tem suas passagens boas e ruins, e a PRAIA serviu como cenário perfeito, com personagens MAR e CÉU. Juntos eles transportam para a vida (praia) as coisas da vida, boas ou ruins. Muito profundo os sentimentos. (Grupo 1)

- Poeta de Sete Faces (Carlos Drummond Andrade) - Ele faz parte do MODERNISMO, da 2ª fase que estamos estudando atualmente. Observamos que nestes versos, o eu lírico, sentindo-se impotente diante da realidade, opta pela brincadeira, pela chacota.Torna-se pessimista, tímido e as vezes irônico. (Grupo 2)

- Um Beijo (Vinícius de Moraes) -  O amor é tido como um elemento negativo que, ligando-o ao mundo terreno, impedem a libertação do  espírito. A mulher torna-se figura central de sua poesia,  envolta por um misticismo, procurando harmonizar  sensualismo e erotismo com os apelos espirituais. (Grupo 3)

- A Estrela (Manuel Bandeira) -  (Grupo 4)

- O acendedor de Lampiões - O Acendedor de Lampião é um soneto, com Rimas (rua/lua, continua/acentua, etc...Como o poeta geralmente marca seus poemas por cenas de infância, podemos perceber uma certa nostalgia nos versos, embora o poeta tenha feito parte do Modernismo, primeira fase deste movimento literário, este soneto está voltado bem ao gosto do parnasiano, colocando um sabor de nostalgia.


GRUPO 1

Olá ! pessoal do grupo g1 somos da escola Carlos Molteni, de Suzano, SP.
Estamos contentes de participar deste PROJETO POESIA SEM FRONTEIRAS, pois através dele estamos aprendendo muito e estamos fazendo novas amizades .

Esperamos que vocês gostem da autora que escolhemos para o nosso projeto.

Vamos nos apresentar :
Rislene Costa de Souza 17 anos
Tatiane Caetano da Silva 17 anos
Helen Costa Matos 17 anos
Lidiane Militão de Lima 19 anos
Vanessa Ap. Menezes 20 anos
Maria Andrea R. da Silva 20 anos

Estamos enviando o poema da Cecília Meireles que gostamos muito pois estamos estudando na fase do Modernismo.

PRAIA

Nuvem, caravela branca
no ar azul do meio-dia:
quem te viu como eu te via?

Rolaram trovões escuros
pela vertente dos montes.
Tremeram súbitas fontes.

Depois, ficou tudo triste
como o nome dos defuntos:
mar e céu morreram juntos.

Vinha o vento do mar alto
e levantava as areias,
sem ver como estavam cheias

de tanta coisa esquecida,
pisada por tantos passos,
quebrada em tantos pedaços!

Por onde ficou teu corpo,
ilusão de claridade
quando se fez tempestade?

Nuvem , caravela branca,
Nunca mais há meio-dia?

Já nem sei como te via!.

Autora: Cecília Meireles

Vamos falar sobre autora:
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Ela nasceu no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do seu pai e perdeu a sua mãe antes do três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo lhe deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendeu essas relações entre o Efêmero e o Eterno . Em toda vida nunca se esforçou por ganhar nem se espantou por perder.

A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da sua personalidade.
Reconhecida oficialmente, a partir do lançamento de VIAGEM, em 39 ,Cecília Meireles inicia um novo período de produção intelectual e de afetividade.

Casa-se, em 1940, com Heitor Grillo, passa a lecionar literatura e Cultura Brasileira na
Universidade do Texas, profere conferências no México e visita a Argentina, Uruguai e diversos Países europeus .

Até o final dos anos 40, produz intensamente. Em 42,publica VAGA MÚSICA, onde pergunta, em um poema: COISA QUE PASSA, COMO É TEU NOME?Três anos depois, publica MAR ABSOLUTO e, em 49 RETRATO NATURAL, transmitindo sua busca e perplexidade diante do enigma da existência humana.

Se vocês quiserem saber mais sobre a autora acessem o site:
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/

Vamos falar sobre o poema:

 

Nós escolhemos este poema porque achamos que tem em comum com o que a autora passou no decorrer de sua vida e através dele nos identificamos porque a vida tem suas passagens boas e ruins, e a PRAIA serviu como cenário perfeito, com personagens MAR e CÉU. Juntos eles transportam para a vida (praia) as coisas da vida, boas ou ruins. Muito profundo os sentimentos.

A Cecília Meireles fez parte da Segunda fase do Movimento Modernista, mas por ter seguido um caminho muito pessoal não pode se enquadrada em um movimento ou uma estética determinados. Em seus versos, geralmente curtos, de conteúdo lírico tradicional e bastante pessoais, têm raízes simbolistas e caracterizam-se pela musicalidade, descritivismo e imagens sensoriais.

Neste poema, temos 7 estrofes, com 3 versos cada e com rimas nos dois versos de cada estrofe.

Abraços, esperem que gostem e aguardamos comentários.

[email protected]

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GRUPO 2

Olá pessoal do g2!

Nós somos do grupo2 do 3º B , da E.E. " Profº Carlos Molteni" de Suzano. É com enorme satisfação que estamos enviando este e-mail. Vamos apresentar as cinco componentes do grupo:

Daniela Cristina 17 anos
Gleice Toselli 18 anos
Priscila dos Santos 19 anos
Tais Alves 18 anos
Tatiana dos Santos 17 anos

Estamos enviando o poema que gostamos muito do Carlos Drummond de Andrade. Ele faz parte do MODERNISMO, da 2ª fase que estamos estudando atualmente. Observamos que nestes versos, o eu lírico, sentindo-se impotente diante da realidade, opta pela brincadeira, pela chacota.Torna-se pessimista, tímido e as vezes irônico.

O poema tem 7 estrofes, equivalente às sete faces a que se refere o título.

O poeta utiliza uma passagem bíblica nos versos "Meu Deus, por que me abandonaste..." palavras pronunciadas por Cristo crucificado.

Os psicanalistas assinalam que a ironia é uma defesa de quem se sente acuado ou impotente diante da realidade.Não encontrando soluções para o problema, usa como saída o sarcasmo, a zombaria, que se voltam para si próprio, para o outro ou para o mundo.

A pergunta do grupo: O que vocês pensam a esse respeito ?

POETA DE SETE FACES
Carlos Drummond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas .
Para que tanta perna, meu Deus,

pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Uma pequena Biografia:

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Drummond nasceu em Itabira, em 31 de outubro de 1902. Seus pais se chamavam Carlos de Paula Andrade e Julieta Augusta Drummond de Andrade. No seu primeiro colégio, Grupo Escolar Coronel José Batista, seus textos começam a receber os elogios de professores.

O ano de 1928 torna-se marcante para o poeta. Nasce sua filha Maria Julieta e o poeta vai trabalhar na Secretaria de Educação e de Cultura dos governos de Minas e federal, trabalha nos principais jornais de Minas e do Rio de Janeiro e vai publicando suas poesias. Em 1942, a Editora José Olympio edita Poesias e, durante 41 anos, até sua ida para Editora Record em 1982.

Drummond se torna um dos mais conhecidos autores brasileiros. No dia 5 de agosto de 1987 morre sua filha Julieta; 12dias depois, a 17 de agosto, falece o poeta.

Drummond deixa crônicas, obras contos, poesias e um exemplo de vida a ser seguido por todos nós, onde em palavras ficam os sentimentos pregados que o vento não leva e a vida sempre nos trás "...a cada instante de amor".

Se quiserem saber mais sobre Drummond, entre nos sites:

http://demoly.virtualave.net/new/bio.html

http://www.carlosdrummond.com.br/

Abraços , esperamos seus comentários sobre o poema.

[email protected]

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GRUPO 3

Olá pessoal de Portugal! Tudo legal com Vocês ? Somos  do g3, do 3º colegial B,

da escola Carlos Molteni , na cidade de Suzano-SP, Brasil.

Nosso grupo é formado por:

Eligiane                18 anos

Isaque,                 18 anos

Luana,                  17 anos

Quele,                   17 anos

Rosângela              18 anos

Ficamos felizes em receber o e-mail de vocês, esperamos que com esse projeto possamos conhecer um pouco mais da cultura de sua terra e gostaríamos de passar um pouco da nossa também.

Em relação a poesia que nos enviaram, poeta Fernando Pessoa é bastante conhecido aqui no Brasil. O poema " MAR PORTUGUÊS " tem um pouco a ver com a história do nosso país, e que com suas rimas conta a aventura dos navegantes que deixaram para trás suas vidas e famílias para irem em busca de novos horizontes, e chegaram aqui . Conta ainda o sofrimento e saudade das famílias que ficaram em Portugal.

E como prometemos, vamos mostrar um pouco da nossa literatura. Vamos falar sobre nosso autor favorito, VINICIUS DE MORAIS e esperamos que vocês gostem. Ele faz parte do movimento literário do modernismo, 2ª fase, que estamos estudando no momento e vimos que suas obras são divididas em duas fases:

Na primeira fase ele manifesta sua preocupação religiosa e sua angústia diante do mundo, revelando também o seu conflito entre o sensualismo e o sentimento  religioso. O amor é tido como um elemento negativo que, ligando-o ao mundo terreno, impedem a libertação do  espírito. A mulher torna-se figura central de sua poesia,  envolta por um misticismo, procurando harmonizar  sensualismo e erotismo com os apelos espirituais.

Na Segunda fase, a partir de poemas, sonetos e baladas, dá-se a superação da angústia e da melancolia, o poeta integra-se à realidade, e sua poesia adquire um ritmo mais tranquilo e uma explosão mais coloquial, enxuta, simples e direta. Nesta fase sua temática ganha novas características universalizantes e sociais.

UM BEIJO (VINÍCIUS DE MORAES)  

Um minuto o nosso beijo

Um só minuto; no entanto

Nesse minuto de beijo

Quantos segundos de espanto!

Quantas mães e esposas loucas

Pelo drama de um momento

Quantos milhares de bocas

Uivando de sofrimento!

Quantas crianças nascendo

Para morrer em seguida  

Quanta carne se rompendo.

Quanta morte pela vida!

Quantos adeuses efêmeros

Tornados o último adeus

Quantas tíbias, quantos fêmures

Quanta loucura de Deus!

Que mundo de mal - amadas

Com as esperanças perdidas

Que cardume de afogadas

Que pomar de suicidas!

Que mar de entranhas correndo

De corpos desfalecidos

Que choque de trens horrendo

Quantos mortos e feridos!

Que dízima de doentes

Recedendo a extrema - unção

Quanto sangue derramado

Dentro do meu coração!

Quanto cadáver sozinho

Em mesa de necrotério

Quanta morte sem carinho

Quanto canhenho funéreo!

Que plantei de prisioneiros

Tendo as unhas arrancadas

Quantos beijos derradeiros

Quantos mortos nas estradas!

Que safra de uxoricidas

A bala, a punhal, a mão

Quantas mulheres batidas

Quantos dentes pelo chão!

Que monte de nascituros

Atirados nos baldios

Quantos fetos nos monturos

Quanta placenta nos rios!

Quantos mortos pela frente

Quantos mortos à traição

Quantos mortos de repente

Quantos mortos sem razão!

Quanto câncer sub-reptício

Cujo amanhã será tarde

Quanta tara, quanto vício

Quanto infarte do miocárdio

Quanto medo, quanto pranto

Quanta paixão, quanto luto!...

Tudo isso pelo encanto

Desse beijo de um minuto:

Desse beijo de um minuto

Mas que cria, em seu transporte

De um minuto, a eternidade

E a vida, de tanta morte.

COMENTÁRIO:

É um poema com rimas, com muita exclamação, mas com certeza, faz com que possamos sentir a essência do beijo e a importância daquele momento, não só para quem está no ato do beijo, mas aqueles que, em um minuto ou segundo, podem estar disponíveis nos acontecimentos da vida e do mundo. Por outro lado, compara um minuto com a eternidade, vida e morte, um jogo de palavras criando reflexões profundas.

E vocês que acham do beijo?

SOBRE O POETA:

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Poeta, compositor, escritor, cantor. Tantos  adjetivos não bastam para descrever o que na verdade  é  a grandeza de Vinicius, e todas suas marcas  artísticas  deixadas, imortais, para nós,infinitas   enquanto  durarem. Vinicius de Moraes nasceu em 1913 no  Rio de Janeiro. Formou-se em direito em 1933,  frequentou a Universidade de Oxford, em 1938,  como  bolsista.

Se quiserem saber mais sobre ele, pesquise no site:

http://www.geocities.com/Paris/9009/ http://spock.acomp.usf.edu/~campoe/mpb/Vinicius_de_Moraes/

Esperamos que vocês tenham gostado do poema,  gostaríamos que vocês fizessem um comentário  sobre ele  no  próximo e-mail. Até logo, abraços ao povo português.

Grupo 3 – da escola Carlos Molteni  [email protected]

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GRUPO 4 

Olá pessoal do g4, aqui quem fala são os caras do
g4molteni que estão mandando este poema para vocês.

Vamos nos apresentar:

Tiago Rocha - 17
Rafael Barros - 17
Ederson da Silva - 17
Jamilson Santana - 18
Jeferson Martins - 18
Reginaldo Pacheco - 18

Estamos enviando um poema de Manuel Bandeira uma vez que ele faz parte do modernismo que estamos estudando e escolhemos com muito carinho para que vocês nos enviem um comentário.

O caráter geral de sua poesia é marcada pelo tom confidencial, pelo desejo insatisfeito, pela amargura e por referências autobiográficas relacionadas com a sua doença (a tuberculose), com os lugares onde morou e com a família. Profundo conhecedor da técnica de composição poética, por vezes aproveita-se das formas clássicas mas sem perder a marca de absoluta simplicidade predominante em sua obra.

Ainda que se note em várias passagens da sua obra e herança do romantismo, Bandeira soube evitar o sentimentalismo piegas, edificando uma obra depurada e de grande valor estético.

Neste poema, podemos notar as rimas constantes, tais como: fria/vazia, distância, infância, etc. Tem um vocabulário simples, com 4 estrofes de 4 versos cada, os versos são de 7 sílabas, com quadras e repetições.

Percebemos algumas características do Romantismo, como solidão, lirismo, melancolia, subjetivismo, nos dois últimos versos, contém um paradoxo que reforçam a atmosfera de melancolia.

A ESTRELA

VI UMA ESTRELA TÃO ALTA,
VI UMA ESTRELA TÃO FRIA!
VI UMA ESTRELA LUZINDO
NA MINHA VIDA VAZIA.

ERA UMA ESTRELA TÃO ALTA!
ERA UMA ESTRELA TÃO FRIA!
ERA UMA ESTRELA SOZINHA
LUZINDO NO FIM DO DIA.

POR QUE DA SUA DISTÂNCIA
PARA A MINHA COMPANHIA
NÃO BAIXAVA AQUELA ESTRELA?
POR QUE TÃO ALTA LUZIA?

E OUVI-A NA SOMBRA FUNDA
RESPONDER QUE ASSIM FAZIA
PARA DAR UMA ESPERANÇA
MAIS TRISTE AO FIM DO MEU DIA.
( Bandeira, Manuel.)

Vamos falar um pouco dele:
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Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, estudou no colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e iniciou o curso de Engenharia, em São Paulo, abandonando-o por motivo de saúde. Em busca da cura para a tuberculose, viajou para a Suíça, onde se aproximou de poetas pós-simbolistas. Em 1917, retornou ao Brasil. Foi professor de Literatura do Colégio Pedro II e da Faculdade Nacional de Filosofia (hoje,UFRJ). Em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. 

Nasceu: 1886 - Recife
Morreu: 1968 - RJ

Confira mais sobre ele no site:

http://www.spaceports.com/~esquina/autores/manuel01.html

http://www.secrel.com.br/jpoesia/belo.html


Abraços, esperamos um comentário de vocês para o nosso poema

[email protected]

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GRUPO 5

Olá pessoal do g5, tudo legal,

Somos do grupo g5moltenipoesia, da escola Carlos Molteni, em Suzano, SP

e estamos felizes por podermos manter contato com vocês .

Vamos nos apresentar:

 

Mário Sérgio Gonçalves dos Santos

Suzana Pezzuol

Marcelo Pereira da Silva

Sidnei Santos Rodrigues

Roberto Gonçalves Giampaglia

 

Escolhemos um poema de Jorge Lima, O acendedor de lampiões. O poeta adere ao Modernismo, com textos marcados Por cenas de infância, pelo sentimento nacionalista, Por referência ao Nordeste e pela forte influência de elementos do folclore negro. Em sua segunda fase, o poeta apresenta-se bastante envolvido com problemas religiosos e metafísicos, voltados para temas do catolicismo e aprimorando verso livre e a expressão metafórica.

Jorge Mateus de Lima, nasceu em l895 na União, AL. E morreu em l953, no Rio de Janeiro. Formado em Medicina, foi deputado estadual em Alagoas e professor universitário.

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!

 

Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender impertubavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.

 

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele que doira à noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

 

Tanta gente também que nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!

 

 

COMENTÁRIO

O Acendedor de Lampião é um soneto, com Rimas (rua/lua, continua/acentua, etc...

Como o poeta geralmente marca seus poemas por cenas de infância, podemos perceber uma certa nostalgia nos versos, embora o poeta tenha feito parte do Modernismo, primeira fase deste movimento literário, este soneto está voltado bem ao gosto do parnasiano, colocando um sabor de nostalgia.

Gostaram? Esperamos que sim, aguardamos um comentário sobre este poema. 

Consulte o site abaixo pra saber mais sobre o autor:

http://www.secrel.com.br/jpoesia/jorge.html

 Abraços,

 [email protected]

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