Polícia Marítima

 

 

    A Polícia Marítima, integrada na estrutura da Armada portuguesa, é uma unidade que conta com mais de oito décadas de história. Tem como missões principais vigiar e fiscalizar navios e embarcações nacionais e estrangeiras, fiscalizar a legalidade de actividades económicas na ZEE, prevenir e combater o tráfico de droga, criminalidade e terrorismo e proceder à detenção de cidadãos não-nacionais que entrem ou permaneçam ilegalmente em território nacional. O seu equipamento é composto por lanchas de fiscalização, semi-rígidos, viaturas ligeiras e outros meios de grande mobilidade e rapidez.

 

 

Mergulhadores

 

    O Corpo de Mergulhadores da Armada, com quase um século de existência, teve um papel vital nas operações de busca em Entre-os-Rios. Entre as suas missões contam-se a limpeza de portos e canais de acesso, desactivação de minas, apoio a operações de guerra anfíbia, reconhecimento, busca e salvamento, assistência técnica a navios de guerra, cooperação em operações de salvamento de submarinos, operações de resgate e sabotagem. Esta unidade, de 120 membros, conta com equipamento que lhe permite descer até à profundidade de noventa metros.

 

Corpo de Fuzileiros da Armada

 

    Devido à sua extensa costa, desde cedo se reconheceu a necessidade de Portugal dispor de uma unidade de tropas especializadas em operações anfíbias. O Corpo de Fuzileiros é, hoje, parte integrante da Armada portuguesa. Além das unidades de infantaria (dois batalhões) e das unidades de apoio, existe o DAE (Destacamento de Acções Especiais). O

Pelotão de Abordagem (PELBORD) e Pelotão de Reconhecimento. (PELREC) ainda que sendo unidades pouco conhecidas têm tido uma relevante participação em missões no exterior, nomeadamente em Timor-Leste e na Guiné-Bissau.

O DAE, caracteriza-se pelo carácter das suas missões que raramente são tornadas públicas. Criado em 1985, o seu total de efectivos permanece secreto, ainda que o número possa rondar as duas dezenas de militares. Consta que existem planos para elevar o número de efectivos para aproximadamente 70 militares, divididos por especialidades. Esta unidade tem como principais missões: operações de resgate, incursões em território inimigo, reconhecimento, sabotagem, combate ao tráfico de droga, operações clandestinas, anti-terrorismo, protecção, apoio médico de emergência, entre outras. Uma das poucas missões publicamente reconhecidas é a participação do DAE nas operações de resgate de civis durante a guerra civil na Guiné-Bissau, em 1998. O equipamento ao dispor destas unidade é moderno e adaptado à especifidade das missões. Foi adoptada a nova G-36K de 5,56mm, usada conjuntamente com a espingarda automática M-16 A2 (com lança-granadas de 40mm e culatra retráctil) e com a metralhadora MG-43, derivada da G-36. O DAE conta igualmente com a G-3 de 7,62mm, a MP-5, a Glock 17 de 9mm e a arma de precisão Accuracy AW-50 de calibre 12,7mm. Possui equipamento de visão nocturna e de protecção NBQ (Nuclear, Biológica e Química), que lhe permite actuar em tais cenários. A unidade treina, com alguma regularidade, a inserção de forças a partir dos helicópteros Super Lynx e dos submarinos da classe "Albacora".

    O equipamento dos fuzileiros conta também com o canhão sem recuo Carl Gustaf de 84mm, mísseis anti-carro Milan, morteiros pesados de 81mm e 120mm, e mais recentemente a pistola austríaca Glock 17 de 9mm que completa a Walther MPK. No tocante às aquisições efectuadas pela unidade é de destacar o equipamento do DAE com o fuzil de 5,56mm G-36K que substituiu a M-16 em uso e a arma de precisão Accuracy AW-50 de 12,7mm. As unidades dos fuzileiros receberão, a partir de Março, novos rádios tácticos P/GRC-525/M3TR de concepção nacional. Entre as recentes aquisições, encontram-se também um novo morteiro de 60mm, um novo lança-granadas automático de 40mm, a substituição da MG-42 pela MG-3 e a introdução do míssil Milan com lançadores modernizados. Similar modernização poderá ser efectuada no Carl Gustaf. Prevê-se a compra de mais equipamento de protecção individual, a dotação de um batalhão de infantaria com equipamento de visão nocturna e a substituição da G-3 por um nova arma de calibre 5,56mm comum aos três ramos das forças armadas.

    A actual LPM prevê a aquisição de vinte viaturas blindadas de tracção 8x8 e anfíbias. Nesse âmbito, foi lançado, em Agosto de 2003, um concurso conjunto com o exército que prevê a aquisição de três centenas de blindados para o ramo terrestre e uma vintena para os fuzileiros.

    Presentemente, o ramo ultimou os planos para a constituição de uma Força de Intervenção Rápida, com capacidade para mobilizar - num espaço de 48 horas – até 800 fuzileiros e uma esquadra de combate. O plano prevê, igualmente, uma estreita cooperação com a FAP, que cederá parte dos seus EH-101.

 

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