Desgostoso consigo mesmo, Thomas é produto de seu tempo, de sua sociedade, de sua classe. Está separado de toda caridade sobrenatural.

        “Estava impregnado pelo egoísmo e pela irresponsabilidade do século materialista em que vivia.”

        Todos os males sociais derivam do capitalismo – pensava: é necessário ir direto ao inimigo, contribuir para a solução dos problemas contemporâneos. Inscreve-se, pois como militante comunista; mas depois de três meses de atividade, renuncia; entra então para a Universidade de Colúmbia (inverno de 1935). Os professores – principalmente Mark Van Doren – e os amigos diletos exerceriam uma feliz influência sobre esse jovem sem verdadeiro lar.

        “A inteligência sóbria de Mark Van Doren, a maneira de tratar sua matéria com uma perfeição honesta e uma objetividade sem divagações, prepararam meu espírito para receber a semente boa da filosofia escolástica.”

        Os cursos de espanhol, de alemão, de geologia, de direito constitucional, de literatura francesa, a freqüência aos cinemas e “fraternidades”, a publicação de artigos e novelas em jornais e revistas (The Spectator, The Review, Jester), faziam de Thomas um homem muito ocupado. Entre suas leituras, porém, não encontramos referências à Escritura Sagrada. Espiritualmente falando, ele estava morto.

        “Coisa estranha, ao assimilar qualquer noção eu estava vazio de tudo. Devorando prazeres e alegrias, só encontrava aflição, angústia e temor."

        Nesse extremo de miséria e de humilhação, fui vítima de uma aventura sentimental, na qual fui tratado da mesma maneira como tratara a muitos outros, durante os últimos anos. Fui para meu justo castigo que, como um cãozinho, mendiguei uma carícia ou um pequeno sinal de afeição. Era a morte do grande homem, do herói que sonhara ser. A derrota foi o ensejo de minha salvação.”

 

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