A OPINIÃO QUE FAZ A DIFERENÇA
   


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PAULINO VERGETTI NETO

Política Nacional do clima

MACEIÓ
(AL) - Na China, a leste do continente, em Donghai, província de Jiangsu, policiais chineses prenderam strippers que estavam se apresentando em um funeral de um fazendeiro. Esse fato é comum naquela região, não o da prisão, mas o de dançarem nus durante os velórios, como forma de atrair-se muita gente para velarem o defunto. A cultura é um espetáculo. Veja que forma de chamamento mais escandaloso, para nós, aqui do Ocidente, mas tão natural nessa região. O governo comunista chinês, nos últimos dias, tem tentado frear essa prática.. Fazer uma censura a um processo milenar de prática, certo ou errado? Aplaude-se ou bane-se essa oferta de incentivo fúnebre? Avalie em um genocídio, quantos strippers seriam necessários para prover essa prática cultural. Antes lá do que aqui. Imagine nossos cemitérios ou casas funerárias cheias de gente nua, dançando. Quantos brasileiros não se fingiriam de mortos para tudo observar bem de perto, um espetáculo que só é permitido de acontecer em dias de funerais?

Melhor isso, que a falta de uma política governamental nacional, para olhar de perto as mudanças climáticas por que passa o nosso país, desfavoravelmente submetido, por possuir a maior floresta tropical do mundo e um dos maiores mananciais de água doce. O Green Peace bem que poderia contratar strippers para distrair a atenção dos maus brasileiros que querem e estão conseguindo acabar com nossas últimas reservas florestais. O que na China se usa para se atrair vivos para os mortos, aqui seria usado para evitar que os vivos matassem. Daria certo. Era unir o útil ao agradável. Afinal, as secas e as inundações, eventos esses advindos do famosíssimo efeito estufa que, alicerçado na emissão exagerada do dióxido de carbono, tem levado o planeta a tossir e engasgar-se, frente às agruras da poluição desenfreada, nossos irmãos têm feito. Política Nacional Já! O país não poderá mais ficar ao relento. Não seja novidade surgirem as línguas de fogo de nossos vulcões, historicamente adormecidos.

Enquanto isso, nossos cientistas, mundo afora, acabaram de descobrir o que há tempo desconfiavam existir, uma ditosa matéria conhecida como “Matéria Escura”. Observando através de um telescópio a Raio X, nos Estados Unidos da América, uma colisão cósmica, puderam provar esse, até ontem, misterioso fenômeno. Ela é capaz de   exercer uma força gravitacional mas não de interagir com a matéria comum que nos compõe, como também, a terra, os outros planetas, as estrelas, etc. Quando li sobre essa matéria da “Matéria Escura”, pensei comigo mesmo, em meus solilóquios teológicos: É o homem chegando mais próximo de Deus. A ciência buscando a outra parte do mundo para entender que a eternidade e o infindável espaço do mundo não podem pertencer a qualquer tempo ou espaço que nós, humanos, possamos criar. A ousadia da ciência limita-se nela mesma. O tamanho do homem é infinitamente menor que o tamanho do seu poder diante do Criador. Quanto mais ele adentra o espaço sideral, maior respeito terá ao que é infinitamente maior do que ele. A “matéria Escura” poderá até explicar a existência de uma quarta dimensão, quem sabe, a dimensão dos espíritos, já que ela penetra a matéria de nossa dimensão de vida, como se fosse um fantasma. Limita-se com a gravidade, mas não se modifica ao trombar com a matéria por nós velha conhecida. Que a “Matéria Escura” venha mesmo clarear outras dimensões que não só as parcas existentes em nosso microscópico currículo de curiosidades e descobertas.

O sentimento que me desperta é o de que o homem está indo em busca do que poderá limitá-lo como ser vivente em sua já conhecida dimensão. Seria o arrebatamento do ser humano para outra paragem, quiçá não nos seja a espiritual.

Quanto à mudança climática, a falta de uma política nacional para ela, isso não é nada ilimitado que a vergonha na cara de nossos governantes maiores não possa fazer. É botar a mão na massa e, diferentemente da outra massa, a escura, limitar o que é possível fazer ou não, agendar fomentos e livrar a população do advento de maiores males – os temíveis que ainda estão por vim!

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Paulino Vergetti Neto, é médico e escritor na cidade de Maceió, nas Alagoas
    


QUARTA-FEIRA
 27/09/2006

Paulino Vergetti
Neto é médico
e escritor na
cidade de Maceió,
nas Alagoas
















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