Eclipse Lunar Penumbral Total de 14 de Março de 2006

 

Na noite de 14 de Março de 2006, o nosso planeta interpôs-se entre o Sol e a Lua. Durante o fenômeno, um observador hipotético situado na superfície do nosso satélite teria observado um eclipse parcial do Sol, com magnitude entre 0,05 e 0,95, dependendo de sua posição selenográfica.

 

A ilustração abaixo (de autoria de Fred Espenak/NASA) informa que, no meio do eclipse, a Lua, cruzou a região intermediária da penumbra e ficou totalmente imersa nela. No instante de máximo eclipse, 1,6’ de arco separava a borda do disco lunar da borda penumbral, tanto interna, quanto externamente, enquanto a magnitude do eclipse penumbral atingia o seu valor mais elevado, igual a 1,05.

 

 

É de conhecimento geral que o escurecimento penumbral é na maioria das vezes sutil. Observações de eclipses anteriores já nos mostraram que ele só se torna perceptível a olho nu quando mais de 2/3 do diâmetro do disco lunar já se encontra obscurecido pela penumbra. Nesse caso, ele pode ser percebido, na forma de uma leve diminuição do brilho da borda lunar mais obscurecida, quando comparado ao da borda oposta.

 

Utilizando esse procedimento, o autor conseguiu identificar a penumbra às 22:27 TU, quando a magnitude do eclipse penumbral era de 0,68 e a Lua estava a 17 graus acima do horizonte carioca.

 

Rosely Gregio e Alexandre Amorim obtiveram interessantes registros fotográficos que mostram a evolução do evento. A figura abaixo constitui um mosaico produzido pela Rosely. Embora tenha havido uma significativa interferência de nuvens, a análise das imagens do meio do eclipse revelou o efeito do obscurecimento até aproximadamente metade do diâmetro do disco lunar.

 

 

Em contraste, a análise de uma imagem do Alex permitiu, não somente identificar, mas também quantificar, o obscurecimento penumbral de uma borda à outra do disco.

Lunissolar

1