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Durante séculos, o Ceará manteve sua economia fortemente
alicerçada na pecuária extensiva, na agricultura de subsistência, no
extrativismo vegetal e na produção comercial de algodão. Mas, nas três
últimas décadas, é visível sua reestruturação econômica e
territorial, assim como a multiplicação das políticas públicas
direcionadas à tornar o Estado viável à produção e ao consumo
globalizados, abrindo-se às influências exógenas e aos novos signos
contemporâneos. A intensificação do capitalismo no campo, do qual a
região do Baixo Jaguaribe é um dos principais destaques, é uma das
formas de modernização cearense. Desde então, esta região passa por uma refuncionalização do seu espaço agrícola, expandindo-se a especialização da produção, com importante expansão dos sistemas técnicos e dos sistemas de ação voltados à dotá-la de fluidez para o agronegócio. São várias novas horizontalidades e verticalidades, aumentando a articulação da escala local com a internacional. Como as temáticas abordadas no livro não esgotam todas as vertentes possíveis de investigação, instiga à realização de novas pesquisas. |
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