| O INTERIOR |
| ... Olha aquela estrela no ceu Olha aquela onda no mar Foi Deus quem criou Para agente se amar A mesma paz que pe�o para Deus e a Oxala �e a mesma que esta escrita no velho Alcorao de Al�a a liberdade �e sagrada e ate desejada pelos ateus mas quando a fe se renova e a prova da propria existencia de Deus passagem de musica de Zeca Pagodinho "pra gente se amar" do disco "deixa a vida me levar" |
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| Descri�ao Teve um dia, durante a reforma do Gaipava que digamos "caiu a ficha" e asim me con-venci do tamanho da empreitada que tinha ini-ciado.. A estoria e esta: Chegou uma pessoa, que nao lembro quem, colocou a mao no gaipava e perguntou: - "voce pagou quanto neste casco?". A principio nao entendi a pergunta mas como disse "quando a ficha caiu" dei um sor-riso e disse: - "isto nao �e um casco �e o Gai-pava, um Atoll 23'. No mesmo instante que falava isto conclui que o sujeito nao tinha culpa pois realmente o que se tinha, naquele momento era um casco o barco estava completamente desmontado! O ATOLL �e um barquinho encantador, quando fui olhar ele junto com minha esposa ela me disse "parece uma casinha" sim parece mesmo. O barco tem em seus 23 pes um salao que comporta uma mesa de navega�ao (que tambem e armario), dois sofas confortaveis e largos um a bombordo e outro a boreste (permitem perfeita acomoda�ao para pernoite de uma pessoa adulta) pia, conservadora de gelo, fogareiro pivotado, quatro armarios (e no caso do Gaipava portinhas com treli�a que permite ventila�ao). Embaixo dos "sofas" temos grandes compartimentos para aco-modar toda sorte de coisas.Originalmente o barco vem com um tanque em fibra de vidro a boreste que armazena cerca de 40 litros de agua doce bombeados para a pia por uma bomba de pe. Na proa, no "V" da proa, o gaipava tem uma cama de casal que acomoda perfeitamente duas pessoas (e um pouco desconfortavel por ser bem baixo la o pe direito mas que permitiu ao projetista aproveitar o espa�o abaixo desta para um grande paiol onde se pode guardar velas e cabos) a meia nau-avante do salao e antes da proa encontramos espa�o para um vaso sanitario a bombordo e espa�o para armario com cabides a boreste. O Barco tem moveleira montada em fibra de vidro e o acabamento todo em madeira (cedro-rosa no caso do Gaipava).Na passagem para a proa encontramos duas meias anteparas e mais avante outras duas (percebi pesquisando fotos na internet que na segunda meio antepara em alguns modelos eram inteiras e nos modelos mais recen-tes foram cortadas em angulo do centro para o casco,como no caso do Gaipava,obten-se a sen-sa�ao de maior espa�o desta forma) que fazem a divisoria cama de proaXsanit�ario/cabideiro. Estas divisorias permitem algum arranjo interno. Para a popa o barco e totalmente aberto das camas do salao se ve ate o espelho de popa, por baixo do cockpit se tem espa�o avantajado para guardar coisas. Da entrada da gaiuta temos, no caso do Gaipava, um degrau que se pode facil-mente desmontar local escolhido apos a reforma para acondicionamento das baterias. Este �e mais ou menos a descri�ao do arranjo interno deste projeto que parece uma "casinha". |
| Pretendo, com o barco ja velejando confeccionar um armario na parede do cokpit prateleiras para a cama em "V" da proa, uma divisoria treli�ada no final do "sofa" de bombordo - em sentido da popa ja que este foi o bordo que escolhi para passar mangueiras e fios eletricos popa, fazendo o fechamento visual acho que vai ficar legal. |
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| REFORMANDO O INTERIOR |
| Inicialmente pensei em desmontar algumas madeiras e fazer a pintura, mas descobri, ainda na vistoria do engenheiro naval que minhas primeiras meias anteparas estavam apodrecidas nos cantos e o compensado ja havia iniciado processo de delamina�ao. A senten�a do engenheiro foi simples - para ele e claro, pois eu nem imaginava que iria mexer ali - "solta as ferragens retira e faz outra com compensado naval de 15 mm fixando ela com massa epoxi e relaminando pelo menos uns 8 centimetros dos dois lados e nao como esta agora com esta lamina�ao de 2 centimetros apenas de um lado"! - "depois te mando o esquema no relatorio" complementou. Com um pouco de medo perguntei se precisaria fazer isto nas duas e foi quando o engenheiro, de posse de uma chave de fenda, cutucou a antepara (a de boreste) e a chave entrou na madeira - otimo pensei - nao precisave nem da resposta!. Fomos para a popa, pois tinha relatado para o engenheiro que o barco fazia agua pela cana do leme, pois sempre tinha agua no poceto e em um baixio antes da cana (formato do casco) O engenheiro entrando por um bordo e eu pelo outro fomos nos arrastando por debaixo do cockpit ate o espelho de popa. Incrivel, Jose Eduardo, o engenheiro olhou a aguinha parada ali, olhou o espelho de popa e apertou com o polegar a fibra acizentada (todo o interior do barco havia sido pintado de um cinza quase preto), olhou para mim e disse: - "esta podre, esta agua esta infiltrando pelos furos do espelho de popa permeando atraves do que fora o compen-sado naval e saindo aqui embaixo! e por isto que ela e escu-ra!". Foi simples assim,... como foi bom ter contratado este profissional! O engenheiro se deteve para me explicar: - "Toda esta par-te e um sanduiche formado pela fibra externa, aquela que se ve la de fora, um compensado naval, provavelmente de 10 mm colado nesta fibra e uma camada de lamina�ao que fecha tudo que e a que estamos vendo agora". Otimo pensei o que vem agora? - "arranca toda esta podridao, deixa tudo seco e limpo, recorta um novo compensado naval, impregna ele com resina, cola ele aqui com massa epoxi - puxando tudo com parafusos pelo lado de fora e relamina tudo, aproveita e re-lamina esta uniao entre casco e conves em toda esta regiao". - "Aproveita ainda e lixa toda esta madre do leme, limpa bem e relamina isto, para garantir que vai ficar forte". Poxa! isto vai dar trabalho, ainda mais apertado aqui como �e,... vai ser uma batalha! e relamente foi, foi o trabalho mais dif�icil de ser realizado. Fui "ajudado" por algum ex-proprietario que tentou resolver o problema jogando pelo lado de fora do barco resina para dentro do sanduiche, que porcaria! Quem sera que teve esta infeliz ideia! |
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| do Gaipava |